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Geografia Geral - Globalização
CAPITALISMO
O QUE É? "É o sistema sócio-econômico em que os meios de produção são propriedade privada de uma classe social em contraposição a outra classe de trabalhadores não-proprietários". (Paul Singer) QUANDO SURGIU? O capitalismo, como sistema econômico e social, passou a ser dominante no mundo ocidental a partir do século XVI. ONDE? A transição do feudalismo para o capitalismo, porém, ocorreu de forma bastante desigual no tempo e no espaço: foi mais rápida na porção ocidental da Europa (Inglaterra, França, Alemanha, Bélgica ...) e muito mais lenta na porção central e na oriental ( Polônia, Hungria, Romênia, Iugoslávia, Ucrânia). PORQUE? O capitalismo evolui à medida que novas dificuldades surgem. O sistema capitalista é dinâmico. Devido à sua origem muito antiga (séc. XVI), tem um forte contexto histórico-cultural, principalmente na Europa Ocidental e na América Anglo-saxônica. Gradativamente se sobrepôs a outras formas de produção (feudalismo, mercantilismo ...). Em sua fase Industrial, torna-se hegemônico, a nível mundial. DESENVOLVIMENTO DO CAPITALISMO: Divide-se em três fases: CAPITALISMO COMERCIAL -Feudalismo -Mercantilismo expansão marítima da Europa, acumulação primitiva de capitais; -Colonialismo partilha da América; CAPITALISMO INDUSTRIAL -PrimeiraRevoluçãoIndustrial Carvão, Têêxtil, Naval, Petroquímica (RU, França, Alemanha, EUA, Japão, Canadá, Rússia). -Liberalismo (liberdade de mercado, livre concorrência etc.); -Imperialismo = séc. XVIII a meados do séc. XX (monopólios e oligopólios, trustes e cartéis); -SegundaRevolução Industrial Petróleo, Eletricidade, Química, Motor (EUA , Alemanha). CAPITALISMO FINANCEIRO Continuação do Liberalismo e Imperialismo. -Keynesianismo (anos 1940 e 1950) intervenção do Estado na economia. -Descolonização (após 1950) Subdesenvolvimento Conglomerados, NIC's. -TerceiraRevolução Industrial Anos 70 em diante; Período técnico-científico; EUA, Japão. -Neoliberalismo (anos 70 ...) M.Thatcher(ReinoUnido). R. Reagan (EUA). Helmut Kohl (Alemanha) - Globalização da economia Colapso do socialismo (final dos anos 80); Fim da União Soviética (1991). CARACTERÍSTICAS DO CAPITALISMO: Estrutura de propriedade Predomínio da propriedade privada; Os meios necessários para a produção pertencem aos agentes econômicos privados (fábricas, terras, máquinas, usinas, portos, ferrovias etc.); Em muitos países o Estado é dono de muitos meios de produção(empresas estatais)em setores básicos e de infra-estrutura. Objetivo => Obtenção de lucros. Detalhe: enquanto uma empresa privada pode ir à falência, uma empresa estatal normalmente recebe ajuda financeira do governo (contribuinte). MECANISMO DE FUNCIONAMENTO DA ECONOMIA: Lei da oferta e da procura; Livre concorrência; Detalhe: no capitalismo surge o Monopólio, o Oligopólio, o Cartel e o Truste. Monopólio Situação em que uma única empresa domina a oferta de determinado produto ou serviço. Quando o mercado é dominado por uma estrutura monopolista, os preços são fixados pela empresa monopolizadora e não pelas leis de mercado, o que garante-lhes enormes lucros. A maioria dos países têm leis que impedem a formação de monopólios. Oligopólio Conjunto de empresas que domina determinado setor da economia ou produto colocado no mercado. Em geral, impõe preços abusivos e elimina a concorrência, através da aquisição de empresas (concorrentes). As empresas oligopolistas, estabelecem cotas de produção (isso eleva os preços) e a divisão territorial do mercado consumidor entre si, com o objetivo de aumentar o lucro. Isso ocorre principalmente nos setores da economia que exigem grandes investimentos, como a indústria automobilística, a química, a farmacêutica, de eletrodomésticos etc.. Cartel Conjunto de empresas que atuam no mesmo setor da economia e estabelecem acordos visando o aumento da margem de lucros (panificadoras). Adotam a seguinte estratégia: estabelecem cotas de produção, controle dos preços, controle das fontes de matéria-prima (cartel de compradores) e divisão de mercado. Trustes Associação financeira que realiza a fusão de várias empresas em uma única. Organização financeira que dispõe de grande poder econômico. Exemplos: fusão da Mercedez-Benz com a Ford; de grandes bancos internacionais. RELAÇÃO DE TRABALHO: Predomínio do trabalho assalariado; Também ocorrem relações não-capitalistas de trabalho: parcerias, arrendamentos, escravidão e trabalho forçado por dívida. MEIOS DE TROCA E INSTRUMENTOS DE CRÉDITO: O dinheiro é o principal meio de troca; Instrumentos de crédito: O cheque; O cartão bancário (dinheiro virtual); O cartão de crédito (visa, credicard etc..); A Duplicata; A Nota Promissória. RELAÇÃO SOCIAL: Divisão de classes: burguesia e proletariado; Concentração de renda; Desigualdades Sociais; Aumento da distância econômica entre ricos e pobres não só nos países subdesenvolvidos.
O ESPAÇO GEOGRÁFICO
1.1. CONCEITUAÇÃO: resultado da AÇÃO do HOMEM (ou TRABALHO) sobre o MEIO ECOLÓGICO, condicionada e regulada pelas instituições sociais (Família, Escola, Igreja,Estado, Empresa), pelas infraestrutura (criações materiais da sociedade), pela supraestrutura (componentes espirituais da cultura), pelos costumes (formas não institucionais de comportamentos) e pela evolução histórica e tecnológica do homem. O espaço geográfico compreende os ESPAÇOS DA PRODUÇÃO (agrícola e industrial), da CIRCULAÇÃO e CONSUMO (meios de transportes, comércio) e o das IDÉIAS (= mídia que induz ao consumo, estimulando a produção, a circulação e o consumo de mercadorias). Estes espaços interagem uns com os outros através dos tempos. O trabalho humano (uso da energia física e mental para exercer atividades primárias, secundárias e terciárias) sofre as influências do meio ecológico, como o relevo (as atividades humanas se exercem principalmente em planícies e planaltos), a hidrografia (rios: transportes, hidreletricidade, irrigação), os climas (influem no ciclo vital e sazonalidade das plantas), a vegetação (as formações vegetais florestais, arbustivas e herbáceas condicionam a ocupação humana), os solos (fertilidade natural diminui os custos de produção agrícola, já a fertilidade diferencial está relacionada à distância do mercado consumidor, aplicação de tecnologia...). ® A ação do homem é cada vez mais GLOBALIZADA E MULTIPOLAR, em virtude da ação das transnacionais (com sua tecnologia),dos bancos internacionais (com seus empréstimos subjugam os países pela dívida externa) e dos fundos de pensão e de investimentos (comprando ações nas bolsas e títulos no mercado financeiro), que são agentes do neocolonialismo.Esta globalização ampliou-se com a Revolução Científica e Tecnológica (após l970, iniciando a III Revolução Industrial nos países centrais).
1.2. VARIAÇÃO HISTÓRICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO Na medida em que evolue, o Homem vai criando novas técnicas com seus instrumentos de produção. Estas técnicas vão se superpondo, antigas com as novas, até que aquelas percam sua utilidade e não se adaptem às realidades presentes. Geralmente são os grupos hegemônicos que marcam sua presença no espaço geográfico e exercem domínio sobre o conjunto geral das pessoas que constituem a sociedade. ® Tempos Primitivos - O fato mais importante foi a Revolução Neolítica, tendo como base a agricultura que criou excedentes de produção, gerando o comércio e novas classes sociais (elites de sacerdotes, reis, escribas, militares dominando as massas de camponeses e artesãos); além de sedentarizar os grupos humanos, que criam novas técnicas (fundição de metais, tecelagem) e domesticam animais para melhorar sua eficiência produtiva. ® Na Antiguidade destacamos as civilizações de regadio do Egito (às margens do Nilo), da Mesopotâmia (rios Tigre e Eufrates), da Índia e China; e, no Ocidente, as civilizações clássicas da Grécia e Roma, que foram as bases da civilização ocidental e cristã da atualidade. ® Na Idade Média o espaço da produção era basicamente agrícola, chamado de feudalismo, que vai conviver com o capitalismo comercial a partir do século XII. A partir daí o comércio europeu desenvolveu-se em duas áreas: Sul da Europa, no Mar Mediterrâneo (com Gênova, Veneza, Florença) e N da Europa com as manufaturas de Flancres (N da Bélgica) e da Hansa Teutônica. Ao longo das rotas comerciais surgiram cidades e feiras. ® Idade Moderna - séc. XV (Grandes Invenções e Navegaçõões) ao séc. XVIII.
® Idade Contemporânea (do séc. XVIII até hoje)
Fases da Revolução Industrial :
o II Guerra Mundial (1939-45) - da bipolaridade à multipolaridade] - Os efeitos desta guerra foram: aniquiilamento da Europa (daí o Plano Marshall norte-americano para sua recuperação econômica; Europa fraca não mantém colônias, ocorrendo o movimento de descolonização na África e Ásia); começou a bipolarização do mundo entre as superpotências EUA (capitalismo) x URSS (socialismo), competindo entre si na chamada Guerra Fria e dividindo a Europa, a Alemanha e do mundo em suas áreas de influência. A Europa Ocidental (capitalista), sob influência americana, criou uma aliança econômica (MCE) e militar (OTAN); por outro lado, a Europa Oriental (socialista), sob influência soviética, criou uma aliança econômica (COMECON) e militar (Pacto de Varsóvia).A Guerra Fria foi montada sobre um grande arsenal nuclear (o chamado "equilíbrio do terror") desenvolvido pelas duas superpotências e criado por seus complexos industriais militares. As pesquisas nucleares e espaciais usadas para fins bélicos, paradoxalmente, foram os fundamentos da atual Revolução tecnocientífica.
o Revolução Médico-sanitária (década de 50) acarretou a explosão demográfica nos países subdesenvolvidos (aumento vertiginoso de sua população) criando desafios a serem resolvidos até hoje (serão estudados na Unidade III).
o Supremacia norte-americana - iniciou-se desde o final do século XIX graças a conjugação de uma política protecionista, ao grande mercado interno e à concentração vertical de empresas com os trustes.Se cristalizou, porém, após a II Guerra Mundial, como foi demonstrada: pela imposição do Acordo de Bretton Woods (dólar tornou-se o padrão internacional monetário das relações de troca entre países capitalistas, sendo conversível em ouro na proporção US$ 35= 1 onça de ouro); ? pela criação do FMI e do Banco Mundial para evitar depressões e fazer empréstimos a países em crise; ? pela influência geopolítica sobre Europa Ocidental e Japão x URSS (na Guerra Fria); ? pela revitalização de indústrias tradicionais norte-americanas, que transferem filiais para países subdesenvolvidos da América Latina (Brasil, México, Argentina), acarretando mudanças na divisão internacional de trabalho. Esta época da Guerra Fria é considerada a Velha Ordem Mundial. A partir de 197l, porém, começa uma nova fase desta hegemonia norte-americana, quando o Presidente Nixon suspende a conversibilidade do dólar em ouro - a partir daí o capital especulativo ou volátil (que busca apenas lucros desmedidos) passa a ser negociado desenfreadamente nas bolsas do mundo. A hegemonia industrial passou a ser mais especulativaDesde 1973, segundo a economista Maria da Conceição Tavares (FSP- 14/9/97), os EUA sofreram desequilíbrios comerciais frequentes, aumentando a dívida pública interna junto aos bancos e fundos de pensão, que se tornaram instrumentos de "regulação" dos mercados monetários e financeiros internacionais - o prejuízo sofrido no mercado internoo norte-americano foi compensado pela especulação em títulos em bolsas (com ações mais baratas) e mercados de câmbio (com moedas de menor valor) e juros (mais altos que nos EUA) de outros países. Houve novas crises da Bolsa de Nova Iorque, como a de 1987, socorridas pelo marco alemão e o yen japonês (bancos japoneses detem grande quantidade de títulos da dívida pública interna dos EUA). A partir da década de 80 inicia-se o neoliberalismo com o Presidente Reagan (dos EUA) e Margareth Thatcher (do Reino Unido) contra o keynesianismo (que cerceava o livre mercado e mediava as relações capital-trabalho) e o Estado do Bem-Estar Social (gastos com benefícios sociais aumentou a carga tributária sobre os contribuintes e acarretou déficits públicos, estes gerados também pelos investimentos bélicos em face da Guerra Fria). O neoliberalismo caracteriza-se pelo livre-cambismo, privatização de empresas estatais, redução do poder sindical e pelo desemprego.
o Nova divisão internacional de trabalho - representa a hierarquização de produção e comércio entre os países, que mudou após a II Guerra, pois alguns países periféricos da América Latina e depois os Tigres Asiáticos, que se industrializaram, apresentaram mudanças estruturais em suas balanças comerciais, exportando produtos secundários. Antes desta Guerra só exportavam produtos primários. Mesmo assim, estes países emergentes continuam subjugados economicamente (causa: dívida externa contraída com bancos internacionais para executar política desenvolvimentista na América Latina) e tecnologicamente (devido a presença das transnacionais- que com sua tecnologia tradicional se transferiram para América Latina após a II Guerra Mundial). A divisão de trabalho é uma forma de cooperação social que exige a especialização e a interdependência de funções. O capitalismo a estimulou, na medida em que se criam técnicas para cada setor de produção, a fim de aumentar sua produtividade e os lucros dos proprietários dos meios de produção. Nas fábricas ocorre a divisão técnica de trabalho, cujas formas típicas atuais são o just-in-time (mercadorias devem ser entregues aos clientes com qualidade e respeito aos prazos, respeitando a originalidade e criatividade dos agentes produtivos) e o consórcio modular (os módulos ou fornecedores fabricam cada um dos componentes da linha de montagem do produto). Just-in-time e consórcio modular são métodos de gerenciamento industrial, criados atualmente, para reduzir custos de armazenamento de peças e atender o mercado de acordo com suas necessidades. Ao conjunto de características geopolíticas e econômicas planetárias reveladoras de uma situação de equilíbrio de poder entre as potências dominantes chamamos de Ordem Mundial ou Internacional. A Velha Ordem Mundial compreender a Ordem da I e II fases da Revolução Industrial e a da Guerra Fria. A partir daí verificamos a formação da Nova Ordem Mundial com a globalização e seus aspectos.
o Regionalização e globalização dos Mercados - A regionalização consiste na eliminaçção das barreiras alfandegárias, diminuindo os custos de comercialização e aumentando o poder de competição internacional das empresas. Através da regionalização harmonizam-se os interesses dos Estados (mantendo a soberania política e arrecadando mais impostos) e das grandes empresas. A globalização representa o aumento dos fluxos de produtos e capitais entre megablocos regionais, obtendo maior retorno do capital investido pelas empresas. Até hoje a globalização representou a formação de blocos de países, ou "fortalezas", com seus mercados fechados ao exterior. A globalização foi facilitada pela modernização dos meios de transportes e comunicações e se liga à necessidade de um retorno mais rápido dos imensos capitais destinados às pesquisas/ Em verdade, a globalização é uma nova face do imperialismo resultante do neocolonialismo, através das transnacionais, bancos internacionais e os fundos de pensão e investimentos. Além disso, a globalização se caracteriza pela integração planetária de bolsas e mercados de câmbio e títulos financeiros baseados em capital especulativo; pela aceleração das pesquisas científicas e tecnológicas para aumentar a produtividade e competitividade das grandes empresas, mas exigindo muito investimento e daí a necessidade de expandir o mercado; pela política neoliberal (abertura comercial e financeira dos países ao mercado externo, privatização de empresas públicas nacionais, afastamento do Estado em relação à produção dentro dos mercados nacionais- o resultado desta política foi o enfraquecimento do Estado, o aumento do desemprego, a falência das empresas nacionais diante da concorrência internacional). Os efeitos da globalização: crescimento da dependência econômica e tecnológica dos países periféricos e ampliação do colonialismo dos países centrais (exercendo domínio no plano econômico, tecnológico e ideológico); padronização de formas de consumo (ex.: moda, hábitos de consumo e alimentação): diminuição da autonomia dos Estados em suas políticas internas; especialização de espaços de produção: criação de nova divisão internacional de trabalho; a C&T aumentou a produtividade mas dificultou o acesso ao mercado de trabalho (daí o desemprego, a pobreza e surgimento de grupos neonazistas e neoludistas), modernização dos meios de transportes e comunicações (facilitando a internacionalização do capital, especialmente o especulativo). As grandes empresas criaram a estratégia global de produção, decompondo o processo produtivo em partes.
OMC ou regionalização? Uma das características da globalização, como já vimos, é a formação dos blocos econômicos regionais. Seriam eles rivais da OMC? Na verdade, são processos de comércio diferentes. Porém, se por um lado a formação de blocos favorece o livre-comércio, como a OMC, por outro, ameaça o princípio da Nação mais Favorecida (NMF), porque há regalias para os países membros (o artigo 24 do GATT abre exceção para participantes dos blocos). Apesar disso, a organização pretende que a criação de blocos seja um aliado para um comércio cada vez mais aberto, uma vez que o comércio regional deve complementar e não ameaçar o funcionamento multinacional das atividades comerciais.
O mundo em blocos BLOCOS ECONÔMICOS Desde que os países europeus ocidentais optaram pela integração econômica para enfrentar a concorrência dos Estados Unidos, no mundo pósguerra, a fórmula tem sido seguida em outros continentes, porém com o mesmo objetivo: ficar mais fortes no cenário internacional. A atual União Européia tem um alto grau de integração, mas nem todos os blocos que se formaram adotaram as mesmas medidas. Podemos considerar diferentes graus de integração entre as diversas associações: Zona de livre-comércio. Nesse tipo de bloco, a intenção é apenas criar uma área de livre circulação de mercadorias e capitais: Ex.: Nafta-Acordo de Livre-Comércio da América do Norte. União aduaneira. Além da zona de livre circulação de mercadorias e capitais, na união aduaneira é usada uma tarifa externa comum (TEC) em relação a países que não pertencem ao bloco. Ex.: Mercosul. Mercado comum. Além de apresentar as mesmas características das associações anteriores, o mercado comum compreende a livre circulação de pessoas e a padronização das legislações econômica, trabalhista, fiscal e ambiental. Ex.: União Européia até dezembro de 1998. União política e econômica. Atual estágio da União Européia, após a adoção da moeda única, o euro. Os maiores blocos econômicos da globalização são: União Européia, Nafta, Mercosul e Apec (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico). Abandeira azul, salpicada de estrelas douradas, já pode ser vista junto às bandeiras nacionais de alguns países europeus, como mostra a foto ao lado. É a bandeira da UE - sigla da União Européia, união econômica e monetária que reúne quinze países da Europa. Em conferências internacionais, a posição da UE substitui a voz individual de seus asso ciados. O valor do euro, moeda única, já vinha expresso nas mercadorias antes mesmo de entrar em circulação em janeiro de 2002. Nenhum bloco econômico atingiu ou pretende, por enquanto, atingir o grau de integração dos países da União Européia. Foi preciso um longo caminho para chegar a essa situação.
1.3.- DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO
1.3.1.- Características gerais dos países capitalistas desenvolvidos:
1.3.2.- Características dos países periféricos
4.- PROBLEMAS DAS ‘ECONOMIAS DE TRANSIÇÃO’ Até 1989 denominava-se II Mundo ao conjunto de países socialistas. Caiu o Muro de Berlim e a maioria destes países, a começar pela antiga União Soviética, hoje CEI (Comunidade de Estados Independentes), está mudando em direção ao capitalismo - daí o nome de "economias de transição". Teoricamente o socialismo identificava-se pela propriedade coletiva dos meios de produção e consequentemente havendo uma planificação da economia pelo Estado, sendo o único empresário, gerando pleno emprego, tendo seus lucros aplicados especialmente em educação e saúde. O socialismo utópico pregava a igualdade entre homens e mulheres, o fim do lucro e das heranças e a socialização dos meios de produção. Já o socialismo científico, criado por Marx e Engels, não imaginava uma sociedade ideal como o primeiro, mas baseava-se na evolução da História e do capitalismo para criar uma sociedade sem classes. Assim afirmava que a evolução histórica é determinada pela luta de classes; os operários devem organizar-se como uma força revolucionária para organizar uma ditadura do proletariado, que seria uma transição para criar uma sociedade igualitária e socializar a produção. Na prática ocorreu o chamado "socialismo real": firmou-se a ditadura do Partido Comunista e da burocracia (classe de administradores públicos ligados ao PC e ao Estado), centralizando as decisões políticas, culturais e econômicas, inadequando assim o processo econômico entre o mercado e a produção (socializou a produção e o consumo, ampliou o mercado com o pleno emprego da mão-de-obra, mas não a produtividade, o que resultou em dificuldades de abastecimento de bens de consumo da população. A origem do "socialismo real" decorreu do fato de que, quando o Partido bolchevique tomou o poder no Império Russo, em outubro de 1917, expropriou os meios de produção e acabou o poder dos sovietes existentes (reuniões democráticas de debates dos problemas nacionais pelas classes populares) e criou uma elite privilegiada de burocratas, que monopolizava o poder. Essa ditadura do PC e da burocracia se cristalizou com Stalin, durante e após a II Guerra Mundial, que transformou a URSS em superpotência graças aos planos quinquenais. Na década de 80 vieram à superfície os problemas soviéticos: a população estava descontente em face do desabastecimento de bens de consumo no país (haviam filas para tais- a razão disto é que o governo totalitário investia mais em indústrias de bens de produção, especialmente as voltadas para o aumento do seu prestígio internacional durante a Guerra Fria, como a indústria bélica e aeroespacial), como também do ritmo lento de transformações internas - tudo era engessado pela centralização da burocracia ligada ao PC, tornando deficiente a produção agrícola e industrial (exatamente por este dirigismo estatal). Em 1985 subiu ao poder a ala reformista do PC da URSS, sob a liderança de Gorbachov, que criou as políticas da perestroika (reestruturação econômica) e da glasnost (abertura política) para tentar resolver estes problemas. Foi a partir daí que o mundo socialista começou o processo de transição (ora dolorosa como na antiga Iugoslávia, ora pacífico como na antiga Tchecoslováquia): caiu o Muro da Vergonha, a Cortina de Ferro, a URSS deu lugar à CEI, reacenderam-se nacionalismos e surgiram inúmeros problemas decorrentes da ineficácia econômica (produtividade insatisfatória do trabalho e das empresas, com déficits constantes na autosuficiência alimentar e produção de bens de consumo) e da crise de autoridade (corrupção, inflação, máfias, desemprego) como está acontecendo hoje na Rússia, sob o governo inerte de Bóris Yeltsin. A China ainda é socialista, mas desde 1978 ( com Deng Xiaoping) começou a organizar o "socialismo de mercado"com reformas econômicas no campo e na cidade e com a abertura das ZEE para atrair transnacionais e sua tecnologia. Em consequência deu-se um crescimento econômico de 9% na décadade 90 e a invasão mundial de produtos chineses.
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