ENVELOPE DE ENGAJAMENTO DE MÍSSEIS SAM

Altitude típica coberta por um míssil SAM. Pk baseado no envelope transversal do míssil. P.e. uma aeronave numa altitude x, velocidade v, indo de encontro direto com o lancador, o Pk do míssil lançado seria de 80% se for lançado quando a aeronave estiver na area vermelha.

Alcance de engajamento típico de um míssil SAM. A altitude afeta o alcance do míssil pois este gasta energia para subir. Nas altitudes mais baixas a energia é gasta para vencer a resistência do ar. O diagrama é baseado no envelope de engajamento do míssil sueco RBS-70.

O alcance depende da velocidade e do aspecto do alvo. Todos os Pk dos engajamentos podem ser calculados a partir do desenho acima. A direção do alvo é sempre paralela a linha base. Quanto mais rápido a aeronave atacante estiver, menor será a distância de engajamento a frente e atrás e mais larga será o desenho. Para uma aeronave lenta o desenho tende a ser circular. Um alcance nominal de n quilômetros significa que é possível atingir aeronaves diretamente para o lançador neste alcance. O alvo pode passar no lado do lançador na metade do alcance máximo sem risco de ser atingido.Os valores e as áreas são teóricas e variam de um míssil para outro.

Diagrama da velocidade típica dos mísseis SAM após ser lançado. Ele acelera rapidamente até a velocidade máxima em um curto espaço de tempo e depois passa a desacelerar com o fim da queima do motor foguete. Após a queima do motor o míssil tem o maior Pk por ser mais rápido e ter mais energia para manobrar. O míssil tem uma certa energia, que varia com o alcance, que permite manobrar, além dessa energia ele praticamente despenca do céu. O diagrama varia com a altitude do alvo. Os mísseis de longo alcance tem uma trajetória inicial balística e motor de cruzeiro e por isso o gráfico é um pouco diferente. O gráfico é baseado nas características do Crotale NG VT-1. O míssil é capaz de atingir Mach 3,5(1150m/s) e tem alcance de 10km. Atinge 8km em 10s(velocidade média de 800 m/s). Consegue fazer curvas de até 35gs. O raio letar da sua cabeça de combate é de 8m.

O engajamento começaria antes da aeronave entrar no alcance do míssil. Seria iniciado por algum sistema de alerta antecipado e/ou radar de busca do próprio lançador. Para a aeronave escapar do envelope de engajamento do missil, ela deveria
1 - Voar alto como em A1;
2 - Voar mais rápido para atingir a posição A4 antes do míssil ser lançado;
3 - Ter um pequeno RCS  para evitar a detecção e ser engajado na região A4 quando detectado em A2. Para conseguir isso, o F-22 tem um RCS frontal pequeno, voa a grandes altitudes e em supercruzeiro;
4 - Usar sistemas de bloqueio eletrônico(EW) próprio ou de escoltas EW(EA-6B ou EF-111) conseguindo um "soft kill";
5 - Evitar a própria bateria através do planejamento da missão;
6 - Destruição da bateria por aeronaves SEAD("hard kill");
7 - Uso do terreno e voo a baixa altitude para evitar detecção antecipada ou diminuir o tempo de engajamento;
8 - Uso de armas guiadas de Stand-off que possam ser disparadas fora do envelope de engajamento dos mísseis.

Em A3 mostra que o RCS traseiro não é importante o que foi levado em conta no projeto do F-117.

O uso de sistemas de escolta de GE especializados é feita apenas por países ricos. A maioria dos países usam o vôo a baixa altitude para evitar o alerta antecipado. Esta tática tem a desvantagem de dobrar o consumo de combustível, e assim diminuir o alcance da aeronave significativamente.
 

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