Quarta feira, 24 de Julho
- 31 -
Os poderes
adquiridos pela prática da Yoga, não são
obstáculos para o
principiante, por causado assombro
e do prazer que despertam
com os exercícios.
*Siddhis* são os
poderes que assinalam o êxito
na prática e podem
ser produzidos por vários meios,
tais como a repetição
de um mantram,
pela prática da yoga,
a meditação, o recolhimento
e até pelo uso de
ervas e de drogas.
O yogi que conseguiu vencer
seu interesse pelos poderes
adquiridos e renuncia a
todas as virtudes nascidas
dos seus atos, entra na
*nuvem de virtude*
(nome de um dos estados
de samadhi)
e irradia santidade, como
uma nuvem verte água.
A meditação
é feita sobre uma série de objetos,
a concentração
sobre um objeto apenas.
A mente
é conhecida pelo Atman,
mas não é
auto-luminosa.
O Atman não pode
ser causa de coisa alguma.
Como poderia
sê-lo ?
Como pode o Purusha unir-se
a Prakriti ? (natureza).
É impossível
e acreditar nisso é apenas uma ilusão.
![]() |
Aprendam a ajudar
sem se compadecer,
nem sentir que há
qualquer infelicidade.
Aprendam a ser o mesmo,
tanto para o amigo quanto
para o inimigo, e quando
puderem fazer isso
e já não tiverem
desejo algum, terão alcançado a meta.
Cortem a árvore do
desejo
com o machado do do desinteresse
.
Tudo é ilusão.
"Aquele que se despojou
dos pessimismos e das ilusões,
o que superou os males da
associação, este é *azad* (livre)."
Amar
a alguém, pessoalmente, é prisão.
Amando a todos, por igual,
todos os desejos se desvanecerão.
O tempo, que a tudo destrói,
chega, e todas as coisas tendem
a desaparecer. Para que
tratar de melhorar o mundo,
de *pintar a mariposa* ?
Tudo tem que passar.
Não sejam como insignificantes
ratos brancos
numa jaula giratória,
sempre trabalhando
sem conseguir nada.
Todo desejo leva, entremeado,
algum mal,
tanto se for bom, quanto
se for mau.
É como um cachorro
que pula para apanhar
um pedaço de carne,
que cada vez fica mais
fora do seu alcance e morre,
finalmente, como um cão.
Não sejam assim:
arranquem de dentro todos
os desejos.
![]() |
*Paramatman*,
como diretor de Maya, é Isvara;
Paramatman, submetido a
Maya é Jivatman.
Maya é a soma total
da manifestação
e se desvanecerá
totalmente.
A natureza
da árvore é Maya; em realidade,
é a natureza de Deus
que vemos sob os véus de Maya.
O porque de todas as coisas,
está em Maya.
Indagar por que existe Maya
é uma pergunta inútil,
já que a resposta
nunca pode ser dada em Maya.
E além de Maya ?
Quem formulará esta pergunta ?
O mal cria o *por que*,
não o *porque* o mal
e é o mal que pergunta
por que ?
A ilusão destrói
a ilusão.
A razão mesma,
por estar baseada na contradição,
é um círculo
e tem que matar a si mesma.
A percepção
dos sentidos é uma interferência,
e, sem dúvida, toda
interferência procede da percepção.
A ignorância,
refletindo a luz de Deus, é coisa que se vê;
porém, em si mesma,
é zero.
A nuvem não apareceria,
se a luz do Sol
não se derramasse
sobre ela.
![]() |
![]() |
Separando
o *nós mesmos*, do Absoluto, e atribuindo-lhe
certas qualidades, obtemos
o conceito de Isvara.
É a realidade do
universo, vista através da nossa mente.
O diabo pessoal é
a miséria do mundo,
vista pela mente dos supersticiosos.
![]() |
![]() |
![]() |