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Número 02 -
Novembro/99
CONCEPÇÃO GERAL
Os Estúdios Babelsberg, criados em 1911
foram palco da realização de filmes como "Metropolis" e "Anjo Azul",
só para citar dois exemplos lendários. Entre os anos 21/45 estiveram sob a gestão da
UFA Film Studio e, entre 47/92 da DEFA, sendo que a partir de 92, iniciou-se o processo de
privatização que permitiu a sua atual configuração, com a participação de mais de
cem empresas, que se articulam com as companhias STUDIOS BABELSBERG GmbH (serviços e
produção), BABELSBERG FILM GmbH (produção) e a FILMPARK BABELSBERG GmbH
(entretenimento).
Por coincidente analogia, o Projeto Nova Vera
Cruz prevê estrutura semelhante, ou seja, criação de infra-estrutura privatizável,
mantendo participação na "holding", de tal forma que este aparato
permita a co-produção de obras audiovisuais, bem como a aquisição dos seus direitos, o
que, por sua vez, enseja uma efetiva presença no mercado, seja através do oferecimento
de lotes de programas, seja através da criação de associações com outras
distribuidoras, como ocorre com o STUDIO BABELSBERG TV. Estes aspectos são muito
estimulantes, uma vez que o nosso Projeto já vem trabalhando neste sentido. Os 37 filmes
co-produzidos pelo PIC-TV são também uma eloqüente demonstração do nosso potencial
industrial.
Volker e Gerhard salientaram o crescente
faturamento da FILMPARK BABELSBERG, com a organização de excursões turísticas e outras
promoções e, principalmente, o bom andamento comercial dos serviços de produção e
pós-produção ofertados, em consonância com o Projeto Nova Vera Cruz, salvo o fato de
não termos previsto, no projeto básico, uma área específica para serviços de
dublagem, cuja demanda já é grande e tende a ser crescente, portanto, fonte vital de
receitas.
Os senhores Volker Schlöndorff e Gerhard
Bergfried, foram unânimes ao afirmar que os padrões tecnológicos encontram-se em
processo de definição, sendo extremamente difícil fazer opções que não contemplem
alternativas, ou então, implantar sistemas sem o seu necessário amadurecimento
experimental, seja no que concerne à questão eminentemente tecnológica, como também
quanto ao correto dimensionamento que a atividade pode ter, considerando-se a natureza da
demanda existente.
Destacamos algumas constatações
essenciais:
- a película cinematográfica e os diversos formatos (super
16mm e 35 mm), continuarão a ser utilizados, cada vez mais, por diversas vantagens
comparativas, tais como:
- maior resolução óptica, maior profundidade focal, maior
durabilidade, portanto melhor qualidade da imagem;
- o filme pode ser convertido para qualquer formato digital,
independente da multiplicidade de padrões, sem perda da qualidade;
- o produto gerado em película cinematográfica tem maior valor
de mercado;
- quando se trata de ficção ou documentário para TV, o
indicado é a utilização do Super 16mm;
- o telefilme de longa metragem, deve ser realizado
preferivelmente em 35 mm, uma vez que o seu destino pode ser a sala de projeção e,
portanto, nem sempre é conveniente a utilização do Super 16 mm, uma vez que
transferi-lo para digital é simples e imediato, enquanto sua ampliação para 35mm
implica em procedimentos mais complexos, com evidentes desvantagens técnicas e
comerciais, se comparado com o produto rodado em 35mm;
- a revolução tecnológica em curso não será interrompida,
mas ainda não se apresenta no horizonte uma alternativa imediata ao cinema; contudo, já
durante o próximo ano, estarão disponíveis câmaras Panasonic com 2.000 linhas de
definição, que permitirão a transferência do suporte digital para a película
cinematográfica, com qualidade compatível com a exigência do público freqüentador das
salas de cinema e, portanto, é necessário que se dê início ao processo de aquisição
dos equipamentos e à transferência das tecnologias correlatas;
- as experiências realizadas com o cinema digital,
especialmente a espetacular estrutura montada para o fx.Center, embora de importância
estratégica, está encontrando sérias dificuldades do ponto de vista da sobrevivência
comercial, o que significa que houve um claro super dimensionamento, realizado sem um
processo experimental precedente. Em relação ao Projeto Nova Vera Cruz, os nossos
interlocutores destacaram a importância e a justeza da proposta de constituição de um
Centro Experimental que permita o amadurecimento destas técnicas, mas também a
definição dos formatos e equipamentos, a partir de um processo organizado de
implantação dos sistemas, fato que teria evitado os erros que eles cometeram;
- o Senhor Gerhard Bergfried, além da implantação de
Babelsberg, já prestou consultorias semelhantes para estúdios na África do Sul e em
Budapest e se colocou à disposição para atuar no processo de definição do projeto
executivo dos estúdios Vera Cruz, tendo, inclusive, feito algumas sugestões de ordem
prática, a partir das plantas que apresentamos para sua análise preliminar; são elas:
- manter a dimensão original do Estúdio 1, mas prever a sua
subdivisão;
- criar mais espaço para a instalação das produtoras,
especialmente para aquelas que ocupam os estúdios para a realização de um filme ou
produto televisivo;
- embora seja possível resolver os problemas de isolamento
acústico dos estúdios de som, preservando, parcialmente, o projeto básico, o melhor
seria retirá-los do corpo do edifício, mantendo, no seu interior, somente os sistemas de
controle e as salas de edição;
- elaborar, a partir do Centro Experimental, a configuração
dos sistemas digitais e suas interfaces com o cinema, especialmente os sistemas de
transferência e de efeitos especiais e animação e digitalização de acervos;
- o mercado orienta-se claramente para a produção e difusão,
via internet, de conteúdos culturais e científicos, além de entretenimento, assunto que
demanda um aprofundamento e que já estamos abordando.
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