<%@ Language=VBScript %> Banco do Brasil dos anos 60.

Contém conceitos opinativos

 

"Mais escura é a noite, mais clara é a aurora"

DE VOLTA AO PASSADO

Como era o Banco do Brasil  

 

 

 

 

 

 

           Entrar no BB (Banco do Brasil) era garantir uma brilhante carreira no futuro. Assim era o banco até antes de 1964.

 

Vantagens do BB

  • Promoções automáticas até "Escriturário E". Depois, ascensões por antiguidade até os últimos postos da carreira, desde que o funcionário tivesse atuação normal, apurada em  sistema de informações.  

  • Gratificações semestrais (um quarto do salário do semestre). No ano, 16 salários, inclusive o 13º. 

  • “Abonos assiduidade” que garantiam cinco faltas por ano, sem precisar justificar, bastando comunicar.

  • Salário do mês podia ser recebido no ato das férias, em que era feito também um adiantamento, relativo ao período de férias, para pagar em dez meses sem juros. 

  • “Empréstimo rápido” para atender gastos urgentes. 

  • Licença-prêmio de três meses no primeiro decênio. Depois, mais três meses a cada cinco anos. Essa licença podia ser gozada ou vendida.

  • Aposentadoria complementar

  • Assistência médica de primeira qualidade, recebendo-se até indenização por remédios comprados

          Hoje pode haver ainda a aposentadoria complementar, mas do jeito que a coisa vai pouco ou nada existe a completar. Quanto à assistência médica, a entidade encarregada luta com muita dificuldade em face dos baixos salários do pessoal, nos quais se baseia sua receita, e do fato de o Banco ter retirado sua contribuição patronal.

 

Trabalho

 

          O trabalho era duro, indo, não raro, madrugada adentro. O banco dava muito a seu  pessoal, porém, em troca, exigia muito dele.

 

Aplicações

 

          Milhares ao setor rural (sobretudo), ao comércio e à indústria. O banco era, de fato, um suporte à produção do País. Nos empréstimos feitos, em geral, a liquidez era maior entre os pequenos. Agências menores podiam operar no vermelho, mas as grandes eram bem lucrativas, uma mão lavando a outra, com ótimo lucro no cômputo geral.   

 

Funcionários

 

 

           Eram lotados na agência de Arcoverde/PE em 1963/65, entre outros:

 Adilson Pereira dos Prazeres

 Agenor Lafayette (falecido)

 Anacleto Vasconcelos

 Antônio Augusto Pacheco Feitosa

 Antônio Luiz Borba Cunha

 Dácio Ferraz

 Deoclécio Magalhães

 Eury Pacheco Mota

 Gilberto Veras

 Guido Maria Cavalcanti

 João Eroleide Tabosa

 Joaquim Cardoso (falecido)

 José Danilo Rubens Pereira

 José Edival Moraes

 José Mario de Medeiros

 Júlio Paulino de Oliveira

 Manfredo Guimarães Hopper

 Maurício Ferraz (falecido)

 Moacir Magalhães Morais

 Rafael Lemos de Araújo

 Raimundo Brito

 Reinaldo Barbosa (falecido)

 René Almeida (falecido)

 Romualdo Almeida

 Rubem Almeida

 Valdir José de Oliveira

  Zélio José da Silva

 

Diálogo duro

 

       Vitorioso o golpe militar de 1964, iniciou-se a caça às bruxas. Na agência de Arcoverde, os bancários, chocados, assistiam a este diálogo entre um oficial do exército e um colega:

  • O senhor tem idéias comunistas, não é?

  • O senhor está enganado. De fato, eu tive idéias comunistas nos idos de 1944, quando era estudante em Caruaru. Hoje eu não tenho mais essas idéias porque hoje eu sou comunista! – respondeu o bancário em cima da bucha.

 

Restaurante

 

           No décimo andar da agência centro do Recife, para onde o autor foi transferido, havia um bem instalado restaurante em espaço amplo, onde almoçavam de segunda a sexta-feira muitos servidores do BB.  O lugar tinha, a cada almoço, bate-papos diários sobre assuntos diversos.             

           Com o declínio imposto ao banco, desfez-se esse centro de cultura. Quando algum tempo voltar ao País uma política centrada nas pessoas em vez de apoiar-se na redução de custos e no pagamento de dívidas a qualquer título, essa universidade da vida será reaberta, com certeza.

 

Funcionários

 

           Trabalhavam na agência centro do Recife, no período 1965/71, entre algumas centenas de outros:

Adelson Procópio da Cunha

Aloísio Aragão

Aloísio Periquito (falecido)

Aluísio Henrique

André Gil Fonseca de Oliveira

Antônio Aquilino de Macedo Lima

Antônio Fragoso

Denise Malta Auto

Enildo Figueiredo

Everaldo Moreira Veras

Fortunato Cardoso

José Edival Moraes

José Fernandes Costa

José Francelino de Barros (falecido)

José Mário Medeiros

Luiz Carlos Cavalcanti

Marcelo Malta

Marco Aurélio Caminha de Almeida

Mozar Falcão Duarte

Nelson Lins (falecido)

Paulo Pinto

Pedro Thomaz da Silva

Raimundo Nonato Veras

Reynaldo Rubem Ferreira

Valdemir Cavalcanti de Araújo

 

Hoje

 

           Sem dúvida, o BB não é mais o de ontem em muitos aspectos. Modernizou-se, porém, não exerce mais seu papel social de antes. Mas ainda é o agente financeiro do governo. Essa função ninguém pode tirar dele, exceto se o venderem como já quiseram fazer.

            O Banco do Brasil há de ficar porque caixeiros e coveiros passaram, parece, e não deverão voltar, se Deus quiser. Todos passam! O Banco do Brasil fica para os brasileiros e para ressurgir no futuro em toda a sua grandeza do passado!

Nota: Mais informações na página Banco do Brasil.

Brincadeira - Quem, dos listados acima, disse:

"Viva São José da Lage, a princesa das Alagoas"!

"Sou neto de alemão. A música clássica está no meu sangue"!

"Sou de Floresta e de sua família principal. Claro, fui da Polícia"!

"De Limoeiro guardo recordações. Só não posso guardar isso! Lá vai"...!

"Chefe, nessa Carteira, só dois funcionários ou, então, um bom!...

"Só o lucro do cafezinho no Caboré passa o salário do Banco"

"Tenho Maria no nome, mas não sou mole, não"!

"Calado? Falo só o necessário. Se tenho pai? Nem mãe".

" Vou ver o tape. Pode ser que o Sport empate... A televisão faz milagres!"

"Uma música para Taquaritinga, a Dália da Serra!".

"O senhor tem carneiros? Quantos? ... Só"?

"Voz de metralhadora, mas coração de flores, para mulheres, claro!".

"Chefe, vou agora! Os nambus e a mulher me esperam em Garanhuns"!

"Aceito o apelido, mas o exijo em inglês: Horse Face.  É mais chique".

"O apelido é de cômico francês, mas sou xará de futuros presidentes".

"Os inferninhos de Natal são jóias. Vejo isso toda semana".

"Colega, você vai gozar antes ou depois do casamento? A licença, claro".

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Atualizada em 15/04/2004