DESENCONTROS

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Cheguei do mar da esperança

Vim nas velas da saudade

Já passou a tempestade

Venho em bonança

Venho avivar o lume

Que a chama esmorecia

Trazer-te as acendalhas

Da poesia

 

Há silêncios que parecem

Belas peças de oratória

Estão vincados na memória

Nunca se esquecem

E até há desencontros

Que sem parecerem nada

São como mil abraços

Na chegada

 

Adeus ! Já me vou embora

Levo um beijo em cada face

E o desejo que o tempo passe

Sem demora

Basta fechar os olhos

E tenho a tua imagem

É a forma de levar-te

Na viagem

 

Aníbal Raposo

                                                                         Agosto de 1990

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