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Meu nome é Rosangela Scheithauer, nascí em Mogi Mirim (SP), Brasil em 5 de outubro de anos passados com um sobrenome bem mais fácil de ser pronunciado do que este adquirido ao casar-me com um austríaco - de solteira meu sobrenome era Diogo Bueno.
Deixei o Brasil em 1978 para ir estudar em Londres. Sempre tive paixão pela lingua inglesa, talvez por ser a lingua do meu então adorado John Lennon. Prometí à minha mãe que retornaria após 6 meses, porém por força do destino não pude cumprir a promessa. Casei-me com Peter, que conhecí em Londres, em 1983. Temos dois lindos filhos, René Philip de 14 anos e Natalie, de 8 anos.
Além de Londres já moramos em Milão (Italia) e Viena. Presentemente vivemos em Linz, capital da Austria Superior ou Alta Austria, como muitos dizem. Em Milão fiquei conhecendo um pintor de 90 anos de idade chamado Carlo Righi. Este senhor descobriu em mim um talento que eu não sabia ser possuidora: o da pintura. Graças a ele, Deus o tenha no céu, hoje sou o que sou, artista plástica.
Há um ditado que diz: "o melhor amigo do homem é o cachorro". Tenho dois melhores amigos, o pincel e a caneta, esta última sendo aos poucos substituida pelo computador. Encontrei na pintura e nas crônicas a melhor maneira de me sentir mais perto do Brasil. Minhas telas retratam a beleza, riqueza e magia da alma brasileira.
Minhas crônicas e poesias são puras e sensíveis como a linguagem das crianças, aquela que todo mundo gosta de ouvir. Pela primeira vez estou participando de uma coletânea de crônicas e poesias, recém publicadas no Brasil sob o título "II Antologia Nau Literária", editora Komedi. Nunca tive ambições literárias, sempre gostei de escrever minhas coisinhas em um caderno todo amarelado que carrego comigo desde 1978 e só há pouco tempo decidi colocar em minha homepage. Gosto de ler tudo o que me vem às mãos, romances, biografias, dramas, suspenses, revistas, jornais e até mesmo livrinhos infantis. Sou apaixonada por música, gosto de clássicos como Chopin e Mozart, de modernos como Brian Adams ou Madonna, de MPB, pagode e samba. Na cozinha e no banheiro gosto de assoviar e de vez em quando me atrevo a cantar, e olhem que nem canto mal! Devo ter puxado pela minha mãe, possuidora da mais bela voz da cidade.
Adoro ir ao cinema, principalmente quando mostram filmes na versão original. São dois os meus filmes prediletos: Em algum lugar do passado e Forrest Gump. As músicas de ambos são lindíssimas e me emocionam toda vez que as ouço.
Meu defeito é ser um tanto explosiva, falo alto e gesticulo demais - ninguém é perfeito!
Meu passatempo, quando tenho "tempo" para passar, é ler, escrever e pintar. Meu marido vive dizendo que em mim "falta parafuso" pois muitas vezes acordo de madrugada para ir pintar ou escrever. Muitas vezes já me perguntei porque será que o dia só tem 24 horas? Sou muito ativa, quero sempre falzer mil coisas ao mesmo tempo e nunca sobra tempo. Acho que no dia em que eu morrer, no meu jazigo estará escrito simplesmente "Quis fazer mais coisas mas não sobrou tempo".
Minha infância no Brasil foi inesquecível, tenho as melhores recordações dela e talvez por isso muitas vezes me inspiro em temas do meu passado para escrever minhas crônicas e poesias. Uma das coisas que mais gostava quando criança era brincar de casinha utilizando latas velhas, caixas de sapato, panelas e roupas usadas. Divertia-me com todos aqueles brinquedos improvisados!
Sou sincera, uma de minhas qualidades, além de ser humana, amiga, fiel e leal. Aprecio pessoas que tenham pelo menos uma dessas características. Detesto falsidades, intrigas e fofocas.
Meu maior desafio até hoje foi conseguir sobreviver sozinha em Londres tendo saido do Brasil com apenas 300 dólares no bolso! Ainda bem que isso aconteceu em 1978, pois hoje em dia eu morreria de fome! Minha vida com certeza daria um bom romance para a autora inglesa Rosamunde Pilcher, bem cheio de sentimentos e poesias. não me arrependo de nada, tudo o que fiz foi porque eu quis e almejei. Orgulho-me de ter vencido todas as barreiras para chegar onde cheguei e agradeço a Deus por ter me dado esta chance. Admiro muitas pessoas neste mundo, entre elas estão minha mãe, Madre Tereza e minha falecida avó. Sou curiosa, quero sempre aprender coisas novas, gosto de "xeretar" em tudo. Acho que a cultura existe para que a conheçamos, basta ir atrás dela pois, uma vez encontrada, permanece dentro de nós.
Sou uma eterna romântica, gosto de um aconchego ao lado de uma lareira ou um jantar à luz de velas. Sou católica, porém não fanática. não acredito em histórias fantásticas, em disco-voadores ou em almas de outro mundo - esses temas são holywoodianos para caras como o Spielberg.
Se Deus existe? Oras, claro que sim. E é brasileiro!!!
Um abraço e meus agradecimentos a todos os que leram até aqui!
NOTA: A escritora Rosangela Scheithauer é representante da REBRA-Rede d Escritoras Brasileiras na Austria.