Composição da ForçaO principal fator ao determinar a estação da função em uma formação, além da localização do eixo de ameaça, é a capacidade da plataforma. Embora virtualmente todo navio moderno tenha capacidade multifuncional(i. e.: GAA, GAS e GASup), a realidade é que cada classe tem uma especialidade em uma das três áreas e alguma habilidade limitada para conduzir outras missães. O comandante deve analisar sua força e categorizar os navios considerando a estação em que irá operar. Devido a ênfase na natureza defensiva da formação, e o conhecimento que GASup é uma missão primariamente ofensiva, esta categorização deve focar em GAA e GAS.
Estrutura da Formação
A formação é um método para formar defesas em camadas. Navios piquetes, patrulhas de combate aéreo(CAP) e alerta aéreo antecipado(AEW) dão vigilância além de 350km do corpo principal. A cobertura externa ocupa setores entre 20 e 40 km do corpo principal. A cobertura interna esta em contato visual com as unidades de alto valor(HVU), geralmente até 18 km do centro da formação.
Como o emprego de grupos de ação destacados, como grupos de ação de superfície(SAG - surface action groups) e unidades de ação de superfície ou navios piquetes, são táticas especializadas, a disposição desses meios será excluído desta discussão. A circunstância de seu uso, assim como a própria estação em relação ao eixo de ameaça, será examinada na seção apropriada do tema. Neste estágio, é importante para o comandante focar exclusivamente nas funções das coberturas internas e externas. A disposição padrão das unidades de alto valor(HVU) é assumido com sendo o centro das coberturas.
As Coberturas Externas
A função da cobertura externa é detectar e engajar qualquer unidade que tenha penetrado os piquetes e ameaçado o corpo principal. Para cumprir esta missão, a cobertura externa deve ter capacidade multifuncional GAS, GASup e GAA, direcionando esta capacidade para GAS. As plataformas GAS escolhidas para a cobertura externa devem ter o melhor conjunto de detecção passiva e capacidade de engajamento de longo alcance com He.
Os meios GAS são mais efetivos na cobertura externa devido a sua separação do barulho gerado pelo corpo principal que é critico para a detecção passiva de subs. Além disso, devido ao tamanho dos setores da cobertura externa serem muito grandes, os meios GAS podem correr para o limite de sua área e ficar a deriva e se guiar sozinho para seu setor. Sua vulnerabilidade é maior enquanto corre, mas é muito efetivo enquanto está na perta de volta. Um navio como o Spruance com um sonar Towed Array(TA), operando a 8km/h ou menos, é virtualmente indetectável por subs. Os meios GAA estão presentes na cobertura externa por duas razões: dar cobertura de fogo para as relativemente vulneráveis plataformas ASW e engajar aeronaves equipadas com mísseis GASup de curto alcance antes que atinjam o ponto de lançamento contra o corpo principal. Ao se alvaliar a plataforma para esta missão, o alcance máximo efetivo do míssil SAM é mais importante que a razão de fogo( Rate of Fire - ROF).
Aeronaves são mais lentas que mísseis e, empregando misseis de longo alcance, a cobertura externa pode conduzir mais engajamentos no mesmo espaço de batalha. Quanto mais engajamentos, maior a chance do ataque alijar suas armas e voltar para base.
As Coberturas Internas
As unidades GAS selecionadas para a cobertura interna deve ter o melhor sonar ativo, permitindo busca (reunir a área abaixo do HVU) e uma solução de alvo imediata de qualquer contato que tenha penetrado a cobertura externa. Ser capaz de levar helicóptero é importante, mas apenas se duas ou mais plataformas da cobertura interna tiverem helicópteros. Esta restrição é devido a necessidade imediata e decisiva de ação, o que nega a efetividade de um He acorrentado no convôo. Com um helicóptero sempre no ar em configuração GAS, o comandante poderá usa-lo para "saltar" em um contado gerado por uma cobertura interna.
A ênfase ao destinar meios GAA para a cobertura interna deve ser a razão de fogo(ROF), ao invés do alcance. É assumido que qualquer contato que penetre a cobertura interna deva ser um míssil. Assim, ele estará voando mais rápido que a plataforma que o lançou e haverá mais deles tembém, se cada aeronave lançar mais de um míssil. Quanto mais poder de fogo for possível por no ar, mais mísseis atacantes serão atritados e menos sobrecarregados ficarão os sistemas de defesa de ponto como o Phalanx.
O sistema AEGIS é o conjunto AAW mais capacitado para defesa na cobertura interna devido a sua capacidade de engajamento "all-aspect" e falta de limitação de lançadores no sistema de lançamento vertical Mk. 41(VLS). Por este fato, nenhum CVBG americano vai ao mar sem um cruzador VLS a pelo menos 4 km do porta-aviões. Cruzadores que são usados com relativa independência como piquetes se diferem da situação corrente, mas é uma realidade da doutrina tática moderna.
"A man-of-war is the best ambassador."
Oliver Cromwell.