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Uma breve história

A primeira colonização do vale do rio Castelo, afluente do Itapemirim, se deu no início do domínio português, através de entradistas que buscavam as tão afamadas minas de ouro e de esmeraldas.

Já no século XVII, o entradista Pedro Bueno Cacunda descobriu as chamadas minas do Castelo, nome que originou, provavelmente, da visão que os exploradores, que vinham do leste, tiveram do portentoso Forno Grande.

Formaram-se, de pronto, cinco povoações mineradoras: Barra do Rio Castelo, ou Duas Barras, com Matriz dedicada a Nossa Senhora da Conceição das Minas do Castelo, Caxixe, Arraial Velho ou Batatal, Salgado e Ribeirão do Meio ou Prata.

Com a proibição real de exploração das minas, pena de degredo em Angola e perdimento dos bens, dada em 1710, por ordem de El-Rei D. João V, assim como os ataques dos índios puris, os moradores voltaram à foz do rio, de onde tinham vindo, ali fundando a Vila do Itapemirim.

Carta régia de 1816 (quando a família real se encontrava no Brasil e desejava fomentar o processo do Espírito Santo) determinou que as minas fossem reativadas, o que fez renascer o interesse pela região.

Na mesma época, o governador Francisco Alberto Rubim abriu estradas de trinta e duas léguas (192 Km) cortando a região, pela serra, e ligando Vitória a Mariana, em Minas Gerais. À margem desta estrada, no vale do Jucu fundou-se a primeira colônia imperial do Estado - Santa Isabel - e no território hoje de Conceição do Castelo, em 1845, o aldeamento Imperial Afonsino, destinado à catequese dos puris, empreendimento que não foi adiante.

Entrementes, o chamado "refluxo das Bandeiras" trouxe milhares de mineiros e sua escravaria, em busca de terras virgens, para plantio de café na região.

Grandes famílias se fixaram no vale do Itapemirim e seus afluentes, como os Esteves de Lima, os Teixeira, os Monteiro da Gama, os Ferreiras de Paiva, os Paula Campos, todos luso-brasileiros.

Em 1822 começaram a chegar, na região, emigrantes italianos, principalmente do Vêneto e do Trento. O Governo Imperial havia mudado a legislação da imigração, extinguindo as colônias imperiais, em que o imigrante comprava um lote, de modo que os recém-vindos se acomodaram trabalhando de meeiros, nas fazendas de café então existentes, como substitutos da mão de obra afro-brasileira.

Com a abolição da escravidão e exaustão da terra de solos pobres e ácidos (é sabido que o café deseja sempre terra nova ou bem adubada) muitas das fazendas de café do Alto Castelo foram praticamente abandonadas, e alguns fazendeiros as dividiram em lotes que foram, em sua maioria, comprados por imigrantes italianos, que assim realizavam seu sonho de se tornarem pequenos proprietários.

Durante meio século o isolamento foi a tônica de vida desses pioneiros bravos e trabalhadores.

Castelo que era distrito de Cachoeiro de Itapemirim, com a inauguração da Estrada de Ferro, em 1887, num ramal da linha tronco que demandava Espera Feliz, em Minas Gerais, passou a centralizar o comércio de café da região, e com isto se emancipou, em 1928, da antiga sede.

Conceição de Castelo e Venda Nova pertenciam a Castelo, único centro comercial a que estavam ligadas através de estrada de chão, construída nas serras pelos próprios moradores.

Não havia, portanto, grandes perspectivas de progresso para pequenos produtores locais.

No entanto, em 1957 inaugurou-se, no eixo-leste-oeste, (o mesmo da Estrada do Rubim) a BR 262, de Vitória a Belo Horizonte (futuramente até Campo Grande em Mato Grosso do Sul) a qual, passando por Venda Nova, favoreceu seu rápido crescimento.

Em 1963, uma grande campanha popular vitoriosa permitiu a criação do município de Conceição do Castelo, que Venda Nova era Distrito.

Porém, o crescimento de Venda Nova foi tão espetacular que, em pouco, sobrepujava a sede, e transformou-se em município, em 10 de maio de 1988.

Com a fé reconhecida de seu povo, em sua maioria Católico Apostólico Romano (a cidade forneceu à Igreja muitos Padres e Freiras), com seu pioneirismo na agroindústria, com seu comércio progressista, VENDA NOVA DO IMIGRANTE caminha, a passos seguros, na estrada larga do progresso, encarando, confiantemente o futuro.

A história e as histórias de Venda Nova do Imigrante foram contadas, com humor e carinho, pelo saudoso escritor Senhor MÁXIMO ZANDONADI.


Quando os imigrantes, na sua maioria italianos, chegaram ao Brasil, não tinham conhecimento do lugar nem da língua portuguesa. Logo se empregavam nas lavouras, cultivando café, milho, arroz. Áreas para o plantio eram poucas devido a mata virgem. Abriam clareiras no mato e sustentavam suas famílias com o trabalho agrícola. Alguns tinham suas próprias terras, outros eram empregados. Venda Nova hoje deve muito aos primeiros imigrantes, aqueles que construíram esta cidade; tiveram sucesso porque tiveram força de vontade.


Por que Venda Nova do Imigrante?

O nome de Venda Nova surgiu porque antigamente havia uma pequena mercearia, que o pessoal chamava de venda. Esta passou por uma reforma e ficou conhecida como venda nova. Assim o local foi chamado. A região ainda pertencente a Conceição do Castelo, passou pelo processo de emancipação política, tornando-se um município independente em 10 de maio de 1988. Por ter sido colonizada pelos imigrantes italianos, foi adotado o nome de Venda Nova do Imigrante.


Hino municipal

Letra: Benjamim Falquelto
Música: Emiliano P. Lorenção

Venda Nova, formoso recanto
Áureo berço risonho e gentil
Tu revelas um misto de encanto
Resplendendo em amor teu perfil

Sim, cantemos com alma vibrante
Desta terra o ardor juvenil
Imitemos o bravo imigrante
A lutar pelo bem do Brasil

Acalanto de paz e harmonia
Das montanhas formoso jardim
Sempre cresça em fremente alegria
Tua beleza real e sem fim.

Mocidade risonha e contente
Do teu berço o valor singular
Salvaguarda e floresça somente
Em teu seio a virtude sem par

Elevemos no céu nossa mente,
Procuremos luzir cada lar;
A partir de tão rico presente
Demos graças a Deus sem cessar.




By Brunno Caliman