No fio da Revolução:

arte e política no

século XX

Maiakóvski

1893-1930

 

 

 

 

 

 

ABRIL A NOVEMBRO DE 2007

 

 

Projeto de ensino desenvolvido junto ao Curso de História do Centro de Ciências da Educação (UDESC)

 

 

 

Leia texto de Edilene Dias Matos, “Um toque de balalaica para Maiakóvski”.

 

Conheça poemas de Maiakóvski.

 

Conheça a história de um anel.

 

Consulte referências bibliográficas

 

 

 

 

 

Páginas eletrônicas criadas
em abril de 2007

Concepção e manutenção:
Janice Gonçalves

Contato: janice_goncalves@hotmail.com

 

  • Vladímir Vladímirovitch Maiakóvski nasce na aldeia de Bagdádi, na Geórgia, em 1893. Seu pai, inspetor florestal, morre em 1906, o que provoca a transferência da família (Maiakóvski, sua mãe e as irmãs) para Moscou, em condições financeiras precárias.
  • Desde ao menos o ano 1905 Maiakóvski dedica-se à leitura de jornais e folhetos socialistas, participando de várias manifestações.
  • Matriculado em ginásio em Moscou, abandona os estudos em 1908, ingressando no Partido Operário Social-Democrático Russo, alinhando-se com os bolcheviques. No Partido, assume atividades de propaganda junto aos operários. É preso em tipografia clandestina no mesmo ano de 1908 (e solto sob fiança pouco depois). Também em 1908 começa a estudar em escola de artes e ofícios.
  • É preso novamente, por duas vezes, em 1909, sendo que a segunda prisão se prolonga até 1910 (11 meses na prisão de Butirki). Na prisão, lê muita literatura russa e escreve poemas. Livre, volta a estudar pintura; em 1911, ingressa na Escola de Pintura, Escultura e Arquitetura, onde conhece o pintor e poeta David Burliuk.
  • A partir de 1912 passa a participar do grupo dos cubo-futuristas (entre eles, Burliuk, A. Krutchônikh, V. Khliébnikov), grupo que divulga suas idéias e produções através de publicações, discussões públicas, leituras de poemas e intervenções provocativas em relação ao público.
  • Em 1913 (quando Maiakóvski tinha, portanto, 20 anos), é representada a peça teatral “Vladímir Maiakóvski”, de sua autoria, significando uma ruptura em relação às convenções teatrais vigentes (o público reage com vaias). Os cubo-futuristas excursionam pela Rússia.
  • Em 1914, Maiakóvski e Burliuk são expulsos da Escola de Pintura, Escultura e Arquitetura, em função das “agitações futuristas”.
  • Em 1915, estabelece-se em São Petersburgo. Conhece o casal Óssip Brik e Lília Brik. Convocado para a guerra, procura evitar a linha de frente, buscando atuar como desenhista.
  • Participa ativamente da Revolução de Fevereiro de 1917, alinhando-se com os bolcheviques. Adere totalmente à Revolução de Outubro, assim como os demais cubo-futuristas. Escreve vários poemas revolucionários; atua em filmes e escreve argumentos para o cinema.
  • Em 1918, sua peça “Mistério Bufo”, montada em outubro, em comemoração ao aniversário da Revolução, é extremamente criticada e suspensa após três sessões. A peça teve direção de V. Meyerhold e cenários de Kazimir Malevitch. O espetáculo é suspenso depois de apenas três sessões.
  • Mesmo criticados nos meios artísticos, Maiakóvski e os cubo-futuristas contam, em 1918, com apoio oficial (A.V. Lunatchárski, Comissário da Instrução Pública, permitem que editem “A arte da Comuna”, órgão do Comissariado).
  • Volta a Moscou, em 1919. Neste mesmo ano, ingressa na ROSTA (Rossíiskoie Tieliegráfnoie Aguentstvo — Agência Telegráfica Russa), trabalhando na elaboração de cartazes de propaganda (texto e desenho).
  • Em 1921, versão reelaborada da peça “Mistério bufo” (ainda com direção de Meyerhold) é reapresentada, inclusive durante o III Congresso do Comintern, em Moscou.
  • Em 1922, organiza a editora MAF, que publicará obras dos cubo-futuristas. Viaja para a Letônia, Berlim e Paris. Escreve a autobiografia “Eu mesmo”.
  • Organiza, em 1923, com outros amigos artistas, a revista LEF (Liévi front” — frente de esquerda), que deveria aliar arte revolucionária e luta por transformação social. Nas páginas da revista aparecerão trabalhos de Eisenstein, Pasternak, Dziga-Vertov, Bábel, Óssip Brik, Assiéiev e Rodchenko, entre outros. Nesse mesmo ano, Maiakóvski dedica-se à poesia, à propaganda política e à propaganda de produtos comerciais.
  • Em 1924, nova viagem a Berlim e a Paris. No ano seguinte, uma viagem mais longa (seis meses), à França, à Espanha, ao México e os Estados Unidos.
  • Viagens pela União Soviética, em 1926.  Dedica-se à prosa e à poesia, publicando intensamente na imprensa; escreve também roteiros de cinema.
  • Edição, em 1927, do primeiro número da “Nóvi Lef” (Nova Lef). Nova viagem à Europa (Berlim, Paris, Praga, Varsóvia). Retornaria a Paris no ano seguinte.
  • Estréia da peça “O percevejo”, em 1929; no mesmo ano, escreve a peça “Os banhos”.
  • Estréia da peça “Os banhos”, em 1930.  No mesmo ano, Maiakóvski adere à  Associação Russa dos Escritores Proletários (RAPP) e inaugura a exposição “Vinte anos de atividade de Maiakóvski”, ignorada pelo meio artístico e pela imprensa. Sofre ataques e contestações. Suicida-se com um tiro (14 de abril).