Alguns motivos:
- sou tímida e não
saio bem nas fotos (e não adianta tentar me convencer do contrário.
É o chamado efeito espelho curvo das mulheres: os homens não
entendem como um espelho normal pode deformar nossa imagem quando nos refletimos
neles...)
- mesmo que não fosse
tímida e auto-depreciativa, não sou do tipo exibicionista
(ou seja, não creio que as pessoas possam se interessar nesta que
vos fala. Não sou fotógrafa profissional para fazer uma foto
de pessoa comum ficar interessante).
1972: NASCI!!!
1973: Meu primeiro ano de vida. No meu aniversário, meu tio deixou a porta aberta e... fugi! Mas logo fui recuperada, graças a uma bondosa senhora que passava numa rua deserta e resolveu devolver a fugitiva para a única casa das redondezas...
1974: Apareceu uma irmã pentelha (ajudava a pentelhar os pais.)
Um looongo branco...
(correção: aconteceram fatos inusitados sim, como minha
irmã jogando basquete em cima do beliche, e não alcançando
a bola, eu tive de agarrar a cabeça dela. Se bem que a bola foi
pro chão...
Quer saber mais? clique aqui)
1987: De repente, depois de um teste no ginásio, eu tinha conseguido uma bolsa de estudos num colégio pago. Só queria saber como foi que corrigiram aquela prova... (era teste. Duas possibilidades: todo mundo fez o mesmo que eu, na base da loteria esportiva. Só que eu tive mais sorte - ou seria azar???)
Foi uma época boa... Meu café da manhã
era minha refeição preferida. Até hoje não
esqueço meus 15 anos... Café com leite, 4 paezinhos com manteiga,
na verdade 2 eram mistos quentes, e os outros dois colocava queijo minas,
uma vitamina mista ou de morango, dependia se era época de morango
ou não, e um prato de cereais. Ah... que saudades... O meu único
complexo daquela época era ser uma saracura, e parecer ter 11 anos!
Entre 1987 e 1989: São boas as lembranças,
mas provavelmente nunca mais na vida entrarei em contato com pessoas que
fizeram a diferença por estarem ali. Claro que não devo ter
marcado suas vidas, mas me basta que elas tenham marcado a minha. Época
onde tentei manter contato com amigas de ginásio, como Alessandra,
Carla, Sílvio, Simone, tanta gente... Época em que conheci
Cibele, Renata, Ana Paula, Márcia, Marcelo (Guima), Sílvia,
e tantos outros no Objetivo de Santo André. Nomes que o tempo (inimigo
incremente) insiste em pregar peças na minha memória, mas
se os nomes me fogem, não os seus rostos.
Época em que conheci professores incríveis (erhem, sou CDF, então isso não devia ser novidade: admirar os professores...) e de novo, os nomes me escapam (devo ter anotado isso nos cadernos da época), mas seus rostos não. Quando comecei a não apenas aprender, mas a ser crítica e desenvolver raciocínio, e não apenas repetir feito papagaio, e esperar que alguém veja a "gênia" que sou (heh, isso deve ser piada...). Foi quando percebi que podia fazer a diferença sem fazer uma revolução. Apenas... vivendo.
1989: Estava triste, depois de 3 anos de colégio, teria de dizer adeus... ao melhor cachorro-quente que já comi na vida!
final de 1989: Crise existencial: havia pedido emprestado o livro Olga para um professor de história e a tonta em vez de devolver para ele mesmo emprestar para outro aluno, entreguei direto o livro pro desgraçado avisando o professor que estava com o outro aluno. Até hoje fico P da vida quando penso na irresponsabilidade daquele moleque (e na minha ingenuidade em pensar que esse sujeito poderia ter um pouco de responsabilidade)!
Aí eu fiz o vestibular. Foi muito relaxante... Eu lembro que prestei em 4 lugares, o que resultava em 4 lanchinhos, fora o que levava de casa... Meus pais fizeram a festa também, porque descobriram nas proximidades de onde realizei o exame, uma castanheira-do-pará, e um monte de cogumelos comestíveis. Era lanche antes e depois do exame!
1990: Entrei na faculdade. Desde o começo, o Instituto de Física dizia para mim: "Saia já daqui!" uma vez que começaram a partir daí meus mais famosos acidentes...
1o ano:
(I) Acabava de sair do ônibus rumo à entrada principal, quando uma placa escorregadia foi posta no meu caminho. Por sorte, estava a 1 metro da escadaria que acabava de galgar, senão teria de subir tudo de novo.
(II) Alguns dias depois, eu resolvi ir tomar meu ônibus em outro ponto, uma vez que onde estava costumava lotar. Para isso, tinha somente de atravessar a rua e cruzar por um descampado de cerca de 100 metros. Porém, um pequeno detalhe não me passou pela cabeça, e este detalhe uma grande amiga minha hoje relembra com muita nitidez: "Keiko, eu só desviei o olhar por um segundo e você tinha desaparecido. Pensei que tinha quebrado o recorde olímpico." Um doce para quem adivinha o que havia entre a rua e o descampado...
2o ano:
(I) Estava eu com a cabeça fora do lugar como sempre e não me lembrara de comprar material para a aula experimental. Desta vez mereci o acidente. Os últimos 5 degraus do lance eu desci do jeito mais doloroso.
3o ano:
(I) Na aula experimental de circuitos elétricos (reprovara no primeiro ano as aulas experimentais. Aí descobriram que os alunos não tinham a menor idéia do que estavam estudando e fizeram a tal da reformulação do curso.), estava eu com minha amiga Cris, tentando fechar o circuito, quando de repente eu deixei cair o jacaré e o circuito fez "puf". Eu achei ruim porque tinha de arrumar um outro resistor de 1 Ohm, mas a Cris entrou em estado de choque...
(II) Desta vez estava no Edifício Principal do Instituto. Uma amiga minha, Karina, estava conversando comigo, quando de repente eu não estava mais lá. Só me encontrou 1 metro para baixo, pois então estava confortavelmente assentada na base da Física... (detalhe: Karina é um pouco mais baixa que eu. Demorou um pouco até perceber que não precisava olhar para cima...)
Afundei, junto com alguns outros desventurados, o CAI: Clube de Animes da Internet. Deuses não tiveram piedade de nós...
Outros acidentes menos graves aconteceram. O mais inusitado foi durante minha formatura, há um ano, onde então, todos tropeçavam num simpático fio no meio do caminho. Eu não consigo me lembrar do que fiz então, mas creio que errei a trajetória combinada, e em seguida subi o palanque onde devia aguardar o término da cerimônia subindo um degrau um pouco grande demais para ser degrau. (só percebi isso depois, claro...)
Comecei a pós-graduação bem também... Sabem, aquelas gafes comuns... No primeiro dia de aula eu estranhei porque não tinha ninguém na sala. Eu tinha certeza que não tinha me enganado de sala. Fui conferir o quadro de distribuição de salas. Realmente não tinha me enganado de sala. Só que eu tinha de estar lá às 8 e não às 10 horas da manhã...
Estou ficando velha... só dia... que dia era mesmo??? Bem estava conversando com minha amiga Cris no começo de agosto de 2001 sobre nossas aventuras. Nos lembramos que uma vez durante no começo de meu mestrado resolvemos estudar juntas para os exames de qualificação do doutorado. (matéria fresca na cabeça... mais chances de lembrar). Pois bem...
Estávamos aqui na ala I do Instituto de Física estudando calmamente após um gostoso almoço (marmita, bóia-fria, obento!) quando ouvimos um "click!click!"
Eu olhei para a Cris, a Cris olhou para mim, olhamos as duas para a janelinha da porta (SIM! a porta tinha janelinha. SIM! o guarda não viu a gente dentro da sala. NÃO! eu não sei como isso é possível. SIM! gritamos para... ah continue a ler, vai!) e vimos que o guarda acabava de ir embora nos trancando na sala do Instituto de Física em plena sexta feira da semana da Pátria!
Afinal nossa memória é péssima, nós só nos lembramos disso porque ela comentou:
- Keiko... pode ser delírio meu, que eu tenha sonhado que isso aconteceu, mas... tenho impressão que um dia a gente foi trancada em uma das salas de aula da física.
- Não sei Cris... não me lembro direito se isso aconteceu, mas... se não aconteceu, eu juro que tive o mesmo sonho!
Momento de silêncio dramático.
- Isso significa que não sonhamos, né Cris?
- Eu me lembro que a gente tava almoçando e depois começamos a estudar...
- Verdade! A gente tava ocupada e ouviu o barulho da fechadura da porta. Corremos para a janelinha e vimos que o porteiro já virava a esquina.
- Por que a gente não gritou, Cris?
- Porque nunca passou pela nossa cabeça que ele fosse trancar uma porta sem ver se a sala estava OK dentro...
- É mesmo...
Pois bem... foi o que aconteceu. O guarda não nos ouvia e não tinha ninguém na rua que ouvisse nossos "Socorro! tirem a gente daqui! Vamos morrer de fome até segunda-feira!!!"
Estava já cogitando tentar botar em prática meu pouco tempo de ginástica olimpica e tentar quebrar o pescoço descendo pela calha do prédio, mas minha amiga Cris me impediu a tempo, quando viu um bom rapaz )que devia trabalhar na administração - graças a Deus as aulas param mas a burocracia não *v*) passar pela rua e pedimos ajuda para que avisasse o porteiro de nossa situação.
Mas aprendemos a lição: nunca mais estudar no Instituto de Física durante feriado prolongado. Acho que nós resolvemos ir estudar no Instituto de Física da UNESP lá na Pamplona. Mas não consigo me lembrar se foi isso que decidimos e se fomos trancadas, porque deve ter sido mais traumático.
Agora passaremos a acidentes mais recentes...
Fim de julho, começo de agosto de 97: Estava eu calmamente me preparando para as guloseimas após o almoço, na lanchonete do Instituto, quando a traiçoeira cadeira me pegou. Minha amiga acabava de chegar com o almoço dela, quando de repente percebi que ela saia de meu ângulo de visão: primeiro eu olhava para o almoço dela, depois olhei o pingente dela, aí vi a expressão compenetrada dela arrumando o almoço, e vi as árvores, os passaros e as nuvens lá no céu. Aconteceu de forma tão lenta, como se fosse um sonho, e lá estava eu estatelada com cadeira e tudo no chão. "O que você tá fazendo aí embaixo, Kiki?" perguntou minha espantada amiga. Ao que prontamente respondi: "Caí! não parece óbvio?" Minha amiga penalizada continuou: "Mas por que não gritou por ajuda?" A resposta, minha cara Sara é "porque do jeito que somos histéricas, as duas iam parar no chão."
Na mesma época, começo de agosto: resolvo por vontade própria,sem qualquer coação, me livrar dos dois dentes do siso superiores. Amigos comentam que realmente não tenho salvação...
3/10/97: Fui transferida de sala. Na mudança percebi que meu novo espaço de bolsista de mestrado, precisava de uma faxina. Enton, mãos à obra, lá fui eu tirar o pó da casa. Depois pensei de novo: devia ter plantado grama na parte superior de minha estante - tinha terra lá. Enquanto fazia minha limpeza, todos os professores do Instituto resolveram passar pela janela do meu novo alojamento, e viam uma garota em cima da mesa, porque não achou nenhuma escada para alcançar essa parte da estante. E como a estante não tinha paredes laterais, enton resolvi "fazer" as paredes. Conclusão: havia uma garota em cima da mesa fazendo tricô na estante, e todos os professores ficavam imaginando o que é que eu estava fazendo... :(
Depois de arrumar meus livros, os artigos que já li, os cadernos, ainda falta um monte para ser arrumado. E cansada voltei para casa. Tão cansada estava, que na hora de jantar não coloquei a comida no prato certo (seria o meu prato, mas coloquei na travessa da salada...)
6/10/97: Saí correndo de casa. Na pressa esqueci de pegar os passes de ônibus comprados antecipadamente para não ter de andar com dinheiro no bolso. Isso mesmo: só tinha o dinheiro da passagem de ida, e isso só descobri no ônibus. Não me perguntem como voltei...
18/11/97: Querido Diário: Não sei como
resolver o meu problema de falta de tempo. Já tentei esticar o bicho,
tratar com carinho, mas não adianta. Continuo com sono, cansada,
e tentando cantar as músicas da Marine e do Eagle, pelas quais me
apaixonei, mas minha voz de taquara rachada com canivete cego, só
ajuda a matar todo mundo do coração... Cada vez que me escuto
entro em depressão profunda!...
14/3/98: Se eu colocar querido diário rejuvenesço
10 anos?(volto a ser uma adolescente com cabeça de vento?) Bem,
nada a declarar no momento, a não ser que comecei a ter aulas de
Mecânica Quântica. Até aí tudo bem... O desastre
virá no fim do semestre. Hoje jogamos Rayearth. Creio que estamos
evoluindo... mas não sei que bicho vai ficar no final (alguém
já jogou um jogo de evolução? Viu o que acontece quando
o Homo sapiens não é o estágio final?)
19/3/98: Estou às voltas com minha falta de
cabeça... Não me lembrava que não tinha marcado com
uma nova aluna de minha chefa de mostrar como se faz as coisas no laboratório.
Resultado: eu fiquei esperando ela chegar, quando ela nem sabia que tinha
de vir porque eu não tinha avisado ela direito. O consolo: ela não
fala português e eu não sei espanhol. Sigh!...
8/5/98: Querido diário (bleeeeeeaaarrrrrggghhhh!!!!
Que coisa mais sem imaginação.) desculpe por deixar esta
página tão sozinha, rejeitada, sem amigos, mas o meu mais
recente problema é de ordem filosófica: porque não
consigo arranjar tempo pra passar numa doceria decente? Hummm, forget about,
viajei...
Nada de novo aconteceu, a não ser uma
prova de Mecânica Quântica, que aconteceu dia 23/4/98, o que
nos mostra que não tenho disciplina com diários. São
duas turmas, o que totaliza... hummm não contei quantas cabeças
tinha naquela classe não... De qualquer forma, estava melhor que
os materials magnéticos que estou fazendo: supersaturada e com a
cabeça soltando faíscas de tão carregada que estava.
Cheguei e me deparei com um pequeno problema: vixe que sala cheia. Arrumei
um canto e espalhei minhas tralhas e meti as caras. Era uma prova trabalhosa,
não era dificil. Quando o prazo regulamentar acabou, minha mão
queria despencar do braço. Foi quando o mestre do jogo, digo um
dos professores fez a seguinte declaração:
"Depois de intensa deliberação, decidimos
prorrogar o tempo da prova por mais uma hora."
Minha cara, além da minha mão foram
pra chon. Sigh, tudo bem, vamos corrigir a prova depois me mando.
Quarenta e cinco minutos depois entregava os dois
calhamaços de quatro folhas (respostas na frente e no verso). Fiquei
sabendo que a prova foi mais uma hora além. :((((
Vamos a fatos mais recentes... Acabei de pegar emprestado
o volume 1 de Rurouni Kenshin da Argolle para ler, e acho que Himura Kenshin
tem cara de Jin (Yu Yu Hakusho), o rapazinho do time ninja (onde que é
ninja eu não sei) que era um cabeça de vento. Não
sei onde o pessoal acha que ele se parece com Kurama Youkho! (a não
ser pelo fato de também ser dublado no japonês por uma mulher...
Tá virando moda agora???)
Também li o 1o. número de Slam Dunk,
e ri à beça. Mas pensar que o rapaz lá tem a voz de
Kusao Takeshi é no mínimo hilário. E continuei com
uma dúvida inusitada em animes: era moda cabelo a la Kuwabara Kazuma?
Ou Hanamichi na verdade saiu de Slam Dunk por que não pagavam direito
a um astro e resolveu ficar como um desajeitado Kuwabara em YY Hakusho?
Ou Kuwabara ficou cansado de ser coadjuvante e resolveu ser astro (desajeitado
também) em Slam?
15/junho/98: fui atropelada por uma bicicleta. Fiquei
quase dois meses de molho. Sabem como é... tava escuro... a bicicleta
não tinha farol... eu não enxergo direito... Foi uma questão
de convergência, karma... ou muita imbecilidade dos atores em
questão.
Duas semanas depois: finalmente deixei de lado o pronto-socorro: me mandaram para um ortopedista. E divinhem? Rompi um
ligamento. Que maravilha! Essas coisas não se recuperam como os ossos!
Tenho de esperar que outros tecidos tentem ocupar o lugar do
ligamento original! blábláblá! Gesso! Muleta!
algum dia de julho: karaokê de gesso. Cantei,
canteeeeeiiii... (e os vidros estilhaçaram...), o pessoal resolveu
fazer arte na escultura do meu pé. Foi o gesso mais bonitinho de
toda minha vida. Tava cheio de desenhos bonitos...
Um dia qualquer de setembro: meu caro e esquecido
diário. Acabei de me lembrar de escrever algo nos links, updates,
etc., e não apenas ficar colocando coisas no meu site sem avisar
ninguem... Ops! isso devo escrever no dia 4 de novembro...
Mas num dia qualquer em setembro recebi uma notícia
maravilhosa: minha orientadora estava grávida. "Poxa, legal! Parabéns!
E o próximo?" (a última pergunta era pentelha mesmo: ela
dizia que dois eram mais que o suficiente para deixá-la biruta)
Minto eu dizia isso antes! Mas de qualquer forma, ela olhou para mim e
falou: "Mas estou grávida de gêmeos!"
Não sei porque mas de repente me deu uma tonteira,
vendo que tinha de correr mais ainda com o meu trabalho antes de ficar
sem chefa!
14/jan/99: Bem ainda não me livrei do trabalho...
Na verdade está cada vez pior. Duas ou três vezes por semana
estou indo para a casa da chefa, pois ela não pode vir aqui para
a faculdade. Os gêmeos realmente no caso dela são uma gravidez
de risco. Mas pelo menos estou morando mais perto do serviço e o
ritmo de degeneração dos meus neurônios parece ter
se estabilizado (parece que não perdi mais nenhum nos últimos
dois meses por falta de sono). Mas uma coisa é certa: assim que
terminar o mestrado, eu vou ter... mais trabalho?!?!? BUAAAAAAAAAHHHHH!!!!
(ataque de Sailor Moon em mim... Faz tempo que deixei de ser Moon, mas a Usagui/Serena não me larga!)
25/jan/2001: Uau!!! Quase dois anos
sem escrever nada!!! Bem, deixe me ver o aconteceu de
importante...
Primeiro me tornei mestre. Sugoi!
Quem diria? Mas... eu mestre? Tou mais para discipula
do que mestre... vou ensinar o que? "Como cair e fazer
o maior estrago em si mesma em uma licao"? "Como fazer bolo de caixinha queimar"? "Como acentuar usando teclado
americano"? (nao tou conseguindo acentuar as coisas
nos Estados Unidos.)
Ah! e' mesmo! Esqueci de mencionar:
agora estou nos Estados Unidos. Antes disso a chefa
me mandou ir para o Japao. Foi uma confusao so'! Nao
conseguia me achar, nao conseguia achar para onde
tinha de ir e nao conseguia achar meu dinheiro!!!
(esqueci no Brasil... -_-"). E ainda por cima servi de
guia (gente que fica perdida pode virar guia???) para
dois professores espanhois e uma colega do brasil.
Pode uma coisa dessas?
Em compensacao engordei (dieta!) e estou fazendo amigos. Engracado que a maioria eh
chines, mas... tudo bem!
Ah... ta'... nao ta' entendendo
nada do que estou falando. Entao vamos pelo comeco.
Tudo comecou quando terminei o
mestrado. Chefa achou que seria bom eu ir para o
exterior: sabe como e' - aprender a me virar em outro
lugar sem ter ninguem para chorar (buuuaaaahhhh!!!).
E como tinha um congresso no Japao, e como tenho cara
de japonesa, ela me mandou para la'... Detalhe: eu so'
conseguia me comunicar com os velhinhos. Os jovens
nao sabem falar o japones arcaico e nao sabem falar
ingles (quero dizer: o jovem japones medio. Sempre tem
os estudantes mais esforcados que sabem falar bem.
Igual no Brasil...)
Fase 1: Chegada no aeroporto:
Como toda boa lusitana (perai'! sou descendente de
japoneses e nao de portugueses!!!) peguei o trem para
Tokyo (e esqueceu de converter dinheiro no aeroporto
em pleno sabado!!!). Soh que tem um problema: em
vez de pegar o Expresso Narita, peguei o local.
Conclusao: quando cheguei em Tokyo perdi o trem
bala que eu tinha reservado... -_-"
A confusao nao parou por ai'.
Chegando em Sendai, perguntei onde ficava o meu
hotel. E como esta tonta que vos fala viu que era perto
resolveu ir... a pe'!!! (isso sem contar o fato que
como esqueci de trocar $$$ nao tinha dinheiro para taxi...)
Bem, cheguei no meu quarto morta, sem nem vontade de
jantar.
A semana do congresso foi interessante porque encontrei um professor espanhol conhecido. Foi legal falar portunhol na terra dos
meus ancestrais. Mas... acreditem se quiserem: por
causa de minha nova tarefa de guia (para eles) eu
acabei comendo comida italiana no Japao (mas a musica
era espanhola *v*")
Descobri que confirmar minha passagem aérea para
Iowa foi muito complicado... o pessoal não entende eu falando em inglês, e quando eu falei que queria ir para Des Moines em japonês
eles entenderam menos ainda. Felizmente consegui falar com alguém que
sabia um pouco de inglês antes do congresso terminar!
Bem, despedi-me dos professores e
toquei pra frente. Fui visitar a parentada, vi muito
templo antigo, comprei alguns animes e lembrancas,
que sao MUUUUITO caros no Japao...
Depois de tudo era hora de
embarcar para os Estados Unidos. E aqui comeca
fase dois...
Fase dois: minha estadia com os
americanos...
Eu ja' nao aguentava mais comida de aviao!!! Trocamos o
aviao grandao por alguns menores (da TWA, a empresa que faliu) e descobri
que as aeromocas americanas sao um pouco mais velhas que
as internacionais... ainda nao sei porque (sera'
efeito de make-up???)
Chegando em St. Louis, entrei
em panico, porque o aviao estava programado para
partir 15 minutos a partir de minha chegada... So'
quando cheguei no portao certo, lembrei de uma coisa
muito importante: St. Louis estah 1 hora defasado de Sao Paulo (para ir pro japao eu nao acertei o relogio,
porque a hora local era a mesma do Brasil, soh que
de noite...)
No balcao de informacoes,
minhas habilidades em frances atrapalharam um
pouco: o pessoal daqui nao "Des Moines" como "De Muanes" (como os franceses) mas "De Moines" mesmo!!!
Em Des Moines precisei ir no
toalet... De repente escuto meu nome sendo chamado e
toca a correr de novo! Era a pessoa que estava
encarregada de vir me buscar (servico de limousine
que na verdade e' uma van...) e a motorista (o nome
dela era Lolla) tava preocupada porque todo mundo
tinha saido, menos eu... ^v^"
Tudo bem, cheguei inteira
em Buchanan Hall la' pelas 7 da noite ainda bem que o
dormitorio nao tava fechado ^^"
Tentei arrumar as coisas e ter
uma janta... mas nao me lembro se jantei. Becky me
ajudou a me situar (ainda tava pensando em Japones!)
No outro dia, meus desafios:
arranjar comida e cobertor (o aquecedor central nao
tava ligado quando eu cheguei). Foi muito...
interessante andar por 1 hora ate' o supermercado e
outras duas para voltar (tava carregada de coisas).
Sabem como e'... nao tinha trocado para o onibus...
Me perdi para achar o local de
trabalho. (passei por dois subterraneos que ligam
os predios e que sao abrigos anti-nucleares *~*"
Acho que da epoca paranoica dos americanos.) (na verdade
descobri que Ames fez parte do Projeto Mannhatam para
desenvolver a primeira bomba atômica. Ames Lab era um
centro de enriquecimento de urânio)
Finalmente encontro o Calvin Davis, que na verdade
se chama Kevin Dennis...*~*" Normal, esses nomes
sao estranhos para o pessoal do Oriente (A Ju Yang
quem me passou o recado).
Comecei a treinar nos equipamentos
numa velocidade surpreendente: de lesma. Como sou vagal!
Bien, depois de um monte de
treinamento de seguranca (se acontecer um acidente
pra eu nao processar eles), depois de um bom tempo
de fracassos nos meus experimentos, finalmente
eu comecei a trabalhar de verdade. Mas que coisa!
So' tenho um mes para terminar minhas coisas!!!
Por isso, querido diario, vai ter
de esperar eu voltar para o Brasil para eu contar o
que aconteceu em Minneapolis, como foi que eu passei
mal em San Antonio e como eh ruim o sistema de onibus
daqui...
Tenho de trabalhar...
Jikai (próximo episódio): Como
sera' que Kiki sobreviveu sozinha e sem amigos? Sera'
que ela vai aprender a cozinhar ate' o final de sua
estadia nos EUA? Ou sera' era a misteriosa responsavel
pelo ultimo alarme falso de incendio?