Copa do Nordeste
Fase Final


Vitória 2 X 0 Bania
Local: Estádio Antonio Barradas (Barradão) - Salvador/BA.
Data: 20.06.99
Gols: Hernandez (2) (Vitória).
Público: 8.146
Renda: R$ 58.055,00

Vitória: Fábio Costa; Russo (Eloy), Flávio, Moisés e Leandro; Otacílio, Fernando, Preto (Elvis) e Tácio; Cláudio e Hernandez. Técnico: Ricardo Gomes.
Bahia: Gilberto; Clébson, Samuel, Wellington e Jefferson; Mantena, Lima, Capixaba e Robson Luís; Ueslei e Vinícius. Técnico: Joel Santana.
Cartões amarelos: Jefferson e Mantena (Bahia) e Preto (Vitória).
Cartões vermelhos: Hernandez e Elvis (Vitória).
Árbitro: Wilson de Souza Mendonça (PE).
Assistentes: Erick Bartolomeu Bandeira e José Pedro Vanderlei da Silva.

IMPRENSA
Fonte:
Jornal A tarde

Vitória vence de 2x0 o Bahia na primeira decisiva do Nordestão.

Selma Morais

O clima era de muita expectativa entre as torcidas de Bahia e Vitória e de um certo nervosismo entre os jogadores. Mas quando a bola rolou, ontem à tarde no Barradão, só ficou espaço para a emoção, a garra e a animação da torcida baiana, mostrando que a verdadeira festa do futebol está no campo e não nos bastidores. Ao longo dos 90 minutos o time do Vitória mostrou mais vontade e determinação tática, dominando inteiramente a partida e vencendo o primeiro confronto da final da Copa do Nordeste, por 2x0, abrindo uma grande vantagem sobre o tricolor, que agora terá que vencer por três gols de diferença, para assegurar o seu primeiro título nesta competição.
O Vitória fez a primeira partida sem a sua estrela, o atacante Petkovic, que já viajou para a Europa, mas o grupo se uniu em busca de um bom resultado e partiu para o jogo com a determinação de quem queria e precisava do triunfo. A vibração dos jogadores acabou contagiando a torcida, que no início da partida estava um pouco temerosa com a ausência de Petkovic. O jovem Cláudio recebeu a incumbência de substituir o gringo e terminou sendo um dos melhores em campo, ao lado de Otacílio (o grande nome do jogo), Preto, Tácio e Hernandez, o artilheiro do dia.

Forte marcação

Desde o começo da partida que o Vitória empurrou o time do Bahia para o seu próprio campo. Pela primeira vez, nos sete clássicos realizados este ano, o rubro-negro ganhou amplamente o meio campo, principalmente em função da forte marcação imposta por Otacílio, Fernando, Tácio e Preto, que não deram folga aos jogadores do Bahia, antecipando quase todas as jogadas.
Somente na metade do primeiro tempo é que o time tricolor procurou reagir, com Lima tentando através de algumas faltas, mas todas cobradas sem direção. Vinícius colocou Robson Luís em condições de marcar, porém mais uma vez o atacante foi infeliz. O Vitória respondia com muito perigo, através de Cláudio e de Hernandez, que mesmo não jogando bem no primeiro tempo teve uma chance de ouro, que Mantena salvou. Quase no final do primeiro tempo Clébson teve a chance de abrir o placar, mas chutou fraco e Fábio Costa fez uma grande defesa.
No segundo tempo o Vitória voltou ainda mais decidido e o Bahia mais recuado. O resultado começou a ser delineado quando Fernando cobrou um escanteio na cabeça de Hernandez, que completou para o fundo das redes de Gilberto. Logo depois o bandeirinha anulou um gol de Cláudio, mas o Vitória continuou pressionando e, num vacilo total da defesa tricolor, Hernandez ficou livre para driblar o goleiro e fazer o segundo gol da partida, que terminou com o triunfo rubro-negro por 2x0.
Agora, para o Vitória chegar ao bicampeonato da Copa do Nordeste (venceu a primeira edição) basta derrotar o Bahia por qualquer placar, empatar ou até perder por um gol de diferença. Derrota por dois gols, no próximo domingo, na Fonte Nova, levará a disputa do título para os pênaltis.

Fonte: Jornal Correio da Bahia

Vitória mostra sua força dentro do Barradão. Time rubro-negro aproveita seu mando de campo, derrota o Bahia por 2x0 e fica com vantagem na Copa do Nordeste.

Dilton Cardoso

O Vitória aproveitou seu mando de campo, derrotou o Bahia por 2x0 ontem no Estádio Barradão e agora poderá perder até por um gol de diferença no jogo de volta, domingo, na Fonte Nova, que será bicampeão da Copa do Nordeste. O time tricolor terá que ganhar por três gols de vantagem, pois um triunfo por dois gols de diferença levará a decisão para a cobrança dos pênaltis. A diretoria, comissão técnica, os jogadores e torcedores do Vitória saíram do estádio indignados com a péssima arbitragem do pernambucano Wilson de Souza Mendonça, bradando que o juiz não marcou um pênalti de Wellington, anulou um gol legítimo de Cláudio, e ainda expulsou indevidamente dois jogadores rubro-negros (Elvis e Hernandez) no final.

O curioso placar de 2x0 deixou os torcedores do Vitória muito contentes, pois eles lembravam a todo o tempo na saída do estádio que este era o resultado que daria o título de bicampeão baiano ao clube, caso o Bahia não tivesse evitado a partida decisiva no Barradão, no dia 13, conseguindo uma liminar na Justiça Comum. O campeonato continua sub judice, apesar de o time de Joel Santana ter comemorado o título de 99. O público fraco de ontem (8.146 pagantes) que o torcedor baiano
não digeriu positivamente a briga dos dirigentes fora de campo.

O jogo - A ausência do craque Petkovic não deixou o Vitória mais fraco que o Bahia. A equipe rubro-negra fez um bom primeiro tempo e conseguiu ter o domínio das ações, embora não criasse muitas chances para marcar. O tricolor parece ter sentido mais os desfalques (Bebeto Campos, Izaías e Júnior) e não conseguiu produzir o mesmo bom futebol de outros Ba-Vis. O torcedor do
Vitória, porém, não teve muito o que comemorar nos primeiros 45 minutos, pois as jogadas realmente
perigosas foram poucas.

No segundo tempo, o panorama não mudou, com o Vitória jogando melhor. Entretanto, o tempo ia passando e nada de o time de Ricardo Gomes produzir situações agudas de gol. Domínio estéril. Só que aos 20 minutos, após uma cobrança de escanteio, através de Fernando, o atacante Hernandez - que até então era figura decorativa na partida - fez 1x0. Ele subiu mais que Clebson e cabeceou a bola para a rede da meta de Gilberto.

Aos 28 minutos, lance polêmico. O atacante Cláudio fez o segundo gol do Vitória, mas Wilson Mendonça anulou a jogada, atendendo ao assistente, que marcou impedimento. Os rubro-negros protestaram muito, alegando que Cláudio não estava impedido.

Aos 34 minutos, a defesa do Bahia parou após um lançamento em profundidade de Leandro para Hernandez. O zagueiro Wellington saiu para provocar o impedimento, mas não teve sucesso. Hernandez olhou para o assistente e conferiu: 2x0. Dois minutos depois, Uéslei jogou uma bola na trave. O meia-atacante tricolor ainda tentou fazer o gol após cobranças de falta, mas não teve êxito. Elvis entrou no lugar de Preto aos 43 minutos e dois minutos depois já acabava sendo expulso, prejudicando o Vitória. O artilheiro do jogo, Hernandez, acabou também sendo expulso no final da partida, por reclamações, após receber cartão amarelo. O jogador se queixou que recebeu uma cotovelada de Lima e ainda acabou fora de campo. O Bahia tentou reduzir o placar, mas o time rubro-negro conseguiu garantir o 2x0, que lhe dá a vantagem na partida na Fonte Nova.


VITÓRIA CAMPEÃO DA COPA DO NORDESTE 1999

Os Campeões - Ficha Técnica dos Campeões da Copa do Nordeste
(Com Poster).

Bahia 1 x 0 Vitória
Local: Estádio Fonte Nova - Salvador/BA.
Data: 27.06.99
Gols: Ueslei (Bahia).
Público: 40.354
Renda: R$ 211.752,50.

Bahia: Gilberto; Clebson (Vinícius), Júnior, Wellington e Jefferson; Marcão, Lima, Capixaba e Jorge Wagner; Robson Luiz e Uéslei. Técnico: Joel Santana.
Vitória: Fábio Costa; Eloy, Edinho Baiano, Moisés e Leandro; Preto, Tácio (Russo), Otacílio e Fernando; Kléber (Artur, depois Valdomiro) e Cláudio. Técnico: Ricardo Gomes.
Arbitragem: Francisco Dacildo Mourão, assistido por Benoni Barbosa Souza e Manoel Aguiar Silva (trio da Federação Cearense).

IMPRENSA
Fonte: Jornal Correio da Bahia

Bahia ganha por lx0 e Vitória é bicampeão do Nordeste.
Torcida voltou ao estádio e a Fonte Nova viveu um domingo de festa, com um grande clássico como nos velhos tempos.

Marcos Vita

Desta vez, não deu para os "cartolas" levarem o Ba-Vi final da III Copa do Nordeste para o "tapetão", como o fizeram com a decisão do Campeonato Baiano, há duas semanas. E, pela primeira vez este ano, ontem, na Fonte Nova, a fanática torcida desta terra - que colocou 40.354 pessoas nas arquibancadas, mesmo tendo gasto dinheiro no São João - pôde ver um time dar a volta olímpica no estádio e (aí vem a novidade) com a taça na mão. O Vitória perdeu de 1x0, mas levou o bicampeonato
nordestino - já havia vencido por 2x0 o jogo de ida, no Barradão - no melhor, mais catimbado e emocionante dos oito clássicos baianos disputados na temporada 99.

O alto comando do Bahia parecia querer redimir-se da lambança que ajudou a fazer na decisão do campeonato estadual e, antes do clássico, baixou pela metade o preço dos ingressos. Bastou o incentivo para que a torcida baiana voltasse em massa a fazer a festa na Fonte Nova. Nas arquibancadas, confiantes leões rubro-negros cantavam vitória desde o primeiro minuto de partida, sempre aos gritos de "bicampeão". No outro oposto, os superbahias buscavam na vibração o disfarce perfeito para o nervosismo.

Água no chope - Dentro das quatro linhas, o time do Bahia também sabia que a tarefa seria das mais árduas. Afinal, nada tão difícil quanto ganhar do rival por mais de dois gols de diferença, ainda mais numa partida decisiva. "O jogo será disputado, mas vamos partir com tudo para sermos campeões", dizia o garoto revelação tricolor Jorge Wagner, minutos antes de a bola rolar.

De fato, embalado pela necessidade, o Bahia começou arrasador e foi mais time no primeiro tempo. Não foi à-toa que o tricolor marcou logo aos 28 minutos, numa bem tramada triangulação entre Robson Luiz e Luís Carlos Capixaba, finalizada por Uéslei - até então apagado no jogo. É bem verdade que o esquema tático montado pelo técnico rubro-negro, Ricardo Gomes, por demais cauteloso - cinco jogadores no meio-de-campo e o zagueiro Eloy improvisado de lateral-direito, no lugar de Russo -, facilitou o trabalho do time tricolor, que foi para cima e só não fez mais gols por conta das intervenções do ótimo goleiro rubro-negro, Fábio Costa.

No segundo tempo, Ricardo Gomes percebeu os erros táticos e fez duas modificações que mudariam o rumo da partida - tirou o meia Kléber para colocar o atacante Artur e acertou a zaga, introduzindo o lateral Russo em lugar do meia Tácio, voltando Eloy para a retaguarda central. A partir daí, o jogo se equilibrou e começou a ficar truncado. Chegou ao extremo de trocas de pontapés entre os jogadores, sob o olhar complacente do juiz cearense Dacildo Mourão. Em meio ao festival de violência, o meia Lima, do Bahia, acabou sendo expulso aos 25 minutos do segundo tempo, selando de vez a
sorte do tricolor.

Naquele momento, a torcida rubro-negra, até então um pouco apreensiva com a possibilidade de o bicampeonato nordestino ir por água abaixo, recomeçou a cantar vitória. E tinha todo o direito para tanto. Ao final da terceira e mais emocionante final da Copa do Nordeste - todas disputadas pelo Vitória -, lá estavam eles comemorando. "A torcida está feliz. O Bahia foi um grande time durante toda a partida e isso engrandece a nossa vitória", resumia um dos heróis da partida, Fábio Costa, enquanto ia festejar o campeonato com os torcedores.


Fonte: Jornal A tarde

Vitória ganha Nordestão pela segunda vez.

Edmilson Ferreira

O time do Vitória mostrou que é o melhor da Copa do Nordeste, perdendo de 1x0 para o Bahia ontem, no Estádio da Fonte Nova, mas na combinação dos resultados - ganhou de 2x0 no Barradão - foi superior e conquistou o segundo título da competição regional. A torcida rubro-negra pôde soltar o grito de “bicampeão”, que ficou preso com a não-realização da final do Campeonato Baiano de 99 (está sub judice), comemorando o primeiro título profissional no ano do centenário do clube.
E antes de a bola rolar, a expectativa pela presença de Petkovic em Salvador foi dissipada nos vestiários. O sérvio realmente não veio. Assim, o técnico Ricardo Gomes lançou mão do que tinha e montou um esquema bastante defensivo, com apenas o garoto Cláudio no ataque. Afinal, a vantagem alcançada pelo Vitória no primeiro jogo garantia o título até com derrota pela diferença de um gol, o que acabou ocorrendo.
Ao Bahia só restava ir para o ataque e foi assim que o time tricolor procedeu desde o início do Ba-Vi. Com muita gente no meio de campo, a partida ficou truncada. As faltas se sucederam de lado-a-lado. O primeiro bom momento foi do rubro-negro, quando Fernando cobrou falta na área e Gilberto tirou a bola da cabeça de Edinho.

Tricolor melhor
No contra-ataque rápido, o Bahia levou perigo com Robson Luís. Preto cruzou a bola na área e, no corte errado de cabeça do assustado zagueiro Marcão, o meia Fernando chutou para fora. Lima cobrou falta com força e Fábio Costa encaixou a bola. O jogo se mostrava equilibrado, com chances de ambos os lados.
Lima cobrou falta na área e a bola passou por Fábio Costa, mas a zaga rubro-negro afastou o perigo. Clébson chutou forte e o goleiro rubro-negro espalmou a escanteio. O tricolor estava melhor em campo e, aos 28, Fernando errou um passe e deu de presente para Robson Luís. O toque foi primeiro para Ueslei, que passou na direita para Capixaba devolver na área e o artilheiro do Bahia fez 1x0, colocando a bola no canto direito de Fábio Costa.
Era tudo o que o técnico Joel Santana desejava: fazer pelo menos 1x0 no primeiro tempo. O Vitória reagiu e Cláudio deu um drible desconcertante em Marcão, chutando perigosamente sobre o travessão. Nos últimos minutos da etapa inicial, o rubro-negro esteve mais presente na área tricolor e criou dois bons lances com Kléber.
No intervalo, Ricardo Gomes tirou Kléber e colocou o centroavante Artur.
O objetivo era fazer com que Cláudio não ficasse tão isolado no ataque. Joel Santana não mexeu no seu time. Os duelos entre Cláudio x Wellington e Artur x Marcão passaram a ficar mais violentos.
Na falta de Otacílio em Jorge Wágner, Ueslei cobrou colocado e a bola passou com perigo à esquerda. O lateral-direito Clébson saiu contundido para a entrada do centroavante Vinícius, que em seu primeiro lance recebeu a bola na área, mas exagerou nos dribles, permitindo o corte de Moisés.
Outra falta em Jorge Wágner e desta vez Ueslei acertou no ângulo direito de Fábio Costa, que espalmou sensacionalmente a escanteio, garantindo o título rubro-negro. Logo depois, Lima fez falta por trás em Preto e foi acertadamente expulso de campo, facilitando ainda mais as coisas para o Vitória.
Mesmo com um jogador a menos, o Bahia ainda criou dificuldades para a zaga rubro-negra. Robson Luís ficou livre na esquerda, mas demorou para concluir e chutou a bola nas mãos de Fábio Costa. Depois, a pressão mudou de lado e foi a vez da zaga tricolor se segurar para evitar o gol de empate.
No vacilo de Júnior, o atacante Cláudio entrou na área e bateu para a defesa salvadora de Gilberto. A chance do Bahia apareceu no cruzamento de Vinícius, mas a bola passou por entre as pernas de Jefferson. No contra-ataque, o Vitória perdeu um gol incrível. Valdomiro ficou frente-a-frente com o goleiro tricolor e chutou sobre o travessão.
Preto chutou forte e Gilberto fez nova defesa. O banco de reservas já estava quase invadindo o campo, quando o árbitro Francisco Dacildo Mourão apitou o final da partida. Festa merecida para o Vitória, com a torcida vibrando nas arquibancadas e nas ruas de Salvador, que ficou colorida devermelho e preto.

A equipe do Vitória esta classificada para a Copa Conmebol em 1999 e para a Copa dos Campeões envolvendo os campeões dos torneios regionais de 1999, ainda sem data marcada pela CBF.


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