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Autodidata desde cedo, seu hobby é a escrita.
Escrever é uma terapia, faz-me perceber o mundo, seus medos, anseios, expectativas, coragem, alegria. Somos realmente todos iguais, diz ela.
Escreve o que gosta e quando acha que é preciso - como é o caso de seu primeiro livro, a produção independente, Sob o olhar da Pedra Grande, onde, em forma de crônicas, descreve alguns fatos que marcaram sua vida. Fala sobre sua infância, juventude e parte de sua vida adulta, expectativas e, claro, sobre o discernimento.
Seu segundo livro, Mundo Paralelo, editado em 2001 pela Editora Madras, foi escrito depois que seu filho mais velho, Willian, morreu tragicamente aos cinco anos de idade. Conta a trajetória da curta vida do filho que, mesmo depois de sua morte, partilhou ainda com ela uma experiência pouco comum, de amor e amizade sem fim.
Mundo Paralelo foi escrito com a finalidade de ajudar tantos outros pais que perdem seus filhos e não conseguem alcançar o consolo desejado. Minha experiência, apesar de cruel, deu-me uma fé em Deus que eu realmente não possuía e consolo ao saber que não estamos aqui neste mundo como turistas. Existem caminhos misteriosos. Devemos aprender a prestar mais atenção naquilo que nos parece inimaginável, pondera a autora.
Após esse fato lastimável, Neide Maganhas desenvolveu uma enorme vontade de amar a todos, como a si mesma.
Aprendemos isso desde cedo, mas, de forma alguma, colocamos em prática. A vida, por si só, nos restringe certas virtudes, mas tento, na medida do possível, fazer o melhor que posso por aqui, desejando sempre o melhor para todos do planeta e acredito que, se todos quiserem isto, muitos problemas serão resolvidos. A falta de boa vontade é lamentável, continua a autora.
Seu novo livro intitulado, curiosamente, Buena-dicha, conta a saga de uma família espanhola, temperada com o humor peculiar da autora e recheado de magia e misticismo, mas sempre com um final feliz para todos, sua condição básica para desenvolver uma história.
Ficção e realidade: Buena-dicha é a história da família de meu pai, que teve início na Espanha do século passado e um final já aqui no Brasil, intensa e cheia de paixões por si só. A ficção fica por conta da minha imaginação em tentar achar boas desculpas para a vida. Gosto de pensar que o divino, o mágico, o irreal contribui em nossos destinos, sorri a autora.
Buena-dicha ainda não foi editado; espera avaliação de algumas editoras brasileiras.
Sinto que este livro me trará grandes alegrias. É bonito, comovente. As pessoas, de um modo geral, se interessam em saber sobre a trajetória de uma família, principalmente, com direito a um grande final. Todos temos grandes histórias para contar. No Brasil, a maioria possui antepassados vindos de alguma outra parte do mundo, assim, nossa história de vida está repleta de relatos interessantes, ricos em beleza, experiências, que valem a pena serem compartilhados, conclui a autora.