Quarta Série, com a Tia Estér (de novo) e a Tia Leda. Me lembro da ignorância da Tia Leda ao ler "Plantation" (Inglês: "planteichion"), como "plantatiom", bem aportugueizado. tsc...tsc... Ou então daquela vez que a Tia Leda, querendo dizer que o ser humano era diferente de animal, não quis entender meu ponto de vista de que somos iguais: respiramos, dormimos, cagamos, comemos...tudo igualzinho, porra! Tá certo que ela tava querendo falar que não éramos animais pra ficar em curral como bois, mas ela queria que um piá de 10 anos fosse entender o ponto de vista dela, ainda mais se ela não soube se fazer clara?? Ela que deveria ter descido da arrogância dela, e me explicado com calma, filha da mãe!! Também foi legal o lance numa prova de ciências. Tia Éster pedia três utilidades do ar. Desenhei um avião e botei: fazer o avião voar, tornar possível o controle de uma avião, e como não sabia mais outra, completei com algo menos nobre, tipo... respiração dos seres vivos... Já falei que era (e sou) doido por aviões??
Lá pelo começo do ano minha mãe me chegou com uma foto em preto e branco, pedindo pra eu adivinhar o que era. Como nunca tinha visto nada parecido, então chutei que era uma..."foto de satélite!". Tava redondamente enganado. Era a primeira foto do meu irmãozinho Lucas, que nasceu em 23 de outubro.
Também nessa época comecei a estudar inglês. Me lembro bem que no dia da matrícula tinha um quadro com uma frase qualquer (obviamente, em inglês) pendurado na sala da parede da secretaria da escola. Prometi a mim mesmo que eu ia saber o que estava escrito lá, logo, logo. Mas aquele quadro sumiu depois de um tempo, e - frustração total, meu! - nunca descobri o que era. Acho que vou ter que morrer com esse peso na consciência. Chuif! :-( Claro que eu, com dez aninhos, era o mais novinho da classe. E minha mãe deu muita risada quando disse pra ela que estava aprendendo o verbo "Tó-bi", depois da primeira aula... tá certo, tá certo, cara-pálida!! Hoje eu sei que "to be" se fala "tchu bi", ok!???
E como sempre inventava moda com alguma coisa, o que tomava meu tempo no momento era minha coleção de selos. Que aliás, cresceu de um dia para outro de uns 2.000 para uns 40.000 selos, graças à minha tia-avó Dolores, que doou a coleção dela para mim. E foi tudo catalogado, separado, bonitinho! Tudo! Claro que a coleção que dava maior atenção era a de selos brasileiros e a temática - aviação - como todo bom filatelista faz.
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