Rumo à Patagônia

    Em janeiro de 1999 eu estive no Parque Nacional Torres del Paine; uma das mais belas e ricas reservas de Biofera de todo o mundo. Meu principal objetivo, além da visita, era fotografá-lo. A Patagônia pareceu-me o lugar mais óbvio: montanhas geladas, glaciares, animais selvagens soltos, clima seco, frio, etc. Planejei desde setembro/98 obtendo informações com amigos, Internet, agências de viagens, e comecei a comprar equipamentos, tanto fotográficos como de trekking: barraca, fogareiro, roupas especiais, mochila, etc. Esse investimento já foi pensado também para futuros passeios, fotográficos ou não. No começo ficou certo que iria minha namorada, Camila, e eu. Apesar que ela estava um "pouco" a contra-gosto: preferiria ir à algum lugar mais quente. De última hora, ela não pôde ir. Resolvi ir sozinho senão eu iria pirar. Caso alguém queira ir, deixarei algum toque para tentar ajudar. Então, lá vai:
    06/01/99 - quarta-feira - Saí de São Paulo às 8h55, 1h de atraso, com destino a Rio Gallegos (RG), Argentina, com escala e troca de aeroporto em Buenos Aires (BA), pela Aerolineas Argentinas. O mais comum é ir pelo Chile (SP- pernoite em Santiano - Punta Arenas) mas sairia mais caro - U$1370 contra os U$570 que eu paguei. Chegando em Ezeiza, BA, peguei um taxi para o Aeropark (U$30). Com uma distância semelhante entre Cumbica-Congonhas, em 40 minutos, num bando de loucos ao volante, cheguei ao Aeropark, nas margens do Rio de la Plata. Outro vôo atrasado. Deveria sair às 12h56 e só saiu as 14h40. Cheguei em RG às 18h40 após fazer uma incrível escala em Ushuaia.Em RG, peguei um taxi e fui direto à rodoviária (U$5) atrás de passagem para o dia seguinte até Punta Arenas, Chile. Comprei para às 11h do dia 07/01 (U$20) e perguntei onde me recomendaria ficar. Fui num táxi (U$3), ouvindo "É o Tcham" ao Hotel Colonial  (U$15 a diária sem café da manhã/desayuno). Depois de instalado dei uma volta pela cidade (190.000h) com uma rua principal do comércio (O'Hinggins) onde parecia que todos os habitantes passavam por ela. Sempre indo e voltando. A temperatura estava agradável, 23ºC. Na manhã seguinte estava caindo uma garoa forte e, só descobri depois que saí do hotel, que a temperatura havia caído para 5ºC. Fui pra rodoviária e peguei o ônibus para Punta Arenas, Chile. Com as janelas cheias de barro que impossibilitava qualquer visão externa, andava a 40km/h pois a estrada no lado argentino é feita de terra e cascalho cheia de buracos que faziam o ônibus balançar muito. O pior era ouvir Leandros & Leonardos e seus Amigos em versão castelhano. Chegando na aduaneira, tivemos que descer do ônibus pra entregar o documento de entrada/saída do país. Estava um um frio insuportável. A Camila, se estivesse lá, viraria um cubo de gelo. O ônibus andou alguns poucos metros até a entrada chilena, onde mais uma vez todos descemos para, dessa vez, passar as bagagens pelo Raio-X. No Chile são agentes federais e na Argentina são soldados do exército que fazem esse trabalho. Tudo certo... Seguindo para Punta Arenas...
 

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