GUERRA ANTIAÉREA(GAA - AAW)

Uma postura GAA deve ser uma preocupação constante do comandante naval, como a ameaça dos mísseis pode se materializar de todos os tipos de contatos: superfície, submarino e ar. Além disso, com a amplitude de velocidade dos mísseis variando de subsônico, como os mísseis Sea Skimmers como o Exocet, a Mach 4, como o HARM, uma ameaça GAA pode apresentar uma janela de ataque com uma tempo de engajamento medido em segundos. Se não se investir no futuro e planejar o posicionamento para tomar vantagem do período de vulnerabilidade, o ataque de míssil e outras ações, mesmo a destruição da plataforma lançadora, é acadêmica.

Ao se determinar a postura GAA, deve-se lembrar o axioma tático "dispare no arqueiro e não na flecha", sempre que possível. Se as regras de engajamento(ROE) e outras limitações permitirem, seria melhor engajar a plataforma lançadora antes que atinja o ponto de disparo, para se conseguir destruir um maior número de mísseis com um único ataque, ao invés de tentar engajar múltiplos mísseis se aproximando. Embora este seja o melhor cenário, não é sempre atingido. Como resultado, deve-se balancear o esforço e recursos empenhados para a batalha do espaço aéreo externo como descrito, como necessário para prover suporte mútuo coesivo na batalha do espaço aéreo interno.

Para ilustrar a condução da batalha aérea do espaço interno e externo, deve-se retornar a comparação da força inferior e superior. No caso da força inferior, que adota a dispersão como a melhor tática, a defesa GAA é uma simples unidade ou um pequeno grupo. Em essência, é cada um por si, e a melhor chance de sobreviver em face a superioridade aérea adversária é evitar detecção em primeiro lugar. Ao contrario, a força superior favorece a concentração para defesa mútua, o que fixa o modelo mais complicado de GAA integrada no mar.
A situação da força superior será assumida no resto deste capítulo.

Bases das Armas AAW

Antes de examinar o fluxo de eventos que ocorrem na batalha do espaço aéreo interno e externo, deve-se tornar fluente nos problemas técnicos que governam o emprego dos misseis terrar(SAM). A maioria dos mísseis SAM's emprega a guiagem semi-ativa para guiagem e correção do curso. Guiagem semi-ativa requer que a plataforma ilumine o alvo durante a interceptação com uma diretora de tiro(DT). Então, com uma regra, atribuir diretoras de tiros(Canais de Fogo) é mais limitantes que a razão de fogo(ROF) do lançador ao se avaliar o potencial engajamento. Se o radar de guiagem é desligado por alguma razão, como para evitar um missil anti-radiação ou ser destruído pelo mesmo, então todos os mísseis em vôo se auto-destruirão.

A excessão para esta situação mencionada é o conjundo do sistema de controle de fogo AEGIS empregado pelas classes Ticonderoga e Arleigh Burke. O radar SPY-1 emprega tecnologia Phased-Array e time-sharing que permite rastreamento e visada de centenas de contatos por cada uma das 4 faces planas e pode gerenciar 3 misseis em vôo cada uma. Isto significa que o sistema AEGIS não sofre nenhum atraso associado com a mudança de alvos e pode gerenciar 12 mísseis em um setor de 360 graus de cobertura em qualquer instante. Além disso, quando uma interceptação é completada, se sobram outros alvos, o sistema pode direcionar automaticamente e instantaneamente outros mísseis no ar através do sistema de lançamento vertical para preencher a fila de engajamento.

Por possuir um sistema de navegação inercial, o míssil SM2-MR continua seu curso se o radar de guiagem é desligado por alguma razão, até que ocorra uma interceptação ou acabe o combustível. Aeronaves manobrando poderia, como regra, escapar a esta "zona de morte", mas alvos não manobraveis com misseis geralmente  serão inteceptados. Devido a estas capacidades, o  sistema AEGIS é chamado com "O guardião da frota".

Alerta Aéreo Antecipado

A primeira consideração para o gerenciamento da GAA é o alerta aéreo antecipado(AEW). Se não se pode ve-los fora do seu ponto de lançamento, então a batalha aérea externa já está perdida, e deve-se jogar todas as fichas na cobertura interna. A principal plataforma para AEW é o E-3 AWACs, mas é restrito por ser baseado em terra. Se estiver disponível, deve-se usá-lo o mais intensamente possível. Se não, o E-2 Hawkeyes é a arma de escolha para manter o comandante de um CVBG informado da ameaça aérea. Um E-2 bem posicionado elimina a necessidade de emissões pelo CVBG, e assim confundir o esforço de ESM adversário para localiza-lo. Ele saberá que exite algo na área, pois o E-2 não se materializa no ar, mas não será capaz de localizar o navio com certeza suficiênte para atacá-lo sem recorrer a outros meios além do ESM.

Para empregar os meios AEW, deve-se estaciona-la no caminho que cobre a área de interesse. No caso de um CVBG transitando rapidamente, por exemplo, este pode estar a 180km a frente no PIM. Além disso, desde que o número deste meio seja limitado, e como é vulnerável aos interceptadores inimigos, é sempre prudente providenciar escolta de caça para a plataforma AEW.
 
 


Valor das aeronaves AEW para localizar aeronaves voando a baixa altitude. A plataforma AEW pode ser um avião, He, UAV, blimp ou balão cativo rebocado pelo navio.
 


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