Outra linha dos camponeses Kirmse pode ser comprovada em Lehma, por quatro gerações que chegam a 1840. Desde Christoph Kirmse (nascido em 1744, falecido em 1818) as famílias de camponeses Kirmse de Gerstenberg e Lehma tiveram os mesmos antepassados por oito gerações, a partir de meados do século XVI.
Em 1920, após anos de pesquisa, o médico-chefe da Heilstätte1 Albertsberg no Vogtland2, Dr. med. Kurt Kirmse, elaborou uma árvore genealógica da família que remonta ao ano de 1577 e menciona como ancestral mais remoto um certo Oswald Kirmse, estalajadeiro em Gerstenberg.
A mais antiga notícia segura sobre a família Kirmse está registrada no Arquivo Governamental de Altenburg. Diz ela: "No sábado após Trium Regum (Dia de Reis, 6 de janeiro) de 1569 Oswald Kirmes, o estalajadeiro de Gerstenberg, compra de Jörge Rost em Serbitz a propriedade deste, sita em Serbitz, por 1.300 fl3".
Assim, já em 1569 a estalagem de Gerstenberg pertencia à família Kirmse. Porém não é possível comprovar com exatidão quando ela se tornou de sua propriedade. No entanto é certo que não foi já em 1510, conforme mostrado em um cartão de jubileu do ano de 1910 (vide figura)4, uma época em que se acreditava já poder celebrar o jubileu de 400 anos dos estalajadeiros Kirmse em Gerstenberg.
Isso porque nas anotações do livro de notícias dos sacerdotes de Treben mencionam-se Glorius Gentsch em 1510 e Georg Lamp em 1515 como estalajadeiros em Gerstenberg.
Conforme pesquisas ulteriores, Oswald Kirmse muito provavelmente casou-se no ano de 1552. Considerando os usos e costumes dos camponeses de Altenburg naquela época, no ano mencionado ele terá assumido a estalagem do pai, adquirido a estalagem por casamento ou comprado a mesma antes de se casar. Portanto não será um erro supor que 1552 seja o ano mais tardio em que a estalagem de Gerstenberg possa ter sido adquirida pelas famílias Kirmse.
A crônica familiar dos Kirmse de Gerstenberg apresenta 12 gerações ininterruptas de estalajadeiros chamados Kirmse, por um período de cerca de 420 anos até 1973. Em 19 de dezembro de 1973 o último estalajadeiro da família Kirmse em Gerstenberg faleceu na pessoa de Hans Kirmse, que não deixou descendentes.
Os ancestrais da família Kirmse eram camponeses de profissão e normalmente ainda eram conhecidos pela denominação de Anspanner5. Aqueles estabelecidos em Gerstenberg operavam além disso uma estalagem. Faziam parte dos migrantes alemães que na Idade Média se haviam assentado juntamente com os Sorbos6 na região destes.
Durante suas pesquisas familiares, o já mencionado médico Dr. Kurt Kirmse, falecido em 1921 e sepultado no cemitério de Gerstenberg, também se ocupou da palavra "Kirmse" e de seu significado, derivando-a de Kirmes, Kirmse, Kirms, equivalentes a Kirchmesse7. Ao lado do sobrenome Kirmse, usual hoje em dia, existiram antigamente entre outras as seguintes grafias: Kirmsse, Kirmße, Kiermße, Kermße, Körmse, Kürmße, Kirmiße, Kirmeß, Kirmß, Kyrms. O Dr. Kurt Kirmse desenhou também um brasão da família, que mereceu a aprovação de renomados estudiosos de heráldica. A figura do brasão representa uma igreja decorada com bandeiras de Kirmes, tendo servido como modelo a igreja de Gerstenberg (vide figura).
A propriedade ancestral da família Kirmse, a estalagem de Gerstenberg, situa-se na margem direita do Gerstenbach8 ao lado de uma antiga estrada comercial, a Peter-Pauls-Straße, que levava à Boêmia. Ao longo dos séculos a estalagem sofreu muitas alterações estruturais. O prédio residencial e da taverna foi extensamente modificado nos anos de 1745-52.
A 23 de março de 1905, por ocasião das escavações do solo para construção de uma varanda na estalagem, despertou atenção geral o achado de um pote com 334 moedas de prata, possivelmente todas oriundas da época da Guerra dos Trinta Anos. Infelizmente esse tesouro foi alienado de alguma forma.
Em virtude das muitas festividades lá realizadas, a estalagem dos Kirmse de Gerstenberg era largamente conhecida como um estabelecimento bom e muito freqüentado. Ali empreendiam-se antigamente, com regularidade, exibições de filmes, bailes, noites de Skat9 e festas de tiro ao alvo no jardim adjacente. Por longo tempo a estalagem foi o centro cultural do vilarejo de Gerstenberg e, mais amplamente, de toda a comunidade escolar.
Com o falecimento, em 1973, de Hans Kirmse, último descendente da família Kirmse, terminou uma tradição familiar de estalajadeiros que durou mais de 420 anos.
Até o início dos anos 80, um comprador ainda prosseguiu na operação da estalagem. Mas desde há alguns anos a estalagem não funciona mais. O tempo deteriorou perceptivelmente a estrutura da construção (vide figura)10.
Notas do Tradutor:
1. Casa de Saúde
2. Região da Saxônia
3. Florins
4. Legenda da ilustração:
Reprodução
de um cartão postal do jubileu de 400 anos, celebrado cedo demais,
dos estalajadeiros Kirmse, Gerstenberg. A figura mostra também
a igreja de Gerstenberg, mencionada mais abaixo
5. Pessoas que prestavam
serviços aos seus senhores com cavalos
6. Povo eslavo no leste
da Alemanha
7. Festa popular de inauguração
da igreja, etimologicamente equivalente a quermesse em português
8. Ribeirão da Cevada
9. Jogo de cartas alemão,
criado em Altenburg
10. Legenda da ilustração:
A
antiga estalagem de Gerstenberg, que não está mais em funcionamento
(1991). Foto: Horst Schumann
Another line of the Kirmse peasants may be documented in Lehma, in four generations reaching until 1840. Since Christoph Kirmse (born 1744, died 1818) the Kirmse peasant families of Gerstenberg and Lehma have had the same ancestors for eight generations since the mid-16th century.
The chief physician of Heilstätte1 Albertsberg in the Vogtland2, Dr. med. Kurt Kirmse, had set up a family tree in 1920, after years of research, which reached the year 1577 and mentions a certain Oswald Kirmse, innkeeper at Gerstenberg, as earliest ancestor.
The oldest sure mention of the Kirmse family is registered in the Government Archive of Altenburg. It says: "On Saturday after Trium Regum (Day of the Three Kings [Magi], 6th January) 1569 'Oswald Kirmes', innkeeper at Gerstenbergk, buys from Jörge Rost of Serbitz his property situated in Serbitz for 1300 fl3."
Accordingly the inn at Gerstenberg already belonged to the Kirmse family in 1569. But it is not possible to verify exactly when it came into their possession. Nevertheless it is sure that it did not happen as early as 1510, as shown on a jubilee card from the year 1910 (see picture)4, a time when it was believed to be possible already to celebrate the 400th jubilee of the Gerstenberger Kirmse innkeepers.
Indeed, in the notes of the registry book of the priests at Treben, Glorius Gentsch is mentioned in 1510 and Georg Lamp in 1515 as innkeepers at Gerstenberg.
According to further researches Oswald Kirmse very probably married in the year 1552. Considering the customs among the Altenburger peasants of those times, in the year mentioned he either took over the inn from his father, married into it or bought it before his marriage. Therefore it will certainly not be in error to suppose 1552 as the latest point in time where the inn at Gerstenberg came into the possession of the Kirmse families.
The family chronicle of the Gerstenberg Kirmses documents 12 generations of innkeepers called Kirmse, without any gaps, for a period of approximately 420 years until 1973. On the 19th of December, 1973 the last Gerstenberger innkeeper of the Kirmse family died in the person of Hans Kirmse, who left no descendants.
The ancestors of the Kirmse family were peasants by occupation and used to bear the denomination of Anspanner5. Those settled in Gerstenberg additionally operated an inn. They belonged to the German settlers who established themselves in the region of the Sorbs6 during the Middle Ages.
The abovementioned physician, Dr. Kurt Kirmse, who died in 1921 and is buried at the cemetery in Gerstenberg, during his family researches also occupied himself with the word "Kirmse" and its signification, deriving it from Kirmes, Kirmse, Kirms, equivalent to Kirchmesse7. Besides the now usual family name Kirmse there existed formerly the following spellings, among others: Kirmsse, Kirmße, Kiermße, Kermße, Körmse, Kürmße, Kirmiße, Kirmeß, Kirmß, Kyrms. Dr. Kurt Kirmse also designed a family coat of arms, which was approved by important heraldry experts. The arms show a church decorated with Kirmes flags, the Gerstenberger church having served as model (see picture).
The ancestral property of the Kirmse family, the Gerstenberger inn, is situated on the right bank of the Gerstenbach8 on an ancient commercial road, the Peter-Pauls-Straße leading to Bohemia. During the centuries it suffered many building changes. The residential and pub building was much altered in the years 1745-52.
When the ground was excavated to build a porch at the inn on the 23rd of March, 1905, general attention was awakened due to the finding of a pot with 334 silver coins, probably all from the time of the 30 Years' War. Unfortunately this treasure has been absconded somehow.
Due to the many festivities undertaken, the Kirmse inn at Gerstenberg was widely known as a good public house, and one gladly visited. Formerly it regularly featured movie exhibitions, dance parties, Skat9 evenings and, in the neighbouring garden, shooting tourneys. For a long time the inn was the cultural centre of Gerstenberg village, and of the whole school community in the environs.
After the death of Hans Kirmse in 1973, the last descendant of the Kirmse family, an innkeepers' family tradition lasting more than 420 years came to an end.
Until the early 1980s a buyer still maintained the inn business. But for some years now the inn has not operated any longer. The tooth of time has had a notable effect on the building (see picture)10.
Translator's Notes:
1. Hospital
2. Region of Saxony
3. Gulden = florins
4. Caption of the illustration:
Reproduction
of a postcard from the 400-year jubilee, celebrated too early, of the Kirmse
innkeepers, Gerstenberg. The picture also shows the Gerstenberg church,
mentioned later
5. People who rendered services
to their lords with horses
6. A Slavic people in eastern
Germany
7. A popular feast for the
inauguration of a church
8. Rye Creek
9. German card game created
in Altenburg
10. Caption of the illustration:
The
old inn at Gerstenberg, no longer functioning (1991). Photo: Horst Schumann
Eine andere Linie der Kirmseschen Bauern läßt sich in Lehma in vier Generationen bis 1840 nachweisen. Seit Christoph Kirmse (geboren 1744, gestorben 1818) haben die Gerstenberger und die Lehmaer Bauernfamilien Kirmse in acht Generationen bis Mitte des 16. Jahrhunderts die gleichen Vorfahren.
Der Oberarzt der Heilstätte Albertsberg im Vogtland, Dr. med. Kurt Kirmse, hatte in jahrelangen Forschungen 1920 einen Familienstammbaum erarbeitet, der bis zum Jahre 1577 zurückreicht und als ältesten Vorfahren einen Oswald Kirmse, Gastwirt zu Gerstenberg, nennt.
Die älteste sichere Nachricht über die Familie Kirmse ist im Regierungsarchiv Altenburg verzeichnet. Sie lautet: "Am Sonnabend nach Trium Regum (Heilige Drei Könige, 6. Januar) 1569 kauft 'Oswald Kirmes', der Wirth zu Gerstenbergk, von Jörge Rost zu Serbitz dessen in Serbitz gelegenes Gut für 1300 fl."
Demnach gehörte der Gasthof zu Gerstenberg 1569 schon der Familie Kirmse. Wann er aber in ihren Besitz gekommen ist, läßt sich nicht genau nachweisen. Sicher ist jedoch, daß es nicht schon 1510 war, wie eine Jubiläumskarte aus dem Jahre 1910 zeigt (siehe Bild)1, als man zu diesem Zeitpunkt bereits glaubte, das 400jährige Jubiläum der Gerstenberger Gastwirte Kirmse begehen zu können.
In den Aufzeichnungen der Nachrichtenbuches der Pfarrer zu Treben werden nämlich 1510 Glorius Gentsch und 1515 Georg Lamp als Wirte in Gerstenberg genannt.
Wie weitere Nachforschungen ergaben, hat Oswald Kirmse mit großer Wahrscheinlichkeit im Jahre 1552 geheiratet. Unter Berücksichtigung der damaligen Sitten und Gebräuche der Altenburger Bauern hat er in dem erwähnten Jahre entweder den Gasthof von seinem Vater übernommen, oder in ihn eingeheiratet oder ihn vor seiner Hochzeit gekauft. Man geht also sicherlich nicht fehl, wenn man 1552 als den spätesten Zeitpunkt annimmt, wo der Gasthof Gerstenberg in den Besitz der Familien Kirmse gekommen ist.
Die Familienchronik Kirmse, Gerstenberg, weist lückenlos bis 1973 über einen Zeitraum von rund 420 Jahren 12 Generationen von Gastwirten des Namens Kirmse nach. Am 19. Dezember 1973 starb mit Hans Kirmse, der keine Nachkommen hatte, der letzte Gerstenberger Gastwirt der Familie Kirmse.
Die Altvordern der Familie Kirmse waren von Beruf Bauern und führten gewöhnlich noch die Bezeichnung Anspanner. Die in Gerstenberg Ansässigen betrieben außerdem noch eine Gastwirtschaft. Sie gehörten zu den deutschen Ansiedlern, die im Mittelalter das Gebiet der Sorben mit besiedelten.
Der schon zitierte Arzt Dr. Kurt Kirmse, 1921 gestorben und auf dem Friedhof zu Gerstenberg begraben, befaßte sich bei seinen Familienforschungen auch mit dem Wort "Kirmse" und seiner Bedeutung und leitete es von Kirmes, Kirmse, Kirms gleich Kirchmesse ab. Neben dem jetzt üblichen Familiennamen Kirmse gab es früher u. a. folgende Schreibweisen: Kirmsse, Kirmße, Kiermße, Kermße, Körmse, Kürmße, Kirmiße, Kirmeß, Kirmß, Kyrms. Dr. Kurt Kirmse hatte auch ein Familienwappen entworfen, das die Anerkennung bedeutender Heraldiker gefunden hatte. Das Wappenbild stellt eine mit Kirmesfahnen geschmückte Kirche dar, wobei die Gerstenberger Kirche als Vorbild diente (siehe Bild).
Das Stammgut der Familie Kirmse, der Gerstenberger Gasthof, liegt auf dem rechten Ufer des Gerstenbaches an einer alten Handelsstraße, der Peter-Pauls-Straße, die nach Böhmen führte. Im Laufe der Jahrhunderte hat er viele bauliche Veränderungen erfahren. Das Wohn- und Schenkhaus ist in den Jahren 1745-52 stark verändert worden.
Allgemeines Aufsehen erregte am 23. März 1905 beim Ausheben des Grundes für den Verandabau am Gasthof der Fund eines Topfes mit 334 Silbermünzen, die wohl alle aus der Zeit des Dreißigjährigen Krieges stammen sollten. Leider ist dieser Schatz irgendwie veruntreut worden.
Wegen der vielen durchgeführten Festlichkeiten war der Gasthof Kirmse in Gerstenberg weit und breit als eine gute und gern aufgesuchte Gaststätte bekannt. Hier fanden früher regelmäßig Filmveranstaltungen, Tanzvergnügen, Skatabende und im angrenzenden Garten Schützenfeste statt. Der Gasthof war über eine lange Zeit der kulturelle Mittelpunkt des Dorfes Gerstenberg und darüber hinaus der gesamten Schulgemeinde.
Mit dem Tode des letzten Nachfahren der Familie Kirmse im Jahre 1973, Hans Kirmse, ging eine über 420 Jahre währende Gastwirts-Familientradition zuende.
Bis Anfang der 1980er Jahre hatte ein Käufer den Gastwirtschaftsbetrieb noch fortgesetzt. Doch seit einigen Jahren ist die Gaststätte nun nicht mehr bewirtschaftet. Der Zahn der Zeit hat merklich an der Bausubstanz genagt (s. Bild)3.
Anmerkungen:
1. Bildunterschrift: Reproduktion
einer Postkarte vom zu früh begangenen 400jährigen Jubiläum
der Gastwirte Kirmse, Gerstenberg.
2. Bildunterschrift: Der
alte Gerstenberger Hof, der nicht mehr bewirtschaftet wird (1991). Foto:
Horst Schumann
Alia linio de la Kirmse-aj kamparanoj estas certigebla en Lehma, dum kvar generacioj ghis 1840. Ekde Christoph Kirmse (naskighita en 1744, mortita en 1818) la kamparanaj familioj Kirmse el Gerstenberg kaj Lehma havas la samaj prapatroj dum ok generacioj ghis la mezo de la 16-a jarcento.
La chefkuracisto de Heilstätte1 Albertsberg en Vogtland2, Dr. med. Kurt Kirmse, en 1920 estis ellaborinta post multjaraj esploroj familiarbon, kiu atingas la jaron 1577 kaj mencias kiel plej antałlongan prapatron Oswald Kirmse, gastejestron en Gerstenberg.
La plej malnova certa sciigo pri la familio Kirmse estas registrita en la Registara Arkivo de Altenburg. Ghi diras: "Sabaton post Trium Regum (la Tri Magoj, la 6-a de Januaro) 1569 'Oswald Kirmse', gastejestro de Gerstenbergk, achetas de Jörge Rost el Serbitz lian bienon lokitan en Serbitz por 1300 fl3."
Do la gastejo en Gerstenberg jam apartenis al la familio Kirmse en 1569. Sed ne estas totale certigebla, kiam ili ghin ekposedis. Tamen estas certa ke tio ne okazis jam en 1510, kiel montras jubilea poshtkarto el la jaro 1910 (vidu figuron)4, kiam oni kredis, ke estas jam celebrenda la 400-jara jubileo de la gastejestroj Kirmse el Gerstenberg.
Inter la registroj de la sciigolibro de la pastroj el Treben ja estas menciitaj Glorius Gentsch en 1510 kaj Georg Lamp en 1515 kiel gastejestroj en Gerstenberg.
Lał sekvaj esploroj Oswald Kirmse vershajnege edzighis en la jaro 1552. Konsiderinte la tiamaj kutimoj che la kamparanoj de Altenburg, en la menciita jaro li ekricevis la gastejon de lia patro, ghin akiris edzighante ał ghin achetis antał ol edzighi. Do oni certe ne eraras, se oni konsideras 1552 kiel la plej malfrua dato, kiam la familioj Kirmse ekposedis la gastejon de Gerstenberg.
La familia kroniko de Kirmse el Gerstenberg certigas 12 generaciojn de gastejestroj portante la nomon Kirmse, seninterrompe dum chirkałe 420 jaroj ghis 1973. La 19-an de Decembro 1973 mortis Hans Kirmse, la lasta gastejestro de la familio Kirmse en Gerstenberg, sen iaj posteuloj.
La prapatroj de la familio Kirmse estis metie kamparanoj kaj ordinare portis la oficonomon Anspanner5. Tiuj fiksitaj en Gerstenberg krome mastrumis gastejon. Ili apartenis al la germanaj koloniistoj, kiuj en la Mezepoko ekloghis en la regiono de la sorboj6.
La antałe citita kuracisto Dr. Kurt Kirmse, kiu mortis en 1921 kaj estas entombigita en la tombejo de Gerstenberg, en liaj famili-esploroj okupighis ankał pri la vorto "Kirmse" kaj ghia signifo, kiu lał li devenas de Kirmes, Kirmse, Kirms, egala al Kirchmesse7. Krom la familinomo Kirmse, nun ordinara, iam ekzistis i. a. la sekvantaj skribmanieroj: Kirmsse, Kirmße, Kiermße, Kermße, Körmse, Kürmße, Kirmiße, Kirmeß, Kirmß, Kyrms. Dr. Kurt Kirmse ankał desegnis familiblazonon, kiun aprobis famaj heraldikistoj. La blazonbildo prezentas preghejon ornamitan de Kirmes-flagoj, por kiu servis kiel modelo la preghejo de Gerstenberg (vidu figuron).
La prapatra bieno de la familio Kirmse, la gastejo de Gerstenberg, lokighas sur la dekstra bordo de la Gerstenbach8 apud malnova komerca strato, la Peter-Pauls-Straße, kiu kondukis al Bohemujo. Dum la jarcentoj ghi ricevis multajn konstruajn modifojn. La logha kaj drinkeja domo multe shanghighis dum la jaroj 1745-52.
Gheneralan intereson vekis la 23-an de Marto 1905, kiam tero estis elfosata por konstrui la gastejan verandon, la eltrovo de poto kun 334 arghentaj moneroj, chiuj probable el la epoko de Tridekjara Milito. Malfeliche tiu trezoro iel aliproprighis.
Kałze de la multaj festoj, kiuj tie okazis, la Kirmse-gastejo en Gerstenberg vaste konatighis kiel gastejo bona kaj bonvole vizitata. Antałe tie okazis regule filmelmontroj, baloj, Skat9-vesperoj kaj celpafadaj festoj en la apuda ghardeno. Dum longa tempo la gastejo estis kultura centro de la urbeto Gerstenberg kaj plie de la tuta lernej-komunumo.
Kiam mortis en 1973 Hans Kirmse, la lasta posteulo de la familio Kirmse, finighis gastejestra familio-tradicio dałrinta pli ol 420 jaroj.
Ghis la komenco de la 1980-aj jaroj achetinto ankorał dałrigis la gastej-aferon. Sed ekde kelkaj jaroj la gastejo ne funkcias plu. La tempo percepteble difektigis la konstrusubstancon (vidu figuron)10.
Rimarkoj de tradukisto:
1. Sanigejo
2. Regiono de Saksujo
3. Guldenoj
4. Legendo de ilustrajho:
Reprodukto
de poshtkarto okaze de la tro frue celebrita 400-jara jubileo de la gastejestroj
Kirmse, Gerstenberg. La figuro montras ankał la preghejo de Gerstenberg,
menciata malsupre
5. Homoj kiuj servis siajn
sinjorojn per chevaloj
6. Slava popolo en oriento
de Germanujo
7. Popola preghej-inałgura
festo
8. Hordeo-Rivereto
9. Germana kartludo kreita
en Altenburg
10. Legendo de ilustrajho:
La
malnova gastejo de Gerstenberg, ne plu funkcianta (1991). Foto: Horst Schumann