H geocities.com /Colosseum/Midfield/7806/japao/jp040798.htm geocities.com/Colosseum/Midfield/7806/japao/jp040798.htm .delayed x J Kn OK text/html j b.H Tue, 13 Oct 2009 13:56:18 GMT d Mozilla/4.5 (compatible; HTTrack 3.0x; Windows 98) en, * J
A seguir, outra criança anunciou a minha apresentação sobre o Br. Falei durante uns 20min; mostrei mapas, bandeiras, camisetas, fotos... Quando terminei, espaço para as crianças metralharem suas perguntas; elas perguntaram de tudo: fruta mais famosa, temperatura, time de futebol, tipos de carros, língua, para que série eu lecionava... Foram apenas 20min, mas não consegui responder a todos (aqui segue-se horários rigidamente); as crianças apresentaram uma pequena música para mim; todos se levantaram, se aglomeraram, e, em posição de sentido, entoaram uma música de nome "crianças do mundo". Uma turma de Jardim de Infância entrou na sala para assistir o resto do encontro.
Em contato anterior, a professora havia pedido que eu ensinasse uma brincadeira, algo que eu costumava fazer com meus alunos. Escolhi a música "Anda" que mescla música e movimento. Essa era a hora de ensinar; eu havia impresso a letra da música em português, escrita em katagana (alfabeto usado para escrever palavras estrangeiras) e ao lado, a tradução para o japonês. Cantei a música algumas vezes e pedi que as crianças repetissem comigo, ainda sentadas. A melodia é facil e a repetição das palavras também facilita o aprendizado. Pedi para as crianças levantarem e acrescentamos os movimentos; em pouco tempo estavam todos cantando e se movimentando descontraidamente, mas, é claro, o sotaque da língua era muito forte. Cantamos várias vezes e as crianças também sugeriram movimentos; foi um momento de descontração e as crianças sorriam, felizes.
Não havia mais muito tempo; a aula acabava às 11h30; então, paramos, nos sentamos e uma criança disse que quem havia trazido presente para mim, poderia entregá-lo nessa hora; recebi algumas dobraduras em papel, um broche e alguns adesivos infantis. Agradeci e despedi-me das crianças. Enquanto elas colocavam as cadeiras no lugar, uma aproximou-se e pediu que eu assinasse o papel com a letra da música, que deixei de presente a eles. Claro que o fiz com muito gosto, mas, a fila logo cresceu; até as crianças que já estavam saindo da sala voltaram para pedir que eu "autografasse" aquele pedaço de papel. Estranha experiência para uma simples professora do outro lado do mundo! Mas, atendi a todos. A professora agradeceu-me e eu fiz o mesmo; coloquei-me à disposição para novos encontros assim e combinamos de manter contato.
Esse tipo de encontro é muito importante; as crianças japonesas nao têm noção do meu amado país, não sabem nem mesmo o nome da língua materna do Brasil! Na verdade, o conhecimento do Br que elas têm é futebol, apenas isso. Assim, fico muito contente quando posso visitar escolas e mostrar outras facetas do Br para essas crianças. Tambem é interessante para observar a relação professor-aluno aqui no Japão. Na universidade há uma enorme diferença, o professor está num pedestal; na escola primária, tive a mesma impressão; o professor está muito distante das crianças. O sistema japonês é muito rígido e na escola primária não é diferente, infelizmente. O aprender com prazer não é uma teoria aplicada aqui, inclusive, parece que os japoneses não conhecem as teorias mais afetivas e flexíveis em relação à educação. Tudo aqui é um tanto rígido demais para o meu gosto, inclusive na escola primária.
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Last Updated November 2, 1998 by Ângela Musskopf
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