Os MONTEIROS

Morgados de Azurara

Segundo D. João de Castro

[ ] Anotado por
seu neto, João Paulo de Castro e Mello Trovisqueira
 
                                                

                         MONTEIROS


 1.- Ruy Monteiro foi um cavaleiro ilustre, natural da terra de       
Penaguião, no alto Douro, onde possuía muitas herdades e o padroado da 
igreja de Santa Ovaia de Andrufe. Foi contemporâneo de el-rei Dom Afonso       
Henriques e seu monteiro-mór, e por esta causa tomou e transmitiu       
aos seus descendentes o apelido de Monteiro. Casou com Dona Elvira,       
filha de Dom Gonçalo Moniz e de sua mulher Dona Maria Annes, de       
quem teve os filhos seguintes:

              1.- Egas Monteiro, que segue.
              2.- Dom Frei Fernão Rodrigues Monteiro, 4º Mestre da Ordem
                  dos Cavaleiros de Aviz, que faleceu em 1237, com
                  18 anos de mestrado.
              3.- Mumio Monteiro, que foi padroeiro da igreja
                  de Valadares
                  em Baião, padroado que lograram seus netos, durante o
                  reinado de Dom Afonso III.
              4.- Rui Monteiro (segundo Felgueiras Gayo)

 2.- Egas Monteiro, sucedeu na casa de seu pai e no padroado da igreja 
de Andrufe. Viveu também na terra de Penaguião, durante os reinados       
de Dom Sancho I e Dom Afonso II, tendo tomado parte nas guerras       
que houve em seu tempo. Casou com Dona ...., de quem teve o       
seguinte filho, que parece ter sido o único:

              1.- Payo Monteiro, que segue.

 3.- Payo Monteiro, sucedeu na casa e no padroado de seu pai. Viveu na
       freguesia de Santo Adrião de Sever, do mesmo concelho de
       Penaguião, e tinha também grandes fazendas na freguesia 
       de Fontes, que foram de Dona Maria Annes, sua bisavó, 
       o que consta das inquirições que mandou fazer el-rei Dom
       Afonso III, das honras do concelho de Penaguião. Casou com 
       Dona Tareja Annes, filha de João Soares Chico, filho de 
       Soeiro Forjaz, do couto de Leomil, e de sua mulher Dona  
       Tareja Gonçalves, filha de Gonçalo Gonçalves Bezerra. 
       Dona Tareja Annes era já viúva de Ruy Mendes da Fonseca,
       e dela descendem, por este primeiro casamento, os Fonsecas de
       Portugal, e os Coutinhos, senhores do Couto de Leomil. Teve Payo
       Monteiro de sua mulher os seguintes filhos:

              1.- Martim Pais Monteiro, que segue.
              2.- Gonçalo Pais Monteiro, abade de Samdim e cónego da Sé
                  de Lamego, de quem foi filho:

                      1.- João Monteiro, legitimado por el-rei
                          Dom Dinis.

 4.- Martim Pais Monteiro, sucedeu em toda a grande casa de seu pai.
       Viveu na sua quinta de Tabuadelo, na freguesia de Fontes. Casou
       com Dona Beringela Afonso, sua sobrinha, filha de seu meio-irmão
       Afonso Rodrigues Michom ou da Fonseca, e de sua mulher Dona
       Tareja Martins, de quem teve os filhos seguintes:

              1.- Nuno Martins Monteiro, que segue.
              2.- Afonso Martins Monteiro, s.n.

 5.- Nuno Martins Monteiro, sucedeu na casa de seus pais, e dele se acha
       memória em um prazo do Mosteiro de Tarouca. Viveu também em
       Penaguião durante os reinados dos reis Dom Afonso IV e Dom 
       Pedro I.
       Casou com ......, de quem teve os filhos seguintes:

              1.- Afonso Monteiro casado com Dona Brites Rebelo, c.g.
              2.- Gonçalo Nunes Monteiro, que segue.
              3.- Martim Nunes Monteiro, de quem procedem os Monteiros
                  da Beira.
              4.- Tomé Nunes Monteiro, progenitor dos Corrêas Montenegro.

 6.- Gonçalo Nunes Monteiro, viveu em Penaguião, onde herdou grandes
       fazendas de seu pai. Serviu os reis Dom Fernando e Dom João I,
       e este último, sendo Regedor do Reino, lhe fez doação dos bens de
       alguns fidalgos que andavam em Castela, e nela diz que lha fazia
       por ser parente de Gonçalo Vaz Coutinho, que era terceiro neto de
       sua bisavó Dona Tareja Annes, mulher de Payo Monteiro, nº 3 desta
       linha. Casou com ......., de quem teve os seguintes filhos:

              1.- Fernão Monteiro, fidalgo da casa de el-rei Dom Duarte,
                  casado com Dona Mécia Afonso, sobrinha do bispo Dom
                  Lopo, capelão-mór da raínha Dona Filipa, de quem
                  procedem, além de outros, os Condes da Ilha 
                  do Príncipe.
              2.- Gonçalo Gonçalves Monteiro, que segue.
              3.- João Gonçalves Monteiro, clérigo.

       [Todos os anteriores constam do Nobiliário de F. Gayo, tit. 
       "Monteiros". Quanto a Gonçalo, diz apenas que "viveu no Porto"]

 7.- Gonçalo Gonçalves Monteiro, sucedeu em parte da casa de seu pai.
       Casou no Porto, onde viveu, com Dona Mécia Ferraz, de quem teve
       os filhos seguintes:

              1.- Pedro Gonçalves Monteiro, casado com Dona 
                  Maria Pereira, senhora da quinta de Antemil, 
                  em Sanfins do Douro, filha de Martim Pereira, 
                  senhor da dita quinta -- com geração.
              2.- Martim Gonçalves Monteiro, que foi para Castela, onde
                  casou - com geração.
              3.- Fernão Gonçalves Monteiro, que segue.
              4.- Diogo Gonçalves Monteiro, abade de Louredo.
              5.- Egas Monteiro
              6.- Dona Teresa, freira em Santa Clara.

 8 .- Fernão Gonçalves Monteiro, herdou parte da casa de seus pais, e foi
       senhor da quinta de Barreiros da Maia, no arrabalde do Porto, por
       herança de seu tio Afonso Ferraz, irmão de sua mãe. Casou com
       Dona Isabel Carneiro, filha de Gomes Pais, cidadão do Porto, e de
       sua mulher Dona Branca Carneiro, de quem teve os seguintes 
       filhos:

              1.- Gonçalo Fernandes Monteiro, que segue.
              2.- Gil Monteiro, que casou por amores com Cecília Álvares
                  - com geração.
              3.- Dona Maria Monteiro, mulher de seu primo Afonso Annes
                  Ferraz - s.g.
              4.- Dona Branca, que foi abadessa no Convento de Arouca.

 9.- Gonçalo Fernandes Monteiro, sucedeu na casa de seu pai, e foi 
     senhor de muitas terras no concelho da Maia. casou com sua parente Dona
     Luísa Monteiro, que parece ser filha de um filho de Martim
     Gonçalves Monteiro, segundo filho de Gonçalo Gonçalves Monteiro,
     nº 7 desta linha. Teve os filhos seguintes:

              1.- Fernão Gonçalves Monteiro, que renunciou em seu irmão
                  Pedro os seus direitos de primogenitura e foi cónego
                  secular de S. João Evangelista, do Porto.
              2.- Pedro Gonçalves Monteiro, que segue.
              3.- Gonçalo Gonçalves Monteiro, que foi na armada de Dom
                  Francisco de Almeida para a Índia, e lá morreu.
              4.- Dona Isabel Gonçalves Monteiro, mulher de Belchior
                  Gonçalves, grande homem de mar, que foi um dos pilotos
                  da armada que, sob o comando de Pedro Álvares Cabral,
                  descobriu o Brasil, de quem teve:

                      1.- Salvador Gonçalves Monteiro casado com Dona
                          Clara Corrêa de Vasconcelos.

10.- Pedro Gonçalves Monteiro, senhor da toda a casa de seu pai, foi
       cidadão do Porto, a cuja governança pertenceu. Casou com Dona
       Escolástica Leite, filha de Vicente Tinoco e de Dona Catarina
       Leite, oriundos da Casa de Quebrantões. Teve os filhos seguintes:

              1.- Álvaro Monteiro ou Álvaro Pires Monteiro, que casou em
                  Lamego, onde tem larga descendência.
              2.- Vicente Monteiro, abade ou vigário de Azurara.
              3.- Gonçalo Pires Monteiro, que segue.
              4.- Pedro Gonçalves Monteiro, o novo, senhor da quinta de
                  Pindelo, junto a Azurara, pelo seu casamento com sua
                  sobrinha Dona Luísa Monteiro, filha legitimada de seu
                  irmão o abade Vicente Monteiro - c.g. extinta.
              5.- Dona Luísa, freira em Vairão.
              6.- Dona Catarina, idem.

11.- Gonçalo Pires Monteiro, herdou parte da casa de seu pai, e 
     casou com Dona Úrsula Fernandes Vieira, filha de 
     Francisco Fernandes  Vieira, senhor da grande quinta de
     Alvarelhos, na Maia, e de de sua mulher Dona Maria da 
     Paz. Teve os filhos seguintes:

              1.- Francisco Gonçalves Monteiro, que segue.

                  [outros dizem que este era filho de Catarina Gonçalves
                   Santeira, que morreu viúva em Azurara em 25.3.1588 
                   O Pai não está identificado (1). Nenhum destes irmãos de 
                   Francisco é referenciado em (1). São-lhe dados outros
                   quatro.
                   Será este fº de Catarina Santeira outra pessoa do mesmo
                   nome que nada tem a ver com a  nossa ascendência ? -
 
                   Parece-nos provável, dadas as relações endogâmicas que se
                   apresentam].
 
              2.- Vicente Monteiro, que morreu afogado na barra de Vila
                  do Conde - s.g.
              3.- Pedro Monteiro ou Pedro Fernandes Monteiro, frade no
                  Convento de Nossa Senhora dos Anjos, em Azurara, onde
                  professou depois de ter sido algum tempo vigário de
                  Azurara.
              5.- Dona Maria Fernandes Monteiro, segunda mulher de seu
                  primo Belchior Gonçalves Corrêa, adiante § 2 - nº 12 -
                  - s.g.
              6.- Dona Luísa, freira em Vairão.
                  

12.- Francisco Gonçalves Monteiro, foi capitão-mór de Azurara e 
       senhor de grande casa, tendo prestado importantes 
       serviços, juntamente com seu cunhado Belchior Gonçalves
       Corrêa e os filhos deste, Sebastião e Luís, na guarda e 
       defesa da costa contra os piratas que a infestavam. 
       Casou com Dona Maria Pires Vieira,[+20.11.1589 (1)] 
       filha de Pedro Vieira, este neto de Estêvão Annes Vieira, dos
       do Paço de Silvares.
       Teve os filhos seguintes:

              1.- Dona Luísa Francisca Monteiro, que segue.
              2.- Dona Catarina Pires Monteiro, mulher do comendador
                  Sebastião Gonçalves Ribeiro - s.g.
                  [Catarina + 12.12.1630, Sebastião era comendador do
                     hábito de Avis e + 5.4.1613 (1)]
              3.- Dona Marta Francisca Monteiro, mulher de seu primo
                  Luís Gonçalves Loureiro, adiante, nº 13 do § 2º.
              4.- Dona Leonor Pires Monteiro,[+14.11.1611], mulher de Tomé
                  Fernandes de Barros - s.g.[c.g. (1)]
              5.- Dona Ana Pires Monteiro, mulher do capitão João
                  Fernandes Vieira, seu parente - c.g. no Porto.
                  [Ana + 29.11.1598 e João +22.3.1601 (1)] 
              6.- Dona Maria Gonçalves Monteiro, mulher do capitão
                  Francisco Gonçalves Vilachã, fundadores da capela-mór
                  da igreja da Misericórdia de Azurara, em 1604, onde
                  jazem em sepultura de honra. Também legaram à mesma
                  Misericórdia a casa para o hospital, dotando-a com
                  grandes rendas para a sua sustentação. - s.g.
                  [Maria c. 1.5.1561 e +21.7.1624, Francº + 12.5.1615 (1)] 

13.- Dona Luísa Francisca Monteiro foi a principal herdeira de seus 
     pais.
       Casou duas vezes: A primeira com António Luís Carneiro,[c. 6.11.1583]
       o novo, filho de outro de igual nome e de Dona Justa Fernandes de
       Barros, de quem teve os seguintes filhos:

              1.- Jácome Carneiro de Barros, casado com D. Filipa de Sá
                  Barbosa, de Vila do Conde, de quem procedem os Condes
                  de Resende e do Covo, os Pamplonas do Porto e outras
                  casas.
              2.- D. Maria Carneiro de Barros, mulher de Sebastião
                  Gonçalves.
              3.- Dona Justa de Barros, mulher de Rafael Carneiro,
                  progenitor dos Carneiros Figueiroas, Corrêas Montenegro
                  e outros.
              4.- Dona Inácia Vieira Monteiro, que segue.

       Casou segunda vez [10.1604] com Luís Fernandes Vieira, 3º Morgado 
       do Paço de Silvares, em Guimarães, já viúvo de D. Maria Coelho 
       - s.g.
       [Luis Fernandes Vieira , "o Escaramenta", fez testamento em 8.9.1627] (2)   

14.- Dona Inácia Vieira Carneiro ou Inácia Monteiro de Barros, casou com
       Diogo de Bouro Coelho Vieira, 4º Morgado do Paço de Silvares, em
       Guimarães.  
       [Diogo de Bouro fez testamento em 23.8.1633 (2)]


                                                                 § 2º

10.- Dona Isabel Gonçalves Monteiro, filha de Gonçalo Fernandes 
       Monteiro, nº 9 desta linha, casou com Belchior Gonçalves, grande
       cosmógrafo e homem do mar, que veio de Castela para dirigir, como piloto,
       uma das naus da Armada de Pedro Álvares Cabral. Teve o filho
       seguinte:

11.- Salvador Gonçalves Monteiro, viveu no Porto onde exerceu alguns
       dos cargos mais honoríficos, e foi, como seu pai, muito perito na
       arte de navegar. Casou com Dona Clara Corrêa de Vasconcellos,
       filha de Diogo Corrêa e de sua segunda mulher Dona Mécia ou Maria
       Mendes de Vasconcellos, esta filha de Belchior Mendes de
       Vasconcellos e de sua mulher Dona Páscoa Pereira. Teve os
       seguintes filhos:

              1.- Belchior Gonçalves Corrêa, que segue.
              2.- Pedro Gonçalves Corrêa, abade de Avioso.
              3.- Dona Maria Corrêa de Vasconcellos, mulher de seu primo
                  Dinis Mendes de Vasconcellos, de quem não teve filhos,
                  e depois de viúva foi freira no convento de Santa
                  Clara de Vila do Conde.

12.- Belchior Gonçalves Corrêa, sucedeu na casa de seu pai, do qual
       herdou e transmitiu a seus filhos o gosto pelas coisas de
       navegação. Tinha embarcações suas, com as quais prestou grandes
       serviços na defesa das costas de Vila do Conde, juntamente com
       seus filhos e parentes. Foi capitão de Infantaria. Casou a
       primeira vez, no Porto com Dona Mónica de Loureiro (ou uma sua
       filha) aquela filha de Diogo Lopes Rebelo e sua mulher Dona Maria
       de Loureiro, irmã do grande capitão e adaíl-mór Luis de Loureiro,
       [segundo a fonte (5), meia-irmã bastarda de Luís de Loureiro]
       da qual teve os filhos seguintes:

              1.- Sebastião Gonçalves Corrêa, que se notabilizou pelas
                  suas façanhas marítimas, em virtude das quais recebeu
                  várias mercês de el-rei Dom Filipe I, entre as quais
                  o foro de Cavaleiro-Fidalgo; não casou nem deixou
                  filhos.
              2.- Luís Gonçalves de Loureiro, que segue.
              3.- O Licenciado Francisco Corrêa de Vasconcellos, casado
                  com Dona Guiomar de Sá Barbosa, da qual teve um só
                  filho, de nome Luís, que faleceu criança.
                  [Segundo outros (1), vigário de Mosteiró da Maia (1590),
                     Abade de Ferreiró (1599) e reitor de Azurara (1610)]
              4.- Dona Clara Corrêa de Vasconcellos, mulher de João
                  Carneiro Gaio, s.g.
                  [Clara Corrêa +23.11.1648 e outros dão-lhe como
                     maridos: 1º Cristóvão do Porto, c.7.5.1583, c.g., e
                     2º, Bento Nunes do Couto, c.3.12.1605, s.g. (1)]  
              5.- Dona Mónica Gonçalves Loureiro, mulher de Salvador
                  Fernandes de Azevedo, c.g.

        Casou segunda vez com sua prima Dona Maria Fernandes Monteiro,
        filha de Gonçalo Gonçalves [[Pires]] Monteiro, nº 11 da 
        linha dos Monteiros, da qual não teve filhos.

        [Belchior Gonçalves Corrêa viveu na Rua do Salvador, em Azurara,
         fez testamento em 23.10.1596 e faleceu em 6.11.1597  (1).
         A obra referenciada na nota (1) apenas o dá como casado com
         Maria Fernandes Monteiro (+18.1.1603), e diz que ela foi a
         mãe de Luís, Clara e Francisco e de mais dois: o Licº António
         Corrêa e Francisca Gonçalves. Julgo que tanto Sebastião como
         Luís e Mónica são filhos do 1º matrimónio de Belchior Gonçalves
         e que os outros o são de Maria Fernandes. Este último casamento
         está provado, bem como a filiação de Francisco e António, que foi
         frade, e são ambos filhos deste 2º casamento.(2). 
         Também está provado que Luís Gonçalves Loureiro é filho de Belchior 
         Gonçalves Corrêa (2)]
    


13.- Luís Gonçalves de Loureiro, senhor de quase toda a casa de seus
       pais,aumentou-a muito pelo seu casamento com Dona Marta Francisca
       Monteiro, sua prima, filha de Francisco Gonçalves Monteiro, nº 12
       da linha dos Monteiros. Foi capitão-mór de Azurara, cargo em que
       sucedeu a seu sogro, Cavaleiro-Fidalgo da Casa Real, por mercê
       de el-rei Dom Filipe I, a quem prestou grandes serviços no tempo
       das perturbações causadas pelos partidários do Prior do Crato.
       Luís de Loureiro reconstruiu com grandeza a antiga casa do Paço
       da Chave de Ferro, em Árvore, habitação solarenga dos Monteiros,
       que sua mulher herdou; mandou edificar a Casa da Vila, na
       freguesia de Santa Maria de Prado, perto de Braga, onde possuía
       grandes rendas, e instituiu com sua mulher, em 1634,
       um Morgado[(2)]   a que vinculou grande parte dos 
       seus  grandes haveres, e que ficou sendo conhecido por
       Morgado de Azurara. Teve  os filhos seguintes:

              1.- Francisco Corrêa Monteiro, eclesiástico, que vinculou
                  os seus haveres ao Morgado instituido por seu pai.
                  [n. 30.1.1586, f.15.1.1652 (1)].
              2.- Luís Monteiro de Vasconcelos, abade de Árvore.
                  [n. 4.12.1588 (1)]
              3.- Dona Mónica Monteiro Corrêa, que se segue.
                  [Mónica n. 28.1.1595, c. 8.7.1624].  
              4.- Dona Maria Monteiro Corrêa, mulher do capitão Amador
                  Álvares Varzim, comendador e senhor da terra da Feira;
                  não tiveram filhos e vincularam muitos bens ao Morgado
                  instituído por seu pai e sogro.
                  [Maria Monteiro n. Azurara 28.10.1590 e aí m. 7.9.1670] 
              5.- Dona Ana Monteiro de Vasconcellos, mulher de seu primo
                  Manuel Dinis Mendes de Vasconcellos, de quem teve os
                  seguintes filhos:
                  [Ana Monteiro n.11.10.1592, c.3.11.1619, f.6.6.1673 (1)] 

                          1.- O padre António Dinis de Vasconcellos,
                              abade de Árvore.[n. 15.5.1624, +9.7.1677] 
                          2.- O padre Luís Corrêa de Vasconcellos, abade
                              de Azurara, que instituiu com sua 
                              irmã 
                              Dona Martinha, abaixo, um novo morgado,com
                              obrigação do apelido Monteiro.[+5.5.1695]
                          3.- Dona Martinha Monteiro de Vasconcellos,
                              mulher de Roque da Fonseca de Faria, sem
                              geração; instituiu com seu irmão Luís um
                              morgado.
                              [Martinha ou Marta n.23.1.1628, c. 7.1.1663,
                                   s.g. (1)] 
                          4.- Dona Mariana de São Paulo, abadessa do
                              Convento de Santa Clara de Vila do Conde
                              (no triénio de 1694/97).[n.19.3,1623]
                          5.- Dona Eugénia de Vasconcellos Monteiro,
                              mulher de Francisco da Silva Azevedo,
                              Cavaleiro da Ordem de Cristo, de 
                              Guimarães.
                              [Eugénia n. 22.3.1636, c. 14.12.1671 (1)]

14.- Dona Mónica Monteiro Corrêa,sucedeu no Morgado de Azurara,quinta e
       casa da Chave de Ferro, Casa da Vila, em Prado, e muitos outros
       bens. Casou com Manuel Caminha Dantas, fidalgo da Casa Real,
       natural de Penafiel, e capitão-mór de Azurara, em sucessão a seu
       sogro. Teve os filhos seguintes:

              1.- Dona Maria Monteiro Caminha, que segue.
                  [n. 27.11.1632, c. 19.6.1650](1)(3)]
              2.- Dona Ana Caminha Monteiro, mulher de Luís Delgado de
                  Sousa, de Penafiel, de quem teve os seguintes filhos:
                  [Ana n. 29.10.1626, c.12.2.1648, +4.8.1703 (1)]

                          1.- Dona Mónica de Sousa, freira no Convento 
                              de Arouca.
                          2.- O padre José Delgado Monteiro.[+ 19.12.1719]
                          3.- Manuel Delgado de Sousa, que faleceu
                              solteiro [deixou geração bastarda (1)].

15.- Dona Maria Monteiro Caminha,sucedeu no Morgado de Azurara, bem como
       no segundo Morgado dos Monteiros, instituido por seus primos o
       padre Luís Corrêa de Vasconcellos e Dona Martinha Monteiro de
       Vasconcellos. Casou com o Capitão Gonçalo Pacheco Nogueira, filho
       de Francisco Nogueira e de sua mulher Dona Sebastiana Pacheco,
       esta filha de Gonçalo Pacheco Pereira, superintendente da
       caudelaria do Porto, e de sua mulher e prima Dona Isabel Pacheco
       Pereira, senhora da Casa de Belomonte, no Porto, e da quinta da
       Pacheca, na Régua. Teve os seguintes filhos:

              1.- Dona Luísa Pacheco Monteiro, que segue.
              2.- Luís Pacheco Monteiro, que faleceu solteiro.
                  [n. 7.7.1654, +7.12.1697 (3]
              3.- Francisco Pacheco Monteiro, idem.
                  [+ 15.4.1731 (3)]   
              4.- Frei Tomé, religioso franciscano.
                  [n. 21.12.1659 (3)]  
              [Tiveram mais  (3): 
              5.- Manuel, gémeo de Luís
              6.- António Pacheco Monteiro, n. 1664
              7.- D. Mónica, gémea do anterior
              8.- D. Sebastiana, n. 24.2.1667.]  
 
16.- Dona Luísa Pacheco Monteiro, foi senhora dos três Morgados dos
     Monteiros, senhora da casa do Paço de Chave de Ferro, da Casa da
     Vila, em Prado, e de toda a restante casa de seus pais. Casou 
     [6.6.1689 (3)]com seu primo, o licenciado Jacinto Vieira de Barros,
     6º Morgado do Paço de Silvares, neto e sucessor de Dona Inácia 
     Vieira Monteiro, nº 14 da primeira linha de Monteiros.
     Pelo lado materno o Dr. Jacinto Vieira de Barros era filho de D.
     Antónia Faria de Barros e Vasconcelos e neto de Torquato de Barros
     Faria e Vasconcelos, F.C.R., e de sua mulher D. Maria Gomes Machado.
     Dona Luísa Pacheco Monteiro e seu marido Jacinto Vieira de Barros,
     tiveram geração, e foram  bisavós de FRANCISCO DE VASCONCELOS (ver
     COSTADOS


Fontes :

     (1)- "Azurara, Subsídios para a sua Monografia" - Junta Provincial 
           do Douro-Litoral - Porto 1948.
     (2)- Documentos autênticos do Arquivo dos Vasconcellos de Vila do
          Conde (AVVC). Os mais antigos são da segunda metade do século
          XVI. 
     (3)- "Pachecos, Subsídios para a sua Genealogia" - Abílio Pacheco
          de Carvalho - Lisboa 1985. 
     (4)- "Nobiliário" de Felgueiras Gayo. 
     (5)- "Frei Gonçalo Velho" - Ayres de Sá   
 

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