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XUITO - MEMÓRIAS DE UM LICANTROPO JUVENIL

CAPÍTULO III: As Renatinhas da vida


Às vezes é complicado lembrar de tudo o que aconteceu com a gente, né? Pois é, aquelas paixõezinhas de criança que eu falei aconteciam comigo uma vez por mês e fica muito difícil colocar tudo isso aqui em ordem cronológica.

Eu sempre tive mania de me apaixonar por meninas que eu olhava andando pelo corredor da escola, sem saber o nome delas ou de onde elas tinham surgido. Quando isso acontecia eu ficava o dia inteiro pensando nelas e descobria tudo o que podia sobre elas, mas não me aproximava de jeito nenhum. Sempre fui vítima da minha timidez e só recentemente consegui lutar contra esse mal (ainda vou falar sobre isso).

O que era engraçado é que, apesar de não ter coragem de falar com a menina em questão, eu sempre acabava conhecendo-a. Muitas vezes quando eu já tinha desencanado dela e já tava até gostando de outra.

A primeira lembrança que me vem, quando penso nessas paixões de criança, é da Renatinha. Uma menina da sexta série (eu estava na quinta) que todos conheciam na escola e que tinha a maior fama de metida (por que será que apaixonados como eu sempre acabam gostando dessas meninas fresquinhas?).

Gostei dela por uns seis meses e depois de um tempo, quando já estava a fim de outra menina, cheguei a conhecê-la, e até poderia ter ficado com ela se eu tivesse tido coragem de tentar.

Depois da Renatinha veio a Tatiane, que eu já conhecia por morar na rua da minha casa. A Tatiane foi a primeira menina por quem eu chorei. Eu fazia tudo pra ela, e parece que ela se aproveitava da situação: toda vez que queria alguma coisa olhava pra mim e fazia uma carinha que eu não conseguia resistir. Eu nunca falei nada pra ela porque tinha medo de perder a sua amizade (típico), mas a sua irmã era a minha confidente e sabia de tudo. Acabei ficando com a irmã, a Patrícia. Foi o meu segundo beijo, mas o mais memorável de todos.

Nessa época eu desencanei da Tatiane e comecei a ficar com todas as meninas da minha rua (maior galinhagem!) mas a Patrícia era a melhor. Um dia ela me perguntou se eu gostava dela e eu não quis assumir (mas gostava), então ela nunca mais ficou comigo.

Fiquei com mais um monte de meninas e até namorei com algumas, mas comecei a gostar mesmo da Patrícia, e assim fiquei por uns dois anos.

Até hoje eu acho que a Patrícia também gostou de mim... mas não pergunto (ela mora na minha rua até hoje). Por gostar dela não quis mais ficar com ninguém até os meados do primeiro colegial, quando conheci a menina que me deu o primeiro fora da minha vida, e de quem eu gostei até quando eu fui pra faculdade. Calma! Vou contar tudo.

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