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.......Pergunte!

 

"AFINAL, COMO SÃO PRODUZIDAS AS NOTÍCIAS?"

        Professora Nivea

 

..........Dentro da área da comunicação e mais ainda do jornalismo, há algumas regras que os manuais das redações dos jornais ditam para se poder separar o que é notícia do que não é notícia. Entre os critérios estabelecidos encontram-se: atualidade (novidade), interesse do público leitor para aquele fato e o diferente, isto é, aquilo que torna o fato sui generis. É a velha história: um cão que morde um homem não é notícia. Mas um homem que morde um cão torna-se notícia.

..........Mas como tudo na comunicação, esses critérios começam a se relativizar em função de “n” fatores. Dentre esses fatores está o de proximidade – uma notícia específica de uma cidade vai interessar mais aos habitantes dela. Outro fator é o de interesse público e aí temos uma discussão interessante: quem define o que é interessante para o público? O jornalista Ricardo Noblat denuncia que nós, jornalistas, acabamos por sofrer de uma arrogância crônica quando achamos que podemos nos comparar a Deus quando escolhemos o que entra em um jornal ou não, ou o que é notícia e o que não é. É óbvio que o feeling e o treinamento de um jornalista podem dar a ele certas ferramentas para selecionar o que é notícia e o que não é. Mas é importante entender que por mais critérios que usemos para escolher o que é notícia e o que se deve publicar ou não, há muito de escolha pessoal do profissional, do editor do jornal e do próprio dono do jornal. Por isso, não há jornalismo imparcial. Há uma tentativa de se chegar perto do que seria verdade. Mas a simples escolha dos assuntos que são publicados já oferece uma conotação de parcialidade.

..........Assim, leitores espertos sabem que não se deve levar ao pé da letra o que um veículo de comunicação diz. Para se manter bem informado o ideal é apostar na diversidade de veículos, que darão cada um a sua versão, possibilitando ao leitor obter a sua própria.