Ó viola toca bem
Não chores por meu amigo
Que ele mesmo do Além
Canta cantigas comigo
Cantamos tão docemente
Celebrando esta amizade
Uma cantiga dolente
Que tem por nome Saudade
Côro:
Do mar
Bebeste a magia
No mar
Chorei este pranto
Do mar
Nasceu a poesia
No mar
Das ilhas de encanto
Anda balhar p’ro terreiro
Dá-me cá a tua mão
Recordar um companheiro
Quando cantava o Balão
Balhemos a Sapateia
Põe aqui o teu pezinho
Que um poeta nunca morre
Só se afasta um bocadinho
Aníbal Raposo
Setembro de 1997