BREVE EXPOSIÇÃO HISTÓRICA A RESPEITO DOS BATISTAS DO SÉTIMO DIA
Face às inúmeras denominações religiosas existentes
no Brasil e no mundo, não é de se estranhar que se tenha de esclarecer
"quem é quem" a cada geração, particularmente quanto à sua origem.
E é do que nos propomos fazer, resumidamente, nestas poucas linhas.
Visando simplificar esta apresentação e sua leitura, evitaremos
as citações textuais dos escritos de historiadores, teólogos, doutores
e outros autores, comprobatórios das assertivas aqui formuladas,
reportando-nos, contudo, através de referências alfabéticas, à Bíbliografia
anexa.Embora não tenhamos a pretensão de estabelecer, mediante evidência
documentária, uma ininterrupta sucessão histórica quanto ao nome
e à forma com que nos apresentamos hoje, podemos afirmar categoricamente
que os dois princípios distintivos da nossa fé – o batismo por imersão
e a guarda do Sábado cristão – datam do início da história cristã.
Além do período apostólico relatado na Bíblia, as páginas da história
registram, de modo insofismável, que o sétimo dia da semana, o Sábado
de Jesus, em nenhuma época, desde a instituição da Igreja Cristã,
deixou de ser observado pelos fiéis seguidores do Mestre.Desde os
dias de João Batista sempre houve batistas do sétimo dia. O Evangelho
nos diz que os discípulos de Jesus, na grande maioria, tinham sido
discípulos de João Batista, pois ele era o precursor que apontava
para Cristo, e os seus discípulos seguiam a Jesus (João 1:29, 37;
3:30; Atos 19:3). Ora, tanto os discípulos de João como os de Jesus
guardavam o sétimo dia, que é o Sábado(Atos 13:42-44), como o próprio
Jesus também o guardava (Lucas 4:16). Todos eram, portanto, batistas
guardadores do Sábado.Nos primeiros quarenta anos da história da
Igreja – era apostólica – toda igreja organizada, de que temos alguma
notícia, era composta de batistas guardadores do Sábado: Antioquia
(Atos 13:14,42,44); Tessalônica (Atos 17:1-4); Corinto (Atos 18:3,4)
e Filipos (Atos 16:12-14). É um fato inquestionável que todas as
igrejas da Judéia eram, no princípio, igrejas guardadoras do Sábado.
Nos dias apostólicos os cristãos não santificavam o Domingo, e o
Sábado era o único dia de guarda.Após a era apostólica (70 AD),
quando o cristianismo foi estabelecido como uma fé distinta, os
cristãos continuaram guardando o Sábado, seguindo o exemplo de Cristo
e de Seus apóstolos. Entretanto, durante os primeiros séculos, não
se pode precisar quando, começou o costume de cristãos se reunirem
também no primeiro dia da semana, com a pretensão de comemorar a
ressurreição do Mestre. Era chamado, por estes, impropriamente,
o "dia do Senhor" e tinha apenas um caráter festivo-religioso. Esse
dia era também comemorado pelos povos pagãos como o "dia do Sol",
que o consideravam especialmente santo e consagrado a essa divindade.
Por algum tempo, nesses primeiros séculos, o Sábado e o Domingo
foram observados simultaneamente pelos cristãos, embora por razões
bem diferentes. Eles não eram considerados rivais ou antagônicos
e nem substitutíveis entre si (A).Nesse tempo grandes multidões
afluíam às igrejas, trazendo consigo muitas e corruptoras influências
pagãs. Entre elas estavam os gnósticos e os marcionistas, que adoravam
o sol e guardavam o seu santo dia – o Domingo – adoravam imagens,
e que, com a sua interpretação filosófica e alegórica das Escrituras,
afetaram fortemente a Igreja. Foi um período de crescimento vertiginoso
da Igreja, porém também de rápida decadência em poder espiritual.
A Igreja Católica estava em formação, com os seus credos. Durante
um certo tempo os bispos dirigentes de igrejas preservaram sua independência,
porém, gradativamente, o bispo de Roma foi ganhando ascendência
e crescendo em poder temporal e eclesiástico, com o apoio de reis
e imperadores. Os chamados Pais da Igreja tornaram-se os líderes
dominantes e favoreceram o advento do Domingo, a semente pagã transplantada
no solo cristão, embora sob a alegação de um justo motivo. (A,B)
CONSTANTINO, O GRANDE.
No quarto século, em 321 AD., o imperador Constantino,
ainda pagão, fortaleceu a causa do Domingo ao promulgar um edito
ordenando a sua observância obrigatória como dia de descanso, embora
em caráter civil e sob o título pagão de "o venerável dia do Sol".
Inicialmente amparada por esse monarca romano, que só politicamente
aderiu ao cristianismo, a Igreja Católica, então dominante, ainda
durante esse século e nos séculos seguintes, promoveu uma série
de concílios, através dos quais foi estabelecendo a hegemonia do
Domingo sobre os Sábado, transferindo para o Domingo a doutrina
bíblica do Sábado, e até proibindo, sob anátema, a observância desde
dia. Quando a Igreja envolveu-se numa carreira de secularização
e paganização, os cristãos que se mantinham fiéis à primitiva fé
apostólica se desligaram dela. E apesar dos decretos de imperadores,
sínodos e concílios, milhares de dissidentes recusaram-se a se submeter
à hierarquia romana. Referências históricas confirmam que o Sábado
ainda era observado no quinto século, embora com rigor e solenidade
decrescentes. (C)
IDADE MÉDIA
Durante toda a Idade Média (século 5º ao 15º) haviam
muitos grupos de cristãos dissidentes, milhares dos quais guardavam
o Sábado. Eram os Nazarenos, Ebionitas, Valdenses, Lolardos, Moravianos,
Cátaros, Albigenses, Anabatistas (entre os quais estavam os Batistas
guardadores do Sábado), etc. Foi a época negra da história, quando
os papas e prelados, aliados às mais altas autoridades do governo,
impunham suas decisões e restringiam a leitura da Bíblia. Somente
à custa do massacre de milhões de guardadores do Sábado, durante
esse longo período da história, é que a observância do Domingo tornou-se
um costume generalizado da Igreja Cristã. Contudo, em meio a todas
as apostasias, Deus sempre preservou um povo que permanecesse fiel
à Sua Palavra – e os guardadores do verdadeiro Sábado, o Sábado
que Jesus ensinou, continuavam a sua jornada de testemunho conforme
relatos históricos, apesar de toda oposição por parte de autoridades
civis e religiosas dominantes. (D)
A REFORMA
No século dezesseis veio a Reforma, que levantou
o véu da escuridão então reinante, preconizando novos tempos de
despertamento e de mudanças na civilização. Um despertamento espiritual
requeria uma limpeza na Igreja então dominante – a Católica Romana.
Houve muitos reformadores, alguns dos quais perderam suas vidas
nas mãos da Igreja. Martinho Lutero, o grande líder da Reforma Protestante,
chefiou um movimento para a volta à "Bíblia somente", em oposição
à "tradição" dessa Igreja – mas perdeu o seu argumento no que se
refere à mesma, por pretender acatar somente a autoridade da Bíblia,
todavia mantendo a tradição católica do Domingo sabático. Carlstadt,
um dos mais valentes reformadores, guardador do Sábado e contemporâneo
de Lutero, pleiteou junto a ele a inclusão do Sábado bíblico na
Reforma; mas Lutero, mesmo propenso a essa verdade, vacilou, achando
que o Domingo atrairia maior número de pessoas à causa protestante.
Em 1517, Carlstadt publicou uma série de teses sustentando que a
autoridade das Sagradas Escrituras estava acima da dos pais da Igreja.
Nesse mesmo ano Lutero afixou suas 95 teses na porta da igreja do
Castelo de Wittenberg, na Alemanha. Com essa atitude os reformadores
demonstraram fraqueza e transigência, para sua vergonha eterna,
preferindo seguir a tradição dos homens, em vez dos claros ensinos
da Palavra de Deus (Marc.7:7-13).(E)Quando irrompeu a Reforma eram
encontrados guardadores do Sábado por toda a Europa: na Boêmia,
Morávia, Alemanha, Holanda, Inglaterra, Finlândia, Transilvânia,
Escandinávia, e até na Rússia. Já antes dela se manifestar havia
um movimento dirigido por um povo chamado Batistas, que seus oponentes
erroneamente denominavam Anabatistas (por não batizarem crianças
e rebatizarem os que vinham de outras denominações cristãs, que
não passaram pelo batismo bíblico por imersão), que eram ainda mais
radicais que os reformistas; estes pretendiam uma reforma da velha
Igreja pela Bíblia, enquanto que aqueles tentavam construir uma
nova Igreja partindo da Bíblia, ligada diretamente à era apostólica
e ignorando o período intermediário de apostasia. Nesse movimento
estavam os dissidentes guardadores do Sábado. Eles foram perseguidos
pela Igreja Romana e pela reformada, sendo banidos pelos Luteranos.
Hubmaier foi morto em Viena, em 1528; Felix Mantiz, em Zuric. Em
1527; Blanrok no Tirol, em 1529; John James em Londres, em 1661
e Francis Bamfield, em 1683; e centenas de outros mártires que foram
trucidados por defenderem as verdades bíblicas. Eram queimados até
ficarem em cinzas, assados em esteios, enforcados, mortos à espada,
arremessados em masmorras e em torres, onde apodreciam, cortavam
suas línguas, arrancavam-lhes as entranhas, eram esquartejados,
etc. (F)Historicamente não é correta a afirmativa de que os Batistas
do Sétimo Dia procedem dos Batistas. Os guardadores do Sábado não
saíram do movimento Batista; pelo contrário, os Batistas, juntamente
com outros grupos reformados, é que desertaram das fileiras dos
guardadores do Sábado, ao aceitarem a tradição do Domingo. Embora
seja verdade que grupos dissidentes, como os Valdenses e outros,
aos milhares, foram absorvidos por esse movimento e ficaram indiferentes
ao Sábado, muitos ainda permaneceram alinhados e leais.Particularmente
na Inglaterra, entre os exilados separatistas, encontramos as modestas
fontes do movimento Batista. Durante a Reforma, quando as pessoas
começaram a ler a Bíblia por si mesmas, o Sábado tornou-se um assunto
do momento em toda a Grã-Bretanha e muitos começaram a guardá-lo.
Grande número de igrejas denominadas Batistas do Sétimo Dia apareceram
no século dezesseis. Havia então trinta e duas igrejas com essa
denominação nas Ilhas Britânicas. A igreja de Mill Yard, em Londres,
fundada em 1617, ainda está viva. Na Europa também existem igrejas
da mesma fé, na Holanda, Alemanha, Polônia, grupos na Finlândia,
Tchecoslováquia, Hungria e outros países.Da Inglaterra o movimento
propagou-se para a América, sendo organizada a primeira Igreja Batista
do Sétimo Dia em Newport, Rhode Island, em 1671/1672. A fundação
de igrejas dessa denominação na América seguiu a onda de emigração
e se estendeu a todos os continentes e ilhas do mar. Atualmente
os Batistas do Sétimo Dia possuem igrejas em muitos países, de todos
os continentes; e, por meio deles, outros grupos de cristãos têm
aceito o Sábado.
A IGREJA NO BRASIL
A origem da Igreja Batista do Sétimo Dia, no Brasil,
remonta ao ano de 1913. Em uma reunião administrativa regional da
Igreja Adventista do Sétimo Dia – Conferência do Paraná, realizada
no dia 19 de janeiro daquele ano, em Curitiba, Estado do Paraná,
cinco líderes e outros membros dessa Igreja solicitaram demissão
por discordarem de alguns pontos doutrinários da mesma, especialmente
quanto à importância que atribuía aos descrito da Sra. Ellen G.
White. Assim, naquela ocasião, desligaram-se dessa Igreja os irmãos
Theodoro P. Neumann, Jorge P. Wischral, Julio Nisio, Gustavo Schier
e Candido M. de Godoy; os dois primeiros eram membros da Comissão
Administrativa da referida Conferência.No dia seguinte, esses irmãos
juntamente com outro líder demitente, o irmão Germano Echterhoff,
reuniram-se nessa cidade e resolveram fundar uma nova congregação
com o título de Evangélicos Adventistas do Sétimo Dia, tendo por
objetivo anunciar nosso Senhor Jesus Cristo como único Salvador
e a Bíblia Sagrada como única regra de fé. Após alguns dias – a
25 daquele mês – publicaram um manifesto, subscrito pelos seis líderes,
esclarendo as razões da sua atitude e confirmando a sua fé.Em 21
de agosto de 1916 foram aprovados os seus Estatutos e Regimento
Interno, sob o nome de Conferência da Igreja Evangélica Adventista,
que vigoraram até o dia 04 de novembro de 1950, quando, em Assembléia
Geral Extraordinária realizada em Curitiba, os mesmos foram alterados
e foi adotado o atual nome, após os entendimentos protocolares com
a Igreja Batista do sétimo Dia de Hamburgo (Alemanha), face à identidade
de doutrinas.Posteriormente, em Assembléias Gerais realizadas em
1960, em Itararé, Estado de São Paulo, e em 1965, em Curitiba, esses
documentos foram reformados, sendo que nesta última reunião foram
aprovadas a "Declaração de Fé dos Batistas do Sétimo Dia" e a associação
da Igreja à Federação Mundial Batista do Sétimo Dia, com sede atual
em Janesville, WI, Estados Unidos da América.Os seus atuais Estatutos
foram emendados na última Assembléia Geral realizada nos dias 18-20
de janeiro de 1985, em Curitiba, ocasião em que foi aprovado o seu
"Manual de Doutrinas", reafirmando e ampliando as disposições da
referida Declaração de Fé. Ultimamente esta Igreja tem demonstrado
a firmeza de sua fé, baseada unicamente nas Escrituras e ligada
a profundas raízes apostólicas e históricas, resistindo à penetração
dos "modernos movimentos carismáticos, de caráter pentecostalista",
que, com suas errôneas interpretações e inovações, têm perturbado
e dividido muitas denominações tradicionais.
GENERALIDADES
Os Batistas do Sétimo Dia no mundo têm tido uma
longa e honrosa história, que data dos tempos apostólicos. Como
Batistas guardadores do Sábado, através dos séculos têm defendido:
- Liberdade de Consciência
- Separação entre Igreja e Estado
- Liberdade Religiosa
- Igreja Formada de Membros Regenerados
- A Bíblia, Nossa Única Regra de Fé e Prática
- Batismo de Crentes por Imersão
- O Sábado de Cristo e o Decálogo.
Lutando por esses ideais, eles procuram trabalhar principalmente
para levarem as pessoas a aceitar a Cristo como Senhor e Salvador
e viverem piamente. Pregam que a salvação é uma graça de Deus
concedida a todos mediante a fé pessoal em Cristo, e não pelos
seus méritos ou ações praticadas com esse propósito. Crêm na liberdade
de consciência quanto a pontos que não envolvem a salvação, tais
como assuntos escatológicos (períodos proféticos e históricos),
éticos (apresentação pessoal), alimentares, etc.Motivados pelo
amor (João 15:15), crêem na "obediência por fé"(Rom 1:5) ao Decálogo
e aos demais mandamentos enunciados por Jesus, como fruto de uma
sincera conversão e realidade de um novo homem transformado pelo
poder do Espírito Santo, recebido quando se crê no Senhor Jesus
Cristo (Efésios 1:13). Reconhecem que a obediência não é a causa
da salvação, mas o seu efeito; por isso, procuram guardar os mandamentos
não com a intenção de obterem a salvação por esse meio, mas porque
estão salvos em Cristo! Ele esclareceu e exemplificou o sentido
e a amplitude dos mandamentos de Deus, inclusive o do Sábado.Os
Batistas do Sétimo Dia crêem que o sétimo dia da semana, o Sábado,
deve ser observado pelos cristãos, não apenas porque sua observância
começou com a história bíblica do homem, foi considerado sagrado
pelos patriarcas e profetas e ordenado no Sinai, mas primordialmente,
porque foi observado por Cristo e pela Igreja Apostólica. Crêem
que Cristo é a sanção final para o Sábado. Ainda que os Batistas
de Sétimo Dia considerem que as outras denominações laboram em
erro quanto a algumas de suas doutrinas e práticas, todavia têm
admitido todos os cristãos como irmãos em Cristo e têm cooperado
com eles sempre que possível, ao longo de toda sua história.O
regime democrático de suas igrejas determina a natureza de suas
organizações, bem como a forma da própria igreja. Cada igreja
é independente em suas atividades evangélicas locais, porém vinculada,
em cada país, a um órgão central, que coordena as atividades gerais
para o bem comum e zela pela preservação de suas doutrinas bíblicas
e pela aplicação da disciplina eclesiástica. As igrejas locais
se associam em Conferências, Convenções ou Igrejas nacionais,
e estas em organismos internacionais, cujos dirigentes são eleitos
periodicamente através de reuniões ou assembléias gerais. Os Batistas
do sétimo Dia têm sido sempre um povo missionário. Em suas organizações
nacionais e internacionais possuem órgãos que têm o objetivo de
promover missões nacionais e estrangeiras como os Departamentos
Nacionais específicos, A Sociedade Missionária e a Federação Mundial
Batista do Sétimo Dia.Quanto à doutrina os Batistas do Sétimo
Dia são evangélicos e, exceto pelo Sábado e pelo conceito da natureza
do homem, geralmente estão em harmonia com os Batistas. Assim,
concordamos na salvação pela fé em Cristo, no batismo de crentes
como confissão de fé, na liberdade individual e civil, na independência
da igreja local em suas atividades evangelísticas, em colocar
a Bíblia nas mãos de todos os homens e no direito de cada um interpretá-la,
sob diligente estudo, conforme o Espírito Santo o induz.Apesar
da semelhança dos nomes, os Batistas do Sétimo Dia não devem ser
confundidos com os Adventistas do Sétimo Dia. Os primeiros foram
organizados como corpo de doutrinas em 1617, na Inglaterra, logo
após a Reforma, enquanto que os últimos só o foram, oficialmente,
em 1863,nos Estados Unidos. Estes provém do Movimento Millerista
(de Guilherme Miller), que surgiu em meados do século passado
(1831-1844), nesse país. Inicialmente eles chamavam-se apenas
Adventistas e guardavam o Domingo; posteriormente, em 1844/46,
receberam a verdade do Sábado dos Batistas do Sétimo Dia e finalmente,
em 1863, assumiram o nome atual. Essas duas denominações religiosas
são completamente independentes e diferem quanto à organização,
interpretação das Escrituras, inspiração da Sra. Ellen G. White
(os Adventistas consideram-na uma profetisa), expiação dos pecados
e outras crenças e práticas. Os Batistas do Sétimo Dia crêem que
a Bíblia está completa e contém todo o plano de Deus para a salvação
e orientação da humanidade, não necessitando ser complementada
ou interpretada por pretensos profetas modernos ou falsos messias
ou guias espirituais, pois o Espírito Santo é quem orienta a toda
a verdade (João 16:13).
O
NOME
Finalmente queremos tecer algumas considerações sobre o nome
da Igreja. Para o povo Batista do Sétimo Dia, a Igreja é considerada
sob dois aspectos: como o corpo universal de Cristo, e como uma
comunidade local organizada, formada de seguidores de Cristo.
Essa dupla crença é partilhada com praticamente todos os outros
grupos cristãos. Portanto, nós nos consideramos membros da Igreja
universal de Cristo. O nome Batista aparece logo nas primeiras
páginas do Evangelho (Mat. 3:1) e representa uma herança espiritual
dos Anabatistas do Sábado, insistindo na liberdade individual
de consciência sob o imperativo das Escrituras, e no batismo de
pessoas regeneradas. A expressão Sétimo Dia encontra-se como uma
bênção santificante de Deus, desde o segundo capítulo de Gênesis
(2:3), visando o bem-estar do homem e a consagração de um tempo
especial para o culto no sétimo dia da semana – o santo Sábado.
O título é pois bastante abrangente e significativo.
VOCAÇÃO
PROFÉTICA
Na plenitude dos tempos, segundo a profecia de Malaquias (3:1),
apareceu João Batista, como "anjo do Senhor", apontando para Jesus
Cristo, o "Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo"(João 1:29);
e agora, no fim dos tempos, os Batistas do sétimo Dia, guiados
pelo Espírito Santo, prosseguem apontando para Cristo, como único,
verdadeiro, perfeito e eterno Salvador, e proclamando o amor de
Cristo, que consiste na guarda dos Seus justos e santos mandamentos.
Impelidos por essa vocação divina, eles enfrentaram todas as consequências,
sendo perseguidos e massacrados em muitas épocas por sua fidelidade
aos santos mandamentos da lei de Deus, deixando na estrada do
tempo um rastro de sangue (Apoc. 12:17).Essa Igreja milenar, que
não tem fundador humano, nunca caiu, porque Seu fundador foi quem
prometeu que ela nunca cairia (Mat 16:18). Sendo de origem apostólica
e praticando um cristianismo sem remendos ou deformações, obviamente
não precisou de "restaurações ‘ou "renovações", pois suas verdades
básicas sempre foram mantidas e defendidas. Os Batistas do Sétimo
Dia crêem na continuidade ininterrupta da "fé uma vez dada aos
santos" e de uma Igreja que, pelo poder de Deus, não caiu e nunca
cairá, mesmo sofrendo perseguições e martírios – eles conhecem
o preço da fidelidade a Cristo e aos Seus mandamentos.Pela misericórdia
de Deus e graça de nosso Senhor Jesus Cristo, humilde e sinceramente
cremos que sempre houve e haverá um remanescente de cristãos fiéis
à Sua Palavra, aos quais se aplicam as palavras proféticas do
Apocalipse: "Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que
guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus"(Apoc. 14:12).
BIBLIOGRAFIA
- Standart Bible Dictionary, A.C. Zenos Ancient Christianity,
Dr. Coleman History of the Sabbath, Dr. Heyllyn, parte 2, cap.
3, sec. 12 (London) Encyclopedia of Sunday Schools, and Religion
Education, Hessey, art. "Sabath" Astrology na Religion Among
Greeks and Romans, Francisco Cumont, pág. 163. The Mysteries
of Mithra, Francisco Cumont, pág. 176 History of the Sabbath,
Andrews-Conradi
- Constituições Apostólicas: livro 2, cap. 36; livro 7, cap.
23; livro 8, cap. 33. Institutes, João cassio, tomo II, cap.
18. First Apology, Justino Martir, cap. 6. The Ante Nicene Fathers,
Tertuliano, vol. 3, pág. 689. Historical Papers, Randolph, vol.
1, pág. 16.
- História da Igreja Antiga, Philip Schaff, III período, pág.
464. Church History, Philip Schaff Commentary on the Psalms,
Cox (Eusebius) History of the Councils of the Church, Hefele,
vol. 2, livro 6, seção 98, cânon 29Prynne, vol.I, parágr. 39,
cânon 16.Gregor Opera, tomo II, pág 312Antuerpia 1695, Eusébio,
livro III, cap.33, pág. 413.Eclesiastical History, Sozomon,
tomo VII,cap.19.Eclesiastical History, Socrates, tomo V, cap.
2, em Nicene e Post-Nicene Fathers, 2ª Série, vol.
2, pág. 132
- History of the Christian Church, Hurst, vol. I
- Against the Celestial Prophets, M. Luther Life of Luther,
Sear’s
- Art. Swiss Reformation, Philip Schaff
Non Conformist Memorial
Outras Fontes Informativas:
The Sabbath and the Sabbath Keeping Baptists, Rev. Alva Davis, A.M.,
D.O. (Folheto da "The American Sabbath Trackt Society")-E.U.A.)
Handbook of Information Concerning Seventh Day
Baptists, 1948, págs. 10,11,13 (livreto da mesma casa publicadora)
Manual of Procedures for Seventh Day Baptist Churches,
pág. 9 ( Livreto da mesma casa publicadora)
Sabbath and Sunday – The Real Difference (Folheto
da mesma casa publicadora)
The Weekly Rest Day, George A. Main (Folheto da
"Bible Sabbath Association"-E.U.A.)
Como e Quanto os Cristãos aceitaram a observância
do Domingo? (Folheto da Editora Missionária "A Verdade Presente"-
SP |