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O retirante
Severino deixa o sertão pernambucano em busca do litoral, na esperança
de uma vida melhor. Entre as passagens, ele se apresenta ao leitor e
diz a que vai, encontra dois homens (irmãos das almas) que carregam
um defunto numa rede. Severino conversa com ambos e acontece um denúncia
contra os poderosos, mandantes de crimes e sua impunidade. O rio-guia
está seco e com medo de se extraviar, sem saber para que lado corria
o rio, ele vai em direção de uma cantoria e dá com um velório. As
vozes cantam excelências ao defunto, enquanto do lado de fora, um
homem vai parodiando as palavras dos cantadores.. Cansado da viagem,
Severino pensa em interrompê-la por uns instantes e procurar
trabalho. Ele se dirige a uma mulher na janela e se oferece, diz o que
sabe fazer. A mulher, porém é uma rezadeira. O retirante chega então
à Zona da Mata e pensa novamente em interromper a viagem. Assiste,
então, ao enterro de um trabalhador do eito e escuta o que os amigos
dizem do morto. Por todo o trajeto e em Recife, ele só encontra morte
e compreende estar enganado com o sonho da viagem: a busca de uma vida
mais longa. Ele resolve se suicidar, como que adiantando a morte, nas
águas do Capiberibe. Enquanto se prepara para o desenlace, conversa
com seu José‚ mestre carpina, para quem uma mulher anuncia que seu
filho havia nascido. Severino, então, assiste à encenação
celebrativa do nascimento, como se fora um auto de Natal. Seu José
tenta dissuadi-lo do suicídio. A peça é apresentada com músicas de
Chico Buarque de Hollanda.