Companhia Paulista de Estradas de Ferro

CARROS PULLMAN STANDARD

 

Nas portas de acesso dos salões às duas plataformas, sob a grande barra metálica com a inscrição "Empurre", podia-se ver, em muitos carros de passageiros da Paulista a partir de meados da década de 50, uma plaqueta metálica retangular, com as seguintes inscrições: "Fabricado por The Pullman Standard Car Manufacturing Company - Chicago, Illinois, Estados Unidos da América do Norte".

Nesse sentido, no contexto da Companhia Paulista, a expressão "Pullman" não designava apenas um determinado carro de passageiros configurado para a classe Pullman (assim como poderia estar configurado para Primeira Classe, Restaurante, Dormitório, etc) mas, também, o nome do fabricante de seus melhores carros de passageiros.

A aquisição dos carros da The Pullman Standard em 1954, representou o ponto culminante da sofisticação e conforto no serviço de passageiros da Companhia Paulista. Composições formadas geralmente com treze destes carros, tracionados por potentes locomotivas elétricas "Russa" ou "V8" (capaz de atingir velocidades superiores a 150 km/h)(1), trafegando pela bitola de 1, 60 de sua via permanente impecável, compunham os mais sofisticados trens de passageiros que já circularam no Brasil: os "Trem Azul".

Infelizmente, com a virada da balança governamental a favor do rodoviarismo, a Companhia Paulista passou a amargar sérios prejuízos financeiros, sucumbindo economicamente e sendo estatizada pelo Governo do Estado de São Paulo, em 1961. Com a sua estatização, infelizmente, a Companhia Paulista abandonou um projeto que, se implementado, teria sido extremamente arrojado para a época, 40 anos atrás: composições de luxuosos e confortáveis carros Pullmans Standard, ligando Jundiaí a Araraquara à velocidade aproximada 150 km/h (2).

 

Chegada dos Pullman-Standard ao Brasil

Aspecto externo dos Pullman-Standard

Aspectos internos dos Pullman-Standard

Os Pullman-Standard na Fepasa

Os últimos Pullman-Standard em SP

Os Pullman-Standard nos Estados Unidos

 


(1) e (2) As vias permanentes remanescentes da antiga Paulista, em decorrência de uma manutenção insuficiente por parte da Fepasa, tornaram-se precárias em relação ao seu excelente estado enquanto pertenciam à Paulista. Mesmo assim, em meados da década de 80, as locomotivas V8 foram testadas pelo IPT , que lhes aferiu uma velocidade de 146 km/h. As V8, no entanto, eram capazes de atingir velocidades mais elevadas, o que em todo caso não seria possível, em virtude da má manutenção da via, realizada pela Fepasa. Ainda assim, mesmo nos últimos anos de existência da Fepasa na década de 90, as "V8" e "Russas" tracionavam grandes composições de passageiros, à velocidade de 120 km/h. Todavia, devido às paradas excessivas, a velocidade média destes trens terminava sendo de apenas 60 km/h.

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João Baptista Soares de Faria Lago

Última atualização: 08 de março de 2.000