- Cerrado -
Pequenas árvores de troncos torcidos e recurvados e de folhas grossas, esparsas em meio a uma vegetação rala e rasteira, misturando-se, às vezes, com campos limpos ou matas de árvores não muito altas (máximo de 5m de altura) esses são os Cerrados, uma extensa área de cerca de 200 milhões de hectares, equivalente, em tamanho, a toda a Europa Ocidental. A paisagem é agressiva, e por isso, durante muito tempo, foi considerada uma área perdida para a economia do país. O cerrado cobre parte dos estados de Minas Gerais, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e grande parte de Goiás e Tocantins. Também é visto em São Paulo e no Paraná.
Entre as espécies vegetais que caracterizam o Cerrado estão o barbatimão, o pau-santo, a gabiroba, o pequizeiro, o araçá, a sucupira, o pau-terra, o angico, a copaíba, o ipê-amarelo, o ipê-roxo, a catuaba, a peroba-do-campo e o indaiá. Os troncos são retorcidos, pois o fogo queima os pontos de brotação (gemas) Assim, a cada ano, saem brotos nas laterais do tronco, causando o ser torcimento. Debaixo dessas árvores crescem diferentes tipos de capim, como o capim barba-de-bode e o capim-flecha, que pode atingir uma altura de 2,5m. Onde corre um rio ou córrego, encontram-se as matas ciliares, ou matas de galeria, que são densas florestas estreitas, de árvores maiores, que margeiam os cursos dágua. Nos brejos, próximos às nascentes de água, o buriti domina a paisagem e forma as chamadas veredas de buriti.
Os Cerrados apresentam relevos variados, embora predominem os amplos planaltos. Metade do Cerrado situa-se entre 300 e 600m acima do nível do mar, e apenas 5,5% atingem uma altitude acima de 900m. Em pelo menos 2/3 da região o inverno é demarcado por um período de seca que prolonga-se por cinco a seis meses. Neste período é comum a ocorrência de queimadas. E existem algumas plantas que costumam florescer sempre após uma queimada! Seu solo esconde um grande manancial de água, que alimenta seus rios.
Na fauna, podemos citar: o porco-do-mato, o lobo-guará, o rato-do-mato, a capivara, o sagui, o guaxinim, o macaco-prego, a jararaca, a jibóia, a sucuri, os cágados e jabutis, o pica-pau, a coruja, a siriema, a gralha, a ema (maior ave das Américas), onça-pintada entre outros embora muitos dos citados anteriormente estejam em extinção. Vê-se muitos cupinzeiros - casas de cupins que são verdadeiras elevações de terra - onde os tamanduás atacam para fazer sua alimentação.
A presença humana na região data de pelo menos 12 mil anos, com o aparecimento de grupos de caçadores e coletores de frutos e outros alimentos naturais. Só recentemente, há cerca de 40 anos, é que começou a ser mais densamente povoada. Esse povoamento vem provocando problemas como o desmatamento excessivo que está levando o solo do cerrado ao esgotamento e à erosão, com riscos de desertificação.
Área total:
aprox: 2.100.000 km2