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Na Ponta dos Dedos
A última vez que um elefante vôou pelo ares foi em 1941, no desenho animado da Disney, Dumbo. Mas, a Disney fez isto novamente no filme Operação: Dumbo.
Rick explica: "Em Operação: Dumbo, fui solicitado para criar duas réplicas animatrônicas em tamanho natural do elefante do filme, para dar a ilusão que um elefante real estava sendo jogado de pára-quedas de uma avião. Para construir estes elefantes, levamos cerca de 12 semanas e tivemos cerca de 25 pessoas. Trabalhávamos dez horas por dia". Por três meses, Lazzarini e sua equipe trabalharam para construir 8 elefantes em tamanho natural. A Character Shop criou 2 versões animatrônicas e 6 versões em fibra de vidro. As réplicas animatrônicas tinham movimento controlado em tempo-real de cabeça, orelhas, olhos, piscadas, boca, cauda e um sinuosa tromba. Eles também tinham peles macias e pinturas increvelmente realistas, com milhares de pequenos pêlos fixados individualmente. Os elefantes animatrônicos mediam quase 2,5 metros de altura, 4 metros de comprimento e pesavam 800 quilos. Dentro da pele de espuma de látex, existia uma estrutura feita de aço e alumínio que suportava os quase 300 metros de cabos e 19 cilindros hidráulicos que acionavam os movimentos do animal. A energia era fornecida por um gerador interno a gasolina. Rick colocou molas de amortecimento de caminhão dentro das pernas dos elefantes para que eles pudessem apresentar um balanço natural do corpo. Esses elefantes não foram lançados de fato e sim suspensos por um guindaste para obter tomadas de perto do animal durante a queda. Um titereiro operava a cabeça, o pescoço e a tromba usando um artefato de telemetria chamado Waldo. Se o dispositivo fosse movido de um jeito ou de outro, fazia com que o elefante animatrônico repetisse ao mesmo tempo esses movimentos. Cada junta que existia na criatura animatrônica era reproduzida no Waldo. Outros titereiros usaram rádio-controle para acionar as orelhas e movimentos faciais do elefante. Embora Rick prefira manipular o elefante ao vivo gerando espontaneidade, o desempenho de qualquer tomada podia ser pré-programado. Existia um microprocessador no elefante que podia gravar os movimentos feitos pelo titereiro com o Waldo, e depois repetir estes movimentos com o simples apertar de um botão. Este método foi importante para as tomadas em que o elefante estava alto demais para que os titereiros pudessem ver corretamente. Para as tomadas em queda livre com o pára-quedas, Rick projetou uma segunda versão da criatura. Esta não é nada mecânica. Sob a pele de espuma de látex há um corpo oco de fibra de vidro, com orelhas, cauda e tromba flexíveis. Prevendo as falhas durantes as filmagens, Rick e sua equipe fizeram 6 elefantes em fibra de vidro. O diretor queria que as orelhas, a tromba e a cauda tivéssem um movimento natural durante a queda. Então Rick fez estas partes de uma espuma de poliuretano (espuma comum de enchimento de sofás). Para evitar que as orelhas se soltem durante a queda, ele as reforçou internamente com tecido. Os elefantes de fibra de vidro são lançados de um helicóptero dentro de uma estrutura de alumínio.
A palavra Waldo® é uma marca registrada pela Character Shop para representar seus dispositivos de telemetria. Foi usada pela primeira vez numa história de ficção do autor Robert Heinlein, que era sobre um cientista que construía dispositivos que amplificaríam sua força física e se referia a um personagem que se chamava Waldo. Era também o apelido dado pelos cientistas da NASA aos seus primeiros sistemas de telemetria. O nome Waldo foi dado em homenagem ao Heinlen.
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