NAMO BUDDHAYA - NAMO DHARMAYA - NAMO SANGHAYA !

    MISTÉRIOS DO BUDISMO CHINÊS WU TAI-SHAN

A Justiça - Leis e Sentenças 
Encontros
Shang-ti - Templo Central -  Associação Wu Tai-Shan para adoração divina.
Tradição Histórica, Filosófica e Simbólica
Medicina Budista Chinesa Wu Tai-Shan
Ética Tze Tai-Shan

A JUSTIÇA - LEIS E SENTENÇAS
 
"O mérito não está em condenar ou absolver o réu, mas em descobrir porque, ele sabendo que seria castigado, comete a falta". 
O homem comum jamais entenderá essa sentença, e há homem comum em todas as categorias sociais. 

Não podemos pré-julgar os nossos semelhantes sem uma avaliação justa, e para que tal ocorra, só conhecendo os fatos reais. 

Para que possamos conhecer os fatos cuja ação não estávamos presentes, só se aquele que praticou a ação e aquele que sofreu a ação relatarem o ocorrido. Mesmo presente à ação ou sofrendo a ação, em algumas ocasiões ficamos sem compreender o porquê de tal atitude. Então nesse caso só ouvindo com paciência e imparcialmente a justificativa do que agiu, saberemos os motivos.

Aceitar como resposta porquê sim ou porquê não, não satisfaz as pessoas comuns que gostam de conviver com dúvidas. As pessoas impacientes que acusam e julgam, não dando direito à defesa, ou simplesmente não esperam a justificativa, além de comuns, são pessoas mesquinhas e pobres de espírito. Essa atitude jamais habita um Wu Tai-Shan. 

Todo Wu Tai-Shan obedece a Leis e certas atitudes só podem ser tomadas dentro de 9 (nove), 72 (setenta e dois) ou 108 (cento e oito) dias. Quando alguma divindade fôr invocada para a solução de algum fato, o Tai-Shan terá que aguardar pela oferta dentro dos prazos e seja qual fôr o resultado, ele aceitará. Caso o prazo vença e as divindades não apresentem a solução esperada, aí sim ele poderá decidir. 

Quando desencarna a esposa de um Wu Tai-Shan, ele sabe com certeza que o espírito da sua mulher escolherá a sua futura esposa. Essa escolha ocorre principalmente quando ela (espírito) deixou filhos a serem cuidados. O aparecimento ocorrendo dentro dos 72 dias, não poderá haver questionamento. Mas, entre os 72 e 108 dias será aceita a candidata, porém poderá haver questionamento. Caso expire o prazo de 108 dias e nada ocorra, então o Wu Tai-Shan está livre para escolher quem ele quiser. 

Quando uma candidata aparece dentro do prazo de 72 dias, ele terá que se empenhar para que tudo dê certo. Um Wu Tai-Shan jamais quebra as leis, pois se isso ocorrer, ele sabe as conseqüências que o esperam. 

O desencarne de um gavião dourado é igual aos outros. O que diferencia é o comportamento durante o Tsan-Tsan, isto é, o ritual. É difícil para o não-iniciado entender que o momento é triste, saudoso, emocionante, mas estamos alegres. 

Depois de ficar determinado se haverá enterro ou cremação, começa-se os preparativos. Envolve-se o corpo com branco e se houver flores, serão brancas, e sobre o peito 9 rosas amarelas, colocadas em forma de meia-lua, colocando-se os pés das rosas para o pescoço. 

Após a arrumação do corpo, os irmãos presentes (alguns) entoam canções de despedida. Quando faltarem 15 minutos para o final, então será recitado o Preceito de Purificação dos Antepassados. O final da cerimônia deverá ser ao pôr-do-sol. 

Por 72 dias o espírito do que partiu visita todos aqueles que ele deseja e procura cumprir todos os prazos. Após os 72 dias até o 108º , ele concentra a sua atenção naqueles que foram mais chegados. Após os 108 dias começa a se afastar. 

Um Gavião Dourado nunca esquece os que partiram. No dia do enterro a emoção está no ar, mas há alegria interior, pois quem parte cumpriu sua missão e está livre para voar sobre a montanha mais alta e gritar o som da liberdade. Voar livre sobre a Montanha Sagrada, isto é, sobre a Montanha Wu Tai-Shan e seus cinco picos, iluminados ao pôr-do-sol pelos 108 raios. 

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ENCONTROS
Quando dois irmãos se encontram, um dirá: 
-"Nenbutsu!"
O outro responde: 
- "Nenbutsu ! Que a Luz do Lótus Dourado esteja em nossos corações!" 

Quando um irmão recebe a visita de outro, o que chega, diz: 
- "Nenbutsu! Que a Luz do Lótus Dourado esteja comigo ao entrar em sua casa!"
O que recebe a visita diz: 
- "Que o perfume das Nove Rosas Amarelas perfume o nosso encontro, assim como o caminho dos nossos Antepassados". 
O dois dirão: 
- "Wu Tai-Shan, Tai-Shan Shi Kang - Tang" .

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SHANG-TI - TEMPLO CENTRAL
ASSOCIAÇÃO WU TAI-SHAN PARA ADORAÇÃO DIVINA.
Shang-ti  O Shang-ti é composto por capelas internas e externas, e também do "Tsan-Tsan" - anexo do templo dedicado para meditação aos ancestrais, onde também se realiza o Preceito ou Ritual da Purificação dos Antepassados. Os Rituais praticados durante os funerais, ou posteriormente, também são chamados de "Tsan-Tsan". 
Syûdôin (Casa do Caminho) - Nesta capela reúnem-se as Irmandades.
Irmandade  A Irmandade ou núcleo é a cristalização da Força Divina em cada um dos irmãos de um grupo regional. Existem regiões em que a Força Espiritual também está no local onde se reúnem. A Irmandade, primeiro começa a tomar forma no espaço espiritual sobre uma região, gerando um campo de força, atraindo os irmãos afins. Quando os irmãos se agrupam, formando o núcleo material (Irmandade), a Força Espiritual se fará presente, interligando assim o núcleo ao Shang-ti (Central). 
Festividades:
Abril  07/04 - Ano Novo 
08/04 - Dia da Iluminação 

As festividades seguintes não possuem datas fixas, mas devem ser realizadas no dia 15 de cada mês, ou o mais próximo possível, ou na Lua Cheia de cada mês (preferível). A festa tem maior importância quando a Lua Cheia coincide com o dia 15. 
 

Maio  Tung-Cheh / Festival das Lanternas - Homenagem a Fudô-San.
Junho Festival do Fogo Suave - Homenagem a Kwannon.
Julho / Agosto Festival dos Leques - Homenagem à Kwang-Yin. 
Setembro Festival Ching-Ming / Festa das Flores - Homenagem a Inochi, Senhor da Vida.
Outubro  Festival Han Shih Chieh / Festa da Comida Fria - Homenagem aos Mártires.
Novembro Ritual do Tai-Miao / Homenagem a Seishi - Homenagem aos Ancestrais/Antepassados.
Dezembro / Janeiro Ritual de Sagração das Águas - Homenagem à Kwang-Yin. 
Fevereiro / Março Festival Tuanyuen (união Sol e Lua) - Homenagem à Mak-kok (Macáu), Venerável Regente do Leste e do Amor ( união do Sol com a Lua ). 
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TRADIÇÃO HISTÓRICA, FILOSÓFICA E SIMBÓLICA
A ORIGEM

O Movimento Amidista do pequeno templo Kyôtô-Syûdôin segue o caminho pregado pelo Venerável Sábio e Mestre Santo Senhor Hônen, patriarca organizador do ramo budista japonês Jôdô-Shu. 

O Budismo Kyôtô-Syûdôin, além dos Ensinamentos primitivos do Jôdô-Shu, introduziu idéias, práticas e ritualísticas dos ainus. Os ainus pertencem a uma pequena etnia existente no Japão, cuja origem não está definida, mas acredita-se que sejam originários da China. 

A mescla religiosa do Kyôtô-Syûdôin começou na realidade em 1930, com o saudoso Mestre Nisida Ryôya. Nesta época Mestre Nisida descobriu o Esperanto, e como era um monge de visão espiritual, percebeu ser este idioma um veículo poderoso, através do qual poderia chegar ao Ocidente e divulgar o Budismo. 

Nos anos de 1175-1176, o Venerável Mestre e Sábio Hônen, após ter estudado na famosa e tradicional escola religiosa do Budismo Chinês Tendai (Tien-t'ai), iniciou um grande movimento de protesto e reformulou  o Budismo, que tinha estudado, criando assim uma escola simples e prática. Esta escola (ramo Budista Jôdô-Shu) foi criada para que na sua simplicidade atingisse a população inculta e humilde, formada na sua maioria por camponeses e serviçais. 
Outrora no Japão, a cultura era ministrada somente às classes nobres. As escolas budistas existentes naquela época ficavam sempre fora do alcance dos humildes. 

Os monges chineses no Japão, ou os japoneses que tinham estudado na China, já tinham há algum tempo, antes do Mestre Hônen, começado várias tentativas de reforma nos ramos budistas. As escolas chinesas pregavam o humanismo e a filantropia, levando os monges à rebeldia para com as ordens imperiais. O movimento rebelde consistia em pregar cultura e religião ao povo. O Venerável Mestre En-no Ozuno foi um desses monges que enfrentaram a ira do imperador, e teve que refugiar-se nas montanhas, surgindo daí o Movimento Yamabushi (Budismo das Montanhas). 

O Venerável Mestre e Sábio Hônen também caiu em desgraça, pois o Amidismo (Jôdô-Shu) ou ainda Escola da Terra Pura, como era conhecida por ser tão simples, atraiu muitos adeptos, deixando os templos tradicionais vazios. 
O Sábio Mestre pregava apenas a simplicidade e compreensão e dizia que para ser salvo o homem não precisava pagar nada aos templos e tampouco era necessário ler cansativos textos búdicos. Mestre Hônen ficava sempre a pensar em como o ignorante poderia salvar-se sem ler os textos búdicos. Ele já tinha lido todos os textos búdicos, toda a coleção, cinco vezes, isto é, a Tripitaka japonesa, conhecida no Japão por "Syukusatu-Zôkyô". Esta coleção sagrada possui 1.916 partes contidas em 8.534 volumes. Continuando a buscar um caminho fácil para os incultos, já que na Tripitaka nada descobrira, chegou até os textos, conhecidos no Japão como "Comentários do Venerável Zendô". O Mestre Zendô, também conhecido como "San-tao" (613-681), patriarca do Amidismo chinês, levou para o Japão as idéias socialistas dos templos chineses. O Venerável Hônen, após ler por três vezes os textos do Mestre Zendô, iluminou a sua mente e elegeu duas das 48 existentes no Hongan, como base de sua nova escola. 

O Jôdô-Shu foi iniciado precisamente no reinado do Imperador Takakura, na primavera do ano de 1175. Nesta época Hônen estava com 43 anos e sobre o monte Shimizu ele construiu uma cabana e começou a pregar. 

A nova escola passou a chamar-se Jôdô-Shu (Zyôdô), isto é, "Terra Pura" ou País do Buda Amida ou Buda Amitaba. Esse nome deveu-se a uma das Leis Básicas do Hongan, isto é, a 18ª Promessa do Buda Amitaba. No Hongan, Amitaba diz que perante o universo todos os homens são iguais e não há diferença de cor e de credo, não há inteligentes ou ignorantes, e além disso todos serão salvos na Terra Pura, que fica à ocidente do universo e à oriente da Terra. A Segunda Lei Básica é a fé e a certeza no mantra ou palavra sagrada NENBUTSU, que deve ser repetida e pensada todas as horas.

A Escola Hôneniana passou a influenciar não só a população inculta, mas também a nobreza. Foi uma verdadeira revolução social. O povo deixou de pagar tributos aos templos e alguns discípulos do Jôdô começaram a debochar dos monges que postulavam nas escolas tradicionais xintoístas, Shingon e Tendai. Em 1204 os monges ofendidos dos templos da cidade de Nara e do monge Hiei, queixaram-se ao Imperador através do chefe episcopal "Sr. Sinsyo" e pediram a cabeça do Venerável Hônen. O Imperador não pôde executar o Sábio, pois o Príncipe Imperial Kanezane fora curado por Hônen e tornara-se seu discípulo. Assim, o Imperador tinha uma dívida para com Hônen, mas, agindo sobre pressão, confinou o monge na ilha de Tosa. A ilha de Tosa é uma região inóspita e gelada, assim o Imperador acreditava que lá o Venerável Sábio não resistisse e viesse a morrer. 

Durante o afastamento do Mestre, quando os ânimos tinham serenado e tudo parecia calmo, nova agitação perturba o Imperador, e desta vez dentro do próprio palácio. Duas das esposas do Imperador tornaram-se monjas do Jôdô, influenciadas por Hyûren e Anraku. Os dois eram os monges mais chegados a Hônen e foram degolados em praça pública como "exemplo" aos fiéis do Mestre Hônen. Esse fato não desanimou os seguidores; ao contrário, unificou os fiéis dando mais força e ânimo aos seguidores do "Nenbutsu", que agora possuía dois mártires para reverenciar. 

Longe do Mestre Hônen, o Príncipe Kanezane voltou a adoecer; e sem ter quem o tratasse, veio a falecer. Mas antes fez seu último pedido, implorando ao Imperador clemência ao Mestre. O Imperador concordou, mas não cumpriu a promessa. Um dia o Imperador acordou assustado, pois sonhara que o espírito de Kanezane tinha voltado para cobrar a promessa de perdão. Finalmente, no dia 8 de dezembro de 1207, o Imperador perdoou o Mestre, mas ao voltar ele não teve permissão de ficar na capital. A ordem oficial era para residir numa província da qual não poderia se afastar. Durante quatro anos viveu na cidade de Osibe, na Província de Settu, numa choupana junto ao Templo Katiodera. Novamente o Imperador sonha com Kanezane, cobrando seu último pedido. No dia 17 de novembro de 1211, Mestre Hônen deixa o Templo Katiodera, e no dia 20 chega à capital. 

A cidade de Zitin ficou em festa ao ser informada que Hônen estava para chegar. Prepararam então uma pequena capela junto a Ootani. Quando ele chegou uma multidão o esperava e deram as boas-vindas. 

No dia 2 de janeiro do ano de 1212, o Venerável Mestre adoece. Durante dois dias falou sobre o renascer na Terra Pura. Durante o sono seus lábios repetiam o mantra "Nenbutsu" ou o nome de Amitaba. Hôrenbô, um dos discípulos de Hônen, recebeu do Mestre a seguinte mensagem: 
"Passei toda a minha vida divulgando a prática do 'Nenbutsu". Continuem e espalhem universalmente o mantra, e assim continuarei vivo, cada  vez que alguém invocar o "Nenbutsu". 

No seu leito, no dia 11 de janeiro, Hônen pediu aos seus discípulos que repetissem bem alto o mantra Nenbutsu, pois Amitaba estava chegando. Às dez horas da manhã do mesmo dia, alguns discípulos trouxeram uma imagem do Buda Amida e a colocaram próxima ao leito e perguntaram:
- "Venerável Mestre, o senhor vê a imagem de Amida que nós trouxemos? 
- Meus queridos discípulos, não precisavam trazer a cópia, pois eu tenho o privilégio de ver o original, e ele está aqui.

No dia 24 de janeiro, Hônen se preparou e vestiu seu kuromon e colocou por cima o haori creme, voltando a deitar-se com a cabeça voltada para o poente. Às 10:00 hs uma nuvem púrpura surgiu sobre a casa, e quando perguntado sobre o significado, ele respondeu que finalmente fora aceito na Terra Pura. 

No dia 25 de janeiro de 1212, ele recitou o seguinte preceito:
"A Luz de Amitaba ilumina todas as partes do universo e protege a todos que invocam o seu Santo Nome e Amitaba não esquecerá os seus. 

Às 12:00 hs do dia 25, com 80 anos, o Venerável Mestre fez a viagem de volta, seus lábios sorriam delicadamente. A cidade toda chorava a sua partida. 

O MOVIMENTO
O Movimento Amidista da escola Kyôtô-Syûdôin é a soma de práticas dos Ensinamentos Primitivos deixados pelo Mestre e Sábio Hônen, as práticas místicas e ritualísticas dos ainus. Posteriormente foram acrescidas à mescla já existente as práticas primitivas Yamabushi, do Venerável En-no Ozuno. Dessa associação, que parecia impossível, surgiu uma escola Budista de amor e compreensão; surgia, assim, o Templo Kyôtô-Syûdôin. Um dos lemas dessa preciosa escola e parte do juramento dos monges é: "morrer, quando necessário fôr, matar nunca!" .

Já vai longe o dia em que o saudoso monge, meu querido e inesquecível Instrutor, Tong-hua, batizou-me sobre a montanha e disse: "Você está pronto, o passado morreu e você acaba de renascer. Agora começa um novo caminho; seu nome é Yung-fan (mais tarde Yûhan), fizeste o juramento da pobreza, tenha só o necessário para viver com os seus, mas procure ajudar aos outros. Você agora é um Wu Tai-Shan, mais ainda, você é um Tze Tai-Shan, isto é, um dos senhores da montanha Wu Tai-Shan. Um Wu Tai-Shan é aquele que constrói, trabalha, vive e reza sobre a montanha. A montanha, creia, é um lugar santo. O Wu Tai-Shan crê que a montanha é a sua própria vida". 

Costumo dizer que a água está para os peixes, assim como a montanha está para nós, os Wu Tai-Shan e Yamabushis. Quando não estamos sobre a montanha, imaginamos como se estivéssemos, esperando o dia em que voltaremos a pisar o solo sagrado. É um privilégio ser das montanhas, pois o sol toca primeiro os que estão no alto, para depois tocar os que estão nas planícies. 

Para o wushih, o monge missionário Wu Tai-Shan, o  que ele tem de maior valor são as Leis Espirituais das montanhas. Depois, o que ele mais preza é a sua mulher, sua companheira no Dharma. Ele sabe que ela o ajuda a caminhar. Para sua companheira ele dedica só palavras bonitas e amáveis, cercando-a de carinho, pois sem ela o caminho torna-se insuportável. Seus filhos são amados, mas pelo juramento não devem receber tratamento diferenciado, pois pelas Leis todas as crianças à sua volta são seus filhos. Esta é a razão pela qual, eu sendo um wushih, luto pelo bem-estar social das crianças menos favorecidas.

No Brasil, a Hônen - Comunidade Budista, ou seja, ramo brasileiro do Kyôtô-Syûdôin, segue as diretrizes do Templo em Kyôtô, dirigido pelo Abade Sr.  Hyuga Yusinori (Superior Geral). Nossa Escola no Brasil foi iniciada pelo monge Wu Tai-Shan, Mestre Tong-hua. O Mestre Tong-hua era um wushih, e assim transmitiu os Ensinamentos do Budismo Chinês Wu Tai-Shan. Ele era oriundo de Shanghai, do Templo "Fa Tuang-Tsu" e chegou ao Brasil entre 1941-1942. Assim sendo, nossa origem é o Budismo Chinês Wu Tai-Shan, razão pela qual continuamos pobres, preocupados com os incultos e os menos favorecidos. Pelo acima exposto, no Brasil, o movimento Wu Tai-Shan recebe o acréscimo da Escola Syûdôin, transformando-se assim em uma nova escola. Esta conciliação foi possível graças ao saudoso Mestre Nisida Ryôya. 

A Escola Syûdôin, ou escola do Budismo Chinês Wu Tai-Shan, é devocional para os fiéis e esotérica-iniciática para os iniciados e monges. O Syûdôin procura simplificar as Leis, para que todos possam ter as mesmas possibilidades.
Para se tornar um pastor (monge) da Irmandade Wu Tai-Shan, é necessário que o candidato ame a montanha e ao seu rebanho, e à qualquer hora e qualquer tempo socorra as "ovelhas" desgarradas, ou as que estiverem feridas. Essas qualidades estão dentro de cada um, logo não as encontraremos nos cursos, escolas ou nos livros. 

O Venerável Hônen concluiu que os cursos para desenvolvimento de poderes psíquicos eram ilusórios. Todo aquele que possuir tais poderes descobrirão com o tempo já possuir os mesmos. O que deve ser feito por todos os possuidores de sensibilidade extrasensorial é colocarem-se sob a orientação de um Instrutor. O Instrutor mostrará como exercitarem a mente e como sintonizarem a Energia Cósmica inerente ao Caminho dos praticantes. 
No Japão atual, sub-ramos Amidistas esqueceram os objetivos do nosso Patriarca e instituíram um curso de quatro anos para a formação superior dos monges. Uma espécie de faculdade, cuja admissão é feita por seleção, quando deveria ser feita por vocação e indicação divina. Talvez isso ocorra porque os monges de muitas organizações tenham perdido a capacidade extrasensorial, não sabendo, assim, se o aspirante é ou não capacitado a se tornar monge ou simplesmente qual o caminho a seguir. 

Tenho certeza que se o Venerável Mestre Hônen estivesse aqui, perguntaria incrédulo: "Formação superior de quê?". E, continuando, afirmaria: "Se algum monge ou zelador da Irmandade deseja uma formação sólida e possuir algum conhecimento superior, só existe uma maneira de fazê-lo, isto é, vivendo os Ensinamentos simples e naturais, ter o necessário para viver, não acumular nada e utilizar o que tem. A Realidade não está nos livros, mas na prática do Caminho. A vida é o melhor livro para quem se dispõe a ler". 

Nossa Escola no Brasil comemora o Ano Novo em 07 de Abril, e no dia 08 de Abril, o Dia da Iluminação pela "Luz do Lótus Dourado". 

Não é comum se homenagear aos vivos, mas se preciso fôr, homenageamos um antepassado indicado por aquele a quem queremos destacar.

Quando o monge recebe sua ordenação, ganha um nome, que na maioria das vezes pertenceu a um Mestre, e como nome de família, costuma-se dar o nome da montanha sagrada Wu Tai-Shan. A partir do novo nome, ele renasce (desperta) e aí começa um novo caminho. Perde a família, mas passa a considerar a todos seus irmãos, isto é, a todos como pertencentes à Grande Família. Ele deve, contudo, dar atenção carinhosa para os membros da família Wu Tai-Shan, formada pela Irmandade das Nove Rosas Amarelas e Lótus Dourado. 

Muitos me perguntam como se faz para ingressar no Budismo. Costumo responder que todos nascem com um programa e um dia acordamos para o nosso Caminho, isto é, nossa religião. Neste dia ocorre o verdadeiro nascimento ou o desabrochar do Lótus interior. 

Como exercício de tolerância, siga o seguinte exemplo: quando alguém lhe pisar o pé, peça desculpas, pois além de deixar o pé no caminho, sujou a sola do sapato do irmão que lhe pisou.

Na atualidade, a nossa Escola, embora constituída por duas origens e várias correntes, utiliza em maior parte os Preceitos do Budismo Chinês Wu Tai-Shan. Assim sendo, afirmamos ser a nossa Escola pertencente ao Budismo Chinês Wu Tai-Shan, porém, os Preceitos do Templo Kyôtô-Syûdôin continuam presentes nos rituais.

A palavra sagrada "Nenbutsu" vem do templo de Kyôtô, e o mantra "Tai-Shan-Shi-Kan-Tang" é oriundo do Templo de Shanghai Fa Tuang-Tsu. 

Para o praticante leigo basta a prática devocional dos mantras, mas para os membros da Irmandade, a Escola é esotérica com seus aspectos iniciáticos, filosóficos e simbólicos. 

O CAMINHO A SER SEGUIDO

INSTRUÇÃO 1ª 
TEMPO /3

APÓS A BUSCA
 AOS QUE DESPERTARAM
O Caminho Wu Tai-Shan só poderá ser percorrido por aqueles que realmente são da Montanha Sagrada, ou os que forem aceitos pelos Guardiães da Montanha. 

Quem fôr aceito na Montanha será um "Gavião Dourado" e uma divindade zelará por ele. Esta divindade possui um arco e três setas de ouro; ela é um "guardião do pôr do Sol" e só ela poderá atingir um Gavião Dourado, paralizando-o, assim mesmo por pouco tempo. O Gavião Dourado também tem um guardião solar, que procurará desviar a flecha; é o equilíbrio da ação e reação (analogia dos contrários). 

O Gavião Dourado pousa só nas altas montanhas, logo, para atingi-lo, o caçador terá de chegar  ao cume, ser paciente e seguir as instruções dadas pelo guardião solar. 

É uma honraria possuir três flechas de ouro a seu favor, mas para ter êxito, torna-se necessário agradar aos Nove Guardiães das Montanhas, a fim de que os mesmos facilitem sua aproximação do ponto ideal para ver a chegada do Gavião Dourado. Conseguir aproximar-se do ponto ideal não significa que a seta dourada atingirá o alvo. Se a flecha acertar o Gavião, o mesmo ficará paralisado por pouco tempo. Será um tempo momentâneo, mas o necessário para que parte do Espírito Divino existente no Gavião seja transmutado para o caçador escolhido. Esta é uma oportunidade rara.

A história mostra sutilmente que um Gavião Dourado deve estar sempre atento espiritualmente e em harmonia com as Leis do universo, para não ser pego de surpresa. Agradar sempre aos guardiães para que eles não permitam a alguém chegar ao cume da montanha, a não ser que esse alguém seja a pessoa indicada para formar o seu par. 
O Venerável ancião Tong-hua sempre contava histórias, e nas mesmas estavam contidas de forma velada os conhecimentos dos monges wushih. "O Caminho a Ser Seguido" foi uma das últimas contada por ele. 
 

AOS BUSCADORES

INSTRUÇÃO 1ª 
TEMPO /3

O Wu Tai-Shan ensina que cada um siga o caminho eleito e defenda suas leis, preceitos e dogmas como se fosse o único meio de evolução e salvação espiritual. É como se os outros caminhos não existissem; somente aquele que o caminhante palmilha. 

Na Sabedoria Wu Tai-Shan, o caminho dos outros é o melhor para os outros, mas para ele (Tze Tai-Shan), o melhor caminho é o da Montanha, é o que ensina a Sabedoria Wu Tai-Shan. Assim sendo, estão certos os Budistas que acreditam num Budismo cuja origem foi na Índia, mas os Wu Tai-Shan estão certos ao negarem esta origem e acreditarem num Budismo tão velho quanto o universo e num Budismo presente em todas as Leis existentes no Universo e na Terra, regendo a Natureza. 

Quanto aos Sutras, os seguidores do Budismo Wu Tai-Shan respeitam os que recitam os mesmos, pois assim eles estarão agindo corretamente. Os Budistas Wu Tai-Shan repudiam os Sutras, praticam, em vez disso, os Preceitos. 


O NENBUTSU - O CAMINHO PARA AMITABA 

Certa vez um monge noviço perdeu-se no emaranhado de uma selva. Ele procurava um caminho que o levasse ao cume de uma grande montanha sagrada. Essa montanha era cercada por um pântano, e muitas trilhas eram verdadeiras armadilhas fatais.
O monge noviço, desanimado e cansado, pois carregava uma mochila pesada, parou para descansar. Quando já começava a se lamentar de ter perdido a viagem, ele se lembrou de que ao partir do mosteiro o seu venerável Mestre havia dito que tudo e todos estavam contidos, e ao mesmo tempo continham, a Imensurável Energia Cósmica. O Venerável ancião Chung-Li contou-lhe também que esta Energia, de tempos em tempos, vem em maior intensidade num Mestre que tornar-se-á um Iluminado, isto é, um Buda. Houve um que se chamou Amitaba, preocupado com a salvação de todos, afligiu-se com os analfabetos: - Ora! Como poderiam eles se salvarem se não sabiam ler? Como? Pois naquele tempo, para alcançar a Terra Pura, era preciso conhecer as Escrituras. Então o Mestre Amitaba foi Iluminado, e por seu grande amor pela humanidade, todo o seu ser impregnou-se da Energia de Nyorai, da Energia oriunda de Ju-Lai, o Supremo Administrador do Universo. E lhe foi dado um país, que fica a "oeste" do universo (lá todos são iguais). 
O Venerável Mestre Amitaba passou a ser Amida Nyorai, ou o Buda Amitaba, e a Grande Energia (Ju-Lai) criou um caminho que levaria todos aqueles que quisessem renascer no "País de Amitaba". Para isso, é necessário que recitassem: "Nenbutsu / Namu Amida Butsu / Namu Amitayus / Namu Amitaba". E quem tivesse fé, bastaria falar a palavra "Nenbutsu" e todas as portas se abririam. 
Então, o monge noviço pensou: "por que não tentar?". E foi logo gritando com tanta fé, que as árvores tremeram. Um raio luminoso se fez presente, e no caminho surgiu um eremita bem velho, apoiado num cajado, sustentando numa mão uma lanterna, e com um manto sobre os ombros. 
O monge olhava o recém-chegado com espanto, admirando seus cabelos prateados, a paz estampada no rosto e o olhar meigo; dava a impressão que o ancião era um sábio divino. A poucos passos do monge ele parou, sorriu e perguntou: 

  • Por que você me chamou? 
  • Eu não o chamei - disse o monge. 
  • Ora, meu jovem monge, você não sabe que quando o noviço está pronto e com  fervor canta o nome sagrado, um Mestre aparece para guiá-lo até o cume da montanha Wu Tai-Shan? 
  • Mas senhor - replicou o monge -, eu só quero subir esta montanha.
  • Você não sabe!...mas esta montanha é o caminho para o Imensurável Ju-Lai.
  • Venerável senhor, posso saber o seu nome? 
O ancião respondeu-lhe:
  • Tenho tantos nomes, mas sou um só. Em cada país por onde andei ganhei um nome, deram-me roupas novas e uma nova casa, mas o nome mais simples, mais fácil de guardar é o "Nenbutsu", que você chamou.
Então o monge curvou-se diante de tanta sabedoria. Continuando, o sábio disse: 
  • Todos os caminhos são parecidos, mas nem todos levam ao cume.
  • Senhor, então como chegarei até lá em cima, o mais rápido possível? Pois as noites aqui em baixo são verdadeiras trevas, enquanto lá em cima há sol e luar. De lá de cima vê-se tudo ao mesmo tempo, e com um só olhar descortina-se o horizonte, realmente, como ele é e não como se pensa, quando estamos aqui em baixo. 
O ancião sorriu, balançou a cabeça levemente e disse: 
  • Meu filho, se queres chegar lá em cima, tem que ser devagar. Os apressados terminam atolados nos pântanos ou caídos nos abismos. E outros, após terem chegado rápido quase no cume, voltam correndo com medo das belezas de lá de cima, ou porque ainda estão acostumados com as planícies, e como subiram correndo, não houve tempo para se adaptarem aos ares do alto. 
  • Diga-me, senhor ancião, como é que estás aqui embaixo e conheces tanto lá de cima? 
  • Meu jovem monge, você já ouviu falar por certo que os bodhisattvas quando chegam quase ao cume e vêem tantas paisagens bonitas e conhecem tão bem como se chega lá em cima, resolvem descer para ensinar aos que desejam subir, como eles.
Já era noite quando terminaram de conversar e, iniciando a caminhada, falou o ancião: 
  • Vamos começar no escuro, para que possas aprender a caminhar para a frente e para cima, tanto no claro como no escuro. 
E lá se foram eles caminhando estrada afora, o monge noviço e o velho eremita "Nenbutsu". O noviço, confiando no novo amigo, estendeu as mãos na direção do ancião, que as envolveu com as suas e segurou-as fortemente, evitando assim quedas que poderiam acontecer ao jovem, pois o noviço tropeçava, devido à falta de conhecimento e tato para caminhar. Assim passaram-se os dias e semanas, e quando estavam quase chegando ao cume, o monge dirige um pedido ao sábio: 
  • Mestre, deixa-me descer e procurar algum irmão perdido e assim transmitir os conhecimentos aprendidos. 
  • Vai, meu filho, toma este cajado e ensina aos outros o que aprendestes, e um dia traga até a mim os novos irmãos, e partiremos juntos para o cume. E de lá iremos para o País de Amitaba. Assim, os fracos serão auxiliados pelos fortes. 
E assim, algum tempo depois, no mesmo lugar onde eles tinham começado, o monge encontrou alguns iniciantes. Todos ouviram com interesse o que contava o monge já experiente, sobre os lugares onde tinha andado junto com o Mestre. E juntos começaram a subida da montanha, à procura do "ancião Nenbutsu". 
O antigo iniciante, que agora era um monge instrutor, segurou o cajado e, cobrindo-se com o manto do ancião, acendeu a lanterna e assim caminharam longos dias e noites. Alguns desistiram e voltaram, outros resolveram parar para dormir, e alguns, descontentes, queriam uma estrada mais bonita. Alguns começaram a discordar dos conselhos daquele que foi noviço e agora era monge instrutor, esquecendo-se que foi ele quem desceu para ensinar como ir até a casa do ancião. Ele, que voltou antes de atravessar o portão do caminho que leva até o País de Amitaba, para ajudar aos outros pelo fato de amar os seus irmãos. 
Então cada iniciante resolveu seguir seu caminho, pois julgavam-se Mestres, mas antes que eles partissem, ouviram o conselho de um verdadeiro Sendatsu (Mestre): 
  • Meus irmãos, o caminho de Amitaba leva direto ao cume, e de lá ao "oeste do universo", onde fica seu País. E, quando começarem a subir, digam sempre "Nenbutsu", e vocês não sentirão fome, ou sede, nem precisarão dormir. O Venerável Amitaba por certo proverá as suas necessidades. 
Assim termina a história de um monge, subindo a montanha da vida espiritual, lutando para chegar ao país de Amitaba e conseguindo-o através da fé no mantra "Nenbutsu". 
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MEDICINA BUDISTA CHINESA WU TAI-SHAN
ESCOLA DJINGLUO (TÉCNICAS TCHICONG)

O Budismo Wu Tai-Shan buscar harmonizar o corpo e a mente com o espírito, levando o praticante a se harmonizar com a Natureza e o Universo. 

O CORPO - A MENTE - E O ESPÍRITO, OU SEJA, O HOMEM , A TERRA E O CÉU.

AS CAUSAS DO DESEQUILÍBRIO
1. Perturbações na distribuição dos 4 elementos; 
2. Comidas e bebidas imoderadas
3. Método errado de meditação
4. Desejos torcidos ou reprimidos
5. Influência de maus espíritos
6. Possessão pelos demônios

O EQUILÍBRIO SE  CONSEGUE COM:
(A)    - Controle físico e mental (*)
(B)    - Alimentação saturada de substância vitais (**)
(AB) - Ervas (Vegetais) 

(A) - Respirar corretamente / Exercícios e ginástica (*) / Concentração Mental / O Lótus Dourado (Força Mental) 

(B) - Alimentação Correta / Fórmulas equilibradas para preservar a positividade ou positivar as enzimas (**) / Alimentos Biorgânicos / Alimentos comprovados como portadores de substâncias vitais (espírito / matéria) (***) / Alimentos processados corretamente

(***) - Espírito = energia espiritual contida no alimento
         - Matéria =  enzimas positivas ou positivadas. 

HISTÓRICO E TÉCNICAS TAI-SHAN 

PEN TSAO KANG MÚ ( TRATADO ) : 
TÉCNICAS KANG MU  - USO DAS ERVAS MEDICINAIS, VENENOS E ANTÍDOTOS

Antídotos: 
1. Anil (Indigofera anil) - usada como corante azul / antídoto do mercúrio e do arsênico.
2. Bardana (Lappa officinalis / L. major/ L. tormentoso/ Arctium/ Bardana/ A. Lappa) - antídoto do mercúrio
3. Limoeiro  (Citrus limonum)
4. Losna (Artemisia absinthium) - intoxicação 
5. Canela-sassafrás (Sassafras officinalis / Lavrus sassafrus)
6. Urucu (Bixa orellana) - intoxicação / antídoto do ácido prússico / envenenamento pela mandioca
7. Maquiné (Zamia bragniartii) - intoxicação em geral
8. Fedegoso (Cassia occidentalis / Cássia médica) - envenenamento

Venenos (maior número de acidentes): 
1. Espirradeira (Nerium oleander)
2. Mandioca
3. Trombeteira (Datura alba)
4. Comigo-Ninguém-Pode
5. Arrebenta-cavalo (Isotoma longiflora)

TÉCNICAS  YANG CHEN-SHE - PLANTAS QUE NUTREM O ESPÍRITO - (USO DAS PLANTAS PARA AJUDAR O ESPÍRITO)

Estas plantas, que nutrem o espírito, algumas precisam ser ingeridas, outras usadas como banhos. Outro grande grupo pode ser usado como perfumes ou como fumaça. Também podem ser usadas apenas colocando-as nos ambientes ou passando-as nos lugares necessários (corpo e ambiente).
VEGETAIS:  Bambu varrer a casa e as portas
Mangueira banho / folhas dentro de casa
Alho  (palha) / fumaça
Mamona roxa (pinhão roxo) nas portas e portões
Bananeira folhas no preparo dos alimentos / folhas para o corpo deitar
Guiné  banho e folhas na casa
Erva de passarinho dos pinheiros  banho
Galhos das pontas dos pinheiros odor ao queimar
Pinhão na casa sobre a mesa
Arruda banhos / ou esfregar no corpo / colocar na casa
Galhos de funcho passar pelo corpo
Hera da mangueira chá
Alfazema fumaça
Alecrim fumaça
Arroz cru no altar ou junto às imagens

TÉCNICAS TSAO-CHUNG - USO DOS ALIMENTOS ESPIRITUAIS - PREPARO CORRETO DOS ALIMENTOS

O preparo correto dos alimentos começa nas plantações, com a escolha dos vegetais, de acordo com a hora e a utilização. 
Um alimento para consumo diário é colhido e preparado de um modo e o mesmo alimento, quando se destina ao uso espiritual, será processado de outra maneira. 
Há alimentos positivos ou altamente positivos; alguns necessitam de positivação. Outros alimentos são possuidores de energia vital e alguns são saturados de energia vital. 
Os alimentos devem ser olhados como importantes e como se estivessem vivos. Alguns são antagônicos e não devem estar na mesma panela, ou ingeridos na mesma refeição. 
O grande problema da cozinha está no cozinheiro, ou quem estiver  manipulando os alimentos, pois, o manipulador transmitirá para os alimentos sua energia pessoal. Assim, se o manipulador estiver em desequilíbrio, azedo ou amargurado, o alimento absorverá a energia impura através das suas mãos e da sua mente, tornando os pratos numa refeição imprestável. Os alimentos assim ingeridos tornam-se às vezes indigestos. Algumas vezes as refeições se tornam verdadeiros martírios, tristes e desagradáveis. 
Pelo acima exposto, a cozinha é um lugar em que devemos dedicar um carinho muito especial, não permitindo qualquer um tocar nos alimentos.
Quando recebemos alimentos e não conhecemos a sua origem, nós recitamos alguns mantras e assim anulamos as vibrações espirituais. Quando for possível, ainda devemos passá-los na água e pelo fogo. 
Não devemos nos descuidar da parte material dos alimentos, isto é, a purificação, a positivação das enzimas e a composição harmônica dos mesmos dentro das refeições. 
Na escolha dos vegetais a preferência será sempre pelos biorgânicos, possuidores de boa aparência e que ainda mantenham as suas cores originais, cheiros e consistências. 
Existem produtos excluídos da nossa alimentação e os mesmos serão comentados à parte. 
A positivação pode ser provocada por cozimento, escaldamento, descascamento, retirada de sementes, retirada do miolo ou fermentação. Também podemos considerar o fato de ingerir o alimento cru, como manutenção da positivação dos alimentos que são passíveis de tais ações. 
É preciso uma conscientização para não desperdiçar os alimentos e uma grande perda ocorre quando se joga fora cascas. Folhas e água usada para escaldar as verduras e legumes, salvo a água e as partes dos vegetais que desconfiamos estarem contaminadas. 
Torna-se necessário a simplificação da manipulação. A sofisticação termina por prejudicar a qualidade dos alimentos manipulados. Não devemos esquecer a higiene pessoal no trato com os alimentos, assim como dos próprios alimentos e utensílios.
Devem ser excluídos os utensílios de alumínio da cocção dos alimentos, pois os mesmos, quando aquecidos e em contato com os sais, gorduras e açucares, transformam o alumínio em óxido de alumínio. O alimento assim ingerido irá introduzir uma substância venenosa, e a mesma não será eliminada, mas será sedimentada e, com o acréscimo diário, o nível poderá elevar-se, tornando-se lesivo, vindo a acarretar o desequilíbrio orgânico. Os utensílios devem ser de pedra, barro, ferro ou aço inox. 

OS ALIMENTOS POSITIVADOS
O leite era chamado de sangue branco na China, tal o conhecimento avançado sobre os alimentos em épocas remotas. Também sabiam que a ingestão do leite cru não era saudável. O leite deve ser fervido por um espaço de 30 minutos, e só então está pronto para uso. Este processo chamamos de "positivação", mas se usarmos o leite em forma de coalhada (acidificado), então, será classificado como leite altamente positivo, pois o mesmo será mais facilmente digerível, e os lactobacilos existentes na coalhada irão refazer a flora e fauna intestinais. 
O soja é um dos alimentos básicos, mas possui enzimas tóxicas, como a sojina, tornando-se necessário a positivação do mesmo. O uso seguro do soja exige dupla positivação. A primeira positivação se faz com a fermentação dos grãos durante uma ou duas semanas, trocando a água fermentada diariamente no clima frio, e duas vezes por dia no clima quente. Durante a fermentação ocorre o desprendimento da película envolvente do grão e a mesma deve ser retirada, pois além do teor de celulose indigerível, também é tóxica. É nela que os pesticidas ficam retidos, quando pulverizados na lavoura. 
Após a fermentação, o soja passa pela segunda positivação, e isto ocorre quando o aquecemos a alta temperatura. Ao ferver ou fritar, destruímos as toxinas que restaram da fermentação, principalmente a sojina. 
A cenoura deve ser lavada e sua positivação ocorre quando cortamos as extremidades. Partimos a mesma ao meio, em sentido longitudinal, e o miolo deve ser retirado, pois não é comestível e a sua casca deve ser mantida. Após o que foi descrito, coloca-se a cenoura na água fervendo e a retiramos imediatamente. 
O aipim ou mandioca é outro alimento que necessita de positivação e, neste caso, ingerir o aipim sem processar a positivação, isto é, cozinhá-lo ou aquecê-lo em alta temperatura por uns 30 minutos, no mínimo, pode acarretar a morte. 
O responsável pelos envenenamentos é o ácido cianídrico, também conhecido como ácido prússico, empregado na famosa câmara de gás do estado da Califórnia. O ácido não preexiste na planta. O que a mandioca possui é um glicosídeo denominado "lino-marina" ou maniho toxina, que se hidrolisa sob a ação de sucos gástricos, dando origem à acetona, à glucose e ao ácido cianídrico, o qual, por sua vez, determina a não liberação para os tecidos do oxigênio preso à hemoglobina. 
Há casos em que a casca grossa de uma variedade mansa apresenta maior quantidade de ácido que a polpa uma brava, mais ou menos sete vezes mais. 
Calcula-se que, de modo geral, 1 mg de ácido cianídrico por quilo de peso vivo é dose letal. Uma criança, com 10 Kg de peso, se comer 100 g de polpa de uma variedade que encerre 10 mg de veneno, correrá risco de vida.
Na realidade o cozimento da polpa não elimina totalmente o veneno, apenas atenua o mesmo. Da mesma forma não inibe ou impede a posterior hidrólise do glicosídeo dentro do organismo, liberando o ácido cianídrico. Assim sendo, torna-se imprescindível o uso comprovado das variedades com baixo teor de "lino-marina", isto é, as mansas. 

ALIMENTOS CONSIDERADOS NOCIVOS
A carne bovina / ave / suína, por possuir toxinas. 
O tomate, por possuir ácido que destrói a flora e a fauna intestinais, principalmente das crianças. O tomate também é rico em oxalato de cálcio, responsável pela formação de cálculos, calcificações dos tendões e formação de bursite. 
O café e o chá preto (chá da Índia) possuem alcalóides e a cafeína, existente no café que, quando requentado, transforma-se em caftol, substância letal. 
A alface é considerada nociva, pois, através dela, pode ser introduzida no organismo a ameba Escherichia coli, além de possuir alto teor de celulose. A alface, quanto mais velha, possui nos talos uma substância leitosa, o lactucarium, e um princípio ativo, a lactucina, que tem gosto amargo, é sedativa e hipnótica. 
O açúcar (sacarose), é considerado nocivo, pois, para ser digerido, necessita retirar o cálcio existente no organismo, causando descalcificação, além do envelhecimento precoce. Atualmente o açúcar vem contaminado pelo mercúrio depositado na cana pelas pulverizações preventivas. 
A margarina é nociva por ser 95% artificial. Apenas 5% de gordura vegetal é natural. Em sua composição entra corante amarelo retirado da hulha altamente venenoso, soda cáustica, estabilizador e homogenizador químico, ácido clorídrico e outros. Comprovadamente estimulador de cálculos renais, biliares e calcificações. 

ALIMENTOS ESPIRITUAIS
Arroz doce, coalhada com mel, mel e suco de certas plantas usadas em ocasiões especiais. 

ALIMENTOS POSITIVOS
Feijão azuki Bardana  Peixe  Rã  Arroz vermelho
Aveia Banana  Trigo  Cará  Rabanete 
Brócolis Espinafre  Ovo 

ALIMENTOS ALTAMENTE POSITIVOS
Mel  Salsão  Milho verde cru  Inhame
Abóbora madura crua  Alho  Mamão Cenoura crua 
Feijão guandu Nabo  Aipo salsão

CHEN-NOUG KING ( TRATADO ) - SÉCULO I d.C. : 

TÉCNICAS NOUG KING - ANIMAIS (VERTEBRADOS E INVERTEBRADOS) NA ALIMENTAÇÃO

O objetivo do sistema alimentar Wu Tai-Shan é manter o equilíbrio do corpo e do espírito, através de alimentos portadores de substâncias vitais. 

  • Um dos animais, possuidor de uma grande fama como saturado de enzimas positivas e energia espiritual é o invertebrado conhecido como tenébrio. O tenébrio pode ser usado cru ou torrado com farinha. 
  • Os caramujos são usados como alimentos, sendo que algumas vezes como medicamento. 
  • As rãs são comidas de diversas maneiras e consideradas como prato forte. 
  • Nas montanhas, os bovinos e eqüinos não eram usados como alimento, mas como força de trabalho. Os animais marinhos não eram usados por estarem as montanhas afastadas do litoral. 
  • Os peixes dos rios e lagos eram usados como alimentos positivos, porém, na realidade, a maior aceitação como alimentos altamente positivos são os tenébrios e os caramujos. 
  • As rainhas dos formigueiros também faziam parte dos cardápios, mas no Brasil come-se as rainhas das saúvas, ou seja, as tanajuras.

PEN TSAO CHE-I ( TRATADO ) : CHEN-CHANG-KI (Fins da Dinastia Han) -  Formulou as primeiras idéias vegetarianas e organizou o primeiro sistema de multivitaminismo através de vegetais. 

TÉCNICAS CHEN-CHANG-KI - IDÉIAS VEGETARIANAS - MULTIVITAMINISMO ATRAVÉS DOS VEGETAIS

O multivitaminismo, já na dinastia Han, era usado e, para um bom resultado, Chen-Chang-Ki estipulou fórmulas e composições dietéticas.
O sistema Chen-I ensinava que em cada refeição se devia usar um elemento ou componente de cada cor, e assim assegurar uma boa composição vitamínica e multivitamínica. Além das cores, era importante dividir a composição dos cardápios em três partes. Uma parte compunha-se de folhas, a segunda de frutos e a terceira de raízes e tubérculos. 
Chen-Chang-Ki foi o primeiro entre os sábios a contrariar a "Lei dos Cincos Grãos", pois acreditava-se que o uso dos mesmos deixava quem os comia sem inteligente. 
Outra idéia combatida era sobre o arroz vermelho. Dizia-se que era indigesto, ou a cor vermelha continha veneno e, por ser muito forte, ao digeri-lo o organismo gastava muita energia, consequentemente debilitava o organismo até descalcificar os ossos. Mas nunca se soube existir doentes graves na China, e também nunca houve menção nas crônicas médicas a respeito de descalcificados. Então, qual era o segredo desvendado por Chen-Chang-Ki para o uso correto do arroz? O sábio descobriu que o arroz vermelho seria digerido facilmente se o mesmo fosse comido em primeiro lugar, recebendo maior parte do suco gástrico. 
A idéia do arroz vermelho como maléfico foi destruída e o arroz vermelho ocupa até hoje lugar de destaque. Mas essa idéia viajou até o Brasil através de alguns instrutores mal informados sobre o uso do arroz, pois para compreender sobre o arroz é necessário ser chinês ou ter os conhecimentos chineses. 
Sobre o soja, cujo uso no Brasil é tão controvertido, também teve informações indevidamente difundidas, visando confundir os usuários, fazendo-os rejeitarem uma das melhores fontes protéicas. O soja precisa apenas ser positivado.

YI WU CHI ( TRATADO ) : AUTOR: Fang Tsien-Li (Fins da Dinastia Tang).
TÉCNICAS TSIEN-LI - EXERCÍCIOS PARA O CORPO E O ESPÍRITO

Os exercícios para o corpo e o espírito visam o equilíbrio de ambos, e assim, como na alimentação, procuram a absorção de energia vital através da mente e do espírito, além de manter a energia vital absorvida através dos alimentos. 
Os exercícios colocam o corpo em posicionamentos que facilitam o fluxo energético universal, fluindo para o corpo e saturando a corrente sangüínea e a corrente linfática. Assim, as duas alimentam o corpo. 
  1. Lavar as vias respiratórias superiores / água e sal - injetar alternadamente pelas narinas;
  2. Fole do ferreiro / respiração intermitente com inspiração rápida e retenção
  3. Vôo para cima / expiração - retenção em expiração / vácuo torácico e contração do abdômen para cima, isto é, para dentro do tórax. Relaxar o músculo abdominal e novamente contrair o abdômen para dentro do tórax. Fazer várias contrações até não ser possível agüentar mais. Então, relaxar e descansar. Voltar e começar tudo de novo. 
  4. Arco /sentar-se sobre os calcanhares - colocar as mãos para trás, apoiando os polegares nos calcanhares e projetando o púbis para cima, o abdômen para frente e a cabeça para trás. Voltar à posição inicial. Repetir várias vezes. O arco é um movimento articulado. 
  5. A Estrela / ficar de pé olhando em direção do nascer do sol - girar da esquerda para a direita até estar de frente para o pôr do sol. Afastar os pés, abrir os braços, armando assim uma estrela, respirar profunda e lentamente enquanto puder manter a postura. Imaginar uma luz dourada partindo do pôr do sol e atingindo o praticante. 
  6. O Fazedor de fogo / esfregar as mãos, atritando-as até esquentar as palmas. Esticar os braços e dobrar as mãos para trás, ficando os dedos para cima (várias vezes). Imaginar a energia fluindo pelas palmas e, quando necessário, indo atingir o objetivo, isto é, colocando as mãos na cabeça, caso seja dor de cabeça, ou sobre outra região afetada. Caso deseje concentrar a energia sobre um ponto determinado, usar o polegar e o indicador. 
  7. O Lótus de Nove Pétalas - fixar o olhar sobre um desenho do Lótus Dourado, ou, na falta deste, um ponto preto pintado numa cartolina branca. Fixar o olhar para dentro do Lótus ou ponto preto, sem pestanejar, pelo tempo que conseguir ficar com as pálpebras paradas. Procurar levar os pensamentos para dentro do lótus, sempre que começar a divagar com a mente. Quando não agüentar mais ficar sem pestanejar, fechar os olhos e imaginar estar enxergando (o lótus ou o ponto) através de uma janela na testa. 
  8. A Arte de Ouvir / Ouvir consciente - sentar confortavelmente (na cadeira / em lótus/ sobre os calcanhares - postura do diamante). Fechar os olhos ou vendá-los, relaxar todos os músculos, porém mantendo o tronco ereto. Procurar não ver, procurar ouvir. Depois passar a identificar cada som até conhecê-los bem, então procurar descobrir a direção de cada som. 
  9. Água Parada (postura do cadáver) - deitar em decúbito dorsal, apoiar os calcanhares, a cabeça e os cotovelos. Em seguida, erguer o corpo arqueando o abdômen para cima. Quando começar a arquear, inspirar e reter o ar nos pulmões com o corpo arqueado. Soltar o ar à medida que o corpo relaxa rapidamente, ficando inerte como água parada. Permanecer inerte até dormir. 

TÉCNICAS LIN-CHI - A ARTE DE RESPIRAR BEM

Lin-chi / Transmutar a respiração (transformar o ar em energia vital no corpo). Extrair da atmosfera a substância cósmica, isto é, a energia vital, usando a mente. Esta técnica já era ensinada pelo sábio "Liu-an" no ano 122 a . C. , embora o "Lin-chi" seja anterior a esta época. 
Chuang-tsé afirmava que "o homem sábio respirava desde os calcanhares e o homem vulgar só pela garganta". A técnica ensinava a inspirar generosamente e a exalar ou expirar com mesquinhez. Ao expirar, o ar deve sair suavemente e se uma pluma estiver próxima do nariz, a mesma não deverá vibrar com o ar expirado. 
O Lin-chi (Tattwa, Prana ou Ki) deve ser praticado continuamente até tornar-se automática a sua prática. O Lin-chi flui através dos canais ou meridianos existentes no universo, na terra, em cada ser, em cada vegetal e em cada mineral. 
O equilíbrio do homem sobre a terra e em relação ao universo só é possível através do conhecimento profundo do Lin-chi, que flui em cada hora, em cada momento, através dos canais ou meridianos do universo. Assim, basta ajustar os canais ou meridianos como os canais do corpo. Conhecendo o Lin-chi, que rege a hora e o momento, faremos um ajuste com o nosso, evitando as enfermidades e ajudando a manter a saúde. 
A energia vital flui através do ar e através dos meridianos. Esta ação chama-se Lin-chi e existem vários métodos e técnicas para regular esta ação. 
O Lin-chi ocorre a cada duas horas, e a energia flui através das narinas, ora pela esquerda, ora pela direita. Isto é, durante quase duas horas, uma das narinas está aberta, funcionando, e a outra fechada. Faltando 12 (doze) minutos para completar as duas horas ou 120 minutos, começa o processo de neutralização e lentamente a outra narina vai se abrindo e, ao completar as duas horas, as duas estarão opostas: 3 minutos abre-se a narina e durante 9 minutos as duas estarão abertas. Os nove minutos são considerados neutros. 
Às vezes acontece uma mudança no Lin-chi pessoal e a narina aberta não corresponde com o Lin-chi universal. Esta mudança ocasionará um desequilíbrio orgânico, cabendo ao iniciado trocar a abertura da narina pela narina correta.
Para provocar a mudança, basta comprimir o lado do tórax entre o ombro e o cotovelo. Para melhor desempenho, coloque uma pequena almofada entre o braço e o tórax, fazendo a compressão até comprovar a mudança. Encostar um espelho diante das narinas ajudará a constatar qual das narinas está operando, pela mancha deixada no espelho. 
Dividimos os 108 minutos do Lin-chi pelas Quatro Divindades, e teremos 27 minutos para cada uma. Resta saber como coincidir o Lin-chi universal com o individual. 
Cada indivíduo está relacionado com uma das quatro divisões, sendo preciso identificar qual elemento é compatível, chegando-se assim a um dos quatro elementos do Lin-chi (sendo ímpar, feminino; par, masculino). As quatro divisões são compostas de dois masculinos e dois femininos.
Cada divisão de um Lin-chi corresponde a um elemento, e cada Lin-chi é regido por um dos quatro, a partir das 03:00 hs da madrugada. O primeiro Lin-chi de 3 às 5 hs (Kwang-Yin), das 5 às 7 hs (Macáu), das 7 às 9 hs (Kwannon), e das  9 às 11 hs (Fudô-San). 
Quando se dorme de lado, a respiração se fará pelo lado da narina contrária ao lado que se está dormindo. Recomenda-se deitar-se, em primeiro, pelo lado esquerdo, em segundo, de decúbito dorsal (barriga para cima), e em terceiro, do lado direito. Assim, deitando-se do lado esquerdo, o alimento que ainda estiver no estômago será totalmente digerido antes de passar para os intestinos. Isto será assegurado pela respiração solar, isto é, pela narina direita. Assim, o sono se processará tranqüilo, recuperando-se a energia vital. 
Para ajustar o Lin-chi pessoal com o elemento horário, é preciso saber qual a sua divindade regente e fazer o ajuste a partir deste momento. 
1º) Kali  (03 às 05 hs)  108 minutos
2º) Seishi  (05 às 07 hs)  108 minutos
3º) Kwannon (07 às 09 hs)  108 minutos
4º) Fudô-San  (09 às 11 hs)  108 minutos
12 minutos de intervalo
5º) Kali  (11 às 13 hs)  108 minutos
6º) Seishi  (13 às 15 hs)  108 minutos
7º) Kwannon (15 às 17 hs)  108 minutos
8º) Fudô-San  (17 às 19 hs)  108 minutos
9º) Kali  (03 às 05 hs)  108 minutos
10º) Seishi  (05 às 07 hs)  108 minutos
11º) Kwannon (07 às 09 hs)  108 minutos
12º) Fudô-San  (09 às 11 hs)  108 minutos
Lin-chi / Kali  27' Kali
27' Seishi  108 minutos
27' Kwannon
  27' Fud-San
   
 
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ÉTICA TZE TAI-SHAN

1.  NÃO DAR INFORMAÇÕES ERRADAS.
2. NÃO MATAR.
3. NUNCA PEÇA DESCULPAS.
4. SEJA SEMPRE UNIFORME NAS ATENÇÕES DADAS AOS IRMÃOS. TODOS MERECEM A MESMA ATENÇÃO.
5. TENHA PARA TODOS A MESMA COMPAIXÃO.
6. NÃO PEÇA OU ESPERE RECOMPENSA PELOS SERVIÇOS RELIGIOSOS PRESTADOS.
7. OS SEUS SEMELHANTES TERÃO SEMPRE RAZÃO; AS OUTRAS RELIGIÕES E AS OUTRAS ESCOLAS BUDISTAS SERÃO SEMPRE MELHORES DO QUE A NOSSA.
8. NÃO DEIXE SEU IRMÃO WU TAI-SHAN CAÍDO NA ESTRADA.
9. MANTENHA SEUS LÁBIOS FECHADOS PARA OS PROFANOS. 

É UM DEVER DE UM TZE TAI-SHAN CUMPRIR RIGOROSAMENTE O CÓDIGO DE ÉTICA.