Recordação de um poeta esquecido

 

Fez no passado dia 18, precisamente 18 anos sobre a morte do torturado líder da Joy Division, Ian Curtis.

Curtis suicidou-se no dia 18/05/1980 em casa dos seus pais, depois de uma vivência em depressão... muitos sonhos desfeitos e muitos outros por concretizar.

A banda, para muitos, rotulada de pós-punk, surgiu na sequência de nomes relevantes do movimento underground, por exemplo Sex Pistols, e influenciou muitas outras bandas que apareceram posteriormente. Pode-se então dizer que herdou a agressividade do Punk, e introduziu no panorama musical uma revolta contida, que vagueava entre o cinzento e o negro.

As suas letras revelam um sentimento de revolta, de frustração, de duvida (existencial?), e muitas vezes de constatação de impotência perante o curso da vida.

Não se arrisca, aqui, uma caracterização mais aprofundada de Ian Curtis, pois nem quem com ele conviveu durante vários anos (membros da Joy Division) alguma vez quis comentar e/ou opinar em relação à vida e à morte de Curtis, à excepção da viuva que escreveu as memórias, em nada abonatórias para o malogrado poeta... mas... tal como nós... Ian Curtis não era perfeito, e ele próprio nunca acreditou nisso.

Só é pena que nem p'la efeméride nenhum dos nossos pseudo-intelectuais amante das artes, se tenha lembrado de escrever algo recordando a morte do poeta.

Fica aqui a tradução de um dos seus poemas...

 

24 horas

 

É isto então a sobrevivência // Amor próprio destruído // O que foi em tempos inocência // Não devia Ter partido // Uma sombra persegue-me // Marcando na memória // Cada mínimo movimento // Do que antes foi amor /// Ai como eu compreendi // Quanto precisava do tempo // E de alguma perspectiva // Tão difícil de encontrar // Julguei por momentos // Ter o caminho descoberto // Entre as linhas do destino // Vi-o escapar-se /// Infinitos pontos ígneos // Longe do meu alcance // Solitárias orações por // Tudo aquilo que preciso // Dar uma volta por aí // A ver o que se arranja // Inútil colecção de // Esperança e desejo antigo /// Nunca eu imaginei // Uma estrada assim longa // Pelos esconsos cantos de // Um ignorado sentimento // Quando subitamente // Ouvindo alguém chamar // Procuro pelo dia de amanhã // E nada daí havia a esperar /// E agora eu percebi // Como tudo era erro // Tenho que encontrar a cura // Mas demora o tratamento // No fundo do coração de // Onde se firmou uma amizade // Busco o meu futuro // Antes que seja tarde

 

(Tradução: assírio & alvim)

 

Para todos aqueles que se identificam com a ideia de Urbano-Depressivo....

 

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