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"UMA GUERRA NA MÍDIA"

        Walter Alfredo, aluno do curso de Comunicação

Social, Habilitação em Jornalismo - Rádio

                Com freqüência, as notícias transmitidas pela mídia costumam provocar discussões em muitos círculos sociais, a ponto de alguns indivíduos fazerem protestos contra o que foi divulgado. Acusando os meios de comunicação de transmitirem informações duvidosas, forjadas ou sem fundamento, essas pessoas fazem ataques diretos e indiretos a esses meios.
                Um círculo social que costuma desmentir o que é divulgado na mídia é o da política. Reportagens com dados sobre a participação de algum político em um esquema de corrupção ou qualquer outra atividade suspeita incomodam muito essa classe. Quando perguntados sobre algum assunto sobre o qual não querem falar, eles dizem “não falei nada disso”, “isso é intriga da oposição”, entre outras respostas.
                Em certas ocasiões, o protesto feito por alguns políticos é tão forte que chega a criar um clima de guerra entre meios de comunicação e alguns indivíduos. Exemplos podem ser vistos nas constantes declarações feitas por Roberto Requião, governador do Paraná, contra as notícias e críticas feitas à sua gestão.
                Em janeiro, o governador foi proibido pelo Tribunal Regional Federal (TRF) de usar a Rádio e TV Educativa do Paraná (RTVE) para criticar seus desafetos políticos e a imprensa, em especial a do Estado do Paraná. Antes da decisão do TRF, ele costumava usar na RTVE o programa “Escola de Governo” para fazer comentários ácidos sobre qualquer pessoa ou instituição que o contrariasse.
                No dia 1º de abril, Requião criticou o Tribunal de Contas do Estado (TCE) por ter suspendido uma licitação referente a contratação de mídia impressa para publicação de publicidade legal do governo. Ele questionou a atitude do TCE, mas, desta vez, cuidou com o tom das palavras, para não ser multado.
                Porém, não é apenas no Paraná que acontecem confrontos entre uma personalidade pública e algum meio de comunicação. O jornalista Luís Nassif publicou em seu blog uma série de matérias contra a revista Veja, dizendo que “O maior fenômeno de anti-jornalismo dos últimos anos foi o que ocorreu com a revista Veja”. Além disso, foi o entrevistado da edição de março da revista Caros Amigos, onde comenta sobre o assunto.
                De acordo com Nassif, o que existe é uma mercadologia, onde se escreve sobre aquilo que vende. Na entrevista, ele diz que “se a opinião pública quer um pouco mais à esquerda, eles vão, faz parte do conceito da grande mídia em relação ao ambiente de mercado”. De certa forma, pode-se dizer que o interesse pelas matérias importantes está extinto, restando apenas interesse comercial nas reportagens.
                Em uma das matérias do blog, ele critica a Veja pelos chamados “assassinatos de reputação”, onde são reportadas evidências (verdadeiras ou não) e situações para destruir a reputação de alguém. É o uso da mídia em “guerras empresariais e ações judiciais”. Ainda sobre o uso da mídia para atacar alguém, Nassif comenta, na entrevista, sobre os ataques diretos e indiretos feitos contra si mesmo em trechos de matérias da Veja e em sites da Internet.
                Roberto Requião e Luís Nassif são dois exemplos de atritos que acontecem entre meios de comunicação e indivíduo. Para quem pretende ou já está trabalhando na área de Comunicação, é importante saber desses fatos para tomar conhecimento do que está acontecendo. Para os leitores de revistas e outras mídias, tais fatos servem de referência de que deve-se pensar sobre o que é divulgado e quais fontes de informações podem fazer mais uso de credibilidade e profissionalismo.

Fontes: http://luis.nassif.googlepages.com.
http://carosamigos.terra.com.br