O SER É ETERNO, O CORPO É
TRANSITÓRIO O
Ser invisível (Atma, Atman, a alma, o espírito, a força vital), é eterna. O
corpo físico visível é transitório, e passa por mudanças. A realidade destes
dois, de fato, é realmente vista pelos videntes da verdade, que conhecem que
nós não somos estes corpos, mas o Atma. (2.16) O Ser existe em toda a parte em todos os
tempos – passado, presente e futuro. O corpo humano e o universo, ambos,
possuem uma existência temporária, mas aparecem como permanentes numa
primeira impressão. O dicionário Webster define o Atman ou Atma com a “Alma
Universo”, da qual todas as almas derivam-se, e a Suprema Morada para a qual
elas retornam. Atma é também chamado de “Jivatma”, ou “Jiva”, o qual é a
origem fundamental do toda a personalidade individual. Nós usamos as palavras
inglesas: Ser, espírito, alma, ou alma individual de modo possível de mudança
para os diferentes aspectos de Atma. (No Dicionário Aurélio, versão
eletrônica, existe a seguinte menção a palavra Atma: “Atmã, Do sânscrito: No
hinduísmo, o eu ou a alma individual, querendo significar, ou a totalidade
das funções do organismo, ou uma entidade supracorporal que só pode ser
atingida quando superada a realidade corpórea do indivíduo concreto,
confundindo-se este com Brama [leia-se Brahman]”, nota do tradutor para o
Português). Nosso corpo físico está sujeito ao nascimento,
crescimento, maturidade, reprodução, decadência e morte; enquanto que o Ser é
eterno, indestrutível, puro, único, todo conhecedor, substrato, imutável,
alto-luminoso, a causa de todas as causas, todo penetrante, inafetável,
imutável, e inexplicável. O
espírito, pelo qual o universo todo está impregnado, é indestrutível. Ninguém
pode destruir o Espírito imperecível. (2.17) O corpo físico do que é
eterno, imutável e incompreensível Espírito, é mortal. O Espírito (Atma) é
imortal. Portanto, enquanto guerreiro, você deve lutar, Ó Arjuna. (2.18) Aquele que pensa que o
Espírito é morto, e aquele que pensa que o Espírito mata, ambos são
ignorantes, porque o Espírito nunca mata nem é morto. (2.19) O
Espírito nunca nasce e nem morre em qualquer tempo; nunca vem a ser ou cessa
de existir. Ele é não nascido, eterno, permanente e originário. Ele não se
extingue quando o corpo se extingue. (2.20) Ó Arjuna, como pode uma pessoa que pensa que o Espírito é indestrutível, eterno, não nascido e imutável, matar alguém ou fazer com que alguém seja morto? (2.21) |