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Na Ponta dos Dedos

Buddy

Buddy conta a estória de uma rica e excêntrica mulher que cuida desde a infância de um gorila, lidando com os conflitos de como mantê-lo no mundo dos humanos. Para que o gorila aparecesse no filme, foi necessária a magia do cinema, já que não teria como trabalhar com um gorila verdadeiro, principalmente pela sua imprevisibildade.

Observando e imitando os gorilas foi apenas o início na criação de Buddy para o filme Buddy. O próximo passo foi construí-lo. Isto foi uma grande tarefa para a Jim Henson Creature Shop, empresa contratada para dar vida ao gorila, porque o filme mostra o Buddy em vários estágios da sua vida: infância, adolescência e adulto. Jamie Courtier, o supervisor da Jim Henson Creature Shop para o filme Buddy, primeiro reuniu com a equipe de produção sobre como eles queriam que Buddy parecesse e quais cenas ele apareceria.

O Buddy infantil seria completamente animatrônico, mas o Buddy adolescente e adulto seria um ator (Mark Seale e Peter Elliot, respectivamente) dentro de uma fantasia de gorila, movendo os braços e a cabeça, enquanto um titereiro manipularia por controle remoto os servo-motores que faríam os movimentos faciais e do olho. Afim de resolver as várias exigências para a aparência do Bebê Buddy no filme, foi decidido construir dois estilos diferentes de bonecos animatrônicos.

Um boneco seria um mais convencional mas também complexo boneco de varas e cabos para as cenas de close (as varas e os cabos seriam removidos na pós-produção). O outro seria para as cenas mais amplas e era um boneco controlado por controle remoto que seria "usado" pela atriz Rene Russo. Este boneco de Buddy seria articulado tanto por servo-motores dentro de seu corpo e também por motores externos, com as baterias e equipamento de rádio-controle presos no corpo de Rene, escondidos sob as roupas.

Na foto a esquerda você pode ver a escultura em argila a base de óleo do Buddy infantil. Observe mais ao fundo os desenhos conceituais do Buddy.

Mais a direita, veja a foto mostrando uma cópia da escultura do Buddy infantil.

A esquerda, a foto está mostrando 3 cabeças do Buddy infantil. A primeira mais a esquerda, é uma cópia em fibra de vidro que serviu de base para criar a estrutura interna da cabeça definitiva. A segunda e a terceira são versões feitas em silicone.

Na foto abaixo, veja o boneco do Buddy, que era controlado por varas e cabos.

1 - Os pêlos foram inseridos um a um sobre a pele de silicone afim de fazer Buddy mais realista;

2 - Os dedos são movimentados por cabos;

3 - Os fios elétricos e cabos entram pelas costas do boneco, para permitir controlar os movimentos;

4 - Contém os cabos que saem do servo-motor e do conector que se encaixa ao computador afim de permitir o controle dos movimentos;

5 - Servo-motor e conector que acionam alguns movimentos;

6 - Controle manual dos cabos que acionam os dedos da mão esquerda de Buddy. Um cabo aciona o polegar e os outros dois cabos acionam cada um, dois dedos;

7 - Controle manual dos cabos que acionam os dedos da mão direita de Buddy. Um cabo aciona o polegar e os outros dois cabos acionam cada um, dois dedos;

8 - Controle manual dos cabos que acionam os dedos do pé esquerdo de Buddy. Um cabo aciona o dedão e os outros dois cabos acionam cada um, dois dedos;

9 - Controle manual dos cabos que acionam os dedos do pé direito de Buddy. Um cabo aciona o dedão e os outros dois cabos acionam cada um, dois dedos;

10 - Este tubinho é para ser soprado para que o peito de Buddy pareça estar inspirando e expirando.

11 - Ao movimentar esta chapa para os lados, alguns cabos são tracionados, movimentando-se a língua de Buddy.

Abaixo você pode ver um esquema de como os cabos movimentam os dedos ao serem acionados pela mão do titereiro.

No esquema abaixo, observe o princípio de funcionamento do controle manual que aciona os dedos da mão e do pé do boneco infantil de Buddy. Note que existe um tipo de anel que o titereiro enfia o dedo para puxar o cabo. Este anel é na verdade um quadrado com um buraco central e que desliza entre duas barras metálicas. Para fazer o retorno do cabo (ou seja, puxar o anel de volta), é usado algum material elástico, que tanto pode ser uma borracha como uma mola.

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