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Ioga

Om Shanti      Yoga é a união do corpo, da mente e do espírito. Através de um conjunto de práticas que inclui relaxamento, posturas (asanas), exercícios respiratórios, concentração e memorização, a hatha yoga produz profundos efeitos na harmonização e paz interior, sanando problemas a nível externo e interno. As asanas são psicofísicas, proporcionando um reequilíbrio físico e mental.

Baba Muktananda

Para que você possa extrair dessa prática o máximo de bem-estar seguem aqui algumas palavras sobre a yoga. A palavra sânscrita yoga significa “união”. Mas união com quem? Para responder esta questão tomo a liberdade de citar um grande yogue, Swami Muktananda , que diz em seu livro Medite:

Por estas palavras, percebemos que é o estado intranqüilo, agitado de nossa mente que nos impede de entrar em contato com a fonte de felicidade que reside em nós.

A hatha yoga é a parte da yoga que nos ajuda a acalmar a mente utilizando posturas físicas (asanas) com concentração mental, exercícios respiratórios (pranayamas) e técnicas de relaxamento. Estas práticas são instrumentos para, através da quietude do corpo, atingir a tranqüilidade da mente, que propicia o contato com nossa verdadeira essência - nosso Ser interior - tão bem descrito por Swami Muktananda no trecho que transcrevemos.

Assim sendo, devemos fazer as posturas com a mente concentrada, livre de preocupações com resultados, prazos, comparações. O corpo e a mente vão se libertando com a persistência na prática, e esta deve ser uma fonte de prazer, de descobertas - nunca de dor, tensão, nem a procura obstinada por um resultado físico a curto prazo.

A alegria está em sentir o corpo se abrindo, se descobrindo a cada respiração. Quando sentimos dor, desconforto, é sinal de que estamos ultrapassando nosso limite. Isto não é necessário, nem saudável. Devemos voltar um “pontinho” atrás, antes da dor, e ficar, sem pressa, respirando e observando. Aí algo maravilhoso acontece: percebemos nosso corpo e nossa mente abandonando as resistências (fonte de toda dor), nossos movimentos se ampliam, sem luta. Isto é o oposto do que aprendemos até hoje. Sempre nos mandaram lutar contra o mundo para alcançar nossos objetivos e agora, na hatha yoga, descobrimos que é abandonando a luta, a resistência, que alcançamos alegria e liberdade.

Na yoga aprendemos que todas as ações são permeadas por três qualidades (gunas): sattwa, rajas e tamas. Sattwa é a qualidade da pureza, luz, harmonia e bondade. Rajas, a qualidade da atividade ou paixão, e tamas a qualidade da inércia, escuridão e ignorância. Num dia vivemos essas três qualidades, num momento ou noutro. Às vezes nos sentimos puros, servindo sem interesse; em outro estamos muito ativos, esperando recompensa, esperando resultados; em outro momento ainda nos sentimos preguiçosos, amarrados, inertes.

Ao praticar yoga buscamos sattwa guna - a harmonia, o desprendimento. Não importa a que religião pertençamos (ou se não seguimos nenhuma), a nossa idade ou o nosso sexo; a yoga é um caminho para todos que buscam melhorar sua qualidade de vida.

 A Prática da Hatha Yoga  Paschimottanasana

Inicialmente eu pratiquei hatha yoga querendo atingir alguma coisa. Assim, ansiava que as posturas saíssem, queria alcançar o melhor de mim mesma.

Tive um problema muscular, com muita dor, mas pensava: isso é normal, faz parte do processo. Vendo que esse problema não cessava, procurei um massagista e foi então que meu corpo percebeu algo. Um toque mais duro, incisivo - mais yang, como diriam os chineses - provocava uma reação mais imediata, física, enquanto o toque mais leve, mais sutil, produzia profundas reações emocionais. Era como se eles me embalassem, protegessem, dizendo: "você está em segurança; sinta, seja!"

Comecei a ler, pesquisar e experimentar no meu corpo e na minha mente um trabalho aonde esta característica mais sutil preponderasse. Ví a relação entre o pensamento chinês e o indiano no professor Hiroshi Motoyama e a partir daí me sentí à vontade para pesquisar no Zen Shiatsu. Encontrei o conceito fantástico de que onde nos falta energia (regiões mais flácidas, alongamentos que alcançamos com mais facilidade) está a raiz, a essência de nossos problemas. O problema é "o que nos falta", aquilo que não temos consciência.

Normalmente nossa consciência volta-se para regiões tensas, doloridas, onde há excesso de energia, os alongamentos são mais difíceis - aquelas posturas que não conseguimos fazer (dentro da hatha yoga). Nossa tendência é nos concentrarmos mais ainda nessas partes, lutarmos com elas, ou melhor: contra a tensão, a resistência que nelas encontramos.

Nossa energia acompanha o nosso olhar, a nossa atenção. Nesta prática, portanto, energizamos cada vez mais aquilo que já está repleto. Provavelmente vamos nos tornando cada vez mais unilaterais. Toda consciência numa parte e o resto deixado na sombra da consciência. Este é o caminho preponderante no nosso tempo: o jeito masculino de "enfrentar a vida". Deve haver um outro modo de "viver a vida" e de praticar hatha yoga.

Por que não trazermos as virtudes femininas da paciência e receptividade para nosso trabalho ? Esta me parece a proposta do Zen Shiatsu e é o que venho tentando fazer. Faço as asanas observando meu corpo e respirando. Tento deixar a mente atenta no que está ocorrendo, ouvindo meu corpo. Não brigo com a dor, nem com qualquer outra resistência que meu corpo apresente. Tento simplesmente observar, não querendo alcançar nenhuma meta, nenhum resultado. Tento apenas estar presente aqui e agora. Fico mais tempo nas posturas que me dão mais prazer, as mais fáceis para mim, me permitindo sentir.

E me vêm tantas sensações! (nem sempre agradáveis, diga-se de passagem)

Não tem sido um caminho fácil; sempre me percebo com a tentação de me deixar  levar pelo orgulho e perseguir um objetivo exterior ( fazer "melhor", cronometrar o tempo que agüento ficar em cada postura, para bater depois meu próprio recorde, etc...)

É um caminho solitário, imensurável, interminável. Relendo anotações de um livro de Thérèse Bertherat encontrei a seguinte frase: "Na vida estou cada vez menos fazendo de conta". É isso aí!

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Perguntas

Existe algum tipo de "contra-indicação" para a prática? Há algum efeito sobre a sexualidade?
A técnica do pranayama, sem uma correta orientação, é extremamente perigosa. Explico o porquê: quando praticamos o pranayama estamos liberando nossa respiração, e com ela as repressões emocionais acumuladas ao longo de nossa existência. Precisamos saber o que fazer quando estas emoções emergem. A prática pode causar efeitos também sobre a sexualidade, que tem relação com o nosso segundo chakra. Este não estará equilibrado se nosso primeiro chakra, ligado a nossa necessidade básica de  segurança tanto emocional quanto material, não o estiver.
Sugiro que você procure um instrutor de hatha yoga, para trabalhar seu autoconhecimento, começando por seu corpo, preparando-o para posteriormente, com a devida instrução, introduzir as técnicas de pranayama.

Passo o dia com dores nas costas (não é coluna). Não tenho tempo para fazer yoga. Gostaria de alguma outra idéia para me ajudar a combater o stress.
Desculpe, talvez não exista resposta. Você vai ter que arranjar tempo para você. A doença como caminho é o nome de um livro ótimo, do Torwald Dethlefsen. A função da doença é mostrar o que lhe falta, e a dor traz a urgência. Falta-lhe tempo para você mesmo? Uma hora a dor vai obrigá-lo a parar. Quanto ao stress, o professor de ioga Hermógenes disse, em entrevista, que há duas regras para evitar o stress:
        1. não se irrite com ninharia.
        2. tudo é ninharia.

Qual a real localização dos chakras no nosso corpo?
Este é um assunto controverso. Dê uma olhada no livro Teoria dos Chakras, de Hiroshi Motoyama, editado em São Paulo pela Pensamento. Lá tem duas versões: a mais difundida hoje, baseada nos textos que vieram da Índia, e a do teósofo Leadbeater, com localizações diferentes que ele visualizou.
O livro Mãos de luz, de Barbara Brennan, da mesma editora, tem um belo desenho dos chakras no corpo. Este livro descreve de forma didática a localização e a função dos chakras, nos seus aspectos dorsal e ventral.
 

Autora desta página: Valéria Prado.

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