Alguns verbos transitivos directos não ficam com o seu sentido claramente definido, apenas com a indicação do respectivo complemento directo. Quando dizemos

Os eleitores elegeram Pedro.

é evidente que parte da informação necessária à cabal compreensão da frase é omitida. Essa informação em falta poderá ser suprida pelo contexto, ou, então, terá que ser introduzida na frase através de um elemento suplementar, a que chamamos predicativo do complemento directo.

De facto, verbos como "eleger", "nomear" e outros, exigem, não apenas a indicação do ser sobre o qual recai a acção, mas também a especificação da própria acção (eleger para.../como...).

Os eleitores elegeram Pedro presidente da câmara.

ou

O líder da bancada deu a votação como perdida.

Por vezes, o predicativo do complemento directo é introduzidos pelas preposições como e por.

A turma elegeu o António como delegado.

Quando a frase assume a forma passiva, o complemento directo transforma-se em sujeito e, portanto, o predicativo do complemento directo dá lugar ao predicativo do sujeito.

O eleitorado escolheu Jorge Sampaio como presidente da república. (p.c.d.).
Jorge Sampaio foi eleito pelo povo presidente da república. (p.s.)

Em esquema, temos:

Por vezes, os verbos transitivos directos têm que receber um elemento que especifique a acção expressa; é o chamado predicativo do complemento directo.

O predicativo do complemento directo pode ser introduzido pelas preposições como e por.

Na forma passiva, o predicativo do complemento directo dá lugar ao predicativo do sujeito, porque o complemento directo se transforma em sujeito.