Duas Caras

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Fique Por Dentro
Duda decide usar câmera escondida na Portelinha
Já que Juvenal não autorizou o filme, diretor resolve usar idéia de Maria Eva
 
Duda ganhou uma bolada para fazer o filme sobre a Portelinha. Mas como Juvenal Atena não permitiu que uma equipe de cinema invadisse sua favela, o jovem corre o risco de perder toda a grana. Fora os possíveis prêmios e a fama que ele ganharia por conta do documentário.

Mas Maria Eva, que como toda a brasileira, não desiste nunca, sugere que o sobrinho use uma câmera escondida para filmar a rotina da favela. Gabriel repreende a mulher pelo conselho e pede para ela não inventar. Faceira, a aspirante à musa dos pobres responde: “Nem preciso, já inventaram! Cinema verdade, câmera escondida!”.

Os olhos de Duda brilham. Como ele não tinha pensado nisso antes? Hoje em dia as câmeras são microscópicas, escondem-se facilmente na roupa, no bolso. Fora que ele vai conseguir filmar até assuntos polêmicos....

Empolgado, o cineasta liga para Júlia e pede sua opinião. A filha de Barretão tem suas dúvidas se Juvenal, cujo apelido é Antena, não vai se ligar no esquema. Mas concorda com Eva em um ponto: o filme vai ficar mais verdadeiro. 

Isso ainda vai dar o que falar...

A cena deve ser exibida na próxima quarta-feira, 31/10.


Solange obedece Juvenal na base da chantagem
Ele diz que se ela não for ao bacalhau do Bernardinho, fica sem comida
 
De cima da escada, Solange aparece, lindíssima, bem-vestida e maquiada. No andar de baixo, Juvenal observa a filha, com orgulho e emoção. Quase como uma debutante prestes a dançar valsa em festa de 15 anos, ela dá o braço para o pai e ambos se dirigem para o primeiro evento social juntos, como uma família: o bacalhau na casa de Bernardinho.

Mas para esta bela cena acontecer, foi preciso que Juvenal fosse ao extremo de sua paciência. Ele fica horas tentando convencer Solange a ir com ele no jantar, mas a moça, preconceituosa que só ela, não quer se enturmar com os “favelados”. Chega ao disparate de dizer que não sabe com que água Bernardinho fez a tal comida, que tem medo de pegar uma doença. Revoltado, Juvenal apela para a grosseria e diz que se ela não for, vai ficar em casa trancada sem comer nada.

Gulosa até dizer chega, Solange é obrigada a se arrumar para o jantar. Não sem antes gritar e espernear, xingar o pai dos piores nomes. Pelo visto, Guigui está certa: “Esta menina gosta de platéia. É leonina”. Avesso à crença nos signos, desta vez Juvenal concorda. Mas reitera que, na casa dele, o único leão a mostrar as garras é ele mesmo.

Vamos ver o que Solange vai aprontar no jantar.

A cena deve ser exibida na próxima quarta-feira, 31/10.


Dália se apavora, Bernardinho a consola!
Ela tem medo de ser atacada por Ronildo, mas recebe o carinho do amigo
 
O burburinho causado pelo roubo do anel de Maria Eva por Ronildo parece já ter passado. A perua já recuperou a jóia e o assaltante, atropelado, foi parar no hospital. A paz novamente volta a reinar na Portelinha. Mas tem um coraçãozinho ainda aflito, que bate forte só de pensar na presença do bandido louro: o de Dália.

Quando Lucimar diz à moça que Ronildo voltou a atacar, Dália entra em pânico. Ela sabe que, enquanto o ex-marido estiver solto, sua vida corre perigo. Tanto que vai falar com Bernardinho, quase desistindo de ir ao jantar preparado especialmente para ela.

Com carinho, ele a abraça e a conforta. “Dália, vê se entende uma coisa: você não está sozinha no mundo. Eu sou teu amigo e não vou deixar que nada de mal lhe aconteça”, diz. Mais tranqüila, ela abraça Bernardinho e o chama de “anjo da guarda”.

Mas, realmente, Dália tem razão. Ronildo não vai deixá-la em paz, principalmente porque acha que ela está namorando Bernardinho. É bom Juvenal ficar de antenas bem ligadas para proteger a coitada.

A cena deve ser exibida a partir da próxima quarta-feira, 31/10.

O que rola entre Dália e Bernardinho?

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Juvenal resiste ao charme de Eva
Ela tenta convencê-lo a autorizar o filme de Duda, mas leva um "não"
 
A peripécia de Eva Duarte na Portelinha quase acaba mal. Não fosse a perseguição dos anões de Juvenal a Ronildo, ela teria ficado sem seu anel de brilhantes. Mas apesar de toda peruíce, Eva tem no sangue o registro dos macarrões com mortadela que comeu quando era pobre. E segue no seu objetivo de convencer Juvenal a autorizar a filmagem de Duda.

Reunidos na associação de moradores, estão as figuras mais inusitadas. Juvenal e seus capangas, Guigui, Eva, Duda, Gabriel – que apareceu para ‘salvar’ a esposa – e até Narciso Tellerman, que não tem nada a ver com a história, mas vai fazer uma visita. A loura então joga todo seu charme para amolecer Juvenal. Mas ele é categórico e diz que não quer filme nenhum na Portelinha. Duda, então, resolve defender o próprio projeto e afirma que, se Juvenal liberar, será o primeiro a ser entrevistado.

 
“Pra mudar tudo depois? Com aquelas montagens que vocês fazem e distorcem o que a gente falou?”, lança o rei da Portelinha, mais esperto do que se pensa.

Gabriel então diz a Eva e Duda que conhece Juvenal há tempos e sabe que ele não é de voltar atrás. O líder retruca que é muita cara-de-pau um homem que trabalha para seu maior inimigo aparecer na favela para pedir favores.

Apesar da confusão, porém, Maria Eva sai da Portelinha embaixo de aplausos da ala masculina, e dá tchau para os moradores, sentindo-se a própria musa dos pobres!

A cena deve ser exibida na próxima quarta-feira, 31/10.


Ronildo rouba Maria Eva, mas acaba atropelado
Ele leva o anel de brilhantes da perua, que estava na favela para falar com Juvenal
 
Na favela da Portelinha não tem roubo e não tem tráfico. É tudo comandado pelas mãos-de-ferro de Juvenal Antena e seus capangas. Mas Ronildo vira e mexe aparece por lá e apronta alguma. Desta vez, ele rouba o anel de brilhantes de Eva Duarte, que estava na favela para falar com o líder comunitário.

“Pega ladrão!”, ela grita desesperada, vendo o bandido correndo para os becos. Juvenal e seus homens correm atrás de Ronildo, que no desespero não percebe o carro de Waterloo. Atropelado, é lançado ao chão.

Agora, a pergunta que não quer calar: o que diabos Maria Eva Duarte, esposa de Gabriel Duarte, perua da Barra da Tijuca, estaria fazendo em plena Portelinha? Muito bem-intencionada, ela iria falar com Juvenal para liberar o documentário de seu sobrinho, Duda. Iria, não. Vai. Mesmo depois do assalto, ela continua querendo uma reunião com o homem.

Mas isso é conversa para os próximos capítulos.

A cena do roubo deve ser exibida na próxima terça-feira, 30/10.


Amara quer afastar Dália de Bernardinho
Ela arma um plano com seu irmão brutamontes, o Carlão
 
Dália abalou a vida de Bernardinho. Desde que conheceu a moça, ele só cozinha para ela, deixando sua família de desocupados com a barriga na miséria. Bernardo, o pai, está tão orgulhoso do suposto namoro do filho que resolveu oferecer um rega-bofe para Dália, e convidou até Juvenal Antena. Mas Amara não está gostando nada disso e quer boicotar este romance, para ter seu cozinheiro particular de volta. Ela chama o irmão para aprontar alguma durante o jantar.

 
De longe, ela e Carlão, um verdadeiro brutamontes que mais parece dançarino de boate, olham para Bernardinho e Dália, que batem papo. “Contigo na parada, ele desgruda da songa-monga e voltar a pajear a família: deu pra entender?”, diz Amara.

Alheios a esta armação, Bernardinho e Dália conversam, carinhosamente. Ela está indecisa se deve ir ao jantar na casa dele, feito especialmente para a família conhecê-la. Ele diz para Dália ficar tranqüila: o pessoal ladra, mas não morde.

Pelo visto, este jantar vai pegar fogo!

A cena deve ser exibida na próxima terça-feira, 30/10.


Branca e Macieira se beijam
Passeio romântico por Paris envolve os dois amigos
 
A viagem de Branca a Paris para espairecer e buscar Sílvia acaba sendo mais proveitosa do que ela imaginou. A surpresa de encontrar Macieira no Café de la Paix se transforma num passeio pelos adoráveis pontos turísticos da cidade, deixando os dois amigos envoltos numa aura de romantismo.

A conversa entre Branca e Maciera inicia como outra qualquer, entre conhecidos. Ela fala de seus problemas na universidade, ele fala de seus sonhos e decepções com a educação. Sem se sentir preparada para assumir a reitoria, Branca vê no professor uma figura perfeita para ocupar o cargo. Ele está prestes a dizer se aceita ou não voltar para o Brasil, quando ela diz: “Não responda agora. Pense até o dia do meu embarque. Até lá, não falamos mais sobre o assunto. Mas podemos falar sobre outros assuntos. Afinal, estamos em Paris!”.

E assim eles resolvem se enveredar pela Cidade Luz. Passeiam de barco sobre o rio Sena, caminham pelas ruas parisienses, visitam cafés e livrarias, bebem champanhe... Até terminarem a noite aos pés da Torre Eiffel. Totalmente envolvidos com o clima romântico da cidade, Macieira e Branca se beijam, tendo ao fundo as luzes pisca-pisca do monumento.

A cena deve ser exibida a partir da terça-feira, dia 30/10.


Claudius beija Maria Paula
O advogado abandona o jeito bonzinho e dá prazo de sete dias para ela decidir ficar com ele
 
Chega de ser o bonzinho. Pelo menos por alguns segundos, Claudius tem uma atitude mais incisiva em relação a Maria Paula. O resultado? Consegue tê-la nos braços pela primeira vez, num longo e ardente beijo!

Mas é claro que ninguém se transforma num exemplo de homem-atitude de uma hora pra outra. Depois de beijá-la, quando os dois estão sozinhos no quarto dela, Claudius retoma seu discurso apaixonado. Maria Paula vem novamente com aquela história de “meu coração está fechado” e “gosto de você como amigo”, mas aí é que o novo Claudius ataca. Pela primeira vez, ele dá um prazo.

“Não posso te conquistar se você não permitir que sejamos mais do que amigos. Portanto, Maria Paula, pense bem se quer ser minha mulher, e me dê sua resposta daqui a sete dias”, diz ele, cara a cara, boca a boca, olhos nos olhos.

E agora, Maria Paula?

A cena deve ser exibida a partir da próxima segunda-feira, 29/10.

Maria Paula deve dar uma chance a Claudius?

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Solange é mesmo filha de Juvenal
Sai resultado do exame de DNA, para irritação da garota
 
Horrorizada, Solange vê o resultado do exame de paternidade. Em sua frente, Juvenal a encara. Oficialmente, agora os dois são pai e filha, e nada vai mudar isso. O líder comunitário está realmente disposto a assumi-la, mas a garota faz birra.

“Tanto homem no mundo, e minha mãe foi escolher logo este traste pra ser meu pai?!”, exclama Solange, diante de um Juvenal perplexo. Ninguém nunca foi tão insolente com ele. Pela primeira vez, sua autoridade não significa nada, e isso o deixa fora de si.

Acostumada com outro estilo de vida, Solange queria mesmo era ganhar uma mesada e ir embora da favela. Morar com os “mauriçocas” da Barra da Tijuca, como diz Evilásio. Tem medo de morrer na comunidade, de ser maltratada pela vizinhança. Acha que Juvenal é um bandido. O líder não quer saber de blábláblá. Diz que a Portelinha é o lugar mais seguro onde ela pode viver e que, de hoje em diante, ela não vai sair da favela de jeito nenhum.

Solange corre para o quarto, chorando. Juvenal, arrasado, mostra as mãos tremendo para Guigui. Ela o aconselha a ter paciência. Ser pai não é fácil, muito menos nestas circunstâncias.

A cena deve ser exibida na próxima segunda-feira, 29/10.


Ferraço joga charme para Sílvia
Ele liga para Paris e pede a presença dela na festa de 10 anos da empresa
 
Apesar de ter adorado as flores que recebeu de Ferraço, Sílvia seguiu os conselhos de Branca e não ligou para agradecer. Mas o empresário parece estar mesmo disposto a conquistar a herdeira dos Pessoa de Moraes e decide ele mesmo telefonar para a moça, que ainda está em Paris.

Sem graça, ela se desculpa por não ter agradecido pelas flores. Diz que em breve estará no Brasil para ajudar Branca a tocar a universidade. Ferraço vibra com a notícia e dá o golpe de misericórdia. “Estou programando uma bela festa para comemorar o décimo aniversário da minha empresa. Faço questão da sua presença”, lança ele, gélido, porém sedutor.

Charmosíssima, Sílvia confirma a presença. Os dois se despedem e desligam, no momento em que Branca entra no quarto. Mas a moça, que sabe que a mãe não gosta de Ferraço, mente e diz que era uma amiga.

A cena deve ser exibida na próxima segunda-feira, 29/10.


Solange é mesmo filha de Juvenal
Sai resultado do exame de DNA, para irritação da garota
 
Horrorizada, Solange vê o resultado do exame de paternidade. Em sua frente, Juvenal a encara. Oficialmente, agora os dois são pai e filha, e nada vai mudar isso. O líder comunitário está realmente disposto a assumi-la, mas a garota faz birra.

“Tanto homem no mundo, e minha mãe foi escolher logo este traste pra ser meu pai?!”, exclama Solange, diante de um Juvenal perplexo. Ninguém nunca foi tão insolente com ele. Pela primeira vez, sua autoridade não significa nada, e isso o deixa fora de si.

Acostumada com outro estilo de vida, Solange queria mesmo era ganhar uma mesada e ir embora da favela. Morar com os “mauriçocas” da Barra da Tijuca, como diz Evilásio. Tem medo de morrer na comunidade, de ser maltratada pela vizinhança. Acha que Juvenal é um bandido. O líder não quer saber de blábláblá. Diz que a Portelinha é o lugar mais seguro onde ela pode viver e que, de hoje em diante, ela não vai sair da favela de jeito nenhum.

Solange corre para o quarto, chorando. Juvenal, arrasado, mostra as mãos tremendo para Guigui. Ela o aconselha a ter paciência. Ser pai não é fácil, muito menos nestas circunstâncias.

A cena deve ser exibida na próxima segunda-feira, 29/10.


Barretão ameaça botar Evilásio na cadeia
Ele só deixa o rapaz em paz se Júlia nunca mais encontrá-lo
 
Dizem que a justiça é cega, mas em se tratando de Barretão, é totalitária e mau-caráter. No dia seguinte ao jantar desastroso em que teve atitudes racistas contra Evilásio, o advogado acorda numa tremenda ressaca. Mas nem um pingo de arrependimento no coração. Quando Júlia diz que o pai vai ter que pedir desculpas para o rapaz, Barretão aceita, mas com uma condição: que ela nunca mais o encontre.

Revoltada, Júlia diz que Barretão não pode e não vai controlá-la. A condição do advogado se torna, então, uma ameaça: “Experimenta se encontrar com o teu Evilásio pra ver. Eu não vou dar trégua, Júlia. Contrato detetive particular pra vigiar você vinte e quatro horas por dia... Peço à polícia pra dar uma geral na vida do rapaz só pra saber se ele deve alguma coisa à sociedade...”.

Júlia esperneia, não acredita no que está ouvindo. E Barretão acrescenta que mesmo que Evilásio tenha a ficha limpa, vai dar um jeito de colocar o rapaz na cadeia.

Logo agora que os dois pombinhos estão encantados um pelo outro... Será que Júlia vai aceitar a imposição do pai? E Evilásio, vai vencer o orgulho e entrar em contato com a patricinha que tanto o abalou?

A cena deve ser exibida no próximo sábado, 27/10.


Jojô comanda as dançarinas da uisqueria
Gerente da casa de massagens ensina suas meninas a terem presença de palco!
 
Vesga, Denise, Victória, Socorro... Lendo assim, parece que estamos falando das Spice Girls da Portelinha. E de certa forma, são mesmo mocinhas bem apimentadas. Comandadas pelo gerente Jojô, elas trabalham na Uisqueria Cincinatti, uma casa de massagens localizada nas redondezas da favela.

Para agradar a clientela, as meninas precisam suar. Antes de a casa abrir, elas treinam no palco da boate, que tem um cano vindo do teto. Umas delas escorrega pelo cano, faz caras e bocas. Mas Jojô está achando tudo um horror e manda parar tudo.

“Não é pra descer ao estilo bombeiro. Você não vai apagar incêndio, você tem é que provocar um. Tem que ser sensual! Tem que rebolar! Assim ó!”, diz o gerente, ele mesmo fazendo a demonstração no cano.

As meninas aplaudem e passam a imitá-lo. Mas Jojô não tem muita paciência com elas. Ele sabe que sua maior atração não está ali e chega só mais tarde. Algum palpite?

A cena deve ser exibida na próxima sexta-feira, 26/10.


Branca reencontra Macieira em Paris
Depois de almoço desastroso com ministro, ela se anima na Cidade Luz
 
Decidida a fugir do burburinho pela morte de João Pedro, das falsas demonstrações de pêsames e das situações constrangedoras, Branca viaja para Paris, onde mora Silvia, sua filha. Mas logo no aeroporto, após o desembarque, ela descobre que tem um compromisso chato e irrecusável: um almoço com o Ministro da Educação do Brasil (Jackson Antunes, em participação especial) e sua comitiva, no Café de la Paix, um dos mais famosos da Cidade Luz.

 
Silvia explica que, assim que soube que Branca estava na França, o ministro fez questão de convidá-la. Sem muita vontade, ela segue para mais este compromisso. E o pior é que nem em Paris ela fica livre de constrangimentos. Ao chegar ao restaurante, encontra o ministro e sua comitiva carregados de sacolas de compras. Isso faz com que o maître peça aos convidados que se retirem, para não incomodar os outros clientes. E como ninguém ali fala francês, é Branca quem precisa avisar o grupo da situação.

Nem tudo está perdido

 
Depois de se despedir dos senhores indesejados, Branca encontra um velho amigo, o professor Fernando Macieira. Ela o convida para jantar no apartamento da filha, o que ele aceita prontamente. Apesar do curto tempo na capital francesa, aos poucos eles vão se aproximando. O ponto alto do encontro é quando Branca e Macieira contemplam o cair da noite diante da Torre Eiffel.
 
Essas cenas foram gravadas em Paris, na França, e estão previstas para irem ao ar a partir do dia 26 de outubro.


Cheio de preconceito, Barreto ataca Evilásio
Mas o rapaz não se rebaixa e responde o advogado à altura
 
Uma verdadeira demonstração de preconceito e ignorância acaba com um jantar na casa dos Barreto. Tudo porque o chefe da família, Barretão, humilha o convidado de Júlia. Na frente de todos, Evilásio é destratado e ouve os piores disparates.

Primeiro, o advogado tenta embebedar o morador da Portelinha. Doses e doses de uísque, mais umas taças de vinho. Por educação, Evilásio aceita as bebidas, mas para agonia de Barretão, não se abala nem um pouco. Pelo contrário, quem perde a linha é o próprio anfitrião, que, alterado, começa a ofender o rapaz.

Diante dos convidados boquiabertos, Evilásio se levanta. “Eu saio de cabeça erguida, com a dignidade que herdei de meu pai, negro e trabalhador como eu, que me ensinou a ter educação. Quem acabou se humilhando aqui foi o senhor, na frente de seus convidados, falando tanta besteira, tanta ignorância, quando bastava me pedir com educação que eu saía de sua casa. Com licença”, diz ele, saindo. Júlia vai atrás, desesperada.

Enquanto isso, o advogado tenta levantar-se da mesa, mas está tão embebedado que puxa a toalha com toda a comida, que cai por cima dele. Definitivamente, está terminado o jantar.

A cena deve ser exibida a partir da próxima quinta-feira, 25/10.


Geraldo persegue Alzira, mas encontra Alzirão
Esposa de Dorgival entra em hospital vestida de enfermeira e depois desaparece
 
Toda vez que Alzira passa, com seu andar de mulher honesta, Geraldo Peixeiro sua frio. Juvenal até já avisou o amigo que ela é casada, tem filhos e que é melhor ele ir atrás de outro rabo de saia. Mas Geraldo está obcecado e continua seguindo a enfermeira até o hospital público em que ela trabalha. Desta vez ele resolve ir mais longe e entra no local. Só que, ao chegar ao saguão, não vê nem sinal de Alzira.

Geraldo segue procurando, em meio ao caos da emergência. Desvia de doentes nas macas, quase tropeça num pé engessado de um paciente. Fica ali meio perdido no furdúncio até pedir ajuda de um segurança mal-humorado. Pergunta pela enfermeira Alzira e o homem aponta para uma porta.

Ao entrar na enfermaria, Geraldo olha em volta. “Faz favor, a enfermeira Alzira?”, pergunta ele para uma auxiliar. Surpresa! Realmente, ali trabalha uma Alzira, mas só que bem diferente de sua deusa. A mulher, de formas avantajadas, diz que ninguém ali tem o mesmo nome que ela. “Olha só amor, já sou bem espaçosa, viu? Não cabe outra aqui no hospital. Alzira, só eu!”, afirma a mulher.

Desolado, Geraldo vai embora. E ele não vai sossegar enquanto não descobrir que mistério é esse. Como uma mulher entra em um hospital e depois desaparece?

A cena deve ser exibida na próxima quinta-feira, 25/10.


Júlia e Evilásio se beijam
Com vergonha de Barretão, ela corre atrás do rapaz
 
A vergonha de Júlia pelo comportamento do pai no jantar é tanta que ela corre atrás de Evilásio. Irritado, ele não quer ouvi-la e diz que Júlia tem os mesmos pensamentos preconceituosos de Barretão.

Arrasada, ela nega que pense assim e cerca Evilásio de todos os lados. Pega o carro e oferece carona para a Portelinha, mas ele diz que vai seguir a pé. Júlia não se deixa abater e, com firmeza, consegue convencer o rapaz a conversar um pouco. Quando ela olha para ele, porém, vê que os olhos de Evilásio estão cheios d’água, de tristeza e raiva.

Com doçura, Júlia aninha Evilásio em seus braços e limpa as lágrimas dele. Depois, o beija, e é devidamente correspondida. Mas o clima é quebrado com a buzina do carro de Duda. Despeitado, o cineasta, que estava no jantar crente que ia se dar bem com Júlia, se despede do casal.

Evilásio aproveita o momento de dispersão para ir embora, transtornado. Na manhã seguinte, mais uma vez Júlia enfrenta o pai e exige que ele se desculpe com o jovem. Barreto surpreende a filha ao aceitar o pedido, mas diz que para isso ela terá que esquecer definitivamente seu novo amigo.

A cena deve ser exibida a partir de quarta-feira, 24/10.


Débora perde o bebê
Ela entra em surto depois de ser expulsa por Ferraço
 
Quando engravidou, Débora achou que tinha tirado a sorte grande. O pai da criança, teoricamente Marconi Ferraço, estaria ligado a ela para sempre, assim como as milhares de verdinhas que ele tem. Só que a moça não contava que seu namorado tivesse feito vasectomia anos antes. O feitiço vira contra a feiticeira e Ferraço a expulsa de casa.

A discussão começa quando Débora revela que está grávida. Irônico, Ferraço lhe dá os parabéns e pergunta quem é o pai. Ela diz que é ele. Mas o empresário começa a engrossar e refaz a pergunta. Assustada, ela responde: “Já disse mil vezes que você é o pai!”. Marconi, a esta altura, irritadíssimo, revela que fez vasectomia e pergunta com quem Débora o traiu. Segurando-a pelos braços, ele a força a dizer quem é o pai da criança.  No auge do desespero, a jovem aponta para o pobre Ezequiel, o motorista, que acaba de entrar com a Bíblia na mão.

Nadando no mar imaginário

Religioso convicto, Ezequiel parte para cima de Débora, no intuito de tirar-lhe o “demônio do corpo”. Fora de si, ele pede para Jesus salvar a alma dela. Marconi contém o motorista e diz para ele ficar tranqüilo, pois não acreditou em nenhuma palavra dita por Débora. Voltando-se para a oportunista, diz que ela tem até o dia seguinte para ir embora.

Quando cai a noite e todos vão dormir, Débora, como um zumbi, vai até a piscina. Mergulha na água e começa a nadar, de um lado a outro. Em sua cabeça, ela dá braçadas em um mar sem fim. De manhã, é encontrada desmaiada, apoiada na borda da piscina. Mesmo levada às pressas para o hospital, não tem mais jeito: o bebê não resistiu.

A cena deve ser exibida na próxima terça-feira, 23/10.


Clarissa tem dificuldade de aprender
Filha de Célia Mara sofre com a dislexia e recebe o apoio da mãe
 
Quando Célia Mara estava prestes a ser atacada pela multidão, Clarissa fez o papel de mãe e a protegeu como se fosse uma criança indefesa. Agora, mais recuperada do baque, é a vez de Célia Mara reaver sua posição de mãe para apoiar a filha, que tem dificuldades de aprendizado, devido a um distúrbio chamado dislexia.

Apesar de estudar muito, Clarissa demora para aprender. Foi com muita luta que conseguiu passar de ano na escola, e agora está estudando para entrar na faculdade. Depois de passar a noite em claro mergulhada nos livros, ela se lamenta: “Ah mãe, você sabe... Eu demoro muito pra ler. Pulo palavra... Tenho que voltar, repetir, repetir”.

Célia Mara promete ajudá-la a passar no vestibular, e lembra que foi Joca o primeiro a detectar que Clarissa era disléxica. “Se não fosse ele, a gente não tinha contado com mais ninguém. Sabe como é o seu pai: Antônio não dá importância pro estudo!”, diz a viúva-amante, que parece nunca se esquecer de João Pedro.

A cena deve ser exibida na próxima segunda-feira, 22/10.


Marconi Ferraço manda flores para Sílvia
Ele fica impactado com a beleza da filha de Branca na capa do jornal
 
Desde que abandonou Maria Paula anos atrás, Marconi Ferraço nunca se envolveu de fato com nenhuma mulher. Eventualmente sai com garotas como Débora, que estão mais interessadas no seu dinheiro. E tão rápido ele as conquista, mais rápido ainda as dispensa. Mas é possível ver certo brilho no olhar o megaempresário quando ele se depara com a foto de Sílvia.

Filha de Branca e do falecido João Pedro, a moça está em Paris estudando. A foto dela sai no jornal por conta dos últimos acontecimentos na família Pessoa de Moraes. Encantado, Ferraço olha para a imagem e se lembra da primeira e única vez que viu Sílvia ao vivo: o dia em que ele se mudou para a mansão onde mora até hoje, vizinha da casa da família de Branca.

Enquanto Ferraço comandava a mudança, Sílvia apareceu, junto com a mãe. Os dois se olharam fixamente. O empresário lançou para a jovem o mesmo olhar hipnotizante que iludiu Maria Paula. Mas, pelo visto, desta vez, ele ficou realmente tocado por Sílvia.

Voltando da lembrança, Ferraço toma uma decisão. Diz para Bárbara enviar flores para Sílvia, em Paris, com um cartão de pêsames.

A cena deve ser exibida a partir de segunda-feira, 22/10.


Juvenal descobre que tem uma filha
Solange aparece de mala e cuia e diz que é fruto de um namoro antigo do líder
 
Vendo Juvenal comandar a favela, enfrentar bandidos e encarar Marconi Ferraço, não dá pra imaginar que algo possa deixá-lo abalado. Mas uma morena de 22 anos consegue. Não porque ela o deixa apaixonado, nada disso. É que bate na porta do líder dizendo que é sua filha. O homem perde o chão e fica ali a olhar Solange, tentando descobrir se é mesmo verdade.

Fátima, uma das várias namoradas que Juvenal cultiva na Portelinha, aparece e pergunta quem é a “piriguete”. Ela acha que Solange é uma outra conquista do “paizinho”, apelido do líder para as horas quentes. Mas quando descobre que a garota é filha de Juvenal, trata de ir embora. E sai espalhando a notícia pela favela.

DNA para tirar dúvidas

Enquanto isso, Solange explica como foi parar ali. Diz que é filha de Ângela, ex-namorada de Juvenal, que fugiu da Portelinha grávida. Mas a mãe morreu há pouco tempo e, antes disso, deu a Solange o endereço de Juvenal.

Baqueado, ele chama Guigui para lhe dar um apoio moral. Os dois avaliam a certidão de nascimento de Solange, onde está escrito “pai desconhecido”. Juvenal faz as contas e vê que, pela idade da garota, ela só pode mesmo ser filha dele. E para não restar a menor dúvida, decide fazer um exame de DNA.

Filha de Juvenal é patricinha

O problema é que Solange está horrorizada por ter que morar em uma favela. Parece ironia, mas a menina é uma verdadeira patricinha. Só que enquanto o resultado do exame não sair, ela vai ter que ficar morando com Juvenal. Até porque o homem nunca deixaria rebento seu solto no mundo.

Agora o pai da comunidade vai ter uma filha de verdade para criar.

A cena deve ser exibida a partir do próximo sábado, 20/10.


Branca se torna a nova reitora
Mas Heriberto conspira contra ela, na intenção de ocupar o cargo
 
Quando os gatos saem, os ratos fazem a festa. Parecem esperar pelo momento em que vão garantir seu pedaço de queijo. Assim é Heriberto, o chefe do departamento de física da Universidade Pessoa de Moraes, que aproveita a morte de João Pedro para roer a reputação de Branca e se tornar o novo reitor. Mas a viúva é esperta, e dá o pulo do gato bem na hora em que o rato ocupa a cadeira que antes era do falecido.

Sem saber que Branca está à espreita, Heriberto se reúne com o conselho de professores e se candidata à vaga de reitor. Mas ela entra como um furacão e diz: “Se pensam que podem tomar alguma decisão pelas minhas costas estão muito enganados”. Silêncio constrangedor. Os professores se entreolham, enquanto vêem Branca puxar a cadeira onde Heriberto está e trazê-la para si.

Diante de todos, ela anuncia que ocupará o cargo de reitora e de presidente do conselho administrativo da universidade. Heriberto vê seu grande sonho ir por água abaixo e, na encolha, decide articular um plano para impedir Branca ocupar o posto.

A cena deve ser exibida a próxima sexta-feira, 19/10.


Juvenal e Ronildo se enfrentam
O bandido volta para a favela e ameaça Dália e Bernardinho
 
Duas almas solitárias no mundo, Bernardinho e Dália estão se apoiando um no outro como duas cartas de baralho. Enquanto faz massagens nas costas da moça, ele a ouve falar de seu passado, quando foi expulsa de casa. Bernardinho, por sua vez, lamenta-se porque não se dá bem com o pai e os irmãos. Os dois estão em plena sintonia quando Ronildo, que já havia sido expulso da Portelinha, surge, de supetão.

“Agora já entendi tudo. Botou o garotão aí no meu lugar, Dália?”, pergunta o bad boy. A pobre leva um susto tão grande que mal consegue se explicar. Bernardinho toma a frente da situação, mas Ronildo parte com tudo para cima dele. Dália implora, com desespero, que o marido não faça nada com o garoto, mas nada parece deter o bandido.

 
Nada, a não ser, Juvenal! Avisado por moradores da presença do invasor, ele vai à casa de Dália e o enfrenta. Mas Ronildo consegue escapar pelos fundos da casa e some favela adentro. Começa uma perseguição implacável, que acaba de forma inesperada nas terras de Marconi Ferraço.

Mas isso é assunto para o próximo Fique por Dentro!

A cena deve ser exivida na próxima quinta-feira, 18/10.


Guigui e Evilásio têm caso secreto
Ele quer contar aos outros sobre a relação, mas ela não admite
 
A cada dia que passa, alguém mostra sua segunda cara, seja na Portelinha, seja nos condomínios da Barra da Tijuca. Segredos que se revelam, atitudes inesperadas, vidas paralelas... Desta vez, a surpresa fica por conta de Guigui e Evilásio. Parece um tanto improvável, mas os dois formam um casal.

Talvez “casal” seja um termo um tanto forte, melhor dizer que eles têm um caso. No capítulo da próxima quarta-feira, 17/10, deve ser exibida a cena em que Evilásio e Guigui aparecem juntos no quarto dela, e cheio de chamegos. O rapaz reclama: “Não sei por que faz questão de manter nosso caso em segredo. Aliás, não é só nosso caso: tudo na tua vida é um mistério! Até hoje não sei nem de onde você veio...”.

Esquiva como de costume, Guigui responde que sempre foi assim e assim continuará sendo. E expulsa Evilásio de seu quarto com beijos e empurrões.

Será que alguém desconfia deste namoro secreto?


Juvenal não quer saber de filme na favela da Portelinha
Ele descobre que Júlia e Duda têm ligação com Marconi, seu maior inimigo
 
Apesar da má impressão causada no primeiro encontro, Evilásio decide ajudar Júlia a emplacar o filme sobre a Portelinha. Ele a apresenta a Juvenal, que despeja sobre a moça uma série de perguntas.

Primeiro, quer saber o que ele ganha com uma equipe de filmagem dentro da favela. Rápida e certeira, Júlia diz visibilidade. Juvenal rebate que não liga para isso. Ela tenta “notoriedade”, mas ele também não se importa. O líder só balança mesmo quando Júlia diz que o filme pode ser um registro eterno da obra da sua vida. “E vocês começariam quando?”, pergunta Juvenal para a jovem, que fica com os olhos brilhando. “Amanhã mesmo, se der. Já estamos atrasados”, responde ela.

Mas o líder começa nova bateria de perguntas, e descobre que o diretor do filme é Duda Monteiro, primo de Eva Duarte, que por sua vez é esposa de Gabriel Duarte, sócio de Marconi. Juvenal atenta ainda para o fato de Júlia ser filha de Barretão, advogado do empresário. Ou seja, todos os caminhos levam ao seu maior inimigo!

É claro que Juvenal não aceita. Não vai ter filme nenhum e fim de papo.

A cena deve ser exibida na próxima quarta-feira, 17/10.


Célia Mara e Branca se encaram no enterro de João Pedro
Amante ataca a esposa, mas depois se envergonha. Já a viúva chama o finado de verme
 
Durante duas décadas elas dividiram o mesmo homem. Branca nunca soube de Célia Mara, mas Célia Mara sabia de Branca e chegava a ter certo carinho pela rival. O momento de dor pela morte de João Pedro vai colocá-las frente a frente, no cemitério. As cenas que se seguem são de descontrole e estupefação.

Enquanto o cortejo de João Pedro passa pela ruela do cemitério, Célia Mara se esgueira pelos túmulos. Mas entra num estado tal que sai do esconderijo e encara Branca. Diz um monte de impropérios para a viúva, que se mantém firme e altiva. Os presentes ficam chocados ao ver que Célia Mara é a “mulher do jornal”. A amante.

Esposa e amante se despedem do reitor

Depois de dizer que Joca gostava dela e não de Branca, que os dois eram como namorados, que ele só se casou por dinheiro, Célia Mara se toca do descontrole. Reúne seus últimos cacos de dignidade, pede desculpas e diz adeus ao morto. “Adeus, meu Joca querido, amor da minha vida”. E sai.

Chega a hora de Branca dizer suas últimas palavras ao marido. Ela interrompe os discursos elogiosos: “João Pedro não merece nenhum elogio: nem mesmo os falsos! (...) Aqui jaz um verme”.

Suplício de Célia Mara continua

O calvário da Maria Madalena de Jacarepaguá parece não ter fim. No mesmo cemitério onde Joca está sendo enterrado, Célia Mara vê outro cortejo, onde estão Clarissa, Antonio e outros conhecidos. É o enterro de seu Manoel, o pai dela. Antonio, o marido traído, aproveita para vingar-se e diz que o senhor não resistiu à vergonha e morreu.

A cena deve ser exibida a partir da próxima quinta-feira, 17/10.


Júlia e Evilásio mostram seus preconceitos
"Patricinha" e "favelado" discutem, mas estão atraídos um pelo outro
 
Um filme sobre a favela da Portelinha cujo personagem principal é Juvenal Antena. Esta é a idéia do jovem cineasta Duda Monteiro, que chama Júlia, filha de Barretão e Gioconda, para ser sua produtora. Apesar do jeito frágil e carinha delicada, a menina tem garra e vai saber lutar como ninguém para conseguir tirar o filme do papel. Ela chega a se embrenhar na favela na tentativa de falar com Juvenal, mas acaba encontrando um furacão no meio do caminho: Evilásio.

Filho de Misael, Evilásio é um dos braços direitos de Juvenal na Portelinha. Respeita o padrinho e adora viver na favela. Não gosta de intromissões no estilo de vida da comunidade, tanto que ajuda Juvenal a expulsar todos os indesejáveis do local.

Sucessão de equívocos

Assim acontece quando encontra Júlia pela primeira vez. Ela tinha ido de carro à favela tentar achar o líder comunitário e convencê-lo a liberar o filme. Mas seu pneu fura bem na porta da Portelinha. Ela tenta trocá-lo, mas não tem forças para isso. Evilásio, que presencia a cena, vai em sua direção para ajudá-la. Mas ela vê o celular no bolso dele, confunde com uma arma e entra no carro, em pânico. Revoltado com a demonstração de preconceito, Evilsásio troca o pneu mesmo assim, e depois segue seu rumo, com o orgulho ferido.

Júlia percebe a gafe terrível que cometeu e volta na favela outro dia para encontrá-lo. Mas Evilásio é jogo duro, não quer perdoar a menina de jeito nenhum. Faz comentários igualmente preconceituosos sobre a “patricinha”. Os dois discutem, com ódio um do outro. Só que toda esta raiva esconde uma atração, que aos poucos está nascendo, e vai explodir a qualquer momento.

A cena da discussão entre Júlia e Evilásio deve ser exibida a partir da próxima segunda-feira, 15/10.


Júlia e Evilásio mostram seus preconceitos
"Patricinha" e "favelado" discutem, mas estão atraídos um pelo outro
 
Um filme sobre a favela da Portelinha cujo personagem principal é Juvenal Antena. Esta é a idéia do jovem cineasta Duda Monteiro, que chama Júlia, filha de Barretão e Gioconda, para ser sua produtora. Apesar do jeito frágil e carinha delicada, a menina tem garra e vai saber lutar como ninguém para conseguir tirar o filme do papel. Ela chega a se embrenhar na favela na tentativa de falar com Juvenal, mas acaba encontrando um furacão no meio do caminho: Evilásio.

Filho de Misael, Evilásio é um dos braços direitos de Juvenal na Portelinha. Respeita o padrinho e adora viver na favela. Não gosta de intromissões no estilo de vida da comunidade, tanto que ajuda Juvenal a expulsar todos os indesejáveis do local.

Sucessão de equívocos

Assim acontece quando encontra Júlia pela primeira vez. Ela tinha ido de carro à favela tentar achar o líder comunitário e convencê-lo a liberar o filme. Mas seu pneu fura bem na porta da Portelinha. Ela tenta trocá-lo, mas não tem forças para isso. Evilásio, que presencia a cena, vai em sua direção para ajudá-la. Mas ela vê o celular no bolso dele, confunde com uma arma e entra no carro, em pânico. Revoltado com a demonstração de preconceito, Evilsásio troca o pneu mesmo assim, e depois segue seu rumo, com o orgulho ferido.

Júlia percebe a gafe terrível que cometeu e volta na favela outro dia para encontrá-lo. Mas Evilásio é jogo duro, não quer perdoar a menina de jeito nenhum. Faz comentários igualmente preconceituosos sobre a “patricinha”. Os dois discutem, com ódio um do outro. Só que toda esta raiva esconde uma atração, que aos poucos está nascendo, e vai explodir a qualquer momento.

A cena da discussão entre Júlia e Evilásio deve ser exibida a partir da próxima segunda-feira, 15/10.


Vizinhos tentam linchar Célia Mara
Expulsa de casa por Antônio, ela é salva pela filha, Clarissa
 
Os médicos tentam de tudo para salvar a vida de João Pedro, mas não conseguem. Ao saber da morte do amante, Célia Mara se desespera. Mas é obrigada a engolir a dor e ir embora do hospital, para que a tragédia não fique ainda maior. Moribunda, vai para casa e deita ao lado do marido, Antônio, que dorme.

No dia seguinte, porém, acorda num pulo. Antônio está de pé em sua frente, com o jornal nas mãos. Ele parte para cima da esposa, xingando-a. Célia Mara pergunta pela filha, Clarissa, e ele diz que mandou para casa dos tios, para a menina não presenciar esta vergonha. Depois, aponta as malas no chão: “Já arrumei suas porcarias. Pega seus trapos e some daqui!”.

Mas o suplício de Célia Mara só está no começo. Ao sair de casa, ela é cercada pelos vizinhos, e como uma Maria Madalena, é xingada e atacada. Sua sorte é que Clarissa aparece e livra a mãe de um linchamento em praça pública. “Ninguém vai encostar um dedo na minha mãe!”, diz a garota, protegendo Célia Mara com seu próprio corpo. Rapidamente, as duas saem dali.

A cena deve ser exibida a partir do próximo sábado, 13/10.


Traição na capa de jornal
Branca descobre que João Pedro morreu ao lado de outra
 
Descobrir uma traição não é tarefa fácil para ninguém, nem mesmo para uma mulher durona como Branca. Mas o baque de saber-se enganada através das capas dos jornais derruba qualquer pessoa. E é com um grito de dor que a esposa de João Pedro recebe a notícia da morte do marido.

Branca está crente que João Pedro está em São Paulo a negócios quando recebe a ligação do hospital. No mesmo momento, Andréia, a empregada, vem correndo com o jornal do dia. Lá está, na capa: João Pedro morto ao lado de uma mulher desconhecida em prantos. A legenda chama a tal de viúva. Como, viúva? Quem é esta mulher ao lado do seu marido?

Arrasada, Branca recebe o apoio de Barretão e Gioconda. Na hora de avisar a filha Silvia, que está estudando na Europa, tenta evitar a todo custo que ela venha para o enterro. Mas com a insistência da jovem, exclama: “O seu pai morreu nos braço de outra mulher!”.

Além da dor da traição e da viuvez juntas, Branca ainda vai precisar erguer a cabeça. Uma horda de repórteres se coloca em frente à mansão.

Enquanto isso, Célia Mara enfrenta outra horda. Mas é a de vizinhos, que estão prontos para linchá-la.

A cena deve ser exibida a partir do próximo sábado, 13/10.


Maria Paula é atropelada após ver Adalberto
Pelas ruas de São Paulo, ela persegue o ex-marido até sofrer o acidente
 
Se Adalberto aparecesse na frente de Maria Paula, o que ela faria? Esta pergunta martela a cabeça da moça, que se despede da amiga Nair e sai do mercado onde trabalha. Dez anos se passaram desde que o golpista sumiu e Maria Paula não tem idéia de onde ele está. Mas ao andar pelas ruas, vê de relance um homem que lhe parece familiar. Com a respiração em suspenso, reconhece Adalberto – a esta altura já chamado Marconi – pelo cabelo, pelos gestos e pelo jeito de andar.

Começa então uma perseguição desesperada pelas ruas de São Paulo. Pedestres se transformam em obstáculos, barreiras vivas que Maria Paula tenta ultrapassar. Alheio a tudo isso, Marconi Ferraço caminha sem notar que a ex-mulher vem logo atrás. Sinais de trânsito abrem e fecham, e Maria Paula continua em seu encalço. O reencontro parece inevitável.

O asfalto é o limite

O empresário atravessa a rua e chega ao outro lado, quando a luz vermelha para pedestres acende. Maria Paula ignora o aviso de “Pare” e continua caminhando. Os carros começam a dar a partida e ela consegue desviar de um ou outro. Mas um dos motoristas não a vê e a atropela.

Meio zonza com o baque, Maria Paula tenta se levantar para ir atrás do ex-marido. Não consegue. Curiosos se aproximam, inclusive o próprio Marconi, que tenta ver o que acontece no meio da multidão. Mas em segundos desiste e segue seu caminho, deixando a vítima desnorteada no asfalto.

A cena deve ser exibida a partir da próxima quinta-feira, 11/10.


João Pedro é atingido por uma bala perdida
Um jovem fotografa Célia Mara chorando e acariciando o reitor
 
Os anos passam e o amor de João Pedro e Célia Mara continua mais forte do que nunca. Assim como o amor do reitor por Branca. Ele segue levando a vida dupla, esgueirando-se por motéis com a amante e fazendo declarações apaixonadas para a esposa. Mas esta situação está prestes a acabar por conta de uma bala perdida que o atinge dentro de um circo.

A idéia de ver um espetáculo circense foi de Célia Mara, cansada de encontrar seu grande amor entre quatro paredes. Para ela, nunca ninguém iria descobri-los num circo em pleno centro do Rio. Então, como dois namorados, ela e João Pedro compram pipoca e vão juntos para a arquibancada. O espetáculo começa e Célia Mara parece uma adolescente, os olhos brilhando. Ela está num circo com Joca e naquele momento não precisa dividi-lo com mais ninguém.

Do alto de um morro, porém, sai uma bala perdida que fura a lona do circo e atinge João Pedro. Em meio à euforia do espetáculo, Célia Mara olha para o lado e o vê caído no chão, sangrando. Grita desesperada por ajuda. Curiosos se amontoam sobre a vítima. Ela acaricia o amante, e este carinho é registrado pela câmera do celular de um jovem.

“Fica aqui do meu lado. Eu quero olhar pra você”. São as últimas palavras de Joca antes de entrar na ambulância. Célia Mara está desolada.

A cena deve ser exibida a partir da próxima quinta-feira, 11/10.


Ronildo e Dália se mudam para a Portelinha
Ele fica irritado ao ver Juvenal inspecionando a casa e desconta na esposa
 
Em uma década, a pequena comunidade da Portelinha, criada por Juvenal Antena, cresce vigorosamente e se transforma numa favela enorme. Ainda assim, o líder continua controlando tudo, agora com um séqüito de ajudantes e vários celulares no bolso. Até mesmo quem se muda para a favela tem que passar pelo crivo de Juvenal, e é por isso que ele vai à casa de Ronildo e Dália, os novos moradores.

Como se fosse um policial, Juvenal inspeciona a casa. Abre armários, geladeira e pergunta sobre a profissão de Ronildo. Dália, que no momento está em casa sozinha, fica assustada. Ela se desculpa pela imensa bagunça e diz que precisa preparar o jantar antes de o marido chegar, numa tentativa de fazer o líder ir embora logo.

Problema à vista

Juvenal termina a inspeção no exato momento em que Ronildo chega. Este, porém, se esconde atrás de um monte de entulho para não ser visto. Quando Juvenal vai embora, Ronildo sai do esconderijo e assusta Dália. Com violência, segura o pescoço da mulher e pergunta: “Já tá de intimidade com os vizinhos, é Dália?”.

Assustadíssima, ela mal consegue falar. Parece que sofre maus tratos do marido, o que Juvenal não tolera de forma alguma na favela.

A cena deve ser exibida na próxima quinta-feira, 11/10.


Juvenal e Marconi se enfrentam pela primeira vez
Empresário tenta comprar o líder comunitário, mas leva um soco
 
Uma década se passa desde que Adalberto Rangel se transformou em Marconi Ferraço. Ao longo destes anos, ele se tornou um respeitado empresário do ramo da construção civil. O dinheiro roubado de Maria Paula se multiplicou e os negócios vão de vento em popa. Mas há uma pedra no sapato de Marconi, uma pedra em formato de centenas de casas populares: a favela da Portelinha, localizada bem ao lado de um terreno onde o empresário quer construir um condomínio de luxo, o Blue Lagoon.

Marconi já sabe, se quiser tirar a favela dali vai ter que cair nas graças de Juvenal Antena. Neste período, o líder comunitário concretizou seu poderio sobre os moradores, tornando-se uma espécie de prefeito do lugar. Com a intenção de comprar Juvenal, Marconi se dirige à favela e ambos têm o primeiro de muitos embates.

Um soco na segunda cara

A conversa começa até amigável, mas vai subindo de tom até que Marconi pergunta: “Qual o seu preço? Quanto quer pra tirar essa favela aí do lado?”. Juvenal finge que pode aceitar, só para saber a oferta. O empresário então promete milhares de dólares e uma cobertura no Blue Lagoon. Mas o líder comunitário nega. A oferta vai aumentando, aumentando, até que Juvenal perde a paciência e parte para cima de Marconi, desferindo um soco no empresário.

Com a mão no rosto, aquele que foi tão cuidadosamente montado dez anos antes, Marconi jura vingança. Está então declarada a guerra entre Juvenal Antena e Marconi Ferraço. Dois homens de personalidade forte, inteligentes e com uma ética um tanto discutível. Esta briga vai ser boa.

A cena deve ser exibida na próxima quarta-feira, 10/10.


Nasce o filho de Maria Paula e Adalberto
O bebê é batizado de Renato, que significa "renascido"
 
Apesar de ser o fruto de um amor mentiroso, é com grande expectativa que Maria Paula aguarda o nascimento de seu filho com Adalberto. E quando este dia chega, a jovem mãe chora de alegria e não pensa duas vezes ao dar nome ao garoto: “Vai se chamar Renato”.

Com seu bebê no colo, Maria Paula explica a Luciana e Jandira que o nome significa renascido. Só que, quem “renasceu”, neste caso, foi a mãe, e não a criança. A chegada de Renato muda ainda mais profundamente o sentido da vida de Maria Paula. Faz surgir nela sua segunda cara. Agora ela é mãe. E vai lutar pelos direitos de seu filho, como uma leoa com garras prontas para cravar em Adalberto, assim que o encontrar.

“Aquele sujeito, como você o chamava, nos deve uma conta enorme... A mim e ao Renato. E um dia, quando a gente se cruzar de novo, ele vai ter que nos pagar tudo”, diz Maria Paula para Luciana, enquanto amamenta o bebê.

A cena deve ser exibida na próxima terça-feira, 9/10.


Maria Paula vira empacotadora em mercado
Ela se muda para São Paulo com Luciana e Jandira decidida a recomeçar a vida
 
De princesinha de Passaredo a empacotadora de mercado em São Paulo. A mudança na vida de Maria Paula é radical desde que Adalberto a abandonou. Toda raiva que sente neste momento se transforma em força e resta pouco da menina indefesa que cresceu isolada numa redoma de vidro. Junto com Luciana e Jandira, Maria Paula se muda para a maior cidade do país, decidida a começar a vida nova.

As três conseguem sobreviver por um tempo graças às economias de Jandira e ao dinheiro da venda de algumas roupas caras que Adalberto deixou para trás. Claudius consegue alugar para elas um pequeno apartamento mobiliado no Largo do Arouche. Sem experiência profissional, Maria Paula acaba aceitando o primeiro emprego que lhe oferecem, o de empacotadora de um supermercado.

Definitivamente, os anos de luxo, riqueza e porcelana ficaram para trás. Mas a tristeza também não tem mais lugar na vida de Maria Paula. Na mesma noite, ela, Jandira e Luciana bebem vinho barato em copo de vidro e brindam ao primeiro dia do resto de suas vidas.

A cena deve ser exibida a partir de terça-feira, dia 9/10.


Nasce um novo homem: Marconi Ferraço
Médico tira as bandagens da operação e Adalberto encara o novo rosto
 
“Você está horroroso!”, diz Bárbara para Marconi, assim que Dr. Hidalgo tira as bandagens. O paciente também dá um grito surdo ao se ver no espelho pela primeira vez. Realmente, a tal nova cara prometida está mais para filme de terror do que para galã de cinema, como prometera o médico.

Mas Dr. Hidalgo explica que é normal a aparência inchada. A recuperação leva semanas e até lá Marconi estará com seu novo rosto perfeito. Mercenário, o cirurgião diz que seu trabalho está pronto e cobra a dinheirama que o paciente lhe oferecera. Bárbara pega a mala e entrega o valor combinado para a enfermeira. Com esta fortuna, Marconi está pagando não só pela cirurgia, mas também pelo silêncio do médico. Seu nome também não constará nos registros da clínica. Trabalho de mestre.

Quando todos saem, Marconi pega novamente o espelho e avalia seu segundo rosto. A expressão preocupada se transforma num sorriso de canto de boca. “Marconi Ferraço, empresário da construção civil, cidadão ilustríssimo... Muito prazer, senhor!”, diz para a imagem refletida.

A cena deve ser exibida na próxima terça-feira, dia 9/10.


Gioconda conta para Branca sobre traição
Ela diz que viu João Pedro no shopping com uma amante
 
Destrambelhada. Louca. Parva. Tolinha. Lelé da Cuca. A vida inteira Gioconda foi chamada por estes nomes nada carinhosos. Realmente, ela não regula das idéias, tanto que toma remédios controlados. Mas ela sabe muito bem o que viu no shopping. João Pedro estava com outra e ponto final. E apesar do apelo de Barretão para esquecer a história, Gioconda não resiste e conta tudo para Branca.

A revelação se dá no café da manhã. Clima familiar, quase um comercial de margarina. Gioconda se debate na cadeira, tenta se controlar. Barretão encara a esposa com medo. Alheios a tudo, Branca e João Pedro conversam. Ele brinca que a mulher não deve comer mais bolo, para não engordar. Gioconda tem um surto e descarrega: “Aposto que teu marido não se preocupa nem um pouco com o peso da amante”.

A “louca” leva a mão à boca, diz que escapuliu e trata de sair da mesa. Intrigada, Branca vai atrás. Gioconda se faz de desentendida, aproveita a fama para fugir da responsabilidade. Mas quando é acusada de mentir porque tem inveja do casamento de João Pedro e Branca, confirma a história: ele estava no shopping com uma amante, sim, senhora!

Agora, João Pedro tem um trabalho pesado pela frente. Convencer a esposa de que é um homem fiel. Para quem está mentindo há 20 anos, não deve ser tarefa difícil.

A cena deve ser exibida a partir da próxima segunda-feira, dia 8/10.


Guigui é encontrada na mala de um carro
Ela pede abrigo a Juvenal, mas não revela quem é nem de onde veio
 
Em meio à correria da invasão comandada por Juvenal, ninguém nota um carro velho parado no terreno. Pior do que isso, ninguém ouve as batidas que partem do porta-malas. Um dia inteiro se passa até que Juvenal, passando perto do veículo, escuta o barulho. Acha que alguém largou um bicho ali dentro e tenta abrir. Mas é uma mão feminina que desponta e arranha, com um anel de brilhantes, a cara do líder comunitário, que leva um baita susto.

“Pelo amor de Deus não me mate!”, implora a mulher, saindo da mala do carro. Juvenal diz que isso nem lhe passou pela cabeça e encara a figura que está à sua frente. Uma mulher alta, de olhos azuis, com aparência de rica e bem-nascida, mas toda suja e machucada.

Uma multidão de curiosos começa a se aproximar. Não é todo dia que alguém surge de dentro da mala de um carro. Juvenal pergunta quem ela é, mas a mulher não diz. Só revela que se chama Margarida, mas podem chamá-la de Guigui. Promete ajudar Juvenal a organizar a recém-nascida favela da Portelinha, desde que lhe dêem abrigo e não lhe perguntem sobre o passado. Parece que a estranha mulher está fugindo da mira de alguém...

A cena deve ser exibida a partir do próximo sábado, dia 6/10.


O passado de volta: o aprendiz trai o mestre
Na mesa de operação, Adalberto lembra de quando roubou Hermógenes
 
Dizem que em seus últimos minutos, uma pessoa vê a vida passar como um filme pela cabeça. Assim acontece com Adalberto, deitado na mesa de operação prestes a jogar uma vida fora para assumir outra. Ele sente a vista anuviar pelo efeito da anestesia, e este passado que tanto o desagrada volta em forma de lembranças. São cenas que remetem à sua juventude, desde que era bem pequeno.

As imagens parecem explicar um pouco o comportamento arredio de Adalberto: aos 10 anos foi obrigado a engolir o choro quando foi vendido pelo pai a Hermógenes; aos 15, já era especialista em chorar para enganar os otários, que compravam de Hermógenes a falsa máquina de fazer dinheiro.

Mas é com cerca de 20 anos que Adalberto se desliga totalmente de suas raízes. Pé ante pé, ele entra no quarto onde dorme o já velho Hermógenes. Abre a mala, pega toda a fortuna do homem e desaparece. Trai o próprio mestre, provando que veio ao mundo só e assim vai continuar.

De volta ao presente, a operação começa. Adalberto segue anestesiado. Na sala de espera, Bárbara Carreira relê cartas antigas de seu “anjinho sem asas”, apelido que deu a Adalberto quando ele era garoto. Ela também vai precisar abandonar este passado.

A cena das lembranças de Adalberto deve ser exibida no próximo sábado, dia 6/10.


Juvenal comanda invasão de terreno
Multidão demarca lotes e inicia a construção da favela da Portelinha
 
Juvenal diz que não é rei, é líder. Mas se comporta como um rei destemido ao comandar seus súditos rumo à conquista do reino. Depois de escolher o terreno onde pretende construir a favela da Portelinha, Juvenal conclama os operários e suas famílias para a invasão. Ele faz de um caixote seu trono, onde sobe e fala, com uma dureza ao mesmo tempo carismática:

“Tratem de entrar em ação! Cada um que cuide de demarcar seu lote... Menos os da frente, que esses já foram reservados pro comércio. E façam isso rápido, sem confusão ou bate-boca, tem lugar pra todos. Vamos, se mexam! Tomem posse e se abanquem! É só acreditar que estão no seu direito, e quero ver quem terá peito pra nos expulsar daqui”.

 
O povo aplaude, em êxtase. Era tudo que precisavam, um homem de fibra e com inteligência para peitar os peixes grandes. A multidão de miseráveis se espalha pelo terreno, demarcando seus lotes de forma precária, usando barbantes e estacas. Alguns já trazem tijolos e sacos de cimento. Outros mais humildes armam tendas de plástico. Uma mulher tenta amamentar o filho em meio ao caos. Crianças correm de um lado a outro, um garoto tenta carregar um porco, com dificuldade. Aos poucos, no meio daquele caos, uma certa organização vai se formando. Já é possível enxergar as futuras vielas que vão existir ali em pouco tempo.

Tudo parece correr bem, Juvenal olha satisfeito seu sonho se realizando. Mal sabe ele que a polícia se coloca a postos do lado de fora do terreno, pronta para dizimar os flagelados.

A cena deve ser exibida na próxima sexta-feira, dia 5/10.


Adalberto se prepara para virar Marconi
Ele se reúne com cirurgião plástico que operou estrelas de Hollywood
 
Enquanto rolam as lágrimas de Maria Paula no Paraná, Adalberto dirige para o Sul de Minas com o som nas alturas. Seu olhar é de satisfação e a cabeça borbulha de idéias. E logo ele as coloca em prática: lança seu carro por uma ribanceira, joga gasolina e põe fogo. Anda pela mata e descobre, entre as folhagens, seu novo carro. Liga para Bárbara Carreira, pede que ela vá para Minas e o encontre numa clínica de cirurgia plástica, onde será internado. Por dentro, ele já é Marconi Ferraço. Agora falta mudar a cara.

Na clínica, Adalberto se apresenta como Marconi ao doutor Hidalgo, famoso cirurgião hondurenho que já operou estrelas de Hollywood. Uma enfermeira sensual lhe serve café. O médico diz que estava em retiro e só aceitou fazer o serviço porque tem muita grana em jogo.

“Se pode pagar por isso como diz, tem todo o direito de mudá-la (a cara). E até de me chamar um dia pra refazer sua cara antiga se for preciso”, diz Hidalgo, com seu sotaque hispânico.

Marconi está mesmo decidido, e não pensa em voltar atrás nem quando o médico lhe diz que a cirurgia é radical, de recuperação lenta e dolorosa. Com toda fortuna que roubou de Maria Paula, ele é capaz de qualquer sacrifício para se manter milionário até o fim da vida. Até mesmo ter duas caras.

As cenas devem ser exibidas a partir da próxima quinta-feira, dia 4/10.


Gioconda flagra João Pedro com Célia Mara
Casal de amantes não percebe que foi visto pela cunhada de Branca
 
Mentira tem perna curta, mas até que essa durou tempo demais. Vinte anos, aproximadamente. O caso amoroso entre João Pedro e Célia Mara é quase um segundo casamento para ambos: apesar de serem casados - ele com Branca e ela com Antônio - eles se encontram e conversam como marido e mulher. Mas a relação está prestes a ser desmascarada, quando Gioconda, cunhada de Branca, flagra João Pedro e Célia Mara no estacionamento de um shopping.

“João Pedro, a essa hora, em pleno shopping?”, estranha Gioconda, indo em sua direção. Mas pára ao ver uma mulher dando um beijo em João Pedro.

Sem imaginar que foram vistos, os amantes saem juntos de carro, em direção a um motel. Gioconda comenta o que viu com o marido, Barretão, irmão de Branca. Mas com a fama de doida que tem, não é levada a sério.

Porém, um fato gravíssimo está prestes a acontecer, e todos vão saber que Gioconda, desta vez, tem razão. Mas isso já é outra história...

O flagra deve ser exibido na próxima sexta-feira, dia 05.


Maria Paula engravida de Adalberto
Ela descobre que está esperando um filho depois de ser abandonada
 
Para Adalberto, foi um golpe perfeito. Abandonou Maria Paula sem deixar vestígios. Resolve mudar de nome e de rosto, e acredita que nunca mais será encontrado. Mas o que ele não imagina é que deixou, sim, uma pista, que futuramente poderá desmascará-lo. Um filho!

Assim que fica sozinha e sem bens, Maria Paula descobre que está grávida. Ela não se precaveu como Adalberto pediu. Estava louca para ter um filho de seu grande amor e reconstruir uma família, já que a sua estava perdida. No entanto, Adalberto se foi. Agora a criança tem outro significado na vida da moça. Maria Paula acha que um exame de DNA pode pôr fim aos problemas.

Mas, ainda assim, ela precisa achar Adalberto para fazer o teste. E a essa altura ele já é outra pessoa.

A cena deve ser exibida no próximo sábado, dia 6/10.


Maria Paula vai do céu ao inferno
Adalberto vende a mansão e desaparece com todos os bens da esposa
 
Tudo acontece muito rápido. Maria Paula perde os pais, conhece Adalberto Rangel e se deixa seduzir por ele na mesma noite. É aconselhada pelos amigos a não se envolver com o estranho, mas está cega de paixão. Ambos fogem, se casam em São Paulo e depois voltam para Passaredo. Maria Paula dá plenos poderes para Adalberto cuidar de seus bens. Até que...

Um dia, pela manhã, Maria Paula desperta. Não vê o marido na cama, levanta. Chama por ele e não tem resposta. No armário, pega um vestido e nota a caixa de jóias vazia. Preocupada, sai do quarto chamando Adalberto. Vai até o escritório, abre gavetas, revista o cofre. Vazio. Seu desespero cresce ainda mais quando sai de casa e vê que o carro dele não está na garagem. Jandira e Luciana tentam acalmá-la, dizem que Adalberto deve voltar logo.

Mas uma senhora pára com o carro em frente a elas e diz que comprou a mansão. Maria Paula entra em pânico quando a mulher revela que o dono do imóvel, Adalberto, tinha pressa em fazer negócio. Luciana e Jandira se entreolham, já entenderam o que houve. Mas a esposa abandonada continua pasma, acha que foi algum engano.

É Luciana quem lhe abre os olhos: “Aquele homem é um bandido... E te deu um golpe!”.

A cena deve ser exibida na próxima quinta-feira, dia 04 de outubro.


Adalberto é vendido pelo pai a Hermógenes
O garoto cresce aprendendo trapaças, até que trai o próprio mestre
 
Aos 10 anos de idade, Marconi Ferraço – hoje poderoso e conhecido por esse nome - já aprende a não ter raízes. Chamado de Juvenaldo quando criança, ele mora com o pai e outros tantos irmãos em uma favela de palafitas do Recife. Sem condições de sustentar a família, o pobre homem vende Juvenaldo para um forasteiro chamado Hermógenes. Rebatizado de Adalberto, o menino abandona a família e segue estrada afora com seu novo tutor. Graças à carinha de pidão, Adalberto ajuda a dar credibilidade aos trambiques de Hermógenes.

Os anos se passam e com 15 anos, Adalberto já aprendeu muito sobre a vida. Ele e o tutor têm como grande trunfo o golpe da máquina de fazer dinheiro. “O senhor já ouviu falar em Emil Du Bray?”, pergunta sempre Hermógenes à vítima. E começa a destrinchar uma fantástica história sobre um cientista belga que inventou a máquina de duplicar dinheiro. Pouco depois, a vítima é enrolada pelo charlatão e compra a tal máquina por uma pequena fortuna. Até que se descubra que a traquitana é uma farsa, Hermógenes e Adalberto já estão a quilômetros de distância.

Aprendiz trai o mestre

As andanças ao lado de Hermógenes transformam Adalberto num expert na arte de enganar. Quase tão bom quanto seu professor. O problema é que, já adulto, Adalberto não pode mais fazer o tipo “garoto pidão”. Além disso, quer ganhar sua própria fortuna sem depender de Hermógenes.

Decidido a sumir no mundo, Adalberto resolve roubar a falsa máquina milagrosa e todo o dinheiro de seu mestre. Enquanto o homem dorme, ele entra em seu quarto, pega o “tesouro” e desaparece sem deixar rastro.


Bárbara: a primeira mulher de Adalberto
No futuro, a prostituta se transforma em seu braço direito
 
É num bordel em Pernambuco que o jovem Adalberto tem o primeiro contato com uma mulher. Aos 15 anos, ele passa a noite com Bárbara Carreira, uma bela morena que lhe ensina um pouco sobre os prazeres do amor.

“Quem falou pra você que um homem precisa de tempo pra conquistar uma mulher, me diga?”, diz Bárbara, deitada ao lado do garoto. E Adalberto então aprende mais uma lição, que no futuro vai lhe servir como uma luva. “É só deixá-la mergulhar nos olhos dele e se afogar lá dentro”, continua a prostituta.

Os dois continuam se encontrando até o dia em que Adalberto, homem feito, some com a fortuna de Hermógenes. Deixa para trás uma mulher apaixonada. Ambos, porém, voltam a se encontrar quando Adalberto decide mudar de cara, após dar o golpe em Maria Paula. A relação entre ele e Bárbara, no entanto, transforma-se em algo estritamente profissional. Ela se torna seu braço direito, por mais que o coração dela ainda esteja mergulhado nos olhos dele.


Adalberto conquista Maria Paula
Depois de casar com a moça rica, ele consegue dar o grande golpe e desaparece
 
“Há pessoas que só desejam uma coisa na vida: ser roubadas”. A frase costumeira de Hermógenes soa como um mantra na cabeça de Adalberto, que dirige seu carro por uma estrada do sul do Brasil. Ele acaba de dar o golpe da máquina de duplicar dinheiro em um fazendeiro, e está satisfeito com vários dólares dentro de uma maleta. Mas este dinheiro não vai significar nada perante a situação que ele está prestes a viver: nada mais, nada menos que o grande golpe de sua vida, aquele pelo qual tanto ansiou.

Enquanto dirige, Adalberto presencia um grave acidente. Um carro tenta fazer uma ultrapassagem perigosa, perde o controle e capota ribanceira abaixo. Assustado, o golpista estaciona e desce para ver se há sobreviventes. Chegando lá, encontra os dois acidentados já sem vida. Adalberto revista seus pertences e encontra uma mala com dinheiro, apólices, e fotografia de uma jovem. Atrás da imagem, um recado: “Pra vocês lembrarem da filha única e muito querida durante a viagem. Beijo, Maria Paula”.

De posse destas informações, segue ao encontro da herdeira órfã, que mora em uma cidade chamada Passaredo. Mente para a garota que viu o último suspiro de sua mãe. Segundo Adalberto, Gabriela pediu que ele cuidasse de Maria Paula. Os amigos da herdeira - Luciana, Jandira e Claudius - estranham a presença invasiva do forasteiro e tentam alertar Maria Paula. Mas Adalberto é rápido e em pouco mais de um dia consegue seduzi-la, lembrando-se das palavras de Bárbara, anos antes: para conquistar uma mulher, é só deixá-la mergulhar nos olhos do homem.

E assim Maria Paula se casa com Adalberto. Pouco tempo depois, ela descobre que seu marido desapareceu, levando todos os seus bens. O golpista, por sua vez, muda o rosto, o nome e o estilo de vida. Transforma-se no respeitável Marconi Ferraço.


Juvenal Atena não é rei. É líder
Ex-chefe de segurança muda de lado e cria a favela da Portelinha
 
Reunidos em um terreno pertencente à construtora GPM Empreendimentos Imobiliários, operários trazidos do nordeste esperam por uma decisão que vai ditar seus destinos. Falida, a empresa quer mandar os trabalhadores de volta, com a falsa promessa de que lá receberão seus honorários. Revoltado com a injustiça, o chefe da segurança da empresa, Juvenal Antena, pede demissão e se junta aos operários na luta por seus direitos.

Líder nato, homem esperto e hábil nas palavras, Juvenal vê naquela situação indefinida uma maneira de parar de obedecer para começar a mandar. Sonha juntar aquelas famílias sem teto e criar a favela da Portelinha. Ao ser perguntado pelo amigo Misael Caó se ele quer ser o rei da comunidade que vai criar, Juvenal responde que a palavra certa é líder. “O pai da comunidade. Capaz de qualquer sacrifício por ela”, acrescenta.

Do sonho para realidade é um pulo. Juvenal se reúne com outras figuras respeitadas pelo grupo: a mãe-de-santo dona Setembrina, o pastor Lisboa e Geraldo Peixeiro. Com a ajuda ainda do político Narciso Tellerman, Juvenal organiza uma invasão a um terreno, onde constrói, ao longo dos anos, a comunidade de seus sonhos: a favela da Portelinha, um lugar onde nada falta para seu povo, onde não há drogas nem violência.

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