O contínuo crescimento em número e diversidade
dos componentes das redes de computadores tem tornado a atividade
de gerenciamento da rede cada vez mais complexa. Duas causas principais
têm tornado árduo o trabalho de isolamento e teste
de problemas [Tarouco93] :
As atividades básicas do gerenciamento de redes consistem na detecção e correção de falhas em um tempo mínimo e no estabelecimento de procedimentos para a previsão de problemas futuros. Por exemplo é possível tomar medidas que evitem o colapso da rede, como a reconfiguração das rotas ou a troca do roteador por um modelo mais adequado, através da monitoração de linhas cujo tráfego esteja aumentando ou roteadores que estão se sobrecarregando. Os gráficos apresentados no Apêndice A são uma amostra de estatísticas realizadas para a medição de tráfego de utilização de um canal Internet.
A eficiência na realização destas tarefas está diretamente ligada a presença de ferramentas que as automatizem e de pessoal qualificado. Atualmente existem no mercado diversos tipos de ferramentas que auxiliam o administrador nas atividades de gerenciamento. Estas ferramentas podem ser divididas em quatro categorias [Oda94a]:
Dentre a gama de soluções possíveis para o gerenciamento de redes, uma das mais usuais consiste em utilizar um computador que interage com os diversos componentes da rede para deles extrair as informações necessárias ao seu gerenciamento.
Evidentemente é preciso montar um banco de dados neste
computador que será gerente da rede, contendo informações
necessárias para apoiar o diagnóstico e a busca
de soluções para problemas da rede. Isto envolve
esforço para identificar, rastrear e resolver situações
de falhas. Como o tempo de espera do usuário pelo restabelecimento
do serviço deve ser o menor possível, tudo isto
deve ser feito eficientemente.
Os sistemas de gerenciamento de redes apresentam a vantagem de ter um conjunto de ferramentas para análise e depuração da rede. Estes sistemas podem apresentar também uma série de mecanismos que facilitam a identificação, notificação e registro de problemas, como por exemplo [Oda94a]:
Em redes IP, o sistema de gerenciamento segue o modelo gerente-agente, onde o GERENTE é o próprio sistema de gerenciamento e o AGENTE é um software que deve ser instalado nos equipamentos gerenciados. A tarefa do agente é responder as requisições feitas pelo gerente em relação ao equipamento no qual o agente está instalado. Esta interação é viabilizada pelo protocolo de gerenciamento Simple Network Management Protocol (SNMP), o qual é como uma linguagem comum utilizada exclusivamente para a troca de informações de gerenciamento. Dessa forma, o gerente consegue conversar com qualquer máquina que fale SNMP, independente do tipo de hardware e sistema operacional. O conjunto de informações ao qual o gerente pode fazer requisições ou alterações e denominado de Management Information Base (MIB).
O protocolo de gerenciamento SNMP constitui atualmente um padrão
operacional "de facto", e grande parte do seu sucesso
se deve a sua simplicidade, sendo um protocolo send/receive
com apenas quatro operações. Outro aspecto importante
é a sua capacidade de gerenciar redes heterogêneas
constituídas de diferentes tecnologias, protocolos e sistemas
operacionais. Dessa forma, o SNMP pode gerenciar, por exemplo,
redes Ethernet, Token Ring e FDDI, conectando IBM PCs, Apple Machintosh,
estações de trabalho SUN e outros tipos de computadores
[Oda94b].
As aplicações de gerenciamento utilizam o SNMP para [Oda94b] :