(1642-1727)
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Alquimia Em Cambridge, Newton levou adiante seus estudos, em segredo. A Royal Society tomava um pouco de seu tempo e as estradas barrentas e esburacadas tornavam as viagens em carruagens de rodas de madeira, desconfortáveis e cansativas. Ele somente faria a longa jornada quando precisasse, o que era raro. Por causa de todas as discussões e disputas, ele decidiu deixar a Física e a Matemática por um tempo e passou a dedicar-se a pesquisas em outras áreas da ciência. Por muitos anos, o tema que mais ocupou seus pensamentos foi a Alquimia - a precursora da Química. Alquimistas não eram cientistas. Assemelhavam-se a mágicos ou curandeiros, pretendendo realizar o impossível -formulando poções para conseguir a imortalidade, "filtros de amor" e curas milagrosas. Newton não gostaria de ser incluído entre eles. Os alquimistas eram descuidados e desorganizados com seu trabalho. Guardavam poucos registros de suas descobertas e não compreendiam realmente o que estavam fazendo. Newton era o oposto, e a única razão para envolver-se com tais coisas era a ânsia infinita de conhecimentos. Ele queria saber tudo e qualquer área de estudo o interessava. Os segredos da alquimia eram impalpáveis. Ele pôde ver que vários amadores dedicados ao assunto, pelo mundo afora, ocupavam-se da alquimia de maneira terrivelmente desorganizada. Newton estava convencido de que poderia contribuir valiosamente com essa vasta e inexplorada área da ciência. O cientista cauteloso O que fazia Newton tão diferente de qualquer outro que se dedicava à área da alquimia era sua incrível meticulosidade e cautela. Ele anotava todas as suas descobertas e apoiava os conceitos com experiências. Várias pessoas consideram Isaac Newton o primeiro cientista de verdade por causa de seus cuidadosos métodos e porque, por ter usado a Matemática para descrever as coisas, pôde provar a partir da experiência. Ele foi o primeiro a agir assim e muitos o consideram o fundador da ciência moderna como nós a conhecemos hoje. Newton usou seus métodos na alquimia, mas, ao contrário de seu trabalho em Física e Matemática, ele não fez grandes avanços em Química. Dia após dia ele permaneceria em seu laboratório no Trinity. Ele havia formado sua própria coleção de frascos, copos, tubos e condensadores e arquitetava experiência após experiência. Mas não teve muita sorte. Os segredos da Química sempre o enganaram e, depois de vários anos de pesquisa, ele conseguiu bem pouco. Então, em uma tarde morna de junho de 1679, aconteceu algo para alterar o curso de sua vida e pôr fim a seus estudos de alquimia. Estava no laboratório, como de costume, combinando produtos químicos e misturando tubos de testes de soluções, quando bateram à porta. Era um mensageiro, a cavalo. Entregou a Newton um envelope contendo uma única folha de papel. Ele abriu e leu o conteúdo. Depois de passar os olhos rapidamente pelas primeiras palavras, tomou conhecimento da terrível verdade: Hannah Newton, sua mãe, estava morrendo. |