Forge, Professor e Fera estão no escritório. O
silêncio é entediante. O professor pensa enquanto fuma. Forge espera, sem
saber se deve falar sobre o colar neutralizador de poderes, ou se deve ouvir
perguntas a respeito dele.
Professor: ...
Forge: ...
Fera: ... É, bem, eu gostaria de...
Professor: Eu primeiro, Fera.
Fera: Pode falar, Professor.
Professor: Explica como funciona.
Forge: A mecânica do colar, só mostrando as plantas do projeto.
Seria complicado explicar como funciona. Tem materiais que são muito raros de
se encontrar, só mesmo com a autorização do governo.
Fera: É igual a antiga arma? Esse colar vai ser igual a arma?
Forge: Não! Tem a mesma função de neutralizar os poderes, mas não
vai trazer nenhum mal a ela. O colar é bem diferente da arma.
Os 3 debatem mais sobre o assunto, e fica decidido que
o colar será finalizado.
Fera: Professor, se o senhor me permite, eu gostaria de trabalhar
junto com Forge na finalização do colar. Quero entender melhor como ele
funciona.
Professor: As pessoas que sabem demais, as vezes, têm problemas, Fera.
Saber fabricar esse colar, é saber neutralizar mutantes. Pode ser que isso
traga problemas futuros a você.
Fera: Como assim?
Forge: Professor, para saber fabricar esse colar é necessário mais
do que ver a finalização dele. Fera não será capaz de produzir um sozinho
sem a minha ajuda.
Professor: Tudo bem. Podem ir. Avisem aos festeiros, que em alguns
meses nós teremos um casamento em nosso jardim.
Um mês se passou e a alegria era geral. Faltavam só
mais 3 meses para o casamento. Forge e Fera estavam trabalhando rápido na
finalização do colar. E Vampira era a mais atarefada de todas. Além de
decidir com Tempestade quais seriam as flores do altar, as flores do bouquet e
as flores dos enfeites da festa, ela ainda tinha que fazer sucessivos exames com
Forge e Fera. Eles tinham que saber a exatidão de sua força, a velocidade que
voava e muito mais. E além disso, ela ainda decidia com Jean qual seria o
modelo do vestido. Jubileu estava preocupada em escolher as cores das toalhas
das mesas, os talheres de prata, as cores das bolas que seriam colocadas na
piscina, a iluminação do jardim, etc. Gambit ficou encarregado de fazer a
lista dos convidados e mandar fazer os convites. Wolverine com o tempo, começou
a gostar da idéia do casamento. Mas ele não ajudava em nada. Só a carregar as
várias caixas com muitos enfeites. Inclusive os bancos para os convidados e o
altar de madeira, que parecia uma pequena construção grega. Por sinal, os
enfeites eram quase sempre motivados nos gregos, muitas pilastras gregas estavam
no jardim. Tudo idéia de Jubileu. O professor e Gambit gastaram muito dinheiro,
mas eles gastaram felizes.
Vampira estava experimentando o vestido enquanto
Tempestade bordava as pequenas pérolas do enfeite do cabelo da noiva e Ketty Pride prendia outro
bordado na borda da saia do vestido.
Tempestade: Vampira?
Vampira: Fala...
Tempestade: Agora que você vai casar, você não quer contar pra
gente quem são seus pais, pra que eles sejam convidados?
Vampira: Não.
Pride: Quem vai te levar ao altar?
Vampira: Não sei, gatinha. Só sei que não vai ser meu pai. Eu
posso entrar sozinha também.
Tempestade: Entrar sozinha ou não é besteira, o que eu falo é algo
de maior importância, é o fato de você se reconciliar com seus pais num
momento feliz da sua vida, Vampira.
Vampira: Tempestade, você fala tanto que vai acabar espetando o dedo
com essa agulha.
Pride: Vampira, ela tem razão...
Vampira: E você é outra que vai errar o bordado!
Pride: ...
Vampira: Momento de maior importância na minha vida foi o nascimento
do meu filho, e eu não chamei meus pais para verem o neto. É sinal de que eles
morreram pra mim.
Tempestade: Talvez, se sua mãe estivesse aqui naquela hora, você
não tivesse sofrido tanto, meu bem...
Vampira: Você nem sabe se eu tenho mãe, Tempestade.
Tempestade: Não sei mesmo, você não fala...
Vampira: Ah! Vamos encerrar esse assunto! Vocês acabaram meu vestido
e minha coroa?
Pride: Estamos quase lá!
Vampira: Anda logo, que eu estou morrendo de calor dentro desse
vestido que você tanto borda!
Edward Norton estava andando pelas ruas escuras do
Broklin, pensando na sua grande batalha contra os mutantes. A ajuda de Sabrina
seria imprescindível. Mas o grande feito não eram os Sentinela Millenuim, e
sim o elemento Alfa. Esse sim, seria a grande conquista do grupo anti-mutante.
Se o elemento Alfa fosse capturado, o fim dos mutantes estaria próximo. Bem
próximo. Edward falava com si mesmo:
Edward: Eles vão dar uma grande festa. Casamento! Reles seres
ignóbeis, não perdem por esperar... Só falta agora, querem procriar, terem
filhos, como uma família normal. Como filhos de Deus! Seres sujos, a MEHSS
deveria ter esterelizado todos eles ano passado. Mas realmente foi um projeto
complicado de ser realizado... Agora tudo será diferente.
Faltava apenas uma semana para o casamento. Os treinos
na sala de perigo parece que tinham sido abandonados por causa das outras
preocupações com a festa. E o colar foi finalmente feito. Estava prontinho
para ser usado. Gambit chamou Vampira para o mesmo restaurante em que eles
tinham brigado por causa dos sonhos dele.
No restaurante...
Gambit: Amour, como está o vestido?
Vampira: Pronto já há algum tempo.
Gambit: Eu mal espero pra tirar essa luva da sua mão.
Vampira: Eu também mal espero, Gambit.
Gambit: Eu tenho uma surpresa pra você.
Vampira: Tem?
Gambit tira do sobretudo o colar neutralizador e o
coloca em cima da mesa. Vampira gela ao vê-lo pronto.
Gambit: Coloca, chere. Você tá tremendo, ma belle?
Vampira: Quem eu? Ha, té parece! Eu... vou colocar sim. Mas eu vou no
banheiro colocar isso.
Ela foi ao banheiro e com muito medo colocou o colar.
Fechou os olhos e se sentiu caindo de fraqueza. Estremeceu e quando abriu os
olhos se sentiu meio diferente, indefesa. A Vampira forte e valentona se sentiu
uma vítima acuada a mercê do colar. A independente se sentiu vulnerável e
totalmente dependente da proteção de alguém, caso qualquer coisa acontecesse.
Ela tirou o colar e voltou para mesa.
Gambit: Ma belle, você não colocou o colar!
Vampira: Eu sei... Remy, me dê mais algum tempo... Eu recebi isso
agora. Me dá mais algum tempo.
Gambit: Non, chere. Non... Non faz isso comigo...
Vampira: Gambit, eu...
Gambit: Gambit pensou que você sempre sonhou em tocar alguém.
Principalmente a mim.
Vampira: Claro!
Gambit: Também pensei que assim que você recebesse esse colar, você
o fosse colocar rápidamente e me beijar!
Vampira: Eu também pensei, Remy... Eu também pensei... Me dá mais
um tempo?
Gambit: Mas do que eu estou falando? Eu nem pareço Remy LeBeau!
Mulheres não podem ter iniciativa própria em relação ao amor! Eu tenho que
te seduzir!
Vampira: Ai, Gambit! Que coisa mais antiquada!
Gambit: Oui. Eu não tinha que pedir pra você colocar o colar. Eu
tinha que colocar ele em você e ir te envolvendo com meu charme e assim
conseguiria muitos beijos, os melhores de todos!
Vampira: Não hoje, Remy.
Gambit: Oui. Não hoje. Não vou ter pressa. Já esperei bastante,
posso esperar um pouco mais.
A semana se passou, e Vampira não colocou o colar. Mas
todos achavam que ela já o tinha colocado para tocar o futuro marido.Os X-Men
só achavam estranho que ela não tivesse ainda tocado os amigos. Mas como era o
dia do casamento, ninguém estava pensando muito nisso. Vampira se arrumava
junto com as madrinhas desde cedo. O jardim já estava cheio dos convidados,
entre eles tinham os X-Men, a geração X e outros amigos próximos ou parentes
de um ou outro convidado. Gambit já esperava no altar, junto do Juíz. A marcha
nupcial tocou e Vampira apareceu linda e deslumbrante de braços dado com Scott.
Ele a levou até Gambit e disse baixinho rindo:
Scott: Gambit, você ainda pode sair dessa! Eu sou casado, você
deveria me escutar!
Gambit também riu e disse baixinho:
Gambit: Tem certos erros que é muito bom cometer, mon ami. E eu já
fui casado.
CONTINUA