Capítulo 3 - Gerenciamento de Redes


O contínuo crescimento em número e diversidade dos componentes das redes de computadores tem tornado a atividade de gerenciamento da rede cada vez mais complexa. Duas causas principais têm tornado árduo o trabalho de isolamento e teste de problemas [Tarouco93] :

As atividades básicas do gerenciamento de redes consistem na detecção e correção de falhas em um tempo mínimo e no estabelecimento de procedimentos para a previsão de problemas futuros. Por exemplo é possível tomar medidas que evitem o colapso da rede, como a reconfiguração das rotas ou a troca do roteador por um modelo mais adequado, através da monitoração de linhas cujo tráfego esteja aumentando ou roteadores que estão se sobrecarregando. Os gráficos apresentados no Apêndice A são uma amostra de estatísticas realizadas para a medição de tráfego de utilização de um canal Internet.

A eficiência na realização destas tarefas está diretamente ligada a presença de ferramentas que as automatizem e de pessoal qualificado. Atualmente existem no mercado diversos tipos de ferramentas que auxiliam o administrador nas atividades de gerenciamento. Estas ferramentas podem ser divididas em quatro categorias [Oda94a]:

Dentre a gama de soluções possíveis para o gerenciamento de redes, uma das mais usuais consiste em utilizar um computador que interage com os diversos componentes da rede para deles extrair as informações necessárias ao seu gerenciamento.

Evidentemente é preciso montar um banco de dados neste computador que será gerente da rede, contendo informações necessárias para apoiar o diagnóstico e a busca de soluções para problemas da rede. Isto envolve esforço para identificar, rastrear e resolver situações de falhas. Como o tempo de espera do usuário pelo restabelecimento do serviço deve ser o menor possível, tudo isto deve ser feito eficientemente.

3.1 - Sistemas de Gerenciamento de Redes

Os sistemas de gerenciamento de redes apresentam a vantagem de ter um conjunto de ferramentas para análise e depuração da rede. Estes sistemas podem apresentar também uma série de mecanismos que facilitam a identificação, notificação e registro de problemas, como por exemplo [Oda94a]:

Em redes IP, o sistema de gerenciamento segue o modelo gerente-agente, onde o GERENTE é o próprio sistema de gerenciamento e o AGENTE é um software que deve ser instalado nos equipamentos gerenciados. A tarefa do agente é responder as requisições feitas pelo gerente em relação ao equipamento no qual o agente está instalado. Esta interação é viabilizada pelo protocolo de gerenciamento Simple Network Management Protocol (SNMP), o qual é como uma linguagem comum utilizada exclusivamente para a troca de informações de gerenciamento. Dessa forma, o gerente consegue conversar com qualquer máquina que fale SNMP, independente do tipo de hardware e sistema operacional. O conjunto de informações ao qual o gerente pode fazer requisições ou alterações e denominado de Management Information Base (MIB).

O protocolo de gerenciamento SNMP constitui atualmente um padrão operacional "de facto", e grande parte do seu sucesso se deve a sua simplicidade, sendo um protocolo send/receive com apenas quatro operações. Outro aspecto importante é a sua capacidade de gerenciar redes heterogêneas constituídas de diferentes tecnologias, protocolos e sistemas operacionais. Dessa forma, o SNMP pode gerenciar, por exemplo, redes Ethernet, Token Ring e FDDI, conectando IBM PCs, Apple Machintosh, estações de trabalho SUN e outros tipos de computadores [Oda94b].

As aplicações de gerenciamento utilizam o SNMP para [Oda94b] :



Sumário | Resumo | Cap. 1 | Cap. 2 | Cap. 3 | Cap. 4 | Cap. 5 | Cap. 6 | Cap. 7
Referências Bibliográficas | Bibliografia Consultada