IMPACTO DA TECNOLOGIA DE INFORMAÇÕESA tecnologia tem um profundo efeito no espaço de batalha: diminui o tempo da identificação até o engajamento, melhora a precisão e taxas de fogo causado pela dispersão das forças, melhora a digitalização e integração dos cubos de batalha melhorando o efeito do fogo e manobra de unidades dispersas, melhora a consciência da situação e melhora os meios de avaliação da campanha para avaliar o curso das ações.
A guerra está mudando devido a melhora da efetividade do cubo de batalha. A concentração de tropas esta sendo preterida em favor da concentração de poder de fogo.
Durante a batalha existe a tendência de cada serviço a as forças de operações a seguir seu próprio rítimo. Sistemas C2 devem integrar e sincronizar as forças em operação para otimizar as forças de cada serviço e conseguir sinergismo de capacidades.Como a capacidade de lutar esta migrando das armas e plataformas para os sistemas de informações que dirigem a guerra, a susceptibilidade a Guerra de Informações está aumentando. Para maximizar sua efetividade, a disseminação da informação no cubo de batalha requer uma estrutura de organização mais direta. O foco deve mudar do sensor para o comandante para sensor-para-atirador. Com os objetivos da missão e regras de engajamentos estabelecidos, os combatentes e atiradores devem realizar suas missões e os comandantes comandariam por negação.
Elementos fixos e móveis podem fornecer ao atirador as mesmas informações disponíveis apenas aos tomadores de decisão nos centros de comando. O espectro de informação consiste de três redes:
- Rede de vigilância. Uma capacidade cobrir o espaço de batalha ao invés de uma série de sensores únicos. A rede consiste de sensores das plataformas, de teatro e nacionais que o combatente pode acessar diretamente;
- Rede de comunicações. Uma rede de área digital e multiplex em torno do espaço de batalha;
- Rede Tática. Uma rede tática de links de comunicações que liga todas as unidades de uma força considerando a plataforma e componentes. Esta rede conecta os sistemas de apoio a decisão (SAD) entre as unidades.Na guerra naval, Isto seria importante em regiões marítimas próximas ao litoralEm alto mar o espaço de batalha pode ter mais de 5.000km de diâmetro. Próximo ao litoral ele pode se reduzir a menos de 200km de diâmetro. O alerta avançado é curto e o tempo de vantagem é perdido.
SUPERIORIDADE DE INFORMAÇÕES
Deve-se reconhecer que o sucesso em vários campos de batalha do passado tem vindo de modos inovativos de combinar novas tecnologias disponíveis e não apenas de avanços tecnológicos sozinhos. A história é cheia de exemplos onde forças superiores foram derrotadas devido a falta de informações críticas. Várias vezes os dois lados tem os mesmos meios de tecnologias disponível, mas um deles é capaz de atingir a vantagem através da inovação.
A revolução nos meios militares tem movido a informação e os requerimentos para superioridade de informação no espaço de batalha conjunto para o centro do pensamento na guerra moderna. Um elemento importante nesta revolução é a Guerra de Informação (Information Warfare - IW).
A GI é o meio de se conseguir superioridade de informações sendo a coluna vertebral das outras áreas de guerra.Superioridade de informações é a capacidade de coletar, controlar, explorar e defender informações enquanto nega ao adversário esta capacidade de fazer o mesmo. Como a superioridade aérea, a superioridade de informações inclui ganhar o controle sobre o domínio da informação e explorar todas as funções da informação. O esforço da SI esta focado em dar aos comandantes das forças amigas a capacidade de reagir consistentemente a uma situação e tomar decisões acuradas mais rapidamente que o inimigo. Ao consegui-lo, ele aumenta a tensão e o "atrito de guerra" nos líderes e forças inimigos, eventualmente causando choque em eventos inesperados. Dominando o espectro das informações também pode oferecer oportunidades de degradar significativamente e influenciar o ciclo de decisões e a qualidade de informações neste ciclo, e assim, moldando a percepção do inimigo da situação e o curso disponível de ação. A superioridade de informações é conseguida através de Guerra de Comando e Controle(C2W) no campo de batalha e de Relações Públicas no meio civil.
Numa época em que o mais importante suporte de uma força expedicionária naval é a informação, as táticas fluem em grande parte das características da capacidade de processar informação. Só é possível conseguir vantagem sobre os oponentes se forem implantadas táticas ofensivas e defensivas no arsenal dos combatentes.
A GI pode ser usada para atrasar e influenciar o processo de decisão do inimigo, para preparar o espaço de batalha antes de iniciar as hostilidades e ditar a batalha nos próprios termos. A guerra baseada em informações, empregando comunicações avançadas, confiáveis e seguras, permitem a integração da informação do campo de batalha e aumentar o efeito da potência de fogo ofensiva e manobra das unidades dispersas.
Guerra baseada em informações permite as forças explorarem novas tecnologias de armamentos para aumentar a velocidade da batalha. Impedir o inimigo de se comunicar ao atacar seus centros de comando e controle e desligando os sensores inimigos pode ser a base para a vitória no campo de batalha.
GUERRA DE COMANDO E CONTROLE - C2W (Command and Control Warfare)
C2W é qualquer ação que explora, manipula ou destroi a informação disponível para o adversário e/ou sistema de informações enquanto influencia e defende as informações e sistemas de informações amigas para conseguir superioridade de informações. GI pode ser empregada antes e durante as hostilidades e é realizada nas informações do espaço de batalha. A GI permeia os níveis táticos, estratégicos e operacionais, abrangendo as infra-estruturas política, econômica, física e militares. Expande o espectro da guerra da paz até os combates. O C2W, a parte prática da GI, é o uso integrado de operações de segurança(OPSEC), engodo militar, operações psicológicas(PSYOPS), Guerra Eletrônica(Ataque Eletrônico e Proteção Eletrônica) e destruição física apoiado por um sistema de Inteligência, para negar informações para influenciar, degradar ou destruir as capacidades de C2 do adversário, enquanto protege os próprios meios C2 contra tais ações.
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Superioridade de InformaçõesO C2W é aplicado em todas as fases da operação, incluindo antes, durante e após as hostilidades. O C2W oferece meios letais e não-letais de chegar ao objetivo enquanto promove dissuasão e/ou promove a paz. O aspecto ofensivo do C2W atrasa o tempo do adversário, interrompe seu plano e sua habilidade de focar o poder de combate e influencia sua estimativa da situação. O aspecto defensivo do C2W minimiza as vulnerabilidades do C2 amigo e interferência múltipla.
A C2W ataca as várias fases do ciclo de decisão do oponente para atrasar seu processo de tomada de decisão, gerar confusão, aumentar a incerteza e resultar na sua inabilidade de realizar ações efetivas. Por outro lado, as forças amigas devem ser protegidas no processo de tomada de decisão para manter a vantagem tática. A C2W fornece uma capacidade eficiente e potencialmente não letal para neutralizar um adversário lutando com uma resposta sob medida. Forças navais deslocadas num papel de presença ou mostra de bandeira estarão posicionadas de modo ótimo para conduzir C2W.
A revolução nos meios militares moveram-se para os requerimentos de superioridade de informação como centro da guerra moderna. O crescimento da confiança nos sistemas de informações e na rede mundial de informações resultam em requerimentos nacionais de segurança. A GI está se tornando rapidamente um meio primário para desencorajar e deter adversários em potencial. Através de tecnologias de informação confiantes, pode-se moldar as informações do oponentes para confundir ou convence-los que serão derrotados no início das hostilidades. A GI busca evitar hostilidades ou ganhar uma vantagem de informação antes que as armas sejam usadas, mísseis sejam lançadas e fuzileiros desembarquem. Se a dissuasão falha, a GI pode ser implementada nos níveis táticos e operacionais através da C2W para quebrar o processo de tomada de decisão do inimigo.
Elementos do C2W
OPSEC. É o processo de identificar informações críticas e subsequênte análise das ações amigas atendendo a operações militares e outras atividades; identificar estas ações que podem ser observadas pela inteligência adversária; determinar sistemas de inteligência adversários que podem interpretar ou que podem colocar juntos estas informações e selecionar e executar medidas que possam eliminar ou reduzir a um nível aceitável de vulnerabilidades as ações que o adversário possa explorar.
Despistamento Militar. São ações executadas para enganar deliberadamente os tomadores de decisão do adversário sobre a capacidade militar intenções e operações amigas, levando o adversário a tomar ações(ou não ações) que irão contribuir para cumprir as missões amigas.
PSYOPS. São operações para transportar informações selecionadas e indicadores para audiências estrangeiras para influenciar suas emoções, motivações, razões e seu comportamento dos grupos governamentais, organizações, grupos e indivíduos. O propósito da PSYOP é induzir ou reforçar as atitudes e comportamentos dos objetivos do orientador. Serve com proteção de C2 ao minimizar o efeito do PSYOPS adversário.
GE. É o uso de energia eletromagnética(EM) para controlar o Espectro EM ou atacar o adversário. É dividido em ataque eletrônico(AE), Proteção Eletrônica(PE) e Apoio de Guerra eletrônica(MAGE).
Destruição física. É a aplicação do poder de combate para destruir ou neutralizar as forças e instalações inimigas. Inclui fogo direto ou indireto por terra, mar e ar(aviação, apoio de fogo, ataque de precisão com mísseis cruise e guerra anfíbia). Também inclui ação direta por forças de operações especiais. Um exemplo é a interceptação do avião que transportava o Alm. Yamamoto em 18 de abril de 1943 por uma esquadrilha de P-38 americanos. Os americanos sabiam da viagem ao interceptarem mensagem de comunicação de rádio dos japoneses, decifraram o código da mensagem e conheciam a pontualidade do Almirante. Com um só golpe foi atacado e destruído o coração do comando e controle e planejamento estratégico do Japão no Pacífico.
Disciplinas de C2W
Existem 2 disciplinas de C2W que são o Ataque C2 e a Proteção C2.
Ataque C2. É a execução sincronizada de ações para prevenir o uso efetivo do C2 adversário ao negar informações para influenciar, degradar ou destruir o sistema C2 inimigo. Ex.:
- O uso de interferência eletrônica para negar informações chaves ao inimigo;
- Bombardear o sistema C2 inimigo representa ataque físico e ataque de informações;
- O ataque físico as forças inimigas ou sistema de produção industrial representa ataque físico puro;
- O uso de mísseis anti-radiação para atacar os radares de aquisição inimigos para conseguir superioridade aérea local através da supressão das defesas aéreas inimigas(SEAD). A detonação da cabeça de guerra no radar é um método de ataque físico. Após a destruição do radar os lançadores de SAM não tem informações para aquisição de alvos.As contra medidas C2 - CMC2 - tem ocorrido paralelamente ao desenvolvimento das comunicações. As atividades de ruptura das comunicações inimigas constituem rotina no planejamento militar. O mais exótico é a previsão de armas anti-satélites destruindo os recursos de comando e controle no espaço(satélites de comunicações, navegação, meteorologia e reconhecimento).
Proteção C2. É a manutenção do C2 das próprias forças ao negar ao adversário o esforço de negar informações para, influenciar o destruir os sistemas de C2 amigos. Pode ser ofensivo ou defensivo. Ex.: cancelamento, camuflagem, dispersão e despistamento.
Um Exemplo Prático de C2W
As futuras armas táticas guiadas dos EUA serão altamente dependentes de sistemas por guiagem por satélites - o NAVSTAR/GPS . Exemplos de armas em uso ou em desenvolvimento temos: Tomahawk, Fast-Tomahawk, Tactical Tomahawk, Harpoon Block II, CALCM, JDAM, JOWS, JASSM, TSSAM, LOOCAS, ERGM, SLAM(ER), LASM, EFOGM, SWLM, AGM-130, GBU-15, LGBs e Raptor. Um país sob ameaça que possua sistemas de armas ativas ou passivas que inativem os satélites que emitem os sinais de referência poderia tornar as armas americanas totalmente ineficazes, fazendo o país a retornar várias décadas em termos de capacidade ofensiva. Sistemas soft kill(interferência eletrônica) são mais simples de serem projetados e produzidos, mas sistemas hard kill como lasers e mísseis ASAT(Anti-Satélite) também podem ser usados contra satélites de comunicações e reconhecimento, aumentando ainda mais a capacidade de C2W ofensiva, diminuindo em muito a capacidade de C2 dos EUA. Seus futuras TUAVs de vigilância e reconhecimento tático e estratégico serão altamente dependentes de satélites de comunicações e navegação. O projeto de aeronaves UAVs ofensivas(UCAV) estarão ameaçados por sistemas ASAT. Até satélites de vigilância marítima por radar, vigilância eletrônica, meteorologia e oceanografia serão alvos prioritários na guerra naval.
Outro exemplo já utilizado a muito tempo é o uso de aeronaves de GE e SEAD no Vietnã, Golfo e guerras Árabes-israelenses. Em 1982 os Israelenses usaram UAVs e os Ingleses usaram mísseis anti-radar para cegar as IADS sírias e argentinas respectivamente.
A C2W pode variar desde um sniper procurando antenas de radio de postos de comando avançados e seus operadores(oficiais) até o ataque aos CC e radares da IADS, passando pelo ataque de artilharia a centros de comunicações triangulados.
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