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dois fluidos, nunca vem a cessar o seu conflito. Parece que assim ficam apontados com clareza suficiente, e evitada a prolixidade, os principais resultados do conflito, operado no tecido pulmonar.

Consumo do oxigênio.

Antes de entrar na apreciação da natureza dos fenômenos respiratórios, e achando-se já demonstrada a exalação do ácido carbônico e a absorção do oxigênio, convêm indagar a quantidade de cada um destes gases. É claro que só experiências podem resolver esta questão, e mesmo elas não podem oferecer em seus resultados toda a certeza desejável, por isso que as disposições individuais, o estado momentâneo da vida e as diferenças ocasionadas pela maneira de experimentar, prejudicam a sua segurança; e assim só como uma aproximação devem seus dados ser aceitos. Ora, o consumo de oxigênio (o peso da polegada cúbica sendo avaliado em 0,42075 grãos) é, segundo as primeiras indicações de Lavoisier e Seguin, de 41427 p. c. - 17430 grãos; segundo as avaliações subsequentes desses dois autores, de 38413 p. c. - 16162 grãos; segundo Davy, de 45504 p. c. 19145 gr.; segundo Allen e Pepys, de 39600 p. c. - 16661 grãos em vinte e quatro horas. Unindo as experiências de Lavoisier e Seguin, Davy, Allen e Pepys ás de Henderson, Nysten e Dalton, e comparando-as, vê-se que a de Henderson é a que dá um resultado mais fraco e a de Davy o mais elevado, sendo a do primeiro de 13 polegadas cúbicas por minuto e a do ultimo 31,6, que ficam para o homem marcando o maior e o menor consumo do oxigênio.

Quanto à exalação do ácido carbônico lê-se em Muller: — Davy respirou por um minuto pouco mais ou menos (19 respirações) 161 polegadas cúbicas de ar, contendo 117 de gás azoto, 42,4 de gás oxigênio e 1,6 de gás ácido carbônico. No fim da experiência, o ar continha 111,6 polegadas cúbicas de azoto, 23,0 de oxigênio e 17,4 de ácido carbônico. Tinha ele pois exalado 15,8 polegadas cúbicas de ácido carbônico em um minuto. Esta quantidade difere da média dada pelas observações de Allen e Pepys, que sobe a 22,7 polegadas cúbicas francesas no mesmo tempo. O cálculo, feito segundo Lavoisier e Seguin, dá em 24 horas 14930 p. c. ou 8534 grãos franceses; segundo Davy, 31680 p. c. ou 17811 grãos ingleses; segundo Allen e Pepys 39600 p. c. ou 18612 grãos ingleses; o que eqüivale em carbono empregado na formação do ácido, e por conseguinte eliminado do sangue, a 2820 grãos franceses, segundo Lavoisier e Seguin, - 4833 grãos ingleses, segundo Davy, - 5148 grãos ingleses, segundo Allen e Pepys. São tirados de Muller todos estes algarismos, e ele acrescenta: — Mas, e como Berzelius o faz notar, estes resultados são evidentemente mui elevados, porque, como os alimentos sólidos contem 3/4