COMANDANDO SUBMARINOS

"The San Luis was at sea, and at times in the area of the British force, for an estimated 36 days. The threat from the Argentine submarine was a continuous concern for the British Task force commander, and numerous attacks were made against suspected submarine contacts, with a large number of ASW weapons being expended. In any event, San Luis survived all British ASW efforts."
Retirado de um relatório preparado pelo Secretary of the Navy, The South Atlantic Conflict Lessons Learned

O que interessa nesta observação sobre a Guerra das Malvinas não é apenas sobre a dificuldade da guerra A/S, o que já deve estar internalizado, mas que um simples submarino que não foi detectado pode complicar o plano de batalha do adversário consideravelmente. O mesmo ocorre com a guerra de minas, a simples suspeita desta ameaça é suficiente para o comandante destinar um grande soma de recursos para erradicá-lo, recursos que poderiam estar disponíveis para apoiar outras missões primárias.

O sub não é capaz de realizar todas as missões de uma marinha mas pode negar ao adversário a
capacidade de executar qualquer missãoo no mar. Um exemplo é a ameaça dos SSNKs britânicos contra a Marinha Argentina e a ameaça do San Luis aos britânicos durante a Guerra das Malvinas.

Por enquanto, o foco deste guia tem sido conter a ameaça submarina as suas próprias forças. Nesta seção, será reservada para a ação da ameaça. Ao compreender o emprego apropriado pela pespectiva do comandante das forças de superfície, não apenas será possível empregar este potente multiplicador de força, mas também compreender como o inimigo usará esta plataforma como vantagem.

Fora Da Visão, Mas Não Fora Do Pensamento

O primeiro passo necessário para quem deseja comandar um submarino no campo de batalha é que não se pode microgerenciá-lo no grau permitido para as outras forças. Para um submarino estar em comunicação permanente ele terá que estar em profundidade de periscópio o tempo todo e com o mastro de comunicação levantado. Naturalmente, esta postura elimina toda a vantagem tática que o submarino possui. O balanceamento da furtividade deve ser levada em conta nas atividades do sub o tempo todo. O mais importante para compreender é que, no caso de missões de longa duração, o comandante não saberá com certeza até o fim da batalha e se o sub ainda estiver ativo; a única indicação será a perda do contato.

Um Caso Especial: SSNDS

Em algumas situações, um comandantae pode ter um submarino em apoio de uma força tarefa(submarine in direct support of a task force - SSNDS). Estes meios são geralmente estacionados em setor distante na formação como uma patrulha de barreira ASW operando independentemente a centenas de distância do corpo principal e com áreas de caças exclusivas. Devido aos sistemas de comunicação especiais contido no sonar ativo dos navios de superfície, os submarinos operando em apoio a um grupo de batalha pode ser alertado para ir a profundidade de superfície a qualquer hora.

Além disso, se o comandante do submarino não está em contato com um submarino inimigo (o que pode ser alertado pelos navios e até de sua precisa localização), ele irá para a profundidade de periscópio para comunicação.
Haverá um atraso baseado no tempo necessário para mudar de profundidade, mas, desde que o sub esteja lá, o comandante ira alterar as regras de engajamento(ROE), tarefas da missão e ordens de movimento como citado. Uma das sugestões táticas antes da mudança - devido as transmissões especiais de sonar usadas para chamar meios SSNDS para a superfície poder ser reconhecida pelo inimigo, pode ser benéfico para um comandante sem um SSNDS irradiar de qualquer jeito, fazendo um sub inimigo na área pensar na presença de outro sub.

Missões do Submarino

Excluindo SSNDS, a maioria das missões destinadas ao sub reflete sua habilidade de operar independentemente e capacidade de atacar efetivamente sem guiagem adicional. Como tal,  o comanante prudente irá considerar a necessidade de furtividadae e surpresa e capitalizar a força do sub no planejamento da missão sem colocá-lo em risco desnecessário.

Ante do início das hostilidades, os subs são a plataforma de escolha para conduzir missões de reconhecimento(Coleta de informações) das forças e disposição das forças inimigas, assim como  conduzir operações ofensiva como minagem(Guerra de Minas) das rotas de abastecimento adversárias. Desda posição, estes subs podem agir como defesas destes campos minados, conduzindo ataques seguindo os meios que transitam na área. Além disso, se equipado com mísseis, o mesmo submarino pode conduzir ataques preventivos os portos e bases aéreas inimigas ou em conjungo com os elementos aéreos da força tarefa principal(Ataque de precisão). Um sub também pode ser usado em missões de resgate submarino. Os EUA usam pequenos subs para realizar o resgate de submarinos sinistrados.

Os subs são uma valorosa plataforma de vigilância, informação e alerta. Esta capacidade vem da habilidade dos subs de entrar numa área para observar, informar e coletar infomações sem ser visto. Enquanto satélites e aeronaves espiãs são limitadas pelo tempo, nuvens e localização  dos alvos  e não tem capacidade de observar objetos subaquáticos. Pode ser empregado de várias formas para vigilância e coleta de informações durante a Guerra Fria. No futuro, os subs poderão usar veículos autonomos subaquáticos(Autonomous Underwater Vehicles - AUV) ou drones para coletar informações ou conduzir vigilância em regiões críticas pelo mundo. Estes veículos serão enviados para levar sensores em áreas inseguras para um sub se aventurar. Após cumprir sua missão, o AUV pode retornar ao sub ou transmitir os dados para o sub ou para um satélite.

Os submarinos são usados a muito tempo para operações especiais, levando comandos, equipes de reconhecimento e agentes em missões de alto risco. As operações mais difíceis dos subs americanos são cumpridas pelos SEALs, equipes treinadas para operar atrás das linhas inimigas. Estas forças especiais podem ser inseridas por aeronaves, para-quedas ou barcos, mas na maioria dos cenários apenas os subs podem garantir apoio. Uma vez na área do objetivo, os SEALs podem desempenhar missões de CSAR, reconhecimento, sabotagem, ataques diversionários, monitorar a movimentação ou comunicação inimiga e outras missões de alto-risco. Os subs americanos também operam com forças especiais de outras armas como o US Army, USMC e USAF. Os subs recebem os comandos lançados de paraquedas ou de He, e são levados a bordo até a área de ação. As equipes incluem grupos de mergulhadores de combate, reconhecimento e vigilância, infiltração e exfiltração pela praia, estudo de disponibilidade de praias, pesquisa hidrografica e Equipes de observação de desembarque em apoio a operações de desembarque.

Adiconalmente, quando o inimigo tem capacidade ASW limitada,  como é o caso de muitas nações costeiras, um submarino pode ser posicionado proximo da costa com o periscópio levantado para informar o movimento de grupos aéreos inimigos indo para o mar contra as forças amigas(AAW). Este é um método passivo de alerta aéreo imediato que tem sido usado com sucesso pela 6a frota no Mediterrâneo. Como explorador, um sub pode providenciar dados cruzados de MAGE e busca visual de superfície na sua área de operação(EW). A última pode ser crítica no monitoramento do tráfego em áreas congestionadas como estreitos e identificar contatos de interesse que evitam disparos contra neutros. Finalmente, o sub tambem é capaz de providenciar avaliação de danos de batalha(battle damage assessment - BDA) quando usado em conjunto com outras forças em um ataque conjunto.

Com as hostilidades em progresso, os subs podem ser usados em sua função tradicional como Hunter-killers.  Os subs são a plataforma mais efetiva de localizar e destruir subs inimigos, então ele deve ser considerado nos planos de ASW de área. Não é necessário discontar os subs convencionais em nenhuma equação. O sub Batfish localizou e destruiu 3 dos 4 subs japoneses operando ao redor das Filipinas durante a 2GM. Os subs convencionais(SSK) modernos são muito mais capazes que seus predecessores e estão a altura dos mais capazes SSNKs, se bem conduzidos. Também como hunter-killers, os subs podem procurar e destruir navios inimigos ou paralisar o esforço de guerra do adversário ao perseguir o curso da guerra(Interdição Marítima). A guerra de comércio aos mercantes e navios auxiliares é um grande medo das nações ocidentais, e esses meios estão em pequenas quantidade em relação a 2GM, quando os U-boats nazistas quase conseguiram quebrar o esforço aliado no Atlântico Norte.

Os SSNKs também podem ser usados para escolta de SSBNs. Durante a saida deste do porto, um SSNK pode fazer a varredura da área a frente para certificar que nenhum sub esteja na espreita para rastrear o "Boomer". Outra forma seria fazer com que o Boomer faça uma corrida em alta velocidade forçando o sub na espreita a segui-lo em alta velocidade, gerando ruído suficiênte para indicar sua presença e posição. Estas táticas eram usadas com frequência durante a Guerra Fria.
 

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