Os sucessivos crimes cometidos pela
Indonésia em Timor Leste fizeram com que em Portugal tivesse surgido um movimento de
solidariedade que ultrapassou credos e convicções políticas.
Houve dois espaços na cidade de Lisboa que se tornaram
locais de protesto e de vigília: a embaixada americana e o largo fronteiro à delegação
da ONU em Portugal. Durante um mês foram criados laços muito fortes com a comunidade
timorense. No início foi a solidariedade que uniu as pessoas, mas o permanente
convívio transformou esta relação numa verdadeira amizade.
Nasceu assim a ideia, por parte de algumas destas
pessoas que todos os dias se reuniram nestes locais, de criar uma associação, para de
forma organizada poder dar um maior contributo à causa de Timor.
Esta associação tem objectivos a curto, médio e longo
prazo. A ajuda a Timor pode começar já e em território nacional, pois a vivência com
os jovens timorenses que foram forçados a exilar-se em Portugal permitiu constatar que
esta comunidade vive com algumas dificuldades: a maioria encontra-se a estudar com um
subsídio manifestamente insuficiente (vinte e três mil escudos mensais) para cobrir as
despesas inerentes a uma boa formação dos quadros técnicos e superiores de Timor Loro
Sae.
Comissão Instaladora da Associação Portugal Loro Sae
Novembro de 1999 |
Objectivos
- Apoiar a comunidade timorense residente em Portugal.
- Contribuir para o fortalecimento das relações entre Portugal e Timor
Loro Sae.
- No âmbito dos objectivos mencionados, a Associação privilegiará,
nomeadamente, o respeito pelos direitos humanos, o intercâmbio de culturas e o bem-estar
social, propondo-se realizar acções humanitárias e socioculturais.
[Estatutos da APLS] |