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CENTRO DE ESTUDOS TEMAS MORAIS e CÍVICOS |
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Tema musical:
Pour Élise
I. RESPEITA O ADVOGADO.
II. ATENTA PARA AS PARTICULARIDADES DE CADA PLEITO.
III. NÃO TE PRESUMAS UM ERUDITO.
IV. SÊ CLARO E CONCISO.
V. SÊ MANDO E REFLEXIVO.
VI. SÊ HUMANO.
VII. FICA DENTRO DA VIDA.
VIII. NÂO BUSQUES A POPULARIDADE.
IX. PRESERVA TUA DIGNIDADE E INDEPENDÊNCIA,
X. AO PROCURAR A JUSTIÇA REALIZA A MORAL E O DIREITO.
SENHOR! Eu sou o único ser na terra a quem Tu deste uma parcela de
Tua onipotência: o poder de condenar ou absolver meus semelhantes.
Diante de mim as pessoas se inclinam; à minha voz acorrem, à minha
palavra obedecem, ao meu mandado se entregam, ao meu gesto se unem,
ou se separam, ou se despojam.
Ao meu aceno as portas das prisões se fecham as costas do condenado
ou se lhe abrem, um dia, para a liberdade. O meu veredito pode
transformar a pobreza em abastança, e a riqueza em miséria. Da
minha decisão depende o destino de muitas vidas.
Sábios e ignorantes, ricos e pobres, homens e mulheres, os
nacituros, as crianças, os jovens os loucos e até os moribundos,
todos estão sujeitos, desde o nascimento até a morte, à LEI, que
eu represento, e a JUSTIÇA, que eu simbolizo.
Quão pesado e terrível é o fardo que puseste nos meus ombros!
Ajuda-me, Senhor! faze com que seja digno desta excelsa missão!
Que não me seduza a vaidade do cargo, não me invada o orgulho,
não me atraia a tentação do Mal, não me fascinem as honrarias,
não me exalcem as glórias vãs. Unge as minhas mãos, cinge a minha
fronte, bafeja o meu espírito, a fim de que eu seja um sacerdote
do Direito, que Tu criaste para Sociedade Humana.
Faze da minha Toga um manto incorruptível. da minha pena não o
estilete que fere, mas a seta que assinala a trajetória da Lei,
no caminho da Justiça.
AJUDA-ME, SENHOR, a ser justo e firme, honesto e puro, cometido e magnânimo, sereno e humilde. Que eu seja implacável com o erro, mas compreensivo com os que erraram. Amigo da Verdade e guia dos que a procuram. Aplicador da Lei, mas antes de tudo cumpridor da mesma. Não permitas, jamais, que eu lave as mãos como Pilatos diante do inocente, nem atire, como Herodes, sobre os ombros do oprimido, a túnica do opróbrio. Que eu não tema Cesar e nem, por temor dele, pergunte ao poviléu, se ele prefere "Barrabas ou Jesus"...
Que o meu veredito não seja o anátema candente e sim a mensagem
que regenera, a voz que conforta, a luz que clareia, a água que
purifica, a semente que germina, a flor que nasce no azedume do
coração humano.
Que a minha sentença possa lever consolo ao atribulado e alento
ao perseguido. Que ela possa enxugar as lágrimas da viúva e o
pranto dos órfãos. E quando diante da cátedra em que me assento
desfilarem os andrajosos, os miseráveis, os párias sem fé e sem
esperança nos homens,espezinhados, escorraçados, pisoteados e
cujas bocas salivam sem ter pão e cujos rostos são lavados nas
lágrimas da dor, da humilhação e do desprezo, AJUDA-ME, SENHOR,
a saciar a sua fome e sede de justiça!
AJUDA-ME SENHOR
Quando as minhas horas se povoarem de sombras; quando as urzes e os cardos do caminho me ferirem, os pés; quando for grande a maldade dos homens; quando as labaredas do ódio crepitarem e os punhos se ergurem; quando o maquiavelismo e a solércia se insinuarem nos caminhos do Bem e interverem as regras da Razão; quando o tentador ofuscar a minha mente e perturbar os meus sentidos, AJUDA-ME, SENHOR!
Quando me atormentar a dúvida, ilumina o meu espírito; quando
eu vacilar, alenta a minha alma; quando eu esmorecer,
conforta-me, ampara-me.
E QUANDO UM DIA, finalmente, eu sucumbir e já então como réu,
comparecer à Tua Augusta Presença para o último Juízo, olha
compassivo para mim. Dita, Senhor, a Tua sentença.
Senhor Deus, Supremo Magistrado!
Fazei com que, no cumprimento de meu dever, como Juiz, ao
julgar, tenha sempre diante de mim a Vossa Justiça.
Dai-me serenidade julgadora, bom-senso, para que possa
distribuir, humanamente, aquilo que os homens chamam de
justiça.
Afastai de mim o erro, a indecisão, o medo e a injustiça.
Dai-me, Senhor, nos momentos mais difíceis, a calma
necessária, quando todos a tiverem perdido.
Dai-me força para que jamais me curve ante o poder insolente.
Dai-me força para que paire, bem alto, acima das futilidades
e das incompreensões de todo dia, o meu entendimento julgador.
Iluminai-me para que, com a lei dos homens na mão, não esqueça
a Lei Divina, ensinada por Vós.
Fazei com que a minha mão jamais assine a condenação de um
inocente e finalmente fazei com que eu possa, sempre, dar a
cada um o que é seu, e então, no fim de minha vida, poderei
morrer tranqüilo, e apresentar-me diante de Vosso Tribunal,
por ter sido simplesmente um Juiz. (sem fonte autoral)
De tanto ver triunfar as nulidades,
De tanto ver prosperar a desonra,
De tanto ver crescer as injustiças,
De tanto ver agigantarem-se
os poderes nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar-se da virtude,
a rir-se da Honra,
a ter vergonha de ser Honesto".
RUY BARBOSA
Coragem para modificar aqueles que podemos.
E Sabedoria para distinguir umas das outras.
Contribuição - Dr. Hildemar Alves de Andrade
Homenagem aos que triunfam sobre o vício.
Não te doa jamais pensar em falha tua.
Na rosa espinhos há, turva-se a fonte clara;
Vela a nuvem e o eclipse a luz do sol, da lua,
E o escopo pulgão vive até na flor mais rara.
Todo homem erra sempre.
Shakespeare
LEI e LIBERDADE são tábuas da lei da vocação do advogado.
Nelas se encerra, para ele, a síntese de todos os mandamentos.
NÃO desertar a justiça, nem cortejá-la.
NÃO lhe faltar com a fidelidade, nem lhe recusar o conselho.
NÃO transfugir da legalidade para a violência, nem trocar a
ordem pela anarquia.
NÃO antepor os poderosos aos desvalidos, nem recusar patrocínio
a estes contra aqueles.
NÃO servir sem independência à Justiça, nem quebrar da verdade
ante o poder.
NÃO colaborar em perseguições ou atentados, nem pleitear pela
iniquidade ou imoralidade.
ONDE for apurável um grão, que seja, de verdadeiro direito,
não regatear ao atribulado o consolo do amparo judicial.
NÃO proceder, nas consultas, senão com a imparcilidade real
do juiz nas sentenças.
NÃO fazer da banca balcão ou da ciência mercatura.
NÃO ser baixo com os grandes, nem arrogante com os miseráveis.
Servir os opulentos com altives e aos indigente com caridade.
AMAR a PÁTRIA, estremecer o próximo,
guardar a fé em DEUS, na Verdade e no Bem.
RUY BARBOSA
NESTA PALAVRA - JUSTIÇA - CABE QUASE INTEIRA A NOÇÃO DE
NOSSA FELICIDADE NA TERRA. É A SUBSTÂNCIA DA CIVILIZAÇÃO,
A ESSÊNCIA DA SOCIEDADE, A SÍNTESE DA POLÍTICA CRISTÃ"
RUY BARBOSA
"O direito não uma pura teoria, mas um força viva. Por isto a
justiça sustenta em uma das mãos a balança em que se serve
para o defender. A espada sem a balança é a força brutal; a
balança sem a espada é a impotência do direito. Uma não pode
avançar sem a outra, nem haverá ordem jurídica perfeita sem que
a energia com que a justiça aplica a espada seja igual à habilidade
com que maneja a balança"
Rudolf von Ihering
Sessões de psicodrama e encontros para leitura de poesias e
textos de filosofia deverão reunir em breve juízes de Direito,
que estão no começo da carreira. Essas são as novidades da
Escola Paulista da Magistratura, que há pouco mais de dois
anos dá cursos de iniciação funcional e de aperfeiçoamento
para magistrados.
O estabelecimento passará a promover reuniões dessa natureza,
pouco relacionadas à área jurídica, mas importantes para se
conhecer com mais profundidade o comportamento humano,
esclarecem os responsáveis pela inovação.
"Queremos transformar a escola em uma oficina de reciclagem",
afirma o conselheiro da entidade, José Renato Nalini. A
instalação desses cursos ajudará os magistrados a esquecer
a rotina de trabalho, que é árdua, na opinião do conselheiro.
A sobrecarga de atividades, a necessidade de dominar um
número cada vez maior de temas e o contato permanente com
conflitos que envolvem os processo fazem, segundo Nalini,
com que o cotidiano do juiz seja estafante. "Para manter o
equilíbrio emocional, é indispensável desenvolver uma
atividade paralela", explica.
Promover sessões de psicodrama, de acordo com Nalini, é um
ótimo recurso para magistrados descarregarem a tensão
adquirida no trabalho. Os grupos de poesia serão formados
por outra razão. Ele afirma que vários profissionais da
classe escrevem, mas, por timidez, não amostram o texto a
ninguém. "Nos encontros, eles poderiam expor suas criações,
trocar opiniões e informações", diz. Esse projeto, porém,
será colocado em prática gradualmente.
O Juiz é obrigado por força de seu cargo,
a afastar-se, conscientemente, de uma
disposição legal, quando essa disposição
de tal modo contraria o sentimento ético
da generalidade das pessoas que, pela
sua observância, a autoridade do Direito
e da Lei correria um perigo mais grave
do que através de sua observância.
(Gezetz Und Richterpruch, p. 142 - cit.
do juiz Dagoberto Romani)
Anonymous
Texto simples e interessante:
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