PERIGO DOS SENTIDOS DESENFREADOS

 

Os sentidos impacientes, Ó Arjuna, forçosamente fascinam a mente mesmo de uma pessoa sábia que aspire por perfeição. (2.60)

 

O sábio sempre mantém vigilância sobre a mente. Não se pode confirmar plenamente na mente. Ela pode enganar mesmo uma pessoa auto-realizada (BP 5.06.02-05). Deve-se estar muito alerta prestando atenção nas excursões da mentes. Jamais relaxe a sua vigilância até que a meta final de realização em Deus seja atingida. Mão Sarda diz: “É da natureza da mente dirigir-se aos gozos dos objetos inferiores, assim como a natureza da água em escorrer para baixo. A Grace de Deus pode fazer a mente direciona aos elevados objetos, assim como os raios de Sol evaporam a água.

A mente humana está sempre pronta para ludibriar e fazer boas ações. Portanto, disciplina, vigilância constante, e prática espiritual honesta são necessárias. A mente é como um cavalo xucro que precisa ser domado. Nunca deixe a mente vagar - sem vigilância - no reino da sensualidade. O caminho da vida espiritual é muito escorregadio e deve ser pisado com muito cuidado para evitar quedas. Não é uma alegre travessia, e é muito difícil pisar na estreita margem do fio da espada. Muitos obstáculos, distrações e falhas chegam no caminho para auxiliar o devoto a tornar-se forte e avançar mais no caminho, assim como o ferro torna-se aço pela alteração da temperatura, esfriamento e martelamento. Não se deve desencorajar pelas falhas, mas continuar com determinação.    

 

Aquele que fixa a sua mente em Deus com amor contemplativo, após trazer os sentidos sob controle; e de quem o os objetos dos sentidos estão sobre completo controle, o intelecto torna-se firme.  (2.61)

 

Desenvolve-se apego aos objetos dos sentidos pensando-se nos objetos dos sentidos. O desejo pelos objetos dos sentidos advém do apego aos objetos dos sentidos, e a ira advém dos desejos não realizados. (2.62)

 

A ilusão ou idéias desordenadas surgem da ira. A mente é confundida pela ilusão. A razão é destruída quando a mente está confusa. Cai-se do caminho da retidão quando a razão é destruída, (2.63)

 

 

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