Os Contratorpedeiros
O primeiro torpedo moderno foi criado por uma idéia conjunta entre Robert Whitehead e um oficial da marinha austríaca. A idéia do oficial era levar um navio carregado de explosivos e auto dirigível até o inimigo e utilizando-se de um detonador explodi-lo perto do inimigo. Whitehead ampliou essa idéia e construiu um míssil que poderia se deslocar embaixo da água. Esse foi o primeiro torpedo que tinha três metros de comprimento por trinta e cinco centímetros de diâmetro, propulsado a ar comprimido.
Vários navios foram testados para se tornarem torpedeiros. Em 1870 os torpedos eram lançados por tubos colocados no convés de vante e de ré. Depois passaram a utilizar tubos embebidos na estrutura dos navios à proa.
Essa nova tecnologia causar a criação de novas tecnologias. Pensou-se em parar de construir encouraçados, pois estes já não eram tão invulneráveis. Porém, começaram a encouraçar os navios também abaixo da linha da água. Os franceses rápidos torpedeiros e em contra partida os ingleses criaram navios muito velozes com três lançadores chamado contratorpedeiro.
Os primeiros TB ( Torpedo Boat Destroyer) tinham muitas falhas em seus projetos, eram muito grandes e qualquer mar lavava os navios. A partir de 1899 os alemães passaram a construi-los com a proa alta e estes navios passaram a ser tão secos que os inglese construíram 36 destes.
A autonomia e tamanho modesto dos contratorpedeiros durante a Primeira Guerra tendia a deixá-los com restrição às proximidades do corpo principal da esquadra.
Os ataques em massa dos torpedeiros que foram muito praticados e comentados nos dias que antecediam Primeira Guerra, não ocorreram durante estas com exceção de Jutlândia.
Mesmo assim a simulação de ataque dos contratorpedeiros era suficiente para que encouraçados batessem em retirada. Com a experiência dos ingleses em construção de contratorpedeiros. O salto inglês para a classe Tribal não foi muito difícil.
Na Segunda Guerra mundial, olhando pela vista dos contratorpedeiros foi bem diferente da primeira guerra. Nos primeiros conflitos sues tamanhos e autonomia modestos limitaram-nos a apoio a esquadra e trabalhos em águas próximas, apesar disso, eram capazes de ações mais independentes. Os mais novos contratorpedeiros passaram a fazer operações com as esquadras e os mais velhos a acompanhas comboios.
Entrou em cena também o contratorpedeiro classe Hunt, com casco pequeno podendo atuar como A/S e A/A. A marinha americana também instituiu um grande programa de contratorpedeiros de escolta os DE (Destroyer-escort). Fizeram 565 deles.
Na guerra o ataque torpédico em massa foi bem, mais teórico que real. Apesar disso houve ataques clássicos como ao Bismark e o Hagura. Nas batalhas de Salomon os contratorpedeiros japoneses mostraram-se formidáveis, uma constante ameaça. Os mais afetados pelos torpedeiros foram os aviões e os submarinos, pois estes não tinham defesas contra os torpedeiros.
Apesar de aos poucos estar se tornando mais claro que as fragatas, apesar de bem menos fascinantes eram bem mais úteis que os contratorpedeiros, os Estados Unidos durante a guerra desenvolveram uma extensa produção
Em 1942 a marinha Britânica fez planos para reformar a sua frota de contratorpedeiros, mas só se concluiu após a Segunda Guerra. Destacavam-se por possuírem uma bateria principal de canhões de 4.5 e um pesado armamento A/A dirigido por radar, com canhões de 40mm a ré para opor ameaças a ataques aéreos.
Os alemães construíram contratorpedeiros para a guerra com cinco canhões de 5.9. dotados de velocidades de 38 nós, podiam ter causados transtornos muito maiores se tivessem sido utilizados com mais criatividade.
A força russa de contratorpedeiros reforçada por alguns transferidos pelos Aliados não adiantou muita coisa.
No final da guerra o contratorpedeiro convencional tinha chegado ao fim.aos poucos os Estados Unidos e a Inglaterra fez os últimos que estavam programados e não mais lançaram novas classes. porém na Europa houve o lançamento de novas classes como os Surcoufs franceses e sucessivas classes suecas como o magnifico Ostergotlands. A surpresa soa anos 50 foi o grupo de Skoryis produzidos pela marinha russa. Mais 70 foram construídos e deram aviso à expansão que viria com seus cruzadores, eles no final da construção estavam obsoletos afinal de contas o Estados Unidos já possuíam os sistema Terrier SAM no seu contratorpedeiro Gyatt da classe Gearinhg. Esses contratorpedeiros SAM foram projetados para combaterem contra aviões de grande autitude lançadores de bombas nucleares. Nesses anos de GuerraFria a Rússia por não ter tanta experiência com contratorpedeiros desenvolveu seus submarinos e aperfeiçoou mísseis para minimizar suas desvantagens face as plataformas americanas. Esses países: Estados Unidos e Inglaterra para se defenderem dos submarinos russos transformaram grande parte dos contratorpedeiros em A/S, aparelhados com ASROC.
Na Inglaterra esses navios eram chamados fragatas. Nesta época a diferença entre contratorpedeiros e fragata era apenas a nomenclatura. Os contratorpedeiros tendia a ser maiores e mais rápidos, usados para serviço de grupos tarefa, em vez da rotineira escolta.
A Rússia implementou em seus navios os SSM e os SAM tornando seus navios multitarefa. Já os Estados Unidos demoraram a agir no mesmo sentido tendo em vista a sua grande força de porta-aviões. Porém com a redução destes passou a abrigar helicópteros nos contratorpedeiros.
As marinhas européias por sua carência de porta-aviões também deram prioridade a helicópteros embarcados. A marinha japonesa é orientada para a defesa anti-submarina, utilizando-se de contratorpedeiros e não de fragatas.
Os Estados Unidos com seu projeto dos Belknops desenvolveram novos contratorpedeiros, usando este nome por não possuírem sistema de mísseis de médio alcance.
No Brasil os contratorpedeiros foram incorporados da esquadra americana . Esses contra torpedeiros da Segunda Guerra formaram aqui a classe Pará. Mas antes houveram outros como o atual navio museu Bauru. Os contratorpedeiros Pará, de apenas um eixo desenvolvem grande velocidade e possuem um sonar com notável eficiência. Apesar de antigos são usados na esquadra brasileira nas guerras A/S.