Quatro horas depois, Vampira já tinha adormecido sobre os jornais por causa da dor e da fome. A porta mais uma vez é aberta com violência e um homem com uma mala é jogado lá dentro. Vampira acorda assustada.

Vampira: Quem é você? Você também foi sequestrado?

Mike: Sim, eu...

Vampira: Rápido, tira esse colar de mim! Rápido! Rápido!

Mike: Não posso.

Vampira: Como não pode, você também não é um mutante sequestrado?

Mike: Olha... Eu sou médico. Não sou mutante. E estou preso aqui também... Quando a gente sair daqui, ou meu irmão me mata, ou eu juro que coloco ele na prisão perpétua.

Vampira: Aquele boçal é seu irmão?

Mike: O Edward? Ele é sim.

Vampira: Tira meu colar que você coloca quem você quiser no quinto dos infernos!

Mike: Você tá vendo aquela câmera alí? Ela está monitorando o que a gente faz aqui, se eu encostar no seu colar, eles me disseram que explodem esse quarto.

Vampira: Tem explosivos aqui?

Mike: Eles disseram que tem...

Vampira: Como vamos saber se é verdade, fofo?

Mike: Não duvide. Vai tentar?

Vampira: Não...

Mike: Eu não posso encostar na câmera, sendo que tem outra escondida.

Vampira: Nossa!

Mike: Eu não posso encostar nessas cordas que amarram seus braços, nem na algema que também está prendendo seus braços. Nem posso chegar perto do colar.

Vampira: ...

Mike: Por isso, vamos ao meu trabalho aqui. Cuidar de você. Meu nome é Mike. E o seu?

Mike ia tirando o material para engessar a perna de Vampira.

Vampira: Meu nome é Vampira.

Mike: ???

Vampira: Clarisse LeBeau.

Mike: Não deveria ser La Belle? Deixa eu ver a perna.

Vampira: Le Beau é sobrenome do meu marido. É como se seu nome fosse "Mike Belo" e sua esposa fosse se chamar "Mônica Belo". Ai, tá doendo! Ai!

Mike: Calminha aí, que eu estou colocando o osso no lugar. Eu entendi a história do nome agora. Eu precisava de um raio X pra ver se isso realmente está quebrado ou apenas torcido ou deslocado. Mas me parece que está deslocado. Eu vou tentar colocar esse osso no lugar. Isso vai doer, moça. Pode xingar minha mãe se quiser.

Vampira: Eu xingo seu irmão. Sou uma pessoa muito forte. Estou acostumada a coisas incríveis. Isso não vai doer nada pra mim.

Mike: Então tá.

Vampira: Não! Espera! Vai sim... Na verdade com esse colar, a maioria das coisas têm doído muito pra mim... Há muitos anos que eu tenho super força e agora ser uma mulher normal tem sido muito doloroso... AHHHHHHHHHHHHH! ...

Mike: Desculpa, mas foi rápido, não foi?

Vampira: Ai, você... ai... Você nem me avisou que ia ser naquela hora, eu estava ainda falando.

Mike: É melhor assim. Agora eu posso engessar. Depois que eu terminar, nada de andar, hein! Se não a gente vai ter que trocar o gesso!

Quando ele acabou de engessar, a porta abriu de novo.

Homem 1: Aí, acabou o serviço, agora circulando, doutor!

Mike: Eu não acabei o serviço, ela ainda está com a boca cortada e morrendo de fome e sede. Com as mãos amarradas para trás ela não pode comer. Ou você desamarra ela, ou dá comida pra ela na boca!

Homem 2: Ih! Hahaha! Esse irmão do Edward é muito palhaço! A gente nunca vai dar comida na boca de uma mutante nojenta igual a ela, e desamarrar essa vadia só pode ser sonho seu!

Mike: Traz aqui a comida e a água que eu dou pra ela, seu monstro!

Vampira: E nojenta é a sua mãe, seu babaca!

Homem 2: Essa vaca adora chamar a gente de babaca, se continuar eu sangro o outro lado da boquinha dela! Pô! A mulher não coopera! Fica enchendo a paciência! 

Homem 1: É! Tá com fome! Tá com fome! Come a própria língua, oras! Agora vou ter que ficar trazendo comida pra monstro?

Mike: Monstro é você, seu anormal!

Homem 2: Aí, não é só porque você é irmão do Edward que você vai ficar destratando a gente não, tá ligado?

Homem 1: É isso mesmo! Cala a boca aí! Será que esses dois não enxergam as metralhadoras na nossa mãos não?


Na mansão, o clima estava muito pesado.

Professor: Jean? Você está vindo do quarto do Gambit?

Jean: Sim. Não comeu nada. Está se vestindo para procurar Vampira por conta própria.

Professor: O que?

Jean: Eu disse a ele que o senhor não está tendo muita facilidade para encontrá-la usando o Cérebro.

Professor: Pelo que parece, não é só  Magneto que consegue se bloquear contra o Cérebro.

Jean: Sinistro também conseguiu.

Professor: Que horas são agora?

Jean: Quatro da tarde. Os jornais da TV estão repetindo a mesma matéria que gravaram na madrugada de hoje.

Professor: Olha, dê esse calmante ao Gambit. Misture na água. Não quero que ele saia para procurar ninguém. 

Jean: Eu sei, professor. Já ia fazer algo parecido.

Professor: Jean, o ... Gambit, ele estava chorando?

Jean: Um pouco, professor.

Professor: Eu senti que ele estava chorando enquanto eu usava o Cérebro. Ficou mais difícil ainda de achá-la.

Jean: Eu vou pedir para que ele pare, professor.

Professor: Diga pra ele que ele não é culpado de nada. Diga isso também ao Forge.

Jean: Isso eu também senti nos dois, professor. Sentimento de culpa.

Professor: Pois é... Faça alguma coisa a respeito.

Jean: Eu farei.


20 minutos depois, Mike já tinha limpado o ferimento na boca de Vampira, que já não sangrava mais. Os dois homens voltam e jogam um saco no chão do quarto.

Mike: Quê que é isso?

Homem 1: Liguei pra joça do Mac Donald's!

Mike: Mac Donal...

Homem 1: Quê que é? Tá achando que eu ia cozinhar pra essa coisa? Tem dois big macs aí, um pra você e outro pra ela. E uma coca cola com gelo.

A porta se fecha mais uma vez.

Vampira: ... Eu quero sair daqui...

Mike: Eu também. Eu estou aqui por causa de você. E você, está aqui por que?

Vampira: Não faço a menor idéia. Deve ser coisa da MHESS. Mas não entendi a idéia de me sequestrar. O que eles vão conseguir com isso? Os outros mutantes lá fora não estão usando esse colar. Esses idiotas não poderão pegar mais nenhum.

Mike: Por que você está usando esse colar neutralizador de poderes?

Vampira: Meu poder me impedia de ter qualquer contato cutâneo com outra pessoa e eu resolvi me casar...

Mike: Ah, entendi... Mas ele é perigoso para sua raça.

Vampira: Eu sei, mas acho que o amor falou mais alto e eu não ouvi conselhos. Mas eu tenho amigos que devem estar vindo pra cá. Espera só pra ver!

Mike: Eu espero que sim. Toma, morde aí o big mac. 

Vampira: Come também.

Mike: Não quero.

Vampira: Eu também não quero, mas já estava lerda de tanta fome. Sabe há quanto tempo eu sou casada?

Mike: 3 anos.

Vampira: 2 dias.

Mike: Meu Deus! Lua de Mel?

Vampira: É...

Mike: Eu sinto muito por você... ... Morde de novo.

Vampira: Obrigada... Caiu um pedaço de queijo.

Mike: Eu vi.

Vampira: ...

Mike: ...

Vampira: (chora) Desculpa, eu não sou de chorar assim não, mas no meu maior momento de felicidade isso acontece comigo!  Fico pensando como deve estar o Remy!

Mike: Remy LeBeau é ele né?

Vampira: (chora) É... É ele... E eu aqui amarrada e algemada. Com a perna quebrada, com a boca cortada. Pela primeira vez eu apanhei e não pude dar o troco.  Me senti uma criança espancada pelos pais... 

Mike: Que horror!

Vampira: Meus pulsos doem. Estão em carne viva, eu acho. Não dá pra ver.

Mike: Nem eu posso tentar ver, se não eles mandam a gente para o além.  Você tem que parar de roçar os pulsos contra a corda e a algema. Aceite que não vai conseguir se soltar.

Vampira: (chora) Eu tive que dormir sentada. Não posso dormir de barriga pra cima por causa desses braços amarrados aqui atrás. (chora) Não posso dormir de barriga pra baixo que me sinto um peru em ceia de natal com as patas amarradas para trás. Horrível! E...

Mike: E?

Vampira: ... (chora)

Mike: O que foi? O que você ia dizer?

Vampira: (chora) ... Nada...

Mike: Como nada?

Vampira: Nada... Eu... (chora)

Mike: fala, Clarisse.

Vampira: Clarisse? Não me chama assim não...

Mike: Tudo bem, Vampira.

Vampira: Eu preciso ir ao banheiro. (chora)

Mike: Ah! É isso... Não tem banheiro aqui dentro desse quarto. Só lá fora. Calma.

Vampira: (chora)

Mike faz um sinal na frente da câmera. E em minutos os dois homens voltam e abrem a porta.

Homem 1: Quê?

Mike coloca Vampira, que ainda chora muito, no colo. Os dois homens apontam a metralhadora na direção deles.

Homem 1: SOLTA ESSA COISA!

Homem 2 : PÕEM ESSA DESGRAÇA NO CHÃO AGORA!

Homem 1: SOLTA PORRA!

Mike: CALMA!

Vampira: (chora)

Homem 2: SOLTA!

Mike: CALMA! CALMA! Ela não pode andar com esse gesso!

Homem 1: QUE SE DANE! SOLTA SE NÃO QUISER MORRER!

Mike tremendo muito, coloca Vampira sentada no chão de novo. Os dois homens não tiraram as metralhadoras da mira deles.

Homem 1: Sai de perto dela, devagar. Andando devagar.

Mike com a mão pra cima vai andando devagar.

Homem 2: Que merda você tava pensando em fazer, seu infeliz?

Vampira chora encolhidinha no canto.

Mike: Ela quer ir ao banheiro. E o banheiro fica aí fora. E ela não pode andar. Por isso eu coloquei ela no colo e chamei vocês para abrirem a porta.

Homem 1: Muito engraçadinho. Se ela quiser fazer alguma coisa,  que faça aí no chão. Por isso tá forrado com jornal.

Mike: O que?

Homem 2: É! Tá pensando o que?

Mike: Ela está com as mãos amarradas atrás das costas! Como ela vai fazer alguma coisa? E no chão?

Homem 1: E daí? Se ela fosse no banheiro ela também estaria com as mãos amarradas.

Homem 2: É, e eu não vou trocar jornal do chão não... vai ficar sujo aí.

Mike: Ela não é um cachorro, seus monstros!

Homem 1: Corja mutante! tem mais é que morrer! A gente até tá tratando bem!

Vampira: (chora)

Homem 1: Cala a boca, mulher!

Vampira: (chora) Eu... Eu, não quero mais ir...

Mike: Não, você vai com certeza!

Homem 1: Escuta, ela no banheiro não vai fazer nada. Ela está com as mãos amarradas.

Mike: A gente desamarra...

Homem 1 e 2: Hahahaha!

Homem 1: Tá achando que a gente é otário?

Mike: Então... Então...

Homem 2: Então ele vai com ela! Hahahahaha!

Vampira: (chora) Pelo amor de Deus, parem! Não quero mais ir!

Mike: Você deixa que eu vá com você, Vampira?

Homem 1: Você já está de camisola! Ele vai tirar a sua calcinha!

Homem 2: NÃO! No banheiro não tem câmera. Vocês dois só vão se nós dois formos também.

Vampira: Não! Não quero mais ir! Me deixem em paz! (chora)

Os dois saem e fecham a porta de novo. Mike e Vampira ficam lá dentro de novo.

Mike: Você não quer mesmo ir? Escuta, você não sabe até quando eles vão te prender aqui dentro. Você está aqui desde quando?

Vampira: Desde ontem...

Mike: Você deve estar morrendo de vontade de ir ao banheiro... Não precisa ter medo de nada.

Vampira (chora com raiva): Eu não tenho medo de nada! De nada! Você não me conhece! Sei lidar com homens como ninguém! Sou dura na queda! Não tenho medo de nada! Quebro 10 no meio quando eu quiser!

Mike: ...

Vampira: (chora) ... Eu sou ... forte ... (chora) ... Muito forte! (chora) E eu quero ir ao banheiro!

Mais uma vez Mike chama os homens. Eles aparecem meio nervosos, com as metralhadoras em punho.

Homem 1: Que?

Mike: Vamos levá-la ao banheiro.

Homem 2: Pô, se decide! Que coisa!

Mike coloca Vampira no colo e vai levando-a ao banheiro. Os quatro entram no pequenino banheiro. A tensão é grande.


Enquanto isso na mansão...

Professor: Como chove!

Tempestade: É culpa minha, professor. Eu estou muito triste, irritada e nervosa com tudo isso. Acabo atraindo raios para perto. Não estou conseguindo controlá-los.

Wolverine: Então fica fria, porque de desgraça já basta essa. Não quero a nossa casa torrada... Olha, guria, vai ficar tudo bem... Se o Cérebro não achar a Vampira, o Wolverine acha, tá bom?

Tempestade: Ai, Wolverine, eu estou tão nervosa!

Professor: Tempestade, por favor, tente controlá-los! Os raios estão tão perto que os trovões me deixam surdo! Como vou trabalhar na busca de Vampira assim?

Jubileu vem do quarto de hóspedes enrolada numa colcha grossa.

Jubileu: Gente, tentei dormir, mas fiquei com medo desses trovões... Eles estão absurdamente altos, os raios estão caindo muito perto! Posso ficar aqui com vocês?

Jean vem do quarto de Gambit com uma bandeja na mão.

Jean: Tempestade! O que é isso aí fora?

Fera: Vai destruir o gramado!

Tempestade: Parem! Todos vocês estão me deixando mais nervosa! 

Professor: Tudo bem, então tente descansar. Wolverine, por que você não leva sua amiga para a estufa dela e a acalma, pelo amor de Deus?

Wolverine: Deixa comigo. Ô estressada, vamos comigo!

Scott: Jean, e a bandeja com a comida?

Jean: Bom, eu tentei misturar o calmante na água, mas ele percebeu. Jogou a água em mim e o copo na parede... 

Scott: O Gambit tem que se acalmar, meu bem.

Jean: Eu sei, mas ele está decidido a encontrá-la. Eu disse que ele estava se vestindo para achá-la. Agora, já está até pronto pra sair.

Professor: O que? Ainda quer sair com essa chuva infernal?

Jean: Ele quer procurar a Vampira, professor. Muito natural esperar isso dele. Mais natural ainda, será eu voltar naquele quarto, e ele como um ladrão, ter fugido pelas sombras da janela.

Professor: Eu sei! Scott, corre lá e impeça isso!

Scott: Claro!

Gambit: Não precisa, mon ami. Eu não vou sair pela janela, mas sim pela porta da frente.

Jean: Gambit, volta para o quarto pra tentar descansar, por favor!

Gambit: Descansar pra quê? Você quer que eu fique em casa dormindo enquanto minha mulher está presa em algum lugar com sentinelas a tratando como uma "princesa"?

Scott: Gambit, Vampira está com o colar. Ela tem a força de uma mulher normal. Não é possível que aja um monstro maltratando ela agora. Eles logo farão contato dizendo o que querem e você tem mais é que ficar em casa.

Professor: Com certeza, filho. Fique calmo, ninguém deve estar encostando um dedo na Vampira. Fica calmo.

Gambit: Professor, eu não vou ficar aqui plantado enquanto ela...

Jean: Gambit! Ela deve estar ótima! Por favor, calma! Calma!

Scott: Gambit, acredite em mim, pensar negativo só piora a situação. E eu tenho certeza que Vampira deve estar sendo bem tratada. 


Homem 1: Vai, ô babaca! Tira a calcinha dela aí!

Vampira chora muito.

Mike: Olha, vocês dois estão aqui com metralhadoras. Vamos desamarrá-la. Se ela levantar a mão até o pescoço, vocês atiram nela. É melhor, não é Vampira?

Vampira: (chora)

Mike: Responde, Vampira.

Homem 2: Responde porra nenhuma! Ninguém vai desamarrar essa mulher! Sem contar que eu não tenho a chave da algema.

Homem 1: Eu tenho.

Homem 2: Dane-se. Não é pra desamarrar essa mulher, nem que Deus venha aqui mandando! Essa coisa é muito perigosa.

Homem 1: É! Tira logo essa calcinha dela!

Vampira: (chora)

Mike titubeia. Ele vai chegando perto dela. Coloca a mão entre a camisola de Vampira.

Mike: Gente, pelo amor de Deus. Vamos desamarrá-la.

Homem 1: Porra! Tá a maior chuva caindo dentro desse banheiro! E eu não tenho dia inteiro! Tira essa merda!

Homem 2: Tira logo!

Mike: Ela tá tremendo igual a vara verde.

Homem 1: É, daqui a pouco ela mija na sua mão! E essas goteiras estão mijando em mim!

Vampira chora muito.

Homem 1: Sai daí que eu tiro essa merda se você não tem coragem!

Vampira grita e começa a espernear e se mexer muito!

Vampira: AHHHHH! Não! SAI DE PERTO DE MIM!

Homem 2: PÁRA, SUA VACA!

Mike: Gente, pára! PÁRA!

Vampira: SAIIII!

Um dos homens a agarra  para que ela pare de se mexer.

Homem 1: PÁRA!

Mike: PÁRA, VAMPIRA!  Eu tiro!

Vampira: ME SOOOOOOOOOOLTA!

Mike: EU TIRO!!! EU TIRO!

O homem dá um soco em Vampira e ela cai no chão meio tonta. Mike vai pra cima do homem que bateu nela e eles apontam as armas pra ele.

Homem 1: Nem vem, seu idiota! Ela mereceu! E você também merece umas porradas por ficar de merda ao invés de fazer logo o que tem que fazer.

Mike se agacha no chão e a levanta. Ela chora sem som de tanta dor. Mas sua cara de sofrimento é de dar pena.

Mike: Vai ficar tudo bem...

Mike dessa vez nem pensa duas vezes. Coloca a mão por dentro da camisola e abaixa a calcinha de Vampira. Ele a senta  no vaso sanitário. Ela chora de dor, de vergonha, de nervoso, de tudo. E não faz nada.

Homem 1: Como é que é, minha filha? Vai fazer alguma coisa aí ou não?

Vampira: (chora) Vão embora daqui...

Mike: Gente, ela agora não precisa de ajuda. E pode ficar sozinha, afinal, ela está amarrada.

Todos saem e depois de algum tempo Vampira grita o nome de Mike. Os 3 entram no banheirinho de novo.

Homem 1: Tá, coloca essa calcinha de novo.

Homem 2: Sem se limpar?

Homem 1: Ela ia fazer as necessidades dela em cima da calcinha, no jornal mesmo. Qual o problema de não se limpar?

Homem 2: Você fez o número 1 ou o número 2, mutante nojenta?

Vampira: (chora)

Mike: Gente, eu imploro que vocês dois fiquem calados, por favor. Vampira, você quer que eu ...?

Vampira: Não... Eu só fiz xixi.

Homem 1: Que?

Homem 2: Xixi! Ela disse que só fez xixi!

Homem 1: Ah tá...

Mike: Eu vou colocar essa calcinha de novo.

Homem 2: Não. Não vai não. Você vai é tirar ela daí. Vai ficar sem isso. Ela não vai voltar a esse banheiro não. Não quero mais saber de problemas.

Homem 1: É. Boa idéia. Deixa ela sem calcinha lá no quartinho, que quando ela quiser fazer alguma coisa, faz em cima do jornal e não fica com a calcinha suja.

Homem 2: Claro, imagina se a gente tem tempo pra isso? Só falta o outro que também vai vir, querer ter essas mordomias de banheiro.

Vampira: Que outro?

Homem 1: Cala a boca! Ninguém falou com você não.

Mike tira por completo a maldita calcinha de Vampira. Ela a coloca  no colo de novo e a leva para o quartinho. Ela senta no chão, encolhidinha, fechando muito as pernas e morrendo de vergonha. Sua boca voltou a sangrar com o soco que levou.

Mike: Gente, eu vou fazer o curativo nela de novo porque...

Homem 1: Não vai não.

Homem 2: É. Teu quarto não é esse não. Tá na hora de sequestradinhos dormirem. E ela tá sem calcinha pra dormir com você. Ela recém casada, Mike.

Mike: Muito engraçado.

Os dois homens vão guiando Mike para seu outro quarto, mas antes de fechar a porta do quarto de Vampira, um deles ainda diz pra ela:

Homem 1: Olha, se você sentir frio entre as pernas, é só chamar a gente pra esquentar...

Homem 2: Que isso, Brendon? Você tá achando que eu transo com mutante?

Homem 1: Fala sério, Francis! A mulher é o maior pedaço de mau caminho!

Homem 2: Nem que me paguem!

Homem 1: Francis, olha pra isso! De camisola transparente de lua de mel se sem calcinha!!!

Homem 2: Isso é mais uma integrante da corja mutante! Não vale nada!

Homem 1: Eu sei! Se eu tivesse ordem, dava uns 5 tiros na cabeça dela, mas esse corpinho eu não dispensava não.

Homem 2: Ah, vamos embora pro nosso canto que você tá nojento hoje...

Os dois saem e trancam a porta do quarto dela. Vampira fica sozinha, machucada e morrendo de medo do que mais possa acontecer a ela nesse sequestro. No dia seguinte, a porta abre, Vampira se encolhe de novo. Uma mulher entra no quartinho.

Sabrina: Então é você...

Vampira: Quem é você?

Sabrina: Não dirija a palavra para mim, sua mutante!

Sabrina de salto alto e bem vestida se agacha para ver Vampira de perto.

Sabrina: Aquele molhado ali no jornal é xixi seu? É... A noite deve ter sido longa.

Vampira: Quem é você? Por favor, tira esse colar de mim.

Sabrina: Esse colar é bem interessante. Está dando certo com você. Dará certo com todos.

Vampira: Todos? Que todos?

Sabrina: Cala a boca. Só queria ver como você estava reagindo aos nossos bons tratos. Agora eu vou embora. Logo logo você terá companhia.

Sabrina vai embora e Vampira começa a imaginar o que se passa na cabeça desses loucos anti-mutantes. Mas não há nada que ela possa fazer, a não ser rezar.

CONTINUA