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TURISMO
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Economia Colônial A economia regional foi marcada inicialmente pela lavoura canavieira e pela indústria açucareira com o uso significativo de mão-de-obra escrava. No início do século XIX, a economia passou gradativamente da monocultura açucareira para a monocultura cafeeira e em 1830, o café já estava consolidado. 24 anos depois, havia em Campinas 117 fazendas com a produção anual de mais de 3 mil arrobas de café. Logo em seguida, os imigrantes europeus já estavam substituindo a mão-de-obra escrava nas fazendas e ferrovias. Apesar de ser uma sociedade conservadora devido à monocultura, ao patriarcalismo e à escravidão, a agricultura desenvolveu o setor terciário (comércio e finanças) acumulando capital. Em suma: criou uma infra-estrutura capaz de organizar e alavancar o crescimento industrial à partir do final do século XIX. Campinas só se tornou um grande município porque no século XVIII investiu na lavoura canavieira e à produção do açúcar. Em 1797, com as rendas públicas atingindo RS 50$000, com mais de 400 casas, totalizando 2107 habitantes e muitos líderes regionais que podiam se encaixar nos cargos da República, a então Freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Campinas do Mato Grosso começava a sua emancipação política, desmembrando-se de Jundiaí. Os integrantes do governo municipal eram praticamente obrigados a se instalarem em Jundiaí, o que causava sérios embaraços aos lavradores engenheiros em função da Freguesia ser dependente da cidade nos aspectos político e econômico. Por isso, os moradores da Freguesia decidiram enviar, em 1797, uma petição ao governador da capitania de São Paulo, Morgado de Mateus, que começava assim: "Dizem os moradores da nova Freguesia de Campinas do termo de Jundiaí, que consta do assinado junto, que se vêm vexados em servirem aos cargos da República da dita Vila por morarem desviados da mesma 8, 10, 12, 14 léguas, no que sentem gravíssimos prejuízos nas suas lavouras por serem engenheiros". A palavra engenheiro significava proprietário de engenho. Fase Colonial da Sociedade campineira A sociedade colonial começou no final da década de 30, ainda no século XVIII e durou até 1850. É nessa fase que a cidade surge e se desenvolve em termos políticos e econômicos. Há uma concentração de pessoas das mais variadas categorias e procedências, desde os mais pobres, até a camada aristocrática, que deteve o poder de decisão durante todo o século XIX. Essa sociedade também era composta por muitos escravos que serviam de mão-de-obra em toda a região. No início, os povoadores eram lavradores que desenvolviam atividades de agropecuária e agricultura baseada na economia de subsistência. Com a produção excedente, Campinas começa a se regionalizar, gerando uma infra-estrutura comercial e um centro econômico desde o sul de Minas Gerais ao Interior. Mas o que desenvolveu a cidade à partir da segunda metade do século XVIII é a lavoura de exportação de cana-de-açúcar, produto que vai abastecer a economia local durante mais de um século, colocando a cidade no circuito capitalista mundial do Porto de Santos à Europa. Os chamados engenheiros do açúcar, donos de grandes propriedades, é que fortalecem o mercado econômico de forma rápida e investindo na mão-de-obra escrava nos canaviais. Não é à toa que Campinas foi considerada o maior centro escravista do país, em um período tenebroso. Vale lembrar que neste período, mais da metade da população existente era escrava. Antes de todo o crescimento político e econômico, Campinas era uma cidade acanhada, despojada, sem estilo de vida, com ruas estreitas, becos e com grandes lacunas em sua planta urbana. A construção do Teatro São Carlos, em 1850, simboliza a ruptura econômica e o açúcar cede espaço para o café, muito mais lucrativo. A cultura cafeeira do Vale do Paraíba com as famosas terras roxas, chega enfim à região de Campinas. Não é novidade que o Baronato do Café era uma sociedade mais refinada que a anterior. Essa nova elite local dominava a cidade que passou a ser conhecida como centro agrícola e comercial. Depois da fase senhorial dos barões endinheirados surge a modernidade com a ascensão capitalista formada por migrantes e trabalhadores livres. Em 1870, a sociedade passa a exigir uma cidade mais higienizada e equipamentos urbanos capazes de suprir as necessidades da cidade. Nesta época, Campinas ganha o codinome de "Princesa DOeste" |