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(Frequently Asked Questions)

De onde surgiu o nome Mutantes? 

Quais foram as formações da banda? 

Quem são Cláudio César Baptista, Rogério Duprat e Élcio Decário, que aparecem tantas vezes nos créditos dos discos da banda? 

É verdade que a guitarra de Sérgio Dias continha uma maldição? 

Por que muita gente considera os dois primeiros álbuns-solo de Rita Lee trabalhos da banda ? 

É verdade que Rita Lee e Arnaldo Baptista foram casados? 

Por que fazer uma página sobre os Mutantes? 

De onde surgiu o nome Mutantes? 

O nome Mutantes foi sugerido por Ronnie Von, e foi inspirado no livro de ficção científica O império dos mutantes (seu título original era La mort vivant), do escritor francês Stefan Wul. Na verdade, a edição brasileira foi chamada de A cadeia dos 7. Foi no título da edição portuguesa do livro que o cantor se baseou. Na época, o trio era atração fixa no programa de TV de Ronnie, O Pequeno Mundo de Ronnie Von. 

Quais foram as formações da banda? 

Formações da banda:  

A primeira vez em que Sérgio (Dias Baptista, guitarra) Rita (Lee Jones, voz) e Arnaldo (Dias Baptista, baixo e teclados), o núcleo central da banda, tocaram juntos foi sob o nome de Six Sided Rockers. O conjunto, que além dos três contava também com Raphael Villardi na guitarra, Suely Chagas no vocal e Sérgio Pastura na bateria. Os Rockers eram na verdade a união dos remanescentes de duas bandas, as Teenage Singers, na qual Rita e Suely cantavam e os Wooden Faces, da qual Arnaldo e Raphael faziam parte. Suely abandonaria o grupo para morar no exterior e foi substituída por Moggy. Com esta formação, e já usando o nome O'Seis, a banda gravou seu primeiro compacto solo, Suicida/Apocalipse.  

Com a saída dos demais integrantes, Arnaldo, Sérgio e Rita mudaram o nome da banda para O Konjunto, tendo como baterista provisório em algumas apresentações Cláudio César Baptista, irmão de Sérgio e Arnaldo. Chegaram ainda a usar o nome Os Bruxos antes de adotarem a definitiva sugestão de Ronnie Von.  

Na gravação do primeiro disco, foi convidado o baterista Dirceu, um músico de estúdio baiano que costumava a acompanhar os tropicalistas. Para regularizar a situação dos shows, chamaram um baterista convidado, Dinho (Ronaldo Leme), ex-integrante da banda de Ronnie Von, Os Bruxos. A partir de 1970, Arnaldo passa a tocar teclados e Liminha (Arnolpho Lima Filho) é convocado para substituí-lo no baixo. Esta seria a formação mais estável da banda.  

Esta formação duraria até a saída de Rita, em 1972. Arnaldo deixaria a banda no ano seguinte. Serginho, então, convidaria vários músicos sucessivamente para tentar substituir seus ex-parceiros; o primeiro foi Manito, ex - Os Incríveis e The Clevers, que além dos teclados tocava três tipos de saxofone, flauta, bateria e violino. No entanto, Manito logo abandonaria a banda. Foi substituído por Túlio Mourão (ex-Veludo Elétrico, nos teclados). Mal começavam os ensaios com Túlio, Dinho, com um problema físico na mão direita, também saí da banda. Rui Motta seria o nome sugerido por Túlio para preencher a vaga. Às vésperas das gravações do LP Tudo Foi Feito Pelo Sol, seria a vez de Liminha desistir da banda. Seria substituído por Antônio Pedro, outro ex-Veludo Elétrico.  

Esta formação duraria um ano e meio, quando Antônio Pedro e Túlio deixam a banda. Os substitutos seriam Luciano Alves, nos teclados, e outro ex-Veludo Elétrico, o guitarrista Paul de Castro, no baixo (!). A banda ainda teria uma última formação: saia Paul de Castro e entravam Fernando Gama (mais um ex-Veludo Elétrico, no baixo) e Betina Gama, mulher de Fernando, nos vocais. Depois de uma frustrante temporada de shows, Serginho resolve dissolver a banda. O ano era 1978. 

Quem são Cláudio César Baptista, Rogério Duprat e Élcio Decário, que aparecem tantas vezes nos créditos dos discos da banda? 

Apesar de nunca terem sido integrantes da banda, algumas pessoas influiram decisivamente em seu processo criativo e em sua trajetória: Cláudio César Dias Baptista, irmão mais velho de Sérgio e Arnaldo, perito em eletrônica, criador da parafernália técnica responsável pelos instrumentos (inclusive a famosa Guitarra de Ouro) e efeitos sonoros que caracterizavam o som da banda; Rogério Duprat, o "George Martin" da banda, responsável pelos vanguardistas arranjos e orquestrações de boa parte das canções do repertório da banda e dos demais integrantes da Tropicália; e Élcio Decário, compositor que acabou firmando uma efêmera, porém marcante parceria com a banda (basta ouvir Ave Lúcifer para comprovar), no álbum A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado e no primeiro álbum solo de Rita, Build Up 

É verdade que a guitarra de Sérgio Dias continha uma maldição? 

Sim, é verdade. A Guitarra de Ouro foi, sem dúvida, a mais lendária criação de Cláudio César Baptista. Perito em eletrônica e talentoso luthier, Cláudio havia recebido de Raphael Villardi a encomenda de uma guitarra: "Eu quero que você faça pra mim a melhor guitarra do mundo.". Cláudio não se intimidou com o desafio e, em 8 meses, deu vida a um instrumento que combinava um design inspirado nas formas dos violinos do mestre italiano Antonio Stradivarius com recursos sonoros até hoje avançadíssimos. Por segurança, quando passou o projeto para o papel, Cláudio resolveu construir duas guitarras ao mesmo tempo; uma seria um protótipo, na qual faria testaria soluções que, aprovadas, seriam incorporadas ao moldelo definitivo. O protótipo ficou tão bom que acabou interessando Sérgio Dias, que inclusive se propôs a pagar os custos do revestimento interno banhado a ouro e do acabamento.  

Para completar, com o objetivo de inibir a cópia de suas idéias por concorrentes, Cláudio César copiou do livro Magia Telúrgica uma espécie de invocação dos espíritos do Mal, que foi gravada em uma placa banhada a ouro e instalada na parte traseira da guitarra, com essa face voltada contra a madeira. Na outra face da placa, que ficava visível, Cláudio inscreveu a seguinte maldição, que ele mesmo formulou:  

"Que todo aquele que desrespeitar a integridade deste instrumento, procurar ou conseguir possuí-lo ilicitamente, ou que dele fizer comentários difamatórios, construir ou tentar uma cópia sua, não sendo seu legítimo criador, enfim, que não se mantiver na condição de mero observador submisso em relação ao mesmo, seja perseguido pelas forças do Mal até que a elas pertença eternamente. E que o instrumento retorne intacto a seu legítimo possuidor, indicado por aquele que o construiu. Assinado, Cláudio César Dias Baptista"  

Tempos depois, Cláudio se arrependeu da "brincadeira" (ainda que não levasse muito a sério as supostas forças malignas que invocara). Temendo ser mal interpretado, cancelou a maldição de uma maneira muito curiosa: procurou um dos muitos recortes de jornal que faziam referência à Guitarra, no qual a invocação havia sido reproduzida e, ao lado dela, escreveu com tinta azul:  

"Que esteja desfeita a maldição, em nome do Absoluto."  

Dois dias depois, a guitarra de Sérgio foi roubada. O instrumento foi parar em Minas Gerais, onde o comprador, que não sabia de nada sobre a Guitarra de Ouro, tomou um susto ao ler a maldição. Depois de se informar melhor sobre a peça que tinha nas mãos, despachou-a de volta à São Paulo. O instrumento acabaria então retornando "intacto ao seu legítimo possuidor".  

Por que muita gente considera os dois primeiros álbuns-solo de Rita Lee trabalhos da banda ? 

Porque os dois primeiros álbuns solo de Rita Lee (Build Up e Hoje é o primeiro dia do resto da sua vida) foram gravados quando ela ainda integrava a banda. Os demais Mutantes, Rogério Duprat e Cláudio César Baptista tem participação ativa nos dois trabalhos, principalmente em Hoje é o primeiro... . Arnaldo, além de ter composto boa parte das canções, produziu o segundo, que é considerado um dos melhores álbuns da banda, mesmo tendo sido creditado apenas à Rita Lee. 

É verdade que Rita Lee e Arnaldo Baptista foram casados? 

Sim, é verdade. Rita e Arnaldo tiveram um relacionamento dos 16 aos 25. Casaram-se em 30 de dezembro de 1971. Na cerimônia, Rita usou o mesmo vestido de noiva com o qual se apresentara no Festival Internacional da Canção, em 1968. Mais tarde, quando retornaram da lua-de-mel, o casal rasgou a certidão de casamento em pleno programa de TV de Hebe Camargo.  

Por que fazer uma página sobre os Mutantes? 

Por uma questão de justiça histórica. Bandas nacionais muito mais recentes, e algumas delas com pouca ou nenhuma relevância para a música popular, brasileira ou mesmo internacional, já tinham até mais de uma página na rede. Me parecia extremamente injusto que não houvesse nada em um espaço tão anárquico como a Internet sobe uma banda tão anárquica como os Mutantes, que ainda por cima tem uma importância inegável para o desenvolvimento da Música Popular Brasileira. Os Mutantes não só fizeram pela primeira vez no Brasil um rock que não importava pura e simplesmente os modelos estrangeiros, mas que acrescentava a eles uma identidade nacional; os Mutantes fizeram música de qualidade.

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