ESPAÑOL ENGLISH ANNA MARIA CASCUDO BARRETO

Nasceu em Natal, no famoso casarão da Av. Junqueira Aires, hoje Av. Câmara Cascudo, aonde seu genitor produziu a maior parte da sua obra monumental.

Filha de Dahlia Freire Cascudo e Luís da Câmara Cascudo, ele escritor de fama internacional, ela sua animadora e companheira por mais de cinqüenta anos de um casamento feliz. Anna, nascida em 13 de outubro de 1940, é a Segunda herdeira do casal; o primogênito, Fernando Luís, bem cedo foi ganhar a vida longe da Província, trabalhando nas Edições Bloch, e atualmente na Confederação Nacional da Indústria, no Recife.

Fez seus estudos no Colégio da Imaculada Conceição, tendo várias redações de sua autoria registradas no livro de ouro daquele estabelecimento de ensino modelar, que recentemente completou cem anos de existência.

Ainda estudante, começou a trabalhar – tinha 13 anos de idade – na revisão do jornal “A República”, sendo posteriormente convidada pelo Diretor Jurandir, a assinar coluna relativa à música popular brasileira. Sua página era “Cantinho de Hi-Fi”, e logo mantinha um programa na Rádio Nordeste, transmitido diretamente da sua “sala musical”. Escreveu contracapas de inúmeros elepês, e ao seu convite – com anuência da Prefeitura da capital – trouxe figuras importantes do cenário artístico da época, como Altamiro Carrilho e sua Orquestra Tabajara, Silvinha Telles, Roberto Menescal, Luís Carlos Vinhas, dentre muitos. Era a mania do perfeccionismo que mantém até hoje...

Nesta época, participou de diversas semanas de arte popular, e se inscreveu no Concurso Literário promovido pelo Lions Clube Internacional. Seu trabalho, comentando o Código de Ética do referido clube e suas implicações, foi premiado com o primeiro lugar e uma importância em dinheiro.
Terminando o Curso Cientifico, fez vestibular para o Curso de Direito da UFRN, que se instalava na época, sendo Reitor Onofre Lopes. Aprovada com notas altíssimas, foi noticia no “Jornal do Comércio” de Pernambuco, que acentuou sua pouca idade e a média obtida; 9,9, nas provas escritas e orais.
No primeiro ano da Faculdade, foi notícia como representante do Ministério Público no primeiro júri simulado. Conseguindo a nomeação para defensora dativa, atuou em vários processos, obtendo provas que absolveria os réus que defendia.

Na Segunda série, foi nomeada pelo Governador Dinarte de Medeiros Mariz adjunto do Terceiro Promotor de Justiça de Natal. Pediu demissão do seu emprego no Banco do Nordeste do Brasil, e até terminar a Faculdade, por diversas vezes assumiu todas as promotorias da capital.

Eleita Rainha da Faculdade de Direito de Natal, e Segunda colocada no Recife como Miss Universitária do Nordeste, estreou no júri como Promotora. Foi a primeira Promotora da cidade do Natal em júri, e na época era a Promotora mais jovem do Brasil. Estreou com vitória, vencendo seu Professor da Faculdade de Direito – ensinava Direito processual penal – Antônio Soares Filho. O réu foi condenado a 18 anos de reclusão e Anna entrou na História. A TV-Tupi veio do Recife para fazer “flashes” do acontecimento jurídico,que foi amplamente divulgado na imprensa nordestina, e também nas revistas “Manchete”, “Cruzeiro” e “Querida”, nesta última em imensa reportagem com o título “Às vezes a Lei é Mulher”.

Terminando, fez Concurso para o Cargo de Promotor de Justiça. Aprovada, funcionou em diversos Municípios do Rio Grande do Norte. O interessante é que possui títulos de cidadania daqueles aonde trabalhou, atestando sua dedicação ao trabalho e sua personalidade emblemática.

Outrossim, defendeu Tese na Sociedade Brasileira de Criminologia, dirigida então pelo brilhante professor Roberto Lyra. Dele recebeu anel de Doutorado, e o Diploma de Doutora em Leis.

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